Abelhas

Foto de slotter

meu mel

Assim como as flores dão o pólen
Para alimentar as abelhas com mel,
O teu coração dá-me o amor
Que me alimenta com felicidade.
É o alimento que mais preciso,
Do qual existo, do qual sem ele
Já mais poderei viver, e do qual
Cresço a dada dia numa,
Cada vez mais florescida,
Primavera vivida em sorrisos
De felicidade e amor.

Teus queridos olhos, teu maravilhoso coração,
Teus doces lábios, teus suaves cabelos,
Teus delicados dedos, teu perfumado pescoço
Teu macio ventre, e Teu amável sorriso,
São o que fazem o meu coração
Bater sem parar tal como
(de uma maneira um tanto grosseira)
A gasolina faz o motor trabalhar,
Pois teu amor é o meu combustível,
Ou, (de certa forma, com mais romantismo)
É para mim como o ar quente que impulsiona
O balão ate a mais longínqua estrela
Que numa prova de amor baptizei com o teu nome.
E já que com tantas comparações escrevi
O indescritível amor que sinto por ti, te digo Que,
Tal como se a gasolina acabasse o motor pararia,
Ou se o ar quente arrefecesse o balão cairia,
O meu coração partir-se-ia em mil e um pedaços
Caso teu caloroso amor deixasse de reconfortar minha alma
Que anseia pelo sentimento que consigo ver
No mais profundo recanto dos teus olhos.
Pois como te disse teu amor é o meu único alimento,
Dele vivo, e sem ele não existo.
Porque te amo, amo-te e sempre te amarei.

Foto de Felipe Ricardo

Poesia de Letras

A sim deixo dito não ha nada melhor que o
Bê-a-ba de uma pagina escrita onde tudo se
Completa tudo se faz da maneira mais sutil e
De tudo um pouco se unta e logo vimos o jeito
Especial que cada coisa se colocar neste mundo

Fanzendo-se assim mais calmo, perfeito, singelo
Gentil aos nosso olhos já tão triste com esta vida.
Há se todos podecem ver os mais sublimes atos de
Infinito amor que nos temos mesmos quando nada
Já nos basta para fazermos felizes e sublimimente

Largamos as esseencias guardiãs que assim nos
Modifica, nos deixando mais leve e pensantes e
Nos tirando estes pensares que logo logo nos deixam
Preucupado com os verdadeiros valores e sentidos
Que nos cercar e nos pondo a toda prova sobre quem

Realmente somos ou se realmente podemos ser
Simplismente pessoas boas em nossas vidas e mentes.
Tudo que a nos foi ensinado deve ser aceito de bom grado
Unicamente aceito já que somos seres que simpliemente

Vivemos á aprender sobre nos mesmo e encontra sempre o
X da questão de nossas existencias, pois somos abelhas que
Zumbem por respostas, mas quem é melhor que um professor
Para nos ensinar e deixarmos pronto para esta vida tão cruel?

"Poema Feito e dedicado a Professora
Maria Herilene
Obrigado professora por tudo que a senhora me ensinou"

Foto de Menino Poeta

Vidas fantásticas

Todas as vezes qua falo da natureza
mim sinto emocionado, pois falo de um ser
maravilhoso, em grande importância na nossas
vidas. Vejamos as abelhas elas trabalham em conjuntos
colhendo necta das flores, mas também faz a proliferação
garantindo a continuidade das flores espalhando os poros
sobre as plantas.
As magnificas abelhas por serem tão pequenas, tem nos mostrada
que são capazes de desenvolver tamanha tarefa na natureza.

Foto de carlos alberto soares

MULHERES

SÃO LINDAS E SÃO TANTAS
A VIRAR MEU PENSAMENTO,
UMAS PECADO, OUTRAS SANTAS
SÃO MINHA ALEGRIA E MEU TORMENTO.

PELO BRILHO PODERIAM SER ESTRELAS,
PELO CHEIRO UMA FLOR,
DOCE MEL DAS ABELHAS
E CERTEZA DE AMOR.

QUANDO É MEU ENCANTO
MAJESTOSA ME VEM EM SONHO,
COM FLOR NO CABELO E VESTIDO BRANCO,
SENDO MUSA NOS VERSOS QUE COMPONHO.

