Abrigo

Foto de batista alves

viajante

Sou viajante da mais linda e pura rosa
Sou irritante da mais louca das auroras
Por isso pego e desprego o meu altar
Pra quer saber se eu não posso falar

Quero que vejam o meu andar em um abrigo
Corro perigo por pensar que nada sei
Onde eu errei, eu queria corrigir
Adquirir o que nunca semeei

Amar o triste é o belo das elites
Amargo e triste fico louco ao perceber
Por conceber o ventre podre da alma
Que acasala com o reino do poder

Em nada ter eu prefiro ter um pouco
De cada louco que resiste ao pensamento
De que o mundo não prediz do grande invento
Do nascimento da doutrina do poder .

Foto de DeusaII

Não quero ser...

Não quero ser teu porto de abrigo
Uma alma penada ao teu serviço.
Alguém que já não brilha com sua presença
Que já não sorri ao teu toque.
Que já não renasce ao teu olhar.
Não posso viver, presa a um destino que não é o meu....
Que não tenho que seguir...
Que não faz parte de mim...
Não posso ser mais tua,
Pois a tua verdade é a minha mentira
A tua vida é a minha morte.
A tua sobrevivência é a minha despedida.
Por isso peço-te... solta-me as amarras
Deixa-me voar.... percorrer outros horizontes
Amar outras vidas.... viver outros sonhos.
Deixa-me caminhar, sozinha... se for preciso
Pois só assim... saberei o que fazer....
Quando tudo termina.... mas nada recomeça.

Foto de Pablo dos Santos Chaim

Possibilidades

O sentir se torna óbvio quando o coração, ja desacautelado, transcênde a coerência do 'eu' e decide expressar o que se passa no introspectivo. Fatalmente tudo se torna possibilidades e assumimos riscos mediante um sentir que clama por existência, que deseja se tornar afetivo.
Assim entre várias formas,.. dentre elas escrita, falada, chorada, calada. Amamos, desejamos e esperamos que tais possibilidades se tornem realizações e que toda proporção sentida que nos invade possa ter espaço, razão e abrigo para se derramar.

O Amor que em princípio nos vem como Paixão e em verdade cresce para Amor, nos vem como um convite, possibilidades,.. Nossa escolha em aceita-lo ou não se torna receosa mediante nossas feridas passadas. E por momentos tentamos nos privar de tais dores como se evitando ao corpo, pudéssemos impedir ao Coração.

Conta-se uma história que um sapo, um dia no lago, se surpreendeu com o pedido de um escorpião, que encarecidamente o ajudasse a atravessar o lago para o outro lado. Logo o sapo o indagou: "Como poderei eu em ti confiar? Como saberei que não vais deixar teu veneno em meu coração?"

Assim é a paixão. Queremos pelo nosso desejo de existência confiar. Acreditar corre o risco apenas porque vivemos por este anseio, por estas possibilidades, porém quando nos tornamos vítimas deste veneno usamos o medo de cautela. Ora, apesar de ainda vivos ainda sabemos o quão amargo foi em nossos lábios tal veneno e por mais que desacreditamos da paixão ainda esperamos tão sonhado amor, porque enquanto há vida, há possibilidades.

Assim em nossos dizeres como em nossa existência, sempre a de existir um "Q" que obviamente aos olhos não se entenda o POR QUE, mas naquilo que taciturno se testificará se formará o ser, afinal tudo é
Possibilidade.

Foto de Rodrigo obelar

"DISTANTE"

Atmosférico ar que respiro,
Doce ar que me adoça pensamentos,
Senta-se ao meu lado
Brancas penas,
Nesse banco de praça,
Onde me consome a tristeza
Onde me embriaga a loucura...

Onde o anjo solene
Declara poemas, versos,
Metáforas de amor
Ao tempo, aos dias
As lágrimas são apenas
Fôlegos ainda vivos,
Etapa sinalizada
As minhas costas,
Felicidade 200 km
Boa viajem...

olho...
Ponto vazio,
Ônibus atrasado,
Todos
Esperam esse dia
Encontro, família,
Outros passeios, adeus, despedidas...
Ocasião sempre sofridas
Aonde vai doer a saudade.

e...
sentado no banco da praça
estou,
o mundo parece tão pequeno
mediante ao extremo
de minha atmosfera,
do banco, dos pombos,
barulhos de carros,
sapatos que não
preenchem meu mundo,
mais passa em minha frente
sem notar minha presença.

Acho...
Por estar sujo,
Suponho que não exista,
Só porque me acomodo
Ao banco,
Não sou nada,
Um lugar vago,
Sou o palhaço
Desprendido
De um palco,
Que ri na lágrima
E acalma minha raiva
Que pouco conheço.

Apesar da distância
Que me repele
Das pessoas que passam-
Se deslocam de lado a lado,
Apesar do ônibus
Não chegar e os
Pássaros perderem suas penas,
Tudo é normal,
Até mesmo a fome...
Que além de me consumir,
Já é mais uma
A pedir abrigo no meu banco...

Foto de Paulo Master

Noite Fria

Tenho tudo nessa noite fria, a saudade e o desejo de te encontrar, noite fria mas quente, o sol que aquece o meu coração é o amor que habita o meu peito, ele mora aqui, vive se disfarçando, mas de mansinho se manifesta, como a saudade que me acompanha nesta noite fria, ela sempre vem, ela traz você, você nunca vem e nunca sai de mim, a saudade sabe disso e disfarçadamente entra de fininho, ela é como o amor que abrigo no peito.

