LABIRINTO DA VIDA

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Perdido num eterno labirinto,
Do qual estou a tentar sair,
Já não sei mais o que sinto,
Já deixei de me tentar iludir.

Farto-me a tentar sempre andar,
Para a saída conseguir encontrar,
Já me custa a conseguir respirar,
Já deixei mesmo de poder sonhar.

Já me habituei a andar sozinho,
Não ter ninguém para me acompanhar,
Eu vou ter de percorrer este caminho,
Até que a morte me venha tombar.

A vida é uma constante prisão,
Que nos vai matando devagar,
Não há um único coração,
Que lhe consiga ganhar.

Neste mundo de grilhões,
Que nos consome devagar,
O mundo são as ilusões,
Com que nos querem enganar.

Nunca ninguém conseguiu,
Não há como lhe fugir,
Nunca ela o permitiu,
Todos temos uma hora para partir.

Comentários

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Foto de Darsham

Caro poeta, entrei no seu blog por indicação de uma linda poetisa, também utilizadora do deste site, a Drica Chaves. Falou-me muito bem da sua forma de escrever, então fiquei curiosa e decidi ver com os meus próprios olhos.

De facto, ela tem toda a razão, pois você escreve com garra, em certos versos ouço a sua alma a gritar...

Parabéns por tão maravilhoso poema. Ainda que um pouco triste, sinto que traduziu fielmente para as letras o que o seu coração dizia.

Adorei este trecho:

"Perdido num eterno labirinto,
Do qual estou a tentar sair,
Já não sei mais o que sinto,
Já deixei de me tentar iludir."

Deixo o meu voto com louvor.

Beijinho
Darsham

P.S: Voltarei para ler mais!

Foto de killas

Amiga Darsham,
Ainda bem que veio ler, pois quando escrevo é para as pessoas lerem. Não posso deixar de agradecer à poetisa Drica Chaves, que de facto é uma poeta de mão cheia, por ter aconselhado a visita ao meu espaço para a leitura de alguns dos meus poemas. Uma grande parte dos meus poemas são tristes, mas tal deve-se a que só consigo escrever poemas quando estou mais triste. mas por vezes consigo escrever um ou outro que são menos tristes e mais contentes. Ainda bem que gostastes e que vais continuar a ler, pois eu vou continuar a escrever, muito embora esteja numa fase mais magra de inspiração, só resta esperar que ela venha calmamente e sem forçar. Os teus poemas são também muito bons que eu já li alguns. Beijos,

Killas