TUDO DE BELO TÊM ELAS
CHEIRO FRESCO DE JARDIM
SORRISO DAS TARDES MAIS BELAS,
DOCE OLHAR MEIGO, QUE É TUDO PRA MIM.

SÃO A CERTEZA DA DÚVIDA
E A RESPOSTA ESPERADA,
O CAMINHO QUE CONDUZ À SAÍDA
E A BELEZA DESEJADA.

DESVENDAR SEUS SEGREDOS, DESISTI
PREFIRO NÃO TENTAR
BOM MESMO É O QUE VIVI
LEMBRANÇAS SÓ CARREGO NO OLHAR.

SE A SORTE ME FALTAR,
VOLTE QUANDO QUISER,
ANTES QUE EU POSSA CHORAR,
COM AS LEMBRANÇAS DE VOCÊ MULHER.

Foto de dayseduate

Carinhos e Carícias ...

Carinhos e Carícias ...

Em cada carícia, em cada olhar,
O desafio para mim é bem maior.
Cada vez mais eu te quero,
E mais e mais me sinto melhor...

Sem igual é o prazer que me dás,
Em cada beijo, em cada carinho.
Já não sei mais o que é realidade:
Se o meu ou se o teu caminho...

Teu beijo na minha boca a procurar,
Todos os desejos que em ti plangem.
Nossas bocas sugando o suave sabor
Do mel que nem as abelhas consomem...

Teus sussurros tão e sempre acariciantes,
Em meu ouvidos fazem minha pele arrepiar...
Por todo o corpo sinto tremores,
De tesão e de volúpias a desejar...

Em cada toque de tuas másculas mãos,
Um sorriso feliz tento eu esconder.
Quase em êxtase pareço anunciando,
Que o clímax vai agora acontecer...

Autora: Daisy Duarte

Foto de Markus

Mulher III

Tudo numa mulher é como um poema,
Sublime de ternura e afeto, seu
Coração é nobre e a sua alma é sincera,
Isso prova suas grandes qualidades.

A mulher quando tem um amor, um amor
Verdadeiro ela fica como se estivesse incendiando tudo
É como um incêndio na floresta a tudo ele consome
E destrói tão violento que não existem meios
De controlá-lo é como uma tempestade no amor,
Violenta e poderosa, pronta para destruir
Aqueles que tentam desafiá-la.

A mulher apaixonada é como um raio de sol,
É como a canção dos pássaros, o zumbi das abelhas
Nas flores, isso também é uma mulher apaixonada,
Faz parte da vida de todas as mulheres do mundo inteiro,
O coração das mulheres é como o destino, ninguém saberá
Como será, pois guardam muitos mistérios.

Toda mulher gosta de ser tratada com muito carinho...
As mulheres que amam são capazes de fazer qualquer
Coisa para conquistar os seus objetivos...
A mulher tem uma coisa especial que outra pessoa
Não têm, os humanos é capazes de fazer qualquer
Coisa por causa de uma mulher, as mulheres enfeitiça
Só com um olhar isso deixa qualquer um doido
Pois só elas são capazes de fazer tudo isso.

Foto de Carmen Vervloet

ESTAÇÃO DAS FLORES E AMORES

Sentada num banco da praça
Vejo a natureza sem mordaça
Na mudança de estação,
Flores e flores em profusão!

Rainha da primavera,
A rosa perfuma a atmosfera
Incita o romance,
Abrindo-se em várias nuances!

Aos seus pés a violeta,
Recebe o beijo da borboleta
Singela e pura evidência
Da sua doce inocência!

O cravo todo vaidoso,
No seu grená presunçoso
Presença certa em casamento
Testemunha aos noivos, o juramento!

Ágil e delicado beija-flor,
Suga o néctar de cada flor,
Faz malabarismos no ar,
Na volúpia de beijar!

As abelhas fazem festa
Zumbem fazendo seresta
Polinizam as flores
Enquanto sorvem mil sabores!

O imaculado jasmim
Branca flor neste jardim
Símbolo da virgem em pureza
Hímen preservado por delicadeza!

