O vôo deselegante
Do pássaro fúnebre
Está prestes a terminar
Seu pio dolorido
Suas asa cansadas
Que batem incessantes a sangrar
Seus olhos tão turvos
E desordenados
Guiando-o aos nenhures do ar
Carregando consigo
A seta mortífera
Que aos poucos o vai liquidar
O veneno se espalha
Por todo o seu corpo
Extraindo seu leve planar
E o instinto profundo
Da busca do ninho
Onde nele se possa prostrar
E a ave atingida
Sofrida a ferida
Fadada a com o chão se chocar
Mergulha bonito
Em declínio finito
Mas sua alma persiste em voar
01/09/96