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Poema da solidão

Poema da solidão

Busquei palavras alegres e elas, sumiram
Sumiram, cansadas do tempo e da espera
Nos rostos cansados, envelhecidos, tristes
Alguns queimados pelo sol quente e agreste
Nos campos, onde ali, nada se passa, somente...
Rasgam nos céus, os abrutem negros, esperando
A hora certa, a hora da morte que espreita, atrevida
Em cada momento, num gesto impensado, espera
No passo mal dado, no gesto desesperado, aflito...
As horas cravam no peito da minha insanidade
A dor de se sentir sozinho, ali no meio do nada
No meio de tudo, no centro da terra, ninguém...
Continuando aprender a solidão da vida, velozmente
Que na espera, sem a grande vaidade e ela é sagaz
No corpo morto, ali, abandonado na mata, sozinho
Outrora, ela fora uma jovem bela e bonita, tão alegre
E foi a cobiça do homem da solidão agressiva, doente
Que jamais deixou entrar amor sadio, puro e inocente
E o seu coração, fechado maltratado e aberto a solidão
Um dia também foi deveras mal tratado por atos de desamor
Mas a solidão não perdoa e cobra sem medo de errar
Vestindo as vestes negras, vestes da noite fria e mal cheirosa
Deixando fluir os fantasmas do passado sombrio! Quantos...
Onde esperam pacientemente o passo prometido, mal dado
Para a tua alma envenenar, povoar tua mente de pensamentos ruins
Esta é a solidão de quem nunca está sozinho, de quem está revoltado...
Quis escrever um poema à solidão e revoltei-me, chorei até
Pelas palavras que escrevi sem querer, algumas bem desagradáveis
Algumas duras e sinceras, mas que dilacera corações, tristes...
Corações que choram sozinhos, choros de desamor
Choros aflitos e sombrios, na agonia de estar sozinho
Na solidão de cada um que caminha por ai... Sozinho...

Betimartins

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Poema da calçada...

Poema da calçada...

Descem as pedras da calçada
Entre pontapés esguios, sortidos
Nos gritos abafados das crianças
No andar apressado da Mulher
Aquela que se despe em cada esquina
Aquela que leva o pão para casa
A que fica com dez filhos a sua volta
E a que em veste finas e saltos altos
Ainda consegue trabalhar para si
Na rua da pobre calçada esburacada
O peão perdido do seu cavalo e viola
Jaz entre vômitos, deitado, sujo e inerte
Com cantos em fortes lamentos a vida
O homem do boteco, sentado na escada
Com sua bata já encardida, com olhar triste
Percorre seus pensamentos e chora
Chora por aqueles que já se foram
Uma bola invade seus pés e uma menina
Com um belo sorriso, cheio de luz
Estende a suas mãos e o chama de avô
Entre abraços apertados, temendo
O medo de perder também o seu amor
Mas aquela rua tem um palhaço de vestes
Já meio desgastadas pelo tempo e idade
No rosto pintado os olhos cor de mel
Grandes, cheios de amor, sorrindo
A todos que lá passam de mão estendida
Fazendo pequenas graças, na sua alegria
A noite chega fria com a chuva, a água que cai
Sem parar, enchendo ruas e casas já velhas
O pouco que já tem fica em nada, nada mesmo
Ajudam-se, partilham sua dor, entre abraços
Entre palavras de esperança, no poste sem luz
Seus joelhos já sentem ardor e cansaço
Sem ter para onde ir ficam ali na rua da calçada
Esperando que amanhã seja um novo dia...

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Loucura de amor

Loucura de amor

Caminhei por vales e montanhas
Viajei através dos mares e rios
Nas nuvens me deixei levar
Para no vento eu repousar...

A chuva cai fortemente na minha mente
Rasgando a minha sanidade em pedaços
As pedras frias de granito dilaceram o coração
Os meus olhos cegam ao te ver e não te tocar...

Minha alma esta presa no umbral da ignorância
Entre raios de luz e a eterna escuridão do não saber
Eu nada sei nada posso escrever aqui a não ser
Que sou escrava da minha poesia e do meu amor...

Na loucura de te amar, sem medo e sem luxuria
Eu só penso em ti, penso sem saber se isto é real
Este amor que roubou a minha alma e a minha luz
Se fazendo brilhar a volta do teu Ser e somente a ti...

Uns dizem que é loucura, insanidade da vida, amarras
Eu quero ser louca, a eterna louca que vive um amor
Que roubou a liberdade e os meus pensamentos
Hoje eu sou escrava, que docemente aprende o amor...

E na loucura do meu Ser, eu vou te amar até ao final
Dos meus dias na terra, seja na vontade de Deus
Entregar-me a ti, sem de gnomas, vaidades e pura
A tua voz que embarga a alma de sentimentos, despertando...

