Blog de Dennel

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Banho de passarinho

Ele brincava, feliz e faceiro
Pulava, estridulava e se agitava
Numa poça de água do terreiro
De longe, admirado, tudo eu olhava

Gostei da sua felicidade
Pois na falta de opção
De rios, lagoas na cidade
Banhava-se numa poça d’água no chão

Sou igual aquele passarinho
Que com tão pouco se contenta
Basta que me dê um beijinho
Meu coração faminto se alimenta

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Dennel

Assassinato

Depois do golpe surdo no pescoço
Limpou o sangue ralo que escorria da lâmina
Pensou que havia assassinado uma mulher
Porem, estrebuchava uma barata

Nunca houvera matado
Mas naquele dia a ira correu-lhe nas veias
Não pensou duas vezes
Sem dó, nem piedade
Estrangulou, cortou a garganta
Da sua arrogante vitima

Levado a julgamento
Absolvido pelo júri
Com um simples argumento

- Dr. não sou fabricante de tecidos
Não tenho loja de roupas
Não confecciono carapuças
Toucas, bonés ou similares
Logo nada a ver com a que a vitima usava
Declaro que sou inocente

E assim foi absolvido
Pelo sensato júri
Que nenhuma culpa pressentiu
Visto que a vitima provocou
A própria morte
Por ser suicida

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

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Asas partidas

Minhas asas se quebrantam
Partindo em pedacinhos de mim
Minhas asas sangram
De mágoas, dores sem fim

Minhas asas se encolhem
Na noite sombria e sem fim
Não querem aceitar que sofrem
Foi-se o amor de junto de mim

Minhas asas desejam
Sua plena recuperação
Todos os amigos ensejam
Meu grito de amor e emoção

Minhas asas rejubilam
Com a volta da moça faceira
Na igreja, sinos ecoam
As notícias alvissareiras

Convidados estão chegando
Para a noite triunfal
Trazendo presentes, parabeninzando
Desejando sucesso ao feliz casal

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Dennel

As coisas do meu bem

Os olhos do meu bem
Não são azuis, não são verdes
São os olhos pelos quais
Vejo a vida

Os lábios do meu bem
Não são carnudos, não são tesudos
Mas neles bebo o néctar sagrado
Que alimenta os deuses do Olimpo

Os seios do meu bem
Não são bojudos, não são fartos
São do jeito que gosto
Cabem inteirinhos em minhas mãos

O coração do meu bem
Ah! É do jeito que sempre quis
Ele bate por mim
Clama por mim
Sente saudades por mim
Ama-me intensamente
É exatamente igual ao meu

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

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Apenas nós dois

Apenas nós dois
Sou mais um
Nada mais que um

Quem passa não vê
Não sente
Não ouve
O que se manifesta
No meu interior

O turbilhão de sentimentos
Que conflitam meu interior
Pode ser que meu semblante não revele
Que meus olhos não denunciem
Que minha postura não deixe claro
Estou alheio a tudo
Passantes, carros e lojas
Assim, também sou eu para eles

Talvez para um observador atento
Eu traia meus verdadeiros sentimentos
Por enquanto, ignoro a todos
É só eu e você

Meu coração se alegra
Meus pensamentos esvoaçam
Meu desejo se materializa
Com o passar das horas

Nós dois
Na busca do desejo
Nós dois
Apenas horas nos separam
De um abraço prolongado
Um suspiro apaixonado
Um beijo de reencontro

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

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Amor ilusório

Quando passavas na rua
Ficava alguns segundos te admirando
Desejando, querendo-te
Até que sumias no meio da multidão
Então despertava com os sons vindo da rua

A noite vinha a lembrança da Tua presença
Tentava adivinhar tua feições
Imaginanava qual seu nome, onde moravas
O que fazias, até adormecer suavemente

No dia seguinte, no mesmo horário
Lá me encontrava no mesmo lugar da véspera
Na esperança de encontrá-la
Vê-la por alguns segundos

Quando passavas meu coração palpitava
A transpiração se agitava
Minhas mãos transpiravam
Meus olhos piscavam ligeiros

Até que um dia procurei qualquer pretexto
Para falar-te, saber de você
Dizer da minha afeição e encanto por ti
Dos dias contados que a via passar

Mas decepção... naquele dia não estava sozinha
Um moço te acompanhava
Vi-os se beijando, sorrindo
Só então notei a aliança no teu dedo

Os versos que trazia no bolso mudei
Cravando-os numa placa:
Aqui diariamente passava uma borboleta
Que enfeitiçavam meus olhos com suas cores
Hoje passa uma lagarta carregada por um pardal

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

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Alma penitente

Senhor salvai esta alma que delira
Frente a esta mulher que me inspira
Os mais loucos e insanos desejos
Deixando-me sem vergonha, sem pejo

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

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Afroretrato

Chora o escravizado
Longe de sua Pátria
Ferido de extrema dor
Com o peito sangrando saudades

Chora a sua Terra
Que além-mar distante
Reteve suas esperanças
De sorrir, brincar... Agora chora

Seus sonhos renasce das cinzas
Com os olhos de azul esperança
Lavados com tintas amarelas
Na verdes matas da alma

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

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Pescador de ilusões

Mira as águas
Pescador solitário
Peixes furtivos

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

Foto de Dennel

Adeus minhas esperanças

Folha caindo na água
Desprendida do galho
Leva-a a correnteza
Levou também minhas esperanças

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

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