Alegria

Foto de Maria silvania dos santos

“Coisa para jamais esquecer...``

“Coisa para jamais esquecer...``

_ “Com meus olhos Fechado, sinto tua presença, sinto você chegar devagarinho, aproximando, aproximando do meu ninho de amor aproximar... Com um beijo loucamente apaixonado, toca em meus lábio frágil e molhados...
Repleto de amor e carinho, vai desvendando minha fantasia, me enchendo de alegria e me tirando desta agonia...
Lentamente vai me envolvendo em teus braços, me enlouquecendo com teus amassos...
Sinto cheiro de prazer, coisa para jamais esquecer... ``

Autora; Maria silvania dos santos
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Foto de Maria silvania dos santos

Arranque do meu peito.

Arranque do meu peito

_ No decorrer das minhas noites de tristeza,
onde a agonia é a única princesa,
Na escuridão das ilusões, onde quem clarea é a solidão,
retirando minha alegria, o que me sobra é apenas a tristeza que me guia...
Preenchido meu peito de dor, meu coração bate feito um tambor...
Preciso de um novo e verdadeiro amor, pra que arranque do meu peito esta dor sem valor!..

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Mesmo que o publico não irá ler...

Mesmo que o publico não irá ler...

_ Tento expressar atravez de meus poemas, os meus profundos sentimentos....
Entre os meus sonhos, as minhas fantasia....
Tento aos meus leitor, transmitir um pouco alegria, a essência da minha energia que o contagia....
Faço o que faço, faço com sentimento, deixo fluir tudo que vem de dentro...
Sou assim, e assim serei, é que a escrita eu sempre amei...
Gosto de escrever, mesmo que o publico não irá ler, é que é uma forma de me desabafar, o que preso por dentro está a me sufocar....
Com carinho e dedicação, atendo as ordens do meu coração, e assim, viajo na imaginação...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Alexandre Montalvan

Falar de Amor

Falar de Amor

Rebuscado é o sentimento que me consome
Que em minhas neuras reclama e chama
É a vertigem que mata minha fome
E que insiste em sentir que ama
A pequena imensa dor
Que chama
Amor

Que dói e arde e inflama
Como lentas, são as vorazes vozes
Que não se calam nem ao pé da cama
E em meus ouvidos gritam ferozes
Ao falar deste louco amor

Como fosse palavra morta e purulenta
Na noite escura e não partícula pura
Como o ato que cria o fato e a pintura
Que as mãos divinas pintam desatentas
Rasgando meu coração
E lançando ao vento
As chamas desta emoção

Os descaminhos que encantam e como ilha
Que flutua neste mar e brilha
Tão intensa imensidão
Como estrela no universo
Que com versos
Traz a luz a escuridão

E transmutam criador em criatura
E a dor em alegria, à noite em dia
Amenizando o engasgar desta figura
Inconsequente ironia
Com um toque de magia, uma pitada de poesia
Ao falar de amor

Alexandre

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

EU PREFIRO SER EU!

EU PREFIRO SER EU!
Por William Vicente Borges

Como são tolos estes humanos
Que vivem pesando nos outros
Como mercadores numa feira
Como expertes em tudo.
Avaliam as pessoas como se
Pudessem esquadrinhar
os seus corações.
Mas não importa como me julguem
Se pior ou se melhor que sou.
Eu sou eu, e prefiro ser eu.

Eu prefiro meus erros e acertos.
Eu prefiro estar bem ou não.
Eu prefiro nunca abrir mão
Da compaixão que tenho pelo outro,
Que me respeita ou não.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro minhas feridas, prova de
Quem viveu intensamente e lutando.
De quem não aceitou não entregar seu
“livre arbítrio”, dom de Deus, para ninguém.
A ter a pele lisa dos que nunca estiveram
No calor da batalha, nunca sentiram
o gosto da espada e dos dardos inflamados
do inimigo feroz e invejoso.
Eu prefiro ser eu!