Encanta meus olhos um canteiro
De flores silvestres multicoloridas
Tela viva do jardineiro...
Beleza e arte desmedida!

Ao meu lado, linda jovenzinha
Desfolhando o bem-me-quer
Quem sabe ela adivinha
O amor que tanto quer!

E eu em admiração profunda
No centro dessa rotunda
Onde desembocam tantas avenidas,
Caminhos floridos da minha vida!

Roubarei das flores o perfume
Assimilarei seu doce sabor
Serei cume, lume, vaga-lume,
Só não ocultarei a beleza da flor!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Sonia Delsin

SOS

SOS

Sou uma eterna admiradora da natureza. Apaixonada mesmo.
Hoje saí muito cedo para caminhar e vi coisas lindas.
Passando por uma rua vi uma árvore florida repleta de abelhas e fiquei parada ouvindo o barulhinho.
O chão de florezinhas estava cheinho. Cheinho.
Fiquei sentindo o perfume das flores, olhando as abelhas, o chão forrado.
Pensei em tanta coisa. Pensei no presente, no passado.
Lembrei meu pai, lembrei como adorávamos ficar observando as abelhas.
Pensei nos tempos que a gente guarda. Nos tempos que vivemos, no que imaginamos que teremos.
Caminhei mais um pouco e encontrei outra árvore linda forrada de flores amarelas e muitos colibris.
Parei para ouvir o canto de um sabiá.
Tão judiada com esta seca danada as flores vicejam nos jardins, nas matas.
Tão maltratados os rios continuam a correr.
Ainda que tão judiada a terra reage de uma forma positiva. Responde com flores, frutos, com rios que sobrevivem à poluição.
Florestas incendiadas revigoram-se.
Ontem ouvi uma notícia que muito me entristeceu. Na região onde moro o fogo se alastrou por cinco fazendas destruindo matas ciliares, animais silvestres e etc e tal.
O corpo de bombeiros trabalhou por muitas horas tentando controlar o fogo.
Vi aquelas cenas na televisão e fiquei realmente muito preocupada.
A terra está pedindo socorro e não podemos ignorar. Quando é que em pleno inverno tínhamos dias com temperaturas tão altas? Chegamos nestes dias aos trinta e cinco graus na minha cidade.
O que significa de fato o aquecimento global para todos nós? É algo pra se pensar, não?
Existe um SOS gritante que muita gente finge ignorar.
Até quando o planeta vai agüentar?