Leves sentimentos que renovam ferozmente o movimento da terra
Em breves serenatas, à lua e nas estrelas eu dançar
A dança que fecunda o ventre materno, belas ondas de amor
Entre as nossas metades, como se fossemos os dois um poema...

O poema da loucura, nua e crua e tendo como luz o farol
Que ilumina as nossas vidas unidas pelo destino, destemido
Unidas na loucura do amor desmedido, louco, insano e temido
Temido por muitos aqui na terra e que nunca foi compreendido...

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Na alma da poetisa

Na alma da poetisa

A poetisa é pensamentos soltos,
Repleta dos sonhos na arte do sonhar
Sua alma é amor, amor sofrido
Amor incompreendido, amor vadio...

Em lamentos na sua escrita, ela não para
Nem desiste dos seus sonhos, sonhados
Um dia certamente, eles serão contados
Ao som da lenha arder lentamente, na tua lareira...

Ao olhar do fogo, sua alma arde, agita-se
Em sentimentos renascidos, na dor do seu amor
Revoltos e puros na paixão do seu amor imortal
Imortal ao tempo, a de vastidão, aos séculos e a vida...

Ela entre lágrimas deslizando, escreve no desalento
Sobressaindo as imperfeições da vida, impotente
Deixando nas suas paginas esquecidas e amareladas
O que mais sua alma um dia foi deveras tocada e sentida...

Por vezes se deixa ir além das suas forças
Entre manifestações da sua imposição de vida
Deixando sua alma ir além do real e imaginário
E escreve sorrindo o que mais ela queria ver, um dia...

O que ela queria ver um dia, aqui neste mundo desigual
Que ela tanto ama e os seus irmãos que tanto adora
Ela escreve com afinco as historias de vida, como uma nação
Que bem reinada será imortal, jamais esquecida...

Na escola, na arte dos artistas que sabem declamar
Na coroa de flores depositada em sua lápide fria
Ela jamais descobre que um dia ela foi tão elogiada
Nem mesmo saberá que foram seus versos declamados...

Mas como sua alma é imortal ao tempo e a vida
Ela sorri e se alegra bem lá no alto, escrevendo
Ao sabor do tempo da eternidade as suas poesias
No doce brilhar das estrelas, sorrindo para ti...

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A luz da amizade Soneto

A luz da amizade

Dizem que amizade é colorida, que vibra
Em belos tons angelicais, ao som da harpa
E nas suas cores elas, mudam conforme o coração
Bate em sintonia da tão falada amizade...

A luz que o nosso corpo, liberta quando é feliz
Quando escuta palavras de conforto e esperança
No abraço, na mão que é estendida, na voz emocionada
É como um belo arco-íris descendo dos céus só para ti...

Na esperança do teu olhar, na lágrima vertida, sofrida
Minha e tua alma canta alegre, bem alta e unida a Deus,
Mais pura esperança de que existe um novo dia...

Um dia repleto de luz, na paz dos anjos, na paz divina
Que somente aqueles que sabem embelezar a vida
Na luz do teu amor, na luz da tua amizade...

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Musica para o meu coração

Musica para o meu coração

Escuto leves dedos nos toques mágicos do piano
Que pelo tempo foi esquecido, acumulando pó
A musa da musica, inspirada pelo amor
Deixa confusos os toques da harpa divina
Que no céu são melodias sagradas, nascidas
No confuso toque do batuque, dos nossos ancestrais
Nas suas místicas visões, ensinamentos e lições de vida
O toque da viola, entre cantos dos trovadores da vida
Que entre encantos e desencantos, deixam alguém a suspirar
Escuto as serenatas na noite ainda meio adormecida,
Com o olhar matreiro da lua, entre o código das estrelas
Piscam ao som dos cantares dos grilos, sapos, da coruja
Que se encanta com os vaga-lumes dançando na noite
Escuto o som das águas batendo levemente na praia
Como gemidos, breves lamentos com o canto majestoso
Das belas sereias encantadas, escondidas na profundeza do mar
Escuto a brisa acariciar as flores que estão na pradaria, soltando
Belas fragrâncias de aromas ao som do vento inconsolável
Levando recados ao tempo, do tempo as suas sementes
Espalhando como notas de musica a leveza da vida
No toque do radio na casa sombria, cheia de tanta tralha
Onde a graça vira desgraça, nos toques dos ratos enfurecidos
Onde a pomba namora arteira, fazendo na trave o seu ninho
Mas o toque que escuto agora dentro do meu coração é amor
Bate leve, muito levemente, cheio de segredos, de novidades
E bate descompassada mente ao som do amor, sem regras
As notas são sem rima e nem sequer arrima, mas são as notas
Notas de amor do compositor esquecido, nas pautas escondidas
As canções de amor que somente é musica para o meu coração...

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É tempo de amar

É tempo de amar

Vesti as vestes do amor, deixei-me sonhar
Entre teus abraços, teus beijos, tuas promessas
Eu deixe-me desabrochar de novo, feliz
Como um belo botão de rosa branca, florindo...