Eu prefiro as minhas enormes percas, certeza
Dos grandes ganhos e de que realizei.
Prova de que continuarei a realizar , do meu
Poder de sair do nada e chegar lá.
Eu prefiro ter andado na contramão da vida
Por arriscar dias melhores. Melhor do que
A frieza de uma existência sem sabor e emoção.
Tendo esta rudeza asfáltica, de quem nunca perdeu
Mas que também nunca sentiu.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus devaneios. Sonhos que vem e vão.
Que as vezes se realizam, e as vezes demoram um tempão.
Melhor do que a mediocridade de achar que sonhos
Nunca se realizam.
Prefiro minhas gargalhadas sempre sinceras,
Fruto da alegria de estar vivo e vivo para Deus.
Melhor do que não saber a que fim veio nesta terra.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus conflitos internos,
Esta rixa sem fim entre razão e emoção
Que as vezes me levam quase a loucura,
Onde tomar uma decisão é um desafio
Sobrenatural.
Antes assim que viver num trilho de ferro,
Como um trem que não sabe mais
Do que vê nas estações.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus turbulentos medos,
que me fazem tremer em certos momentos
Cruciais, mas que me impulsionam
a enfrentá-los cara-a-cara mesmo sem coragem.
A ser este falso herói que se apresenta
De capa e tanga e diz que nada teme,
Mas que na verdade vive de calças sujas.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro esta minha cara limpa.
Este olhar que continua ingênuo
Mesmo depois de tantas porradas.
Este meu coração que acredita
Que todos são bons de alguma forma.
E por vezes ser chamado de louco
Por causa disso.
A viver com estas máscaras,
Das múltiplas personalidades insanas
Onde a crueldade se esconde muito bem
Pronta para aflorar.
Eu prefiro ser eu!

Eu prefiro minha casinha de
Paredes brancas e teto azul,
Onde estrelas brilham o tempo todo,
Só para me fazer sorrir.
Prefiro meu fogão, bem usado,
Onde pintei muitos corações
Só para me lembrar que preciso
Ter sempre um coração quente.
Eu prefiro meu colchão sobre o chão
Na salinha desta casinha sem quarto
Que me proporciona os sonhos mais
Doces e as esperanças mais certas.
As mansões cheias de ouro onde
Cristo não pode entrar, comer e repousar.
Eu prefiro ser eu!

Eu não quero ser outro.
Eu não quero a vida do outro.
Por que sou único
E como único, especial.
E ao contrário do que os
outros pedantes, “pesantes”, tolos
podem achar,
digo a estes pernósticos burros:
È bom demais ser eu!

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Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS
Por: William Vicente Borges

É próprio de nós dois , esquecer do mundo que nos cerca só para ficarmos juntos num momento eternizado na história da esperança.
É próprio de nós dois, permitirmos que o dia vire noite e a noite vire dia sem nos apercebermos que o tempo está passando a nossa volta tentando nos parar.
É próprio de nós dois , olharmos um para dentro do coração do outro e ainda assim imaginarmos que de alguma maneira ainda existem sentimentos que ainda não foram examinados em toda a sua intensidade.
É próprio de nós dois, rirmos até o extremo da alegria e logo em seguida chorarmos a distância que nos é imposta , que nos é proposta e que ainda assim é a nossa sorte.
É próprio de nós dois, rirmos um do outro e chorarmos um do outro num misto de prazeres e dores que inoxorávelmente nos arremetem ao limiar das nossas emoções mais profundas , que nos deixam as vezes mudos e sem ter a mínima vontade de entender nada.
É próprio de nós dois, corrermos o risco de estarmos num interminável colóquio emocional onde permeiam o amor e o respeito em doses nem sempre homeopáticas.
È próprio de nós dois, lermos os pensamentos um do outro, ou será lermos só o que nos interessa saber numa cumplicidade total de vontades.
É próprio de nós dois, nos darmos as mãos e não querer soltar mais, querendo que tudo nos fosse favorável até que o infinito nos presenteasse com a segurança que ansiamos.
É próprio de nós dois, tentarmos disfarçar sentimentos que hoje nos são totalmente impróprios, mas que cabe bem em nossa concha submarina que se chama amar.
É próprio de nós dois, sermos mais que amigos , sermos mais que almas, sermos mais que dois, sermos um, um só momento, sentimento, cabimento, acanhamento, e ainda assim não admitirmos nada que vá além do puro e simples momento de conversar.
É próprio de nós dois, querermos olhar o futuro e não nos vermos lá, juntos, caminhando, ou de joelhos a orar, como se tudo já estivesse traçado e que nada nem no céu e nem na terra fosse capaz de alterar, mas ao mesmo tempo vagueia no interior mais distantes de nossas almas uma esperança bem vaga de que pelo menos antes do tempo final de cada um, possamos ter a chance de pelo menos uma vez só, só uma vez, talvez possamos nos encontrar para sempre.
É próprio de nós dois, querermos ir além do que os outros podem ir, sem receio de sermos felizes novamente sem medo de fracassar ou do que os outros irão pensar.
É próprio de nós dois, nos olharmos no espelho e nos sentirmos um pouco pequenos, sem jeito e pensarmos: já que Deus ousou nos abençoar , Ele poderia ter nos feito um pouco maiores ou mais bonitos, e é aí que nos enganamos mais uma vez . Pois Deus quer nos abençoar como Ele nos fez.
É próprio de nós dois, amarmos intensamente e por isso sofrermos também e para piorar ter a terrível mania de sempre se apaixonar na hora errada, pela pessoa certa, no tempo errado.
É próprio de nós dois, olharmos demais para as nossas incapacidades ao invés das possibilidade, e se rompemos e seguimos em frente é por pura obra da providencia.
É próprio de nós dois, ser, e realmente ser quem somos , sem máscaras ou dissimulações, e isso é o mais chocante, pois sendo quem somos estamos fadados a parar de nos contatar, a parar de nos alegrar.
É próprio de nós dois, não fazermos loucuras, não agora,não neste momento, não neste tempo, não neste contexto de vida, tua vida, muitas vidas que estão ao redor das nossas e que no sugam sem parar.
É próprio de nós dois, sonharmos um com o outro, mas sem deixar que tudo não passe de um sonho, só para lembrar depois.
É próprio de nós dois, nos abraçarmos, darmos as mãos, olhar nos olhos e dizer coisas um para outro que nunca serão esquecidas vivendo o vértice da imaginação e realidade.
É próprio de nós dois, pegarmos o papel e nele colocarmos nossas palavras mais vivas, mas ao mesmo nunca escrever o que no coração foi gravado com fogo, e que só nós podemos ler.
É próprio de nós dois, esta razão sempre presente, este juízo sempre inerente, que nos refreia, que inibe as palavras, os sentimentos, que nos induz a não continuar e que um dia dirá de forma implacável: __Se afastem!
É próprio de nós dois, esperarmos pelo dia do não, pelo dia do adeus, pelo dia da separação, pelo dia da distância, pelo dia do inevitável fim de nossos momentos, sonhos, ilusões e tudo o mais que acompanha este amor infinito.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, guardarmos as lembranças.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nunca se esquecer de quem foi especial um dia.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nutrirmos sempre uma mínima fagulha de fé de que Deus marcará na eternidade um momento para nos revermos.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, entender bem que tudo o que nos aconteceu foi inicio e que os sentimentos foram únicos, que os motivos foram puros.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, remexermos nas lembranças antigas e nos depararmos com algo que nos faça lembrar um do outro, então choremos de saudade, mas também de alegria agradecidos porque tantos momentos maravilhosos existiram.
Porque tudo isso é bem próprio de nós dois.
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Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM
Por: William Vicente Borges

Hoje quando os cavalos me acordaram, abri a janela e a neblina ainda tomava contas dos campos. Vinha da cozinha o cheiro do café quentinho, eu respirei fundo para sentir todos estes ares da vida. Todos estes cheiros da felicidade. Tomei uma ducha quente e relaxante, barbeei-me, usei minha colônia preferida, aquela que não me arde o rosto. Vesti-me com uma roupa feliz e fui em direção a você que torrava os pães, abracei-a por trás e senti teu perfume de mulher carinhosa. Beijei teu pescoço, você se virou ainda com as mãos na faca de manteiga, e beijou-me levemente os lábios. Sentamos os dois na mesa bem posta, com queijo de Minas, o café, o leite os pãezinhos. Mas sinceramente só queria mesmo ficar olhando pra você a manhã toda.
Hoje quando os cavalos me acordaram, o dia parecia perfeito, e era perfeito, não há dias imperfeitos com você por perto. Ajudei a lavar os copos após o café e peguei você pelas mãos e fomos caminhar, neste nosso dia de preguiça e amores. Fomos em direção a ponte sobre o ribeirão, quantos poemas nasceram naquela ponte, todos para você, todos por você. Paramos um pouco sobre a ponte e a água passava veloz sob nossos pés, o tempo também passou veloz sob nossos sonhos. Agora não quero e nem desejo que o tempo corra, quero que ele pare, quero continuar mirando teus olhos que me miram e que me dizem de forma veemente que sou o homem da tua vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, senti que meu coração batia tranquilo, senti que quando a neblina se dissipasse ante o calor do sol, o céu se mostraria mais azul que nunca. Saímos da ponte sobre o ribeirão em direção ao pomar, ao pomar que meu avô plantou e que quando eu era criança me presenteou com os gostos mais doces desta terra, como o gosto da laranja, com o gosto da jabuticaba, com o gosto do pêssego, com o gosto do cajá, com o gosto do maracujá. Mas em você, minha amada, neste pomar de paixão, descobri o gosto mais doce, da fruta mais doce, do beijo mais doce, da certeza mais doce, dos momentos mais doces, dos sonhos mais doces dos sentimentos e emoções mais doces que um homem podem experimentar na vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não me parecia que seria mesmo um dia qualquer, um dia para apenas ser vivido. Saímos correndo do pomar, eu te puxando pelas mãos te levei até o jardim que vovó plantou e mamãe regou, escolhi a rosa amarela que tanto gosta coloquei em teus cabelos que são feitos de fios de ouro. Quando coloquei a rosa, seu rosto que já brilhava, brilhou ainda mais. E eu derramei involuntariamente uma lágrima salgada, uma lágrima de alegria de poder olhar para a imagem mais bela do universo. Abraçou-me como quem abraça a esperança e eu não queria mais larga-la, quando finalmente deixamos de abraçar, a neblina da manhã havia de todo se dissipado, e como imaginava o céu se mostrou de um azul lindo e profundo.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não pude explicar toda a alegria que me cercava e o sorriso que abundava em minha face, mas agora enquanto voltamos para a casa da fazenda e você correu um pouco a minha frente a fim de pegar mais uma rosa, descobri que o meu dia de alegria começou bem antes, antes dos cavalos me acordarem, este dia de alegria começou a algum tempo atrás. No exato dia em que me disse que me amava e que seria minha para sempre.