Foto de Sonia Delsin

ANOS DE TERNURA

ANOS DE TERNURA

Hoje uma libélula entrou pela porta aberta da minha sala de visitas e por um tempo ficou debatendo-se tentando encontrar a saída. Quando ia ajudá-la, ela acabou por si mesma encontrando-a.
Lembrei de meus tempos de criança. Tive mesmo uma infância encantadora e desde pequena sempre adorei insetos, animais, a terra, as plantas. Eu me sentia parte integrante daquela natureza que me rodeava.
Vou contar um pouco do lugar onde passei toda minha infância. Era naquele tempo uma terra agraciada com recantos deliciosos (o tempo passou e muitas coisas mudaram).
Entrando por uma velha porteira seguíamos por uma estradinha muito singela, onde meu pai havia plantado de cada lado coqueiros de pequeno porte. Um verde e um roxo. Ele tinha verdadeiro amor pela estradinha, e todos os dias a varria com uma vassoura de bambu. Essa estradinha passava por um velho paiol onde guardávamos o milho que mais tarde se transformaria em fubá.
Andando mais um pouco já avistávamos o jardim de mamãe. Belo jardim! Rodeava a casa, que era muito simples. Andando mais pela estradinha chegávamos a um rancho, que foi o cenário de muitas fantasias minhas.
Tínhamos várias cabras sempre e me lembro de muitas aventuras que tivemos com elas. Todos os filhotes ganhavam nomes. Lembro-me como se ainda estivessem diante de meus olhos, e pareço ainda sentir os puxões de cabelos (tentando mastigá-los) que elas davam quando me aproximava.
Na chácara tínhamos muitas jabuticabeiras, talvez umas noventa. Não sei se exagero, mas eram muitas. Próximo ao nosso jardim havia uma fileira de umas cinco delas, muito altas; onde meu pai fazia balanços para brincarmos.
Deus! Quando floriam, que perfume! Aquele zum zum zum de milhares de abelhas... as frutas nas árvores depois de algum tempo!
O pomar era uma beleza, tínhamos grande variedade de frutos e nos regalávamos com toda aquela fartura.
Havia o moinho de fubá que foi o meu encanto. Aquele barulhinho, parece que ainda o ouço.
O vento nos bambuzais, aquele ranger e os estalos. Gostava de caminhar entre os bambus, mas meu pai nos proibia de freqüentarmos aquele lugar, devido a grande quantidade de cobras que costumava aparecer por lá.
Havia dois córregos e mesmo proibida de entrar neles eu desobedecia algumas vezes.
Tínhamos um cão muito bonito que participou de toda a minha infância, recordo-o com seu pêlo preto brilhante, e meus irmãos se dependurando nele para darem os primeiros passos.
No meio do jardim tínhamos uma árvore que dava umas flores roxas, São Jorge nós a chamávamos. Não sei se é esse mesmo o nome dela. Ela tinha um galho que mais parecia um balanço e estou me lembrando tanto dela agora.
Eu, vivendo em meio a tudo isso, estava sempre muito envolvida com a natureza que me cercava e muitas vezes meus pais surpreendiam-me com os mais variados tipos de insetos nas mãos. Eles me ensinavam que muitos deles eram nocivos; que eu não podia tocar em tudo que visse pela frente; que causavam doenças e coisa e tal. Mas eu achava os besouros tão lindos, não conseguia ver maldade alguma num bichinho tão delicado. Não sentia nojo algum e adorava passar meus dedos em suas costinhas.
As lagartixas, como gostava de sentir em meus dedos a pele fria! Eu as deixava desafiar a gravidade em meus bracinhos.
Muitas vezes meus pais me perguntavam o que eu tanto procurava fuçando em todo canto e eu lhes dizia que procurava ariranha. Eu chamava as aranhas de ariranha e ninguém conseguia fazer-me entender que o nome era aranha e que eram perigosas.
Pássaros e borboletas, eu simplesmente adorava. Mas fazia algumas maldades que hoje até me envergonho de tê-las feito. Armei arapucas e peguei nelas rolinhas e outros pássaros mais, somente para vê-los de perto e depois soltá-los.
Subia em árvores feito um moleque e quantas cigarras eu consegui pegar! Também fiz maldades com elas e como me arrependo disto! Eu amarrava um barbante bem comprido no corpo das pobrezinhas e deixava-as voar segurando firmemente a outra ponta nas mãos, claro que depois as soltava.
Mas se por um lado eu fazia essas coisas feias, por outro eu era completamente inocente e adorava tudo que me cercava.
Os ninhos, eu os descobria com uma facilidade incrível porque acompanhava o movimento dos pássaros que viviam por lá. Adorava admirar os ovinhos e os tocava suavemente. Eu acariciava a vida que sentia dentro deles. Visitava os filhotinhos quando nasciam e quantas vezes fui ameaçada pela mãe ciumenta.
Estas são algumas das recordações de minha infância, do belo lugar onde tive a graça de ter vivido, acho que é por este motivo que gosto de contar sempre um pouco dela. Era mesmo um lugar privilegiado aquele e gostaria que todas as crianças pudessem também desfrutar de uma infância tão rica em natureza e beleza como foi a minha.