Entre sorrisos e quimeras, nos sonhos coloridos
Somos únicos naquele momento que só tu e eu
Tomas-me como tua esposa e reforçamos nosso amor
Saciados naquele momento, mas nunca do amor...

Aquele amor que nem o tempo apaga, nem o fogo
Consegue acalmar meu peito da minha ansiedade
Nem a água refresca e nem terra aquieta sequer
A falta que tu sempre me fazes, neste momento...

Escuto as horas de o relógio bater com afinco
Meus olhos procuram entreter a mente com banalidades
Mas sempre deságuam no bater das horas infinitas
Que nem o tempo assemelha ao amor que sinto por ti...

Sento cansada de esperar, pois o tempo não passa
Quero escrever, mas meu pensamento deságua a ti
Fico pensando nos nossos momentos, momentos de amor
Mas como passam ai os momentos, rápidos como um trem...

O trem do tempo de amar, rasgando a montanha
Entre duvidas e o medo dos novos momentos
Entre imposições da vida e do sentido da perda
É neste trem que quero embarcar, sem medo de amar...

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As lágrimas do Poeta.

As lágrimas do Poeta.

O Poeta também sente, chora e lamenta
Entre linhas desordenadas, soltas e tímidas
Ele solta palavras em rumo a sua poesia
Seja de amor, tristeza ou reclamação...

O Poeta também ama solta a sua inspiração
Entre belas palavras, inspirações divinas
Deixa suas poesias gravadas no coração
Tocando aquele que as lê para sempre...

O Poeta é mar e imensidão, um turbilhão
Que sem querer saber ele, impõem, escreve
Nas suas páginas, tudo o que sente...

O Poeta é louco, completamente louco
Onde as cascatas de amor, caem sem medo
Escrevendo o sublime amor, sem medo...

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As minhas Palavras Soltas

As minhas Palavras Soltas

Minha mente quer falar aqui, mas o absurdo não deixa
Entre as montanhas esguias, cobras afiam a língua
Espertas e sagazes, prontas a devorar a sua presa
Ai! Pobre de mim, que para muitos sou louca
Outros me chamam somente a menina sonhadora
Outros confundem e me chamam de a eterna criança
Mas esta criança é sonhadora sim e como ela o é...
Ela acredita em palavras, no efeito que elas têm aqui!
Ela acredita em loucuras, quem já não foi louco?
Eu fui louca e sou louca ainda para bem da minha sanidade
Do meu corpo, da minha alegria, da esperança e da sobriedade.
Em linhas brancas eu escrevo por vezes meus sentimentos
Outros eu capto daqueles que cruzam em minha vida
Gosto de partilhar o que se sente, se outros o fazem comigo
Assim é vida do dia a dia, trocadilhos e muita perseverança
O que eu mais gosto é de brincar com as palavras soltas
Fazer delas uma mansão ou um bairro da lata, no morro
Por vezes julgo que sou artista e as pinto com varias cores
As que mais gosto é do tom do Arco Iris, belas e suaves
Por vezes imagino que é um jardim, assim posso jardinar
Uma a uma palavra eu dou belos cortes e as rego com amor
Perfumadas como elas saem não há igual, são palavras ditas
Com alma ao rubro e alegre por estar aqui neste belo planeta
São as minhas palavras que eu quero recordar um dia
As palavras de amor que eu aqui escrevi, poema será?
Não sei e nem quero saber, mas sei que brotaram
Do meu alegre coração agradecido a ti...Meu belo poema...

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Solidão!

Solidão!

Entre choros aflitos, entre gritos de dor
Nos chãos sombrios e frios, abandonados
Almas despidas de amor, perdidas
Nas correntes da vida apressada...

Cai a lagrima do avô sozinho, ali
Entregue as quatro paredes do imóvel
Fala baixinho para si mesmo, conversa
Quem sabe se para seu anjo da guarda!

Entre as grades da minha mente, assolada
De revolta, de lamentos sombrios e tristes
Eu sinto dentro de mim a solidão cravada
Como punhais afiados no meu peito aflito...

Pesam como chumbos a solidão que a noite
Trás, impiedosa, justa e melodramática
Que deixa escutar os gemidos que estremecem
O nosso medo da nossa incompreensão...

Mas a solidão também é justa e boa
Quando nos deixa descansar em seus braços
Refletir nossos erros e nossas metas
Para que um dia não sinta mais a solidão revoltada

É justa a minha solidão, mas será justa da criança
Que um dia foi abandonado? A Do meu velhinho?
Aquela que esquece na garrafa atirada na rua
Entre passeios, chuva e degradação da vida...

Ou aquela que aquela mulher que vende seu corpo
Entre lagrimas de repudio, nojo, mas de necessidade
Para a fome matar, a fome dos infelizes e solitários
Que a própria solidão arrasta para mundos incompreendidos...

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