Blog de killas

Tudo pode mudar,
Neste mundo errante,
Ainda pode ganhar,
Uma áurea brilhante.

Que nos irradia,
De dia para dia,
De paz e amor,
Era o que sentia.

E continuo a sentir,
Não devo mentir,
Vou acreditar,

Que tudo vai mudar,
Ainda nesta vida,
Para ela ser vivida.

Quem me dera ser ave,
Para a liberdade alcançar,
Não ter o pensamento,
Por momentos a perturbar.

A simplicidade,
De voar e voar,
Andar de ramo em ramo,
E simplesmente respirar.

Não pensar no amanhã,
Se vou ter uma vida sã,
Ou a vida perder,

Viver por viver,
Apenas passar,
Pela vida a cantar.

Por um mundo melhor,
Eu era capaz de sofrer,
As piores torturas,
Daqui até morrer.

Por um mundo melhor,
Dava o meu coração,
Não vivia esta vida,
Recusava a paixão.

Por um mundo melhor,
Deixava de dormir,
Aguentava a dor,

Por um mundo melhor,
De paz e amor,
De alegria e calor.

No mundo de hoje,
Já não há ilusões,
Já não há o sonho,
Que aquece corações.

Mas eu contínuo,
A querer ver regressar,
Esse mundo de ontem,
Numa noite de luar.

Contínuo e acredito,
Que vamos voltar a ver,
Esse mundo de querer.

Eu todos os dias medito,
Sabendo que são apenas,
Ilusões minhas.

Quem me dera poder ser ave,
Nadar e por fim pousar,
Ver o mundo a brilhar,
Bem lá no fundo do mar.

A seguir levantar,
Voar e tornar a voar,
Ser o primeiro a chegar,
A um mundo de encantar.

Sei que isto é sonhar,
E os pés da terra levantar,
Começar a viajar,

Até o mundo acabar,
Homem-peixe-voador,
Mundo para lá da dor.

Tenho de ter esperança,
Que vou conseguir,
Tenho de mostrar,
Que posso sentir.

A esperança nunca acaba,
Está sempre a acompanhar,
Até vir um elemento,
Que nos vem matar.

Esperança,
Que todos são sinceros,
Que todos são verdadeiros,

No mundo não há mentira,
Que dá mas também tira,
A nossa felicidade.

Encostado na parede,
Ver o tempo a passar,
Ver as pessoas na rua,
A mais velhos ficar.

Encostado no muro,
Vejo a transformação,
De pretos a brancos,
Os cabelos vão então.

Quando decido andar,
Olho para o meu ar,
Não sei o que me deu,

Todo o mundo envelheceu,
E parece que também eu,
Não consegui o relógio parar.

Será que és minha,
Ou de mais alguém,
Eu já não consigo,
Olhar mais além.

Será que és minha ó vida?
Será que sou eu que te possuo?
Será que outro alguém,
Faz nela uma grande recuo.

Serei eu o meu dono?
Ou será o destino,
Que desde menino,

Me anda a controlar,
E um dia levar,
Bem a melhor do que eu.

Vejo imagens,
De outros Verões,
De outros tempos,
De outras emoções.

Imagens dispersas,
Por memórias minhas,
Que estão na cabeça,
Onde agora são vividas.

Dou tudo por tudo,
Para recordar,
A palavra amar,

De tanto gostar,
Consegui encontrar,
O meu coração.

Afinal quem sou eu?
Serie alguém,
Ou sou apenas mais um,
Que não sou ninguém.

Afinal quem sou eu?
Um pedaço de vida,
Mas apenas mais um,
Nesta vida ferida.

Chego há conclusão,
Que não quero ser alguém,
Apenas porque tenho de ser,

Para isso prefiro esconder,
Dentro do meu coração,
Aquilo que sou.