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Primavera de 2007

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

TODAS AS MÃES

TODAS AS MÃES
Por: William Vicente Borges

Todas as mães são santas
Todas as mães são sábias
Todas as mães são boas
Toas as mães são lindas.

Todas as mães sofrem
Todas as mães vencem
Todas as mães se preocupam
Todas as mães acolhem.

Todas as mães são frágeis
Todas as mães são fortes
Todas as mães são guerreiras
Todas as mães são protetoras.

Todas as mães merecem flores
Todas as mães merecem beijos
Todas as mães merecem carinho
Todas as mães merecem respeito.

A todas as mães muita alegria
A todas as mães um abraço
A todas as mães sorrisos
A todas as mães um agrado.

A quem Deus incumbiu
de gerar em seu ventre vida
nos colocamos de pé
e damos os mais efusivos aplausos

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Outono de 2009

Foto de Bruno Silvano

A mais bela da tricolores

A estação era o inverno, um dos invernos mais quentes dos últimos anos, aquele típico “veranico” de agosto com aquele vento forte sem direção, sem rumo. Era um garoto de classe media, morava afastado da centro da cidade, e talvez por esse motivo um pouco tímido, acostumado a falar mais com a plantação de milho, do que com as pessoas.

Passara uma grande parte do meu tempo dedicado a ações sociais, em uma ONG de animais. Muitas vezes ficava horas e horas recolhendo animais feridos, por toda a cidade. Assim eram minhas tardes, e como as outras, essa não poderia ser diferente havia passado rapidamente, minha mão estava toda calejada, pelo duro trabalho realizado. Fiquei cansado, mas não tanto o suficiente para planejar minha vida pessoal, estava ali sozinho no canto da fazenda de quase 2 hectares observando as estrelas, sonhando acordado talvez com o jogo do dia seguinte, que era de suma importância para o Criciúma. Havia achado no meio da tarde uma linda flor, junto a uma gata que havia sido maltratada, a replantei naquele mesmo local. Pensara comigo mesmo, de quantas vez escutara que se fizermos algo de bom a natureza, ela nos retribuiria de tal maneira. Imaginava, se comigo a mãe natureza fizesse a mesma coisa, talvez com mais uma vitória do Criciúma, o meu time de coração. Observava a flor era linda assim como uma daquelas “perolas” torcedoras do tigre,a cada segundo parecia ganhar mais e mais vida. Era uma “Dama da Noite” possuía um perfume doce adorável. Adormeci por ali mesmo.
No dia seguinte teria que me acordar cedo para a aula, mas nada me tiraria de perto daquela flor. Durante o sono como sempre tudo passou rápido e terça feira já havia amanhecido. A flor se adaptou rapidamente a aquele solo fértil, arenoso e decorado com aquele gramado verde, era um verdadeiro espetáculo, principalmente ao orvalho da manhã que em contraste com o sol se formava as mais bonita das combinações de cores, preta, amarela e branca . Apesar de ser um exímio observador, jamais tinha visto tamanho magnitude e beleza em uma planta, seu caule formava um “J” que talvez representasse a juventude.
Por coincidência era dia de jogo do Criciúma, assim como a planta toda a cidade estava no esquenta do jogo. Era Criciúma e Avaí, o interior contra a toda poderosa capital do estado, era o duelo de predadores o tigre contra o leão. Estava tremulo em razão da empolgação, talvez até um pouco demais. Toda apoio do mundo seria bem vindo ao estádio, até pensei em levar aquela planta ao estádio, mas não poderia acabar com tamanha beleza. A escuridão da noite se aproximava, os nervos iam aumentando, a cidade desde cedo estava sutilmente pintada com as cores da camisa tricolor.
O espetáculo já estava todo armado, faltava apenas o time entrar em campo, contávamos com mais de 15000 apaixonados, que apoiaram do primeiro até ao ultimo segundo do jogo. Apesar do transito cheguei em tempo de ver o inicio dessa linda festa, junto a torcida mais amada e bonita desse pais. O resultado da partida foi surpreendente 5x1 para o Criciúma, foi uma chuva de golaços, muitas vezes confundido com o choro de alegria do torcedor, que torcia para o time que acabara de conquistar o simbólico titulo do 1º turno do Brasileirão da serie B.
A flor teria dado uma sorte e tanto, mas não contei que toda aquela chuva de gols poderia prejudicar aquela linda dama da noite, suas pétalas mucharam, nunca mais vi no orvalho da manhã as cores tricolores. Esperei pelas próximas noites atrás de seu perfume, tudo isso em vão, acabei me conformando que a mais linda das tricolores nunca mais abriria. Ainda era muito novo um adolescente e não entendia o porque ela se fechou. Confesso ter deixado algumas lagrimas caírem em suas folhas e suas raízes.
Continuei comparecendo a todos os jogos do Criciúma no estádio Heriberto Hulse mas o time nunca mais havia repetido uma atuação de gala, já não era mais o primeiro, mas era a final do campeonato e o tigre ainda poderia sagrar-se campeão. O jogo se encaminhava para a etapa final, quando depois de muito tempo senti aquele maravilhoso cheiro, daquela jovem plantinha, que tanto teria me deixado saudade, quase que a podia senti-la aos brilhos dos meus olhos novamente, a procurei suavemente, olhei para o lado e o brilho foi quase instantâneo, me encantei com aquela torcedora, Cujo possuía os olhos brilhantes, a pele serena, os cabelos lisos, tal iguais a aquela dama da noite que havia ficado em meu coração, seu nome era Julia, ela podia não ser uma planta mas com certeza era uma flor, das mais lindas, ainda mais realçada com as cores de sua camisa preta amarela e branca, minha euforia foi acalmada por um grito de “Gol”. O Criciúma sagrava-se campeão nacional daquela modalidade de futebol. Embora nunca mais pude ver Julia, na noite em que a vi minha flor havia brotado novamente, me fazendo recordar a cada instante as mais bonitas das tricolores.

Foto de Rosamares da Maia

O CIRCO DE DAYSE

O Circo de Dayse

Palhaço solitário deserdado, sem circo,
Faz da vida a piada, lona e picadeiro.
Malabarista por destino desengonçado,
Dribla a falta do cenário, ensaia e encena.

O seu texto? A comédia diária da sua vida.

Trapezista sobrevivente do dia a dia se atira,
Sem rede, com medo, sem prumo, sem rumo.
Em baixo o pesadelo na garganta dos leões.
Queda livre, pirueta ousada, abuso fatal.

Bem próximo de ser devorado, no quase,
Cai no sono profundo embalado no riso,
Ouve as gargalhadas das crianças. Dorme feliz.
Sonha com as peripécias da vida de palhaço

Salvação atrapalhada, de muitas trapalhadas.
Sonha com o seu quarto – O que nunca teve.
Vê janelas pintadas de azul, viradas para o sol.
Um quarto branco com duas amplas portas.

Uma a da entrada, a outra a salvação da saída.

Quando entra é Arlequim, dor e lágrimas,
Palhaço insosso e triste de um mundo que pesa.
Quando sai é palhaço da periferia, nome Alegria.
Canta, rola cambalhotas na grama verde.

Vê o céu, janela azul e irreverente faz careta,
Reverências para uma plateia que o espera.
...Senhoras e Senhores – Tam, taram, tam tam!,
Que rufem os tambores!

“E o Palhaço o que é?...Hoje tem sim senhor!”
Acorda! Vamos palhaço! O show é a vida.
E o espetáculo vai recomeçar.

Rosamares da Maia

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