Blog de DAVI CARTES ALVES

Foto de DAVI CARTES ALVES

AVANÇAM TEUS EXÉRCITOS DE AMOR

Lá vem teus exércitos de novo
derramando dos teus olhos
nevados em mel
o amor em corcéis de volúpias

velozes, vorazes,
sagazes, atrozes
recamando de brasas famintas,
meu céu

sobrepujam-me
teus exércitos de novo
alvejando-me
com teu Sol de delicias
com tépidos feitiços
e felinas caricias

pousando tuas sedas
meneios, perfumes,
sorvendo a vertigem
nas tuas maviosas veredas

vem teus exércitos sublimes
em coleante poesia de rendas sutis
sonetos entremeados num belo corpete
bucólicos haicais
em melífluo corselet

vem teus exércitos
faz-me teu despojo de cruel diversão
novelo estapeado pela pata felina
a rolar pelo chão

flor de tiara,
teu estojo de strass
sopra minha queda
fulminando-me uma e mil vezes
Zás-Trás!!!

faz-me mais um subjugado prisioneiro
do seu vasto império
de fascínio, encanto, graciosidade
e sedução

caem sobre mim teus exércitos de novo
receber teus abraços confeitos
na louçania de buganvílias perfumadas
enternecidas, lagrimadas
pelas renovadas manhãs

sem dor, em ardor
quão dóceis e enamoradas
teus exércitos em flor

enlear-se na ternura
das tuas mil vozes macias
o verbo amar sussurras
dos teus poros, balbucias

e vem sobre mim
teus exércitos de novo!

Vem !!!

Visitem-me :)
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Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

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SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

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DAMA MISTERIOSA & ENVOLVENTE

Nos lábios frios e úmidos
ela pincelou langorosamente
um brilho vermelho-sangue, das vitimas
despejando-as sob sua diáfana abóbada índigo
assim como o mar, encobriu cadáveres
qual perene e profunda sepultura

Amante do inverno rigoroso
com os miseráveis claudicantes
refugiados nas marquises do tempo
também não lembrou da ternura
deu guarida para o tirano
que no casebre simples e sem mata-juntas
derramou pânico, dor e amargura

Para depois charmosa e deslumbrante
no seu longo vestido azul escuro
cravado de diamantes
tornar doce os sonhos pueris
e intenso & balbuciante
os amores febris

Fez-se fonte maviosa de repouso e reparação
mas teima em não mudar de face no calabouço
e nas grotas do mundo e submundo
da prisão
o choro intenso do nenê
rasgou seu e-charpe sereno
mas pela dócil mãe lactante
foi contido o mimoso pequeno

viu uma chuvinha generosa e imparcial
cantante, massagear costas & sonhos
de derrotados e vitoriosos
viu jovens em titânica truculência hormonal
enlear-se loucamente,
nos seus cabelos sedosos

em fim
despiu-se do seu vestido
com suavidade & languidez
mostrando todas as facetas da sensualidade
do amor, da maldade, da humanidade

de uma polifonia sob volume baixo
do homem que se cansa de ser humano
da força do repouso, da renovação
da matizes da insensatez
do homem sonhador, sob sobriedade
ou embriaguez.
e pouco antes do amanhecer, ela se foi.

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UMA MULHER SUBLIME

JULIA

Tu és molde
Melífluo & Suave
Da mais felina
Formosura

Este seu falar
repassado em ternura
esse seu domar furacões
com brandura
tu libertas os meus da censura

Julia
Tu és doce flor graciosa
Em haste sublime
Formosa
Acácia, Gérbera, Cinerária
Perene é tua cochonilha ardorosa

Julia
Acordar sem o frescor agridoce
Do teu bojo de pétalas macias
Pueril santuário de prazer
Alquimia diáfana do querer
É sentir a premência de haurir
O teu hálito vitalício de amor

Julia
Esta canção me fez lembrar
Do refrão coleante e asceta
Com que tu envolvente agrilhoas
Despretensiosamente o seu incauto poeta:

Julia, Julia
que me dá o seu amor,
que me dá o seu amor,

que me dá, que me dá
que me dá, que me dá

Julia, Julia ...

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O NOSSO AMOR UM DELÍRIO

Quis pra tua alma ser lírio
para seus olhos colírio
nos teus sentidos suspiro
fazer do esplendor o seu brilho
te estimar sob um círio
te perscrutar qual Porfírio
perdoar-te amiúde, prefiro
o nosso amor um delírio.

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UMA MULHER ESPECIAL

Ela era como uma orquídea luminosa
sobresaindo-se entre violetas descoradas
Ela era assim
Sempre uma frase doce e um breve sorriso
enchia as palavras ora de brisas aliciantes
ora de nervos pulsantes
ao ouvir sua voz maviosa
me perguntava:

Não será essa a voz dos querubins???

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YUMI, UMA LINDA IKEBANA DE SENSAÇÕES N'ALMA

Aquele tímido sorriso iluminava minha alma, poucas palavras, discrição, o olhar pensativo, distante entre as pedras e formigas do caminho, um silêncio que amava compartilhar, pausas longas, quebrada pelas folhas secas que eram pisoteadas, enquanto caminhávamos no Parque São Lourenço

Yumi tinha um que de Fernandinha Takai, puerilmente menor, quão delicada, ao cingi-la nos braços, sentia a leveza de um feixe de tulipas frescas, cabelos amiúde colhidos sob maria –chiquinhas com as cores da bandeira japonesa.

A linda boquinha modelada por buril divino, avessa a brilho labial, fonte melíflua cujos beijos me transportavam, ao ápice de vertiginosos Satoris.

Família, esse era um refrão nos lábios nacarados de Yumi, trabalhava com os pais num quiosque de ikebanas no Mercado Municipal. A noite cursava Sistemas e Redes, quando a conheci na fila da reprografia.

Que flores são essas Yumi, que imitam pássaros de fogo?

Assim a tirava do seu sagrado ritual, enquanto confeccionava com suavidade nos gestos, ternura e habilidade na alma e nos dedos, arranjos tão sublimes.
Me olhava com afeto, uma pausa, um sorriso, envolvia um olhar maternal novamente no arranjo: essas são estrelicías, lembram não só pássaros de fogo, como origamis de luz, aquelas coloridas são gérberas, estas aqui que imitam grandes sinos tingidos são lírios. Que tal ficou este?
Belíssimo Yumi, quanta harmonia entre flores, cores e formas !

Foi um dia memorável, aquele em que fomos ao restaurante Nakaba ali na Rua Nunes Machado, não, não paguei mico, financiei gorilas em 36 vezes!!

Ela me apresentou os hashis, e com as mãozinhas tão meigas, me conduzia no manuseio dos
“ gravetinhos polidos”, mas ficou tudo mais fácil com aqueles de elastiquinho para iniciantes e comedores compulsivos de feijoada.

Nunca tinha comido tanto e me sentido tão leve, já no prato de Yumi, dava pra contar apenas alguns “enroladinhos”, a medida que iam sendo servidos, e ela ia me ensinando os nomes dos pratos tão marcantes, realçados pelo shoyo.
Esse você já conhece, é o sushi, aqui temos o tempurá, e que tal o yakissoba?
Yumi, gostei do rolinho primavera com este risoto. Também adoro, este risoto é uma especialidade da casa, chama-se Yakimeshi.
Arrgghh , já estas ostras frescas podem levar!
Ó quem fala mocinho, costumado a comer suan de porco!
Explosão de gargalhadas!

Sabe Yumi, eu sempre tive uma grande admiração pela cultura japonesa, que em você transformou-se em fascínio.

Admiro tanto a disciplina de vocês, a aplicação nos estudos no trabalho, a reverência a família e aos valores, é elogiável! Não que aqui isto não seja relevante, mas, por exemplo, eu nunca presenciei no dia a dia, em lugares públicos, japoneses discutindo alto, casais brigando , não vejo em nosso país, japoneses em matérias relacionada a prisão e a cadeias, e eles estão ocupados em “ papar” vagas nos vestibulares, concursos públicos, lá no Tribunal onde trabalho como terceiro, tem tantos japoneses, umas japinhas tão lindas...
ai, ai, desculpa, brincadeirinha...

Vocês realmente se destacam nos concursos públicos, nas áreas de tecnologia, ao passo que, com todo respeito a essa profissão, eu nunca vi um japonês pedreiro, é engenheiro civil pra cima, entende Yumi, quão intensa torna-se a a minha admiração a vocês ao refletir nisso.

E como aumenta o meu encanto por esse nenê de colo muito fofo, gut, gut, vem aqui, anjo lindo , me da um abraço.

Aquela gélida noite de junho, como esquecer?

Comíamos um cachorro quente em frente a faculdade, e percebi que Yumi estava muito mais introspectiva, muito distante, diferente, evitando o meu olhar.
Esta tudo bem?
Tudo.
Você ta tão quieta.

Ué você já me conhece tanto e...
Por isso mesmo Yumi
E por causa da exposição de Ikebanas no hall de entrada da Biblioteca Publica?
Não, isso ficou para o mês que vem, com outro quiosque de amigos e familiares.
Longa pausa,
Uma só mordida no cachorro quente abandonado
C ta muito estranha nenê?
Impressão sua, respondeu-me, mas com os olhos marejados
Por favor Yumi, o que foi que houve meu amor
Silencio sob a pequena e perene lua vermelha do oriente.
Ai estas suas pausas Yumi, fala!!

Me abraçou tão forte entre soluços incontidos
Um beijo longo com gosto de lágrimas
Outro olhar demorado dentro d’alma:

Minha família vai voltar pra Maringa

E a estrelicia perdeu a cor,
e o frio de junho confeccionou tanta,
mas tanta dor
E começou a garoar n’alma,
Fel & torpor

Compreendi ainda melhor, que família , não éra só um refrão nos lindos lábios nacarados de Yumi, era de fato uma instituição vitalícia, que a globalização e o diabo a quatro, como ocorre por essas paragens, jamais iam dissolver.
Até porque, ela recebeu inumeros convites das colegas de curso para permanecer em Curitiba.

