Blog de Sirlei Passolongo

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O vento II

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O vento parece zombar de mim
ele sabe que teu nome grito
que a ele imploro notícias tuas
e passa como quem ri
da minha saudade
e ainda deixa teu cheiro
que num sopro me invade.

(Sirlei L. Passolongo)

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A rosa e eu

Sou feita de fases
Como a rosa
Que nasce em botão
Delicado...
Vence os espinhos
Que insistem
Pra depois as pétalas
Abrir sorrindo...

Eu abro meu peito
Em poesias
Que brotam agonias
Ou sorrisos
E aconchego paixões
Ou ilusões...

A rosa ao murchar
Deixa o perfume...
E o que deixo pra você
Em amor se resume.

(Sirlei L. Passolongo)

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Iluminado amor

Ela o olha sorrindo
Ele a acende faceiro
Ela se aquece de leve
Ele com jeito a segue

Ela se move com graça
Ele a beija e a enlaça
Ela se faz de difícil...
Ele a seduz num olhar

Ela se faz toda tímida
Ele a chama de linda
Ele a encanta de vez...

E se amam...
Até que o eclipse se finda.

(Sirlei L. Passolongo)

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A Caixinha de música

Ainda guardo a caixinha de música
Que ganhei de presente quando era menina...
Vez em quando movo as velhas cordas
Pra ver a pequena bailarina rodopiar,
Mas a pobre caixinha está com as cordas gastas,
O palco arranhado e a bailarina
Mal consegue se equilibrar...
Mas por instantes, volto ao passado...
E me pego pensando em tudo que imaginava
Ao vê-la dançar sobre o palco de plástico
Que parecia diamante... E posso ouvir o sino da escola
Avisando que era hora de voltar pra casa,
Corria feliz para chegar logo
E brincar com minha caixinha de música...
A noite caia depressa, e eu parecia longe de tudo,
Ficava a sonhar, sonhar... Girava o mundo
Olhando a bailarina... Nem percebia o tempo passar.

E o tempo passou...

(Sirlei L. Passolongo)

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Sinônimo

Busco sinônimos para a saudade tua...
E cada palavra que vem
Parece nua...

E no grito de cada vogal
Encontro sempre os ais
Que agonizam constantes
E queimam iguais
Um corte que sangra
Molhado em salmoura
Cujo sangue se esvai.

E você...
Do peito não sai.

(Sirlei L. Passolongo)

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Identidade

Os olhos não revelam mais
A história de ninguém
Os lábios não sorriem mais
Com o brilho que um riso tem...
Os rostos não expressam nada mais
Tornaram-se todos iguais...
E as almas? Será que rejuvenesceram?
Será que foram renovadas
Das mágoas e tristezas...
Será que alguém ainda se lembra
Que dela vem a verdadeira beleza?

(Sirlei L. Passolongo)

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O Relógio

Ah! O relógio
Que inspira poetas
De um jeito só seu.

Alguns clamam
Que os ponteiros voem
Outros que eles parem.

Eu apenas imploro
Que eles se cruzem
Com os ponteiros do teu.

(Sirlei L. Passolongo)

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Reinventaram o beijo.

Reinventaram o beijo.
Beijar deixou de ser paixão, virou mania...
Não se olha mais nos olhos de quem se beija
A moda agora é beijar várias bocas numa mesma noite
Nem precisa lembrar os rostos no dia seguinte.
O beijo moderno virou uma espécie de aposta,
Não se admire se alguém te perguntar
Quantas bocas você beijou na noite passada?
Também não se espante se alguém te disser
Que não se lembra quantas bocas beijou na noite anterior.
Pra ser moderno tem que beijar muito
Mesmo que esse beijo seja vazio
Mesmo que esse beijo seja sem paixão alguma
Mesmo que ele não cause nenhum arrepio...
E ai de você se ousar criticar esse beijo...
Ninguém vai querer saber se você é do tempo
Em que beijar envolvia todo um ritual maravilhoso...
Em que beijar despertava os sentidos, provocava suor nas mãos
Fazia você flutuar do chão e passar o resto da semana com o gosto
Da paixão na boca...
Ai de você se ousar dizer que você é do tempo
Em que o beijo era mais que uma corrida de boca em boca.

(Sirlei L. Passolongo)

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A rosa que sonhava ser azul

Uma rosa vivia triste
e sonhava ser azul... Acreditava
serem mais felizes as violetas.
Pediu aos deuses da natureza
que atendessem seu pedido...
Fez promessas de sorrir
enquanto suas pétalas tivessem vida
E os deuses a ela perguntaram:
Onde viste que a felicidade depende da cor?
O sorriso só brilha por ser o reflexo da alma
As borboletas negras ou coloridas
Passeiam pelo jardim...
O sol empresta suas cores
Pra ver a Lua sorrir...
Felicidade deves sentir
pela simples razão de existir.

(Sirlei L. Passolongo)

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Uma mãe chora

Hoje, sua alma sangra
Seus olhos gritam
Seu colo está vazio...
Ela já não ouve
A voz do seu menino
Não ri mais do seu jeito
De brincar de carrinhos...

Hoje, sua alma chora
Seu colo está vazio...
Não há risos na sala
Não há brinquedos pela casa
E João Roberto
Não lhe esperará mais
No portão da escola...
Quando estender as mãos
Ele não virá pra seus braços.
Hoje, arrancaram-lhe um pedaço.

(Sirlei L. Passolongo)

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