Blog de Dennel

Navego em vento
Areias da praia deserta
Solidão devora

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2008 All Rights Reserved

Lá vem cimentando
As estradas do Brasil
Trem cargueiro

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Essa é a vida que sempre quis
Esse sempre foi meu desejo
Quero com você ser um aprendiz
Aprender a viver, livre, solto, sem pejo

Ignoraremos o mundo vil
Por não aceitar sua companhia
Entre abraços, beijos mil
Viveremos uma utopia

Lerei as noticias nos seus olhos
Saberemos do tempo vendo as estrelas
Sem preocupar-nos com a carestia
Esta é a vida que sempre queria

Campo sendo nosso palco de amor
O luar nos iluminando
As estrelas com inveja
Seguirei sempre te amando

Sentiremos perfume de rosas
Ornando seus cabelos com perfumoso jasmim
Mil borboletas graciosas
Pirilampos com luzes sem fim

Este será o cenário
De um casal enamorado
Despreocupados da vida
Vivendo lado a lado

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Ardiam as chamas
Labaredas corriam aos céus
Filas nos pontos

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No cemitério da ilusão
Colho as flores murchas
Depositadas por tua indiferença

Nos olhos carrego as névoas
Da última anulação
Dos seus flagrantes despropósitos

Manifesto dores cruciais
Dos espinhos dos teus venenos
Inoculados no meu ser

Sangro por entre as pedras lançadas
Bebo o veneno destilado
Em generosos goles

Minha carne viva lateja
Sofrendo as chicotadas
Da sua falta de caráter

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Vê este passarinho prisioneiro?
Canta triste o dia inteiro
Pois um malvado caçador
Covardemente, sua liberdade tirou

Ele cantou um dia com liberdade
Nas verdes matas encantadas
Hoje canta triste, com saudade
As lembranças que tem da sua amada

Seu canto triste, melodioso
Alegra quem o aprisionou
Canta o passarinho saudoso
A dor da sua alma de cantor

E assim, passa os dias, meses e anos
Cantando o formoso passaro engaiolado
Triste, canta agora o seu desengano
Suas doces lembranças do passado

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Luzes solares
Réstias de luzes singelas
Belas orquídeas

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No árido deserto
Corre um fio dágua
Esperança viva

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Beija-flor pousava no portão
Longe das flores que queria
Pois uma moça menina
Dona do seu coração
Cuidava das flores sozinha
Sem nunca lhe dar atenção

Beija-flor saia todo dia
Em busca de alimento
Bate as asas ligeiro, faceiro
Cruza os ares em busca do sustento
Ora aqui, ora ali, alvissareiro
Voa beija-flor, beije muitas rosas por dia

Ninguém pode aprisioná-lo
Privando-o de seguir pelos jardins
Segue semeando o pólen da fertilidade
Florescendo roseiras sem fim

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Mira as águas
Pescador solitário
Peixes furtivos

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