Foto de Carmen Lúcia

Voando através da emoção

Que me permita a emoção
levar-me onde impede a razão...
onde os sonhos habitam
e cirandam com a ilusão,
onde as rimas se abrigam
nas asas da imensidão
semeando versos,
preenchendo coração
que vazio de alegria
trafega em desarmonia
desatento à luz do dia
ou ao que nos oferecem as manhãs.

Que me permita a emoção
tirar os meus pés do chão...
transcender-me ao encantamento,
perpetuar cada momento
em que a poesia me der a mão,
ao alcançar os sonhos
os mais ricos e risonhos
e abraçá-los, nos darmos abrigo,
fazê-los caminhar comigo
pra que se dissipe o mal(u)
quando a razão
apontar o mundo real.

Carmen Lúcia

Foto de gilsanjes

gil da rua

Sou o Gil de Diadema
De vaidade caudaloso?
Ruminando desatino,
Gil de sempre tão formoso

Gil de barro amassado
Espremido por demais
Nas olarias do destino
Gil igual, barro não faz.

Gil de pensamento aberto
De fechado seu destino
Convive com a solidão
Mesmo tendo alguém por perto

Gil de Sanjes batizado
É pagão por natureza
Tem certeza do passado
E um presente de incerteza

Gil guerreiro, Gil valente,
Leva em punho a sua espada
Mil conquistas, mil vitórias,
Gil do tudo, Gil do nada.

Gil de sensibilidade
Coroada como a lua
Gil da vida sem abrigo
Gil de casa, Gil da rua

Foto de gilsanjes

TRANSMUTAÇÃO

TRANSMULTAÇÃO

No portal das íris nua
Grita a realidade
A utopia é insana
Sem qualquer salubridade
A magia do eclipse
Reflete o apocalipse
No seio da humanidade
Certa vez eu naveguei
No espaço sideral
Desbravei seus quatro cantos
Com encanto sem igual
Eu vi a beleza nua
Das estrelas, sol e lua,
Em seu recanto natural
Vi o martelo de Deus
Orbitar sem direção
Eu vi a terra girando
Rumo a sua destruição
Um quilômetro por ano
Ela esta adentrando
Em um fótons cinturão
Sentimento consternado
Inspirou-me a vir embora
Cruzei a atmosfera
No esparzir de nova aurora
Degustei amargo fado
Por ver o ozônio aviltado
Rasgado de fora a fora.
Alegrou-me estar em casa
No colírio de Cabral
Mas as coisas por aqui
Não estavam em seu normal
A Amazônia quem diria
Secou da noite pro dia
Chão talhado no portal
As quatro estações do ano
Sofreram transmutação
O Outono e a primavera
Vem com forte inversão
Tudo esta desordenado
Sorri o inverno ensolarado
Choram procelas no verão
Na aldeia de tupi
Grita a evolução
O cocar de belas penas
Foi escalpelado á mão
Tupi tem computador
Tem diploma de doutor
Fala em inglês e alemão
Busquei novos arreboes
Vislumbrei o oriente
Vi de perto o anti cristo,
Em trajes de presidente
Em seu olhar o ódio insano
Um coração leviano
Ganância rangendo os dentes
Cojitou a guerra santa
Com o dedo no botão
Augivas e tomarróqs
Beijaram aquele chão
Mas a velha “raposama”
Não se deixou por a mão.
Tio Sam inconformado
Pulou pro outro quintal
Cobiçou o ouro negro
Em sua fonte natural
Sadan foi nocauteado
O Iraque detonado
Na maior cara de pau
A justiça é soberana
Não deixou a desejar
A fogo e ferro quente
Veio a ira de Alá
Todo o mal que semeou
A América ruminou
Câmi-casi estava lá
Acolheu-me o desespero
Lamentei por ter nascido
Sou somente um grão de areia
Nessa terra sem abrigo
Penso que a Divindade
Ver da glória a humanidade
Com olhar arrependido.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"ANJO PROTETOR"

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ANJO PROTETOR.

Venha com suas asas me cobrir o peito.
Meu anjo bom perfeito.
Abraça-me com as plumas.
Dessa alma leve que sempre me protege.
Meu anjo protetor; que só me trás amor.
Guia-me com teus vôos para que eu encontre
Todos meus caminhos.
Deixe-me sentir a brisa que anuncia tua chegada.
Meu anjo bom protetor.
Deus te enviou para que eu pudesse;
Dar meu passo a frente.
Tua luz me ilumina, tua paz me contagia.
E sua proteção conforta meu coração.
Meu anjo que me tira da escuridão.
Anjo de luz e proteção.
Não me deixe pecar;
Protege-me sempre.
Sei que é um anjo enviado por Deus.
Cubra-me com tuas asas.

Livra-me do perigo,sua proteção
é meu abrigo.

A FLOR DE LIS.

**Visitem meu BLOG**
http://dafloraflordelis.blogspot.com/

Foto de GRAZVIE

NO REINO DA POESIA

NO REINO DA POESIA

Meu viver, quando acabar,
Ninguém chore nesse dia,
Que por certo eu vou morar
Onde mora a poesia.

Meus sentimentos dispersos
São tantos, que já nem sei.
Procurem-me nos meus versos,
È lá que eu estarei.

Procurem-me nas estrelas
Onde nascem fantasias.
Na lua, que em meio delas.
Dá abrigo á poesia.

Que ninguém sinta saudades
Ao saberem que parti!
Procurem-me nas verdades
Dos poemas que pari.

Quando partir para sempre
Vão comigo borboletas,
Mensageiras certamente
E arautos dos poetas.

Nem gostava que o choro
Ofusque a minha alegria,
Por me ir juntar a um coro
No reino da Poesia.

Graziela Vieira
Ourém, Fevereiro de 2008

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