Água

Nas profundezas do meu ser
moram desejos famintos,
adormecidos molejos,
pela falta de algum querer
Os meus olhos aindam brilham
mas são espelhos abandonados
são como caminhos d'água,
ligando o corpo a alma...
Ah! Essa minha fraqueza lunar !!
que confunde o fio das minhas garras
que enleia sentimentos solitários
abafando o meu canto de cigarra
Que adianta uma vida sem ser vivida?
E essa minha menina carente
viva dentro de mim..
a minha cria de alma
que nunca parte e ainda geme com arte !
Alguém deveria exaltar-te com prazer?
Sossegue no teu canto
com essa tua página em branco
que logo aparece alguém que ceda
a tua infantil fraqueza
e assim,sentirás -te convalescer

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Beijoquinhas made in InSaNnA!!

Agora chora meu amor
Descabela-te, implora.
E nada que peça ou faça
Fará-te amar novamente
Porque já estou partindo
Não adianta tentar impedir-me
O amor que sentia por você,
Acabou e nada mais tenho,
Para lhe oferecer...
Outrora te queria tanto... Tanto
Assim como a terra ressequida
Precisa da água para sobreviver
E tu zombavas do meu amor
Dizendo que te amava demais
Sim, é verdade...
Daria minha vida por ti
E não me arrependo jamais
De ter amado mais que tudo
Mas, este tudo passou...
Somente ficaram as lembranças
De um passado que nada restou
Que nem saudade deixou
Adeus meu amor!

Meus olhos desde o dia em que você me disse adeus nunca mais brilharam
meu corpo sangrou e minha alma velejou por mares, por mundos e nada encontrou
Muitas vezes temos um sentimento guardado no peito apenas para uma única pessoa
E por mais que o tempo passe, e ele passa velozmente sobre nós, vejo que um amor permanece
Falo do sentimento que não se apaga diante das tormentas, e a saudade corrói meu ser
Como aquele dia em que vi você caminhando para longe de meus braços
Enxeguei a dor que habitaria em meus dias tão sem graça, sem colorido, sem brisa fresca
Porque somente uma separação é capaz de dizer e provar que se ama?
Muito se amou e muito se quis, mas nada se fez enquanto era tempo
nada se fez para recuperar o perdido, a aurora dos meus dias
Porque a água secou, o coração parou e a música não mais soou da mesma forma
Porque eu amei você, deve ser somente este detalhe
e por ser um detalhe fez-se grande em meu viver
E nada do que aconteça, seja distância, seja a ausência
Mudará algo que já faz parte de mim, não consigo arrarcar
Não pude sequer esquecer, quem sabe até mesmo fingir
Meus olhos só aprenderam a te amar mais e mais
Por isso meu corpo sangrou
A música parou
O perfume perdeu o odor
E a estrada minha é só
Num adeus um sempre fica a chorar
Numa saudade, lembranças me restam
Daqueles dias que não voltam mais

Antigamente, sabias sorrir.
Sabias ver a beleza numa pessoa a bocejar.
Agradecias cada dia que passava
Como uma oportunidade única de viver.
Comtemplavas o cair de uma folha
Envelhecida pelas rugas do Outono.
Sentias cada palavra das músicas que ouvias,
A poesia era o teu sangue.
Paravas a meio do caminho
Para abraçar aquele cão vadio
Abandonado e ferido
E com uma lágrima no canto do olho.
Corrias para casa a chorar
Sempre que um mendigo vias.
Antigamente, amavas sempre que te pediam.
Ouvias o coração e calavas a razão.
Aceitavas cada amor
Como sendo eterno.
Antigamente, eras feliz.
Agora, és água derramada
No frio asfalto negro da noite.
És a sombra perdida que vagueia
Em busca do caminho correcto.
Corre-te a dor nas veias,
No teu coração permanecem as vozes
De quem te abandonou,
Enganou,
À tua alma MATOU.
Antigamente, sabias sorrir.

Peço desculpa aos meus caros poetas do site pela minha ausência, mas como já disse, estive a meio de mudanças, entre outras coisas e não tenho estado muito a par das novidades, mas espero ainda ter aqui um pequeno lugarzinho!