Blog de killas

Sinto-me a desaparecer,
Pouco a pouco sem querer,
Estou a fragmentar,
Sem o porquê saber.

Sinto-me aos poucos,
E poucos a esvaecer,
A vida por um fio,
Mesmo antes de morrer.

Tento mostrar esperança,
Vontade e muita união,
Mas só consigo odiar,

Quero de novo respirar,
E de novo lutar,
Para a mim me conquistar.

Sou alto em altura,
Forte no peso,
Boa envergadura,
Num corpo coeso.

Boas ideias,
Brotam da mente,
Um coração,
Que tudo sente.

Assim sou eu,
A quem me quiser aturar,
E uma vida arranjar,

Eu posso criar,
Um mundo a brincar,
Mas um mundo só meu.

Ando perdido,
No meio do nada,
Sinto-me sozinho,
A percorrer esta estrada.

Não sei onde vou,
Nem que vou encontrar,
Mas mais solidão,
Vai agora começar.

Espero um dia ganhar,
Algo de admirar,
Algo só meu,

Não quero ser eu,
Prefiro morrer,
A assim viver.

As ruas da minha terra,
São pequenas e quadradas,
Podem até ter mil formas,
Que as mil serão amadas.

Essa é a minha terra,
Aquela que me viu nascer,
E que espero me guarde,
Um dia quando morrer.

Ela é bonita e bela,
É a melhor terra,
De todo o Portugal,

Não me levem os outros a mal,
Mas toda a beleza encerra,
Num pedaço de terra tão natural.

Tristes acontecimentos,
Estes que vou narrar,
A história de Inês,
A quem mandaram matar.

O amor mais puro,
E digno da memória,
Devotou ao seu amado,
Numa breve história.

Pedro e Inês,
Almas o amor juntou,
Por ele ela lutou,

A seguir alguém a matou,
Mas D.Pedro sempre amou,
E na vida a morte vingou.

Devemos homenagear,
Quem nos governou,
E bem ou mal,
Um país formou.

A eles devemos,
A nosso Portugal,
Por ele lutaram,
Estes filhos do sal.

Mas será que fizeram,
Tudo o que puderam,
E por nós morreram,

Assim deve haver alguns,
Melhor que nenhuns,
Que por nós padeceram.

Pedro, como infante lutou,
Pela bela Inês a quem amou,
Por ela seu pai quase matou,
Até que a sua morte chorou.

Seu pai assim o mandou,
E seus frios algozes levou,
A ela o pescoço cortou,
Netos o severo abandonou.

Quando chegou Pedro Gritou,
E nas asas da raiva voou,
Até que a amada vingou,

A dois o coração arrancou,
E a sua bela amada coroou,
Rainha do povo que amou.

Rainha que com sua pacatez,
E grande e fundada paciência,
Tudo perdoou em seu rei,
Muito para além da exigência.

Tudo para bem de Portugal,
Rainha triste suas mágoas calou,
Seu rei muito mal a tratou,
Quando ela não engravidou.

Veja assim Deus nesta alma,
Aquilo que ela com sua calma,
Para Portugal conquistou.

E ao seu filho deixou,
Quem sempre o ajudou,
E os problemas ultrapassou.

Tentou Portugal mudar,
E tudo tentou renovar,
Mas a monarquia,
Tinha um dia de acabar.

É pena ser o último,
Mas não é o pior,
Não se tem é oportunidade,
De mostrar o nosso valor.

Último rei de Portugal,
Os males que ele sofreu,
Foram dignos de rei,

A sua família deu,
E cedo percebeu,
Que a monarquia morreu.

Monarca que na sua impaciência,
Sua rainha várias vezes traiu,
Não ouviu lágrimas que caiam,
E o seu coração ruiu.

Grandes obras foram feitas,
Com o ouro do Brasil,
Construiu o Aqueduto,
Que trouxe águas mil.

Fez o Convento de Mafra,
Para a rainha engravidar,
Deu-lhe a Maria e o José,

O que é preciso é ter fé,
O mundo melhor vai ficar,
Só é preciso saber esperar.