Foto de Sonia Delsin

O JARDIM... DO ESPELHO

O JARDIM... DO ESPELHO

Acredito que para crescermos interiormente passamos muitas vezes por situações muito delicadas, muito difíceis, por fases dolorosas...
Algumas pessoas se revoltam com o sofrimento, tornam-se amargas. Perdem o amor pela vida. Mas às vezes ele é um mal necessário, mesmo que nem nos apercebamos disso.
Ninguém deseja sofrer e quando acontece de sofrermos precisamos sempre procurar tirar algum proveito disto no sentido de crescermos.
Vou contar aqui fatos ocorridos há muitos anos. Uma fase negra, que sei que devia ter apagado de minha alma, de minhas lembranças, de meu eu. Mas como nunca consigo encontrar o apagador... vez ou outra estas lembranças também voltam, vem à tona e agora mesmo estou me lembrando delas.
São dores que já não doem, doeram no seu tempo. Doeram demais e marcaram irremediavelmente minha vida.
Triunfei sobre esta fase e nem devia mais tocar no assunto, mas vou narrá-la para que alguém ao lê-la possa tirar algum proveito. Não é bem por aí, porque não é com as lições dos outros que aprendemos mais, mas com as nossas próprias experiências. Mas tudo bem! Vou contar assim mesmo para quem quiser conhecer um pouco mais de mim.
Vou contar o milagre de um espelho.
O fato aconteceu numa primavera. Naquele tempo eu mal completara dezesseis anos e estava presa a uma cama por quase um ano. Sem perspectivas de melhora eu definhava no leito, sofrendo muitas dores e causando também muito sofrimento a todos meus familiares.
Revoltada com o que a vida me oferecia naqueles meus anos de menina-moça eu me tornava muitas vezes uma doentinha intratável.
Minha mãe com muita paciência e tato enchia o quarto com revistas, com livros que eu tanto gostava e deixava que nosso cãozinho me fizesse companhia quase todo o tempo. Não tínhamos uma TV e só um pequeno rádio me trazia um pouco de distração, além da leitura.
As paredes pintadas de um verde claro, os poucos móveis, um quadro de Jesus e Maria, uma cômoda coberta de remédios, um pouco do céu que eu conseguia enxergar através da janela eram as minhas imagens visuais todo o tempo.
Eu via a vida correndo e sem poder andar, ou me sentar eu já nem sabia mais sonhar. Esperava aquela tortura acabar de uma vez. Entregava-me à dor, ao sofrer.
Um dia, mal amanhecera, minha mãe me fez uma proposta, perguntou-me se eu desejava ver o seu jardim.
Então eu argumentei com ela que nem me levantava, se quisessem me carregar eu sentiria mais dores, me sentiria mal. Não queria sair da cama, que me deixasse em paz.
Ela não aceitou a minha recusa e sugeriu que eu poderia ver o jardim através de um espelho.
Achei bobagem. Que graça teria?!
Ela deixou o quarto e minutos depois apareceu com um espelhinho na mão e foi até a janela. Botou o braço para fora e ajeitou-o para que eu visse o canteiro cheio de flores, perguntando se dava para ver a roseira carregada de belas rosas vermelhas.
Vi as rosas, também as dálias, as margaridas e tantas outras.
As flores todas, que de meu leito só sentia o seu perfume.
Ajeitando-o melhor, com muita paciência, minha mãe me trazia para dentro do quarto os beija-flores que visitavam o seu jardim naquele dia e as borboletas que iam de flor em flor.
Não a deixei guardar tão cedo o espelho. Queria ver mais. Queria trazer para dentro do meu quarto de doente, a primavera que despontara lá fora sem que eu a pudesse apreciar.
Na manhã seguinte ela voltou com o espelho e eu vi as mudanças que se operaram num só dia naquele jardim. Vi que havia mais borboletas, abelhas e que também novos beija-flores o visitavam. Até me pareceu ver ali do leito uma gota de orvalho sobre uma rosa cor-de-rosa.
Quis todos os dias repetir a experiência e minha mãe perdia um tempo enorme ajeitando o espelho, para que eu visse melhor o que acontecia lá fora enquanto eu definhava no leito.
Eu aguardava a manhã chegar para assistir todas as manhãs aquela primavera lá de fora, que um espelho conseguia me trazer.
Assim, os três meses se passaram, e eu comecei lentamente a melhorar. Comecei de novo a achar que tudo valia a pena, que a beleza não morrera porque eu não participava dela. E poderia ainda participar, havia um mundo lá fora e eu ainda o poderia desfrutar.
Na primavera seguinte eu já pude ir ao jardim numa cadeira de rodas e no outro com minhas próprias pernas, numa vitória conseguida com muita luta, persistência, esperança e fé.
Vejam o milagre que um simples espelho consegue operar numa pessoa!

Páginas

Subscrever Abelhas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma