Ânsia

Foto de diny

ILUSÃO

ILUSÃO
Amor do meu amor.
Hoje senti demais a tua ausência.
Chorei por falta tua.
Por dias e noites sem tua presença.
Por esse tempo passado sem retorno.
E todo sufoco dessa carência de ti.

A precisão de ti, como o ar que respiro.
À querer-te com todos os meus sentidos.
Amando-me a cada suspiro meu.
Com toda emoção, amando-me comigo.
Com o meu ser inteiro abandonado no teu.

As tuas mãos suaves a tocar-me.
A inundar-me de carinho e prazer.
E esse meu coração a gemer implora;
Sentir tua doce face entre minhas mãos.
Ah quanto amor sinto por ti agora!

Preciso aconchegar-me a ti, preciso.
Ouvir tua voz, ver o teu sorriso.
Inebriando-me de ti feito caricia.
Somente de teu jeito sobre mim.
Das delicias de teu amor, preciso!

Debruçar-me sobre teu sono e no teu peito.
Respirar teu ar, afagar teus cabelos.
Olhar teus olhos e de coração dizer-te amo.
Mas és apenas ilusão; doce engano.
Um Anjo de amor que minha alma criou.

Meu lindo Anjo, amor de meu amor.
Não tens sentido de realização.
Não tens definição pra razão humana.
És apenas ânsia, alma, sonho, chama.
Do meu tão grande amor!

Foto de diny

O MEU ANJO

O MEU ANJO
O ANJO DOS MEUS SONHOS
É AQUELE QUE MINHA ALMA CRIOU
FEITO DE UM GRANDE AMOR
AMOR DE UM AMOR PERFEITO.

E ah a estrutura desse amor
Amor eleito por inspiração
E feito de uma alma pura
Minha luz e meu sol, Meu anjo.

Anjo da minha esperança
Anjo do meu amor,
e de meu coração
Ah como é belo o meu anjo!

Meigo, suave, carinhoso
Gostoso de desejar
Gostoso de amar
Com loucura amar...

Seu jeito, sua voz
Seu sorriso, seu olhar
Ele não há igual
Tudo nele é tão especial!

Seus olhos são abismos de ternura
De um verde dengoso lindo
Sempre refletindo
Êxtase de amor.

Seu sorriso
É precipício de delícias
E de infinitas carícias.

O paraíso que me escapa
É riso
Riso de amor
Nos lábios desse anjo.

A bela voz é harpa! É flauta!
É musica que acalma.
Arrebata e embala
E aprisiona a minha alma.

Todo o seu ser
Foi planejado no céu
A força iluminadora
A essência envolvente
A presença de vida
Mais doce que mel!

Tudo nele é desejável
E irresistível!
Com essa sua alegria
E luz criança!
Feito de amor e ânsia
Dos delírios de meu coração!

Ele todo é excesso de brilho
Fascinante e encantador
É vida pra todos os meus suspiros
E o belo anjo do meu amor.

Ah como é muitíssimo
Belo o meu anjo!
E meu anjo;
Meu coração chama por ti
Com singular desejo;
Cravar em tua alma, delírios.
Suspiros, afagos e beijos
Amor insano, lindo, puro, intenso
Ah eu te amo tanto!
Imenso... Meu anjo.

O meu anjo.

Diny souto.

Foto de Paulo Master

A razão de toda a existência

É possível avaliar um sentimento? Pesar uma afeição? Medir o entusiasmo ou regular uma paixão? Estamos conectados, seguimos uma ordem natural, um preceito imposto a cada ser como dádiva divina. Somos cativos a esses sentimentos, o ser humano é um indivíduo coeso, de origem racional e segue os próprios instintos. Não há como negar, existe em cada ser a necessidade de suprimir as emoções, mitigar os anseios e saciar desejos concupiscentes. O campo sentimental é como uma selva em que vence o mais forte, em seu interior existe um contrassenso, um leão a ser abatido. Todavia, esse caminho é uma senda serpeada, um campo minado, pérfido, onde vence o perspicaz. Esse “vencedor” não somente se valia de sua argúcia instintiva, como de um desprendimento sentimental especial, diferente dos demais. O ser humano é capaz de amar racionalmente, responder a esse sentimento e submeter-se a suas condições. Desde o útero aguardamos o contato materno, a ânsia pelo amor tornou a experiência embrionária um ensaio prodigioso. O amor, no entanto é um admirável paradoxo, um bem comum, o atributo peculiar em cada ser, o domínio de um e a sujeição do outro. Se estivermos compelidos a amar de forma irracional, estaremos impelidos ao inefável abismo solitário da razão. O amor é inerente como a alma, é a essência de cada ser, um nobre sentimento, uma busca; a razão de toda a existência.

Foto de diny

NAMORADO

Namorado:
Ter ou não ter, é uma questão.
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Nao tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Nao tem namorado quem nao sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Nao tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.

Nao tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Elou-cresça.

(Carlos Drummond de Andrade).

