Blog de Henrique Fernandes
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Sinto na pele a cólera dos vulcões
Forças que modificam a minha face
Dos sismos devastadores da alma
Até á incalculável força do olhar
Por campos abertos na autonomia de amar
E esse olhar dá voltas e voltas ao infinito
Dando frescura eterna ao meu intimo
Com sopros de ar puro ao meu profundo
Ditar o terror dos cumes montanhosos
No reino do meu vento de areia congelada
E estouro a ameaça da erupção da vida
No enigma do meu querer mais e mais e mais…
Tenho a idade do meu tempo deste tempo
Um errado calendário de pedra feita pó
Pó onde choro e faço o molde de lama seca
Do meu oásis invisível no deserto de solidão
Minhas lágrimas são um mar de bolso
Que me acompanha na pesquisa ao desconhecido
Não encontro o paraíso das nascentes quentes
Morada dos fantasmas que guardam tesouros
Nas areias de ouro das entranhas da terra
De onde me chega á pele a cólera dos vulcões
Prisioneiros na fonte da vida esquecida
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Quando amamos
Libertamo-nos da indiferença
E alcançamos capacidade para mostrar a nós próprios
A plenitude das coisas pelo prazer ou pelo incómodo
E ter por bom tudo aquilo que nós desagrada
Abandonando as tristezas pelos declives do ar
Quando somos amados, moldamo-nos á substância do céu
E a voz do tempo cantarola melodias de felicidade
Invadindo o corpo com um toque aceso de Eros
Lançando a sua flecha no apetite de um beijo puro
E então o amor engorda o nosso sorriso
Num encanto que nos prende á imortalidade
Por caminhos de alegria versejando os quatro ventos
E preservamos as estrelas com vontade de amar
Expulsando de nós um brilho perfeito
Que ilumina as galáxias plantadas no jardim da alma
Cultivado pelo amor sincero de quem nos sente
No meio de uma flor que nos eleva de coração aberto
Saltando por cima da aparência até á substância
De quem se expõe ao outro pelo outro
Num sono a dois em duas almas que se redizem
Em palavras interiores que o amor dirige para o exterior
Em gestos de igualdade que sustém os amantes
Redobrando e conjugando a vida com a de um outro
Amar é o que há de mais alto, é uma fonte de água viva
É um jorro que se expande vibrante até ao limite do infinito
Nas atitudes que exprimem sentimentos vitais
Quando amamos
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Descobrir um amigo especial é uma aparição
Vestida de transparente e indiferente ao corpo
É sermos gente bonita nas maravilhas que sentimos
Uma vida boa de sentimentos que nos fazem viver bem
Um amigo sempre sincero é um comentador gentleman
De assuntos do coração e ajuda na mudança
Reconhecendo nossos defeitos sem hesitar expô-los
E com sorrisos sérios aplaude o melhor de nós
Não é por se ser mais bonito ou mais feio
Ou mais rico ou mais pobre que temos mais valor
Para um amigo importa sermos um amigo também
Contagiando boa disposição nas horas fardadas de tristeza
Dando asas a uma veia sentimental entre ambos
Um amigo é padrinho de alegrias no dia a dia
Ele revela-se um pai, uma mãe e um irmão nas reacções
Em todas as combinações possíveis de uma amizade
No plano pessoal, o amigo é discreto mas presente
Descobrir um amigo especial e verdadeiro
Também é encontrar o amor, um bom amor
É viver na elegância com jóias de felicidade
Por valiosos sentimentos em atitudes de ouro
Bem guardadas num cofre com código de respeito
E só a confiança pura é a chave que nos abre o peito
Para darmos e recebermos o melhor do mundo, um amigo
Um amigo é um eterno namorado sem ciúme
E no grande aquário da vida somos almas seguras
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A minha alma dispersa-se pelos calabouços
De uma saudade que surge de um desejo
Sentido de pedra e cal na alma
Corroendo-me o corpo de tempo parado
Impedido pela distância dos sentidos
Náufragos num mar de emoções á deriva
Temendo a barbatana da ansiedade
Que tem sido o tubarão assassino
Dos meus sorrisos nesta espera oca
E só um carinho me toca a pele carente
Através de uma carícia no sopro do vento
Alimento-me do brilho aromatizado da lua
Em mim homem em busca de fragrâncias
Singelamente, eternas femininas
Completando o poder de uma mulher em mim
Motivando-me a dar o braço aos remos
Por entre as marés da sedução
Que engolem sem mas, as minhas fés
Valorizando as diferenças de um ser igual
Em soma total nesta procura indecisa
Como quem vê o que os olhos não vêem
Ouvindo o frenesim do silêncio controverso
Exibindo sobre uma tela de lágrimas nuas
O segredo encapuçado de medo da felicidade
Vitoriando os sentimentos sobre a razão
Pensar é o padrão da vida e sonhar, é vive-la
Neste faminto continuar romântico
Desabafando aos astros que quero amar
E sentir alguém que adormeça no meu peito
E que saia da distância e entre em mim
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Ao beijar-te sou capaz de voar livremente
Por cearas ondulantes ao sopro de prazer
Deslizando quente no teu suspiro ardente
És Diva com frescura que quero beber
O néctar dos teus lábios de sabor doce
De qualquer fruto que não seja proibido
Neste paraíso de sentimentos e fosse
A apoteose do amor por ti amadurecido
Numa árvore que esbanja sensualidade
Com ramos de fogo escaldando o cio
Exposto no roseiral da tua maturidade
Nos abraços que respiro o teu arrepio
Que me envolve a pele de inspiração
E a minha voz cai no teu corpo belo
Espelhado num poema de paixão
Em versos que rimam com teu cabelo
Em frases que invocam quanto te amo
Um cântico de um desejo até ao infinito
Nasceste das profundezas do oceano
Até ao trono de tudo em que acredito
Quando entrelaçamos nossos dedos
A paixão estrondeia trovoadas de amor
Resplandecendo na noite os segredos
Revelados corpo a corpo com furor
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Lê no meu rosto resplandecente e sério
O testemunho do texto que me escreves
Com certeza de aceitares o meu critério
No que em mim deslizas e te atreves
Com palavras dos teus gestos sinceros
Que me abrem os portões da alma
Com sentimentos de ser o teu Eros
Elevando-me pela áurea da tua calma
Ao sabor da cor e do bem que me fazes
Soltando-me em melodias de gente
Ouve a música dos meus passos suaves
Hipnotizados pela tua voz diamante
Quando me chamas a ti sorrindo linda
Com os gritos silenciosos do teu olhar
Aberto por sensualidade que não finda
Milhões de metros quadrados de amar
Do teu passear pela verdade da paixão
Que manifesta a sedução tão natural
Com que embelezas o meu coração
Que bate e rebate teu nome sem igual
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