Sim, a família estava acima de tudo, doa a quem doer.
E pra nos separar daquele ultimo abraço no Aeroporto do Bacacheri, só mesmo com um pé de cabra.

Na faculdade, os olhos duradouramente vermelhos e pisoteados, trouxeram inquietação dos amigos:
C ta cheirando um beg né?
Mas só pode ta encomendando de jamanta?!!

Ah Yumi, a saudade é uma doce melancolia
Enquanto você rouba meu pensamento
Acho que beijar esse rostinho, se vive mais cem anos
Por isso queria tanto, viver eternamente
do seu lado Yumi.

Ao lado de Yumi, usufrui experiências e sensações tão díspares, e sob matizes tão perenes, uma brisa para os sentidos.
Tudo oferecido com a mesma suavidade, leveza e brandura, do cisne ao atravessar o lago, no Parque São Lourenço.

Hoje aqui no Parque , sob céu de lama e cinzas, salpicando fina garoa,
imagino Yumi
vir correndo, de lá do outro lado do lago, com aquela graciosidade, encanto e leveza que devorava a minha alma.

Yumi se foi,
Mas deixou pra sempre, indelével
Uma linda & perene
Ikebana de sensações n’alma.

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LITERATURA fragmentos d'ouro

“ Ler é desequilibrar-se, é fazer do desequilíbrio, uma espécie de dança...
A vida não é como ela é, mas simplesmente como nós a vivemos.”

Jose Castello – Escritor e Jornalista

“Eu sei que um poema é bom, pela extensão do silêncio de quem o lê”

Fabrício Carpinejar - Poeta

“ Se o tempo provoca o esquecimento, o poema seria a arte da memória, e cita Ossip Mandelstam, que acredita que os cantos de Dante, são dirigidos a contemporaneidade, pois “ são mísseis para capturar o futuro”

Lúcia Bettencourt – Rascunho

“ A morte é o silêncio privado do olhar ”

Luiz Horácio - Rascunho

“ ... ele escreveu A Estepe, um conto aromático, leve e tão russo em sua melancolia contemplativa. Um conto para si mesmo.”

“ A douradura gastar-se-á, e o couro de porco permanecerá.”

Máximo Gorki - Escritor Russo

“ A fábula é uma pintura, onde podemos encontrar o nosso próprio retrato”

La Fontaine - Escritor Francês

“... Porém o que é preciso notar é que a chamada sociedade da informação acabou gerando uma falsa onipotência, em relação aos domínios dos vastos territórios do saber. Se por um lado, passamos a conviver com um amplo espectro de novidades de toda ordem, que convocam todos os sentidos, no universo da espetacularização bem descrito por Guy Debord, por outro, é como se o excesso de luzes do grande show ofuscasse nossa capacidade de discernimento e de escolha. Daí porque Fuentes, acertadamente, evoca Baudrillard, ao acusar que essa “ explosão de informação” corresponde a uma inevitável “ implosão do significado”.

Maria Célia Martinari -

Em resenha para o Rascunho de: Geografia do Romance - Carlos Fuentes - Escritor Mexicano

“ Noventa por cento do que escrevo é invenção,
o resto é mentira”

“ Quando as rãs falam com as pedras, e as aves falam com as flores:
é de poesia que estão falando.”
Manoel de Barros

“ Aprendi com a primavera a me deixar cortar, e a voltar sempre inteira”

“ Sou entre flor e nuvem,
Por quê havemos de ser, unicamente humanos? ”

Cecília Meireles

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VOU-ME EMBORA ISADORA

Vou-me embora Isadora
Deixar de uma vez por todas
O mel em tintas tão rubras
Nos teus lábios de amora

Vou-me embora Isadora
minha pequena lua nua
louçania de tulipa
que se ama e se adora

Vou-me embora Isadora
Na varanda da nossa paixão
Sobre um mar de arco – íris
Engolfou-se céu de cinzas
Aguilhoadas de escorpião

Vou-me embora Isadora
eu jamais devia derrubar
mas jamais devia vasculhar
na tua caixinha de Pandora

Vou-me embora Isadora
Deixar de uma vez por todas
De esmaltar tuas velhas promessas
De servi-las em coloridas travessas
Mas que pelas janelas d’alma
você sempre arremessa

Vou-me embora Isadora
Deixar de gritar teu nome
Como estocadas de cimitarras
Como poções melífluas de amor
que num corpete tecido por ninfas
tu sempre sedutoramente amarras

Vou-me embora Isadora
Deixar de suplicar teu nome
Como um refrão de vida e luz
Que ora dissolve ora revigora
No frio ou no calor das horas

Já vou-me embora Isadora
Só me diga como viver
Sem minha pequena lua nua
louçania de tulipa
que se ama e se adora?

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