Foto de carlosmustang

DROPARO

A duvida, o medo, o desejo de não partir
A ânsia de viver, almejando o amanhã
A tocar novamente os meus prazeres preferidos
Ao sentimento confuso de que não acabe

Não gosto de parecer tão egoísta
Amaria a certeza de eternamente continuar
Para os braços dessa sofrida existência, soltar
Mas não me vou, mas a vida quer me expulsar

Tenho apego, e quanto mais tenho, sofro
Me encolho, então espero, quiçá nasce de novo
Almejo abrir minhas gavetas, n certeza

Tenho sono, então sonho, prenuncia tá passando
Me abraço, tenho eu, resvalando, desvairando
Tum tum, vai pairando, nem eu aqui mais existirei

Foto de Arnault L. D.

E talvez... amor

Vou juntar as alegrias que souber,
para todas desejar dá-las a ti.
Por um anjo, uma estrela, o que puder,
num soprar da noite, ou no que vier,
que as entregue e diga que é apenas sorte
tudo desejado deste “bem lhe quer”.

Pode a Lua, mais enorme, ou a menor;
a chuva, a neblina, até garoa...
Leve incógnita, engendre ao seu redor,
sem cartão, caixa, apenas o teor.
Qual canção, que ao fundo de uma cena soa,
discretamente, anônimo faça dispor.

Estando aonde for... por onde for...
Sem seguir teus passos, sopro ao que puder
desta ternura, imensa, e talvez... amor...
Que o destino, caprichoso, tornou dor.
Mas, que o tempo bom, fez voltar por mister
velha doçura no lembrar teu rosto por...

Não como antes, eu daqui tão distante,
sem a esperança a queimar em fúria,
sem a ânsia, nas entranhas a rasgar.
Esse carinho, silente, quase triste...
Bem no fundo, alegra, por havido historia,
em saber que um dia, eu fui tanto amar.

Foto de EsperancaVaz

EU...

Quero dos teus olhos
O espetáculo da alma
O ruminar da aurora
Do amor eterna flora
Ânsia dos suaves carinhos
Doces beijos em desalinho
Fogo, não de paixão
Que acaba em ilusão
Mas, o abraço verdadeiro
Afago de puro amor
Encontro de sonho dourado
Desejo que transpira calor
Traz ao meu colo vida
Em Deus teremos acolhida

03/09/2012.
poesia registrada
(Esperança Vaz)

Foto de Carmen Lúcia

Na contramão do tempo

Ando sempre apressada
sem notar o que me acerca,
engolindo as etapas,
acelerando os dias...
E ao sufocar os sonhos,
os jogo ao abandono
pra que nenhum retorno
me incite a sonhar...

Atropelando fases
das estações da vida
mantenho-as esquecidas,
me privo de chorar...
Na ânsia exacerbada
que gera essa fobia,
na marcha exasperada
de só querer chegar...

Evito as paradas
só pra não me render
ficando nos caminhos
esquivo-me de me perder.
Me cego às alvoradas
e ao brilho das manhãs,
vou sempre em disparada
não vejo o sol nascer...

Na contramão do tempo
abstenho-me dos momentos
em que a felicidade
pode me fazer voltar...
Confronto-me com o vento,
ensurdece-me seu lamento
pra me ludibriar
e me sensibilizar...
que freia indignado
no afã de me deter
e passo-lhe a frente
ansiosa por vencer.

E a pressa me consome
não me deixando ver
que em cada parada
há novo amanhecer...
Que as curvas do caminho
são pausas do destino
que alimentam a alma
pra não retroceder...

Que as flores das estradas
compõem poesias,
as estrelas que hoje brilham
já não estarão mais lá...
Que toda a trajetória
se feita aos atropelos
não grava a história
de quem passa por passar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Alexandre Montalvan

Lembranças

Eu quero sentir-te criança
Sabendo que já não és mais
Tenho você na lembrança
Correndo descalça na terra
Nos olhos tenra primavera
Tempos que não voltam mais

Eu quero sentir-te mulher
Olhar quente apimentado
Lábios vermelhos carentes
Pedindo para serem beijados
Tua paixão desenfreada
Tua ânsia em ser amada
Tempo que ficou para traz

Agora eu a sinto tão fria
Deitada sem alma, vazia
Não vejo teu lindo sorriso
Agora perdi a esperança
Nem posso ver o teu olhar
Agora só restam lembranças
De um tempo que não volta mais

Alexandre Montalvan

Foto de Arnault L. D.

Noturno

Ao amor que me regê
não cabe olhar o dia.
Busca a tênue bruma, fria,
da noite que nos protege.

Não convém sair ao claro
e assim vive escondido.
Entre os detalhes, diluído,
Doçura num bitter amaro...

Não me atrevo além do luar,
ao esmiuçar da luz, direta.
Qual o morcego, que incerta,
no temor da aurora voltar.

Mas, não duvides, é amor.
Verdadeiro, triste e cálido,
como a luz de um prata pálido
num reflexo de sol, sem calor...

Vivo na obscura distancia,
o breu sonambulo de alfombra,
pelas frestas do não, e sombra,
acalento desejo, boca e ânsia...

Mas, o sinto, e à noite integro,
como irmão da sombra incógnita,
oculto satélite, por ti a orbita,
imerso no breu do espaço negro.

Sou no canto d'ave notívaga
que o ignorar diz mau-agouro...
mas, é tudo que lhe posso deste ouro,
o meu choro por ti na noite amiga.

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