Arte

Foto de Tarcisus

O MEDO

O medo é inerente à vida,
É o desafio dos prudentes,
A arte de navegar em mares desconhecidos
É a porta que a felicidade fez questão de deixar aberta

Todos temos medo, o medo é a incerteza
O medo prevalece na vida de muitos
Fortalece a vida de outros, seu efeito é distinto
Como um vinho tinto que embriaga a uns, e faz bem a outros

Medo do fogo, medo da água
Medo do tudo, medo do nada
Medo da morte, medo da sorte
Mas o maior de todos os medos é o de amar

Amar é opcional, mas é necessário
Amar é a verdade eterna de poucos
É o elo entre o amante e a felicidade ou a frustração
Deus nos deu o livre-arbítrio de escolher ou abdicar
O risco do erro ou do acerto só é sensível ao coração.

Foto de Ednaschneider

Antes de te conhecer

Antes de te conhecer eu já te conhecia
Só que não sabia...
Antes de te conhecer eu já te amava
Só que minha consciência não observava...
Este amor que sinto por ti
Sempre existiu...
De meu coração nunca saiu...
Antes mesmo do meu nascimento...
Ele já estava guardado
Um eterno sentimento
Que por Deus foi abençoado.
Para além do firmamento.
Encontramo-nos em outras épocas
Em outros corpos...
Mas sempre nos encontramos.
Fomos cúmplices de tantas artes,
Em diversas partes:
Arte de escrever;
Arte da pintura.
Eu escrevia nosso amor
Você pintava minha figura
Contemplávamos o Sol nascer...
Em tantas vidas, tanta ternura!
Tivemos palácios. Fomos andarilhos,
Fomos palhaços. Tivemos filhos...
Fomos tantas coisas “juntos”...
Dormimos nos juncos,
Rimos, choramos.
Dormimos na lama, na poça...
Hoje estamos na cama...
E sou tua moça...
E nos amando continuamos.

03/08/07
Joana Darc Brasil *
*Direitos Reservados.

Foto de Lou Poulit

A ARTE É UM CAMINHO

A arte é um caminho. Para muitos, pode ser um caminho apenas de prazer, um entretenimento. E de fato é muito prazeiroso fazer arte, mas esse caráter estará sempre na razão direta da pretensão e do grau de envolvimento, e portanto, do caráter do artista. A partir do momento em que ele estabelecer objetivos específicos para si e para a sua arte, havendo um envolvimento consistente, tais objetivos poderão se tornar uma prioridade cada vez maior. Até mesmo chegar a um estágio no qual o prazer, associado a um resultado ainda não atingido, seja uma simples expectativa, porém capaz de esvaziar o prazer comezinho de fazer arte.

Colocada dessa forma, a idéia pode parecer antipática para muitas pessoas. Porém é necessário levar em conta um aspecto irrecusável: Na arte, como em outros campos da vida, pode ser muito importante o mérito da autoria. Ou seja, pode ser imprescindível que nos sintamos no pleno direito de considerar determinado resultado como nosso, fruto do nosso esforço e discernimento, do nosso talento pessoal, produto autêntico da nossa alma, principal referência de auto-identificação.

Outros fatores sempre concorrem para que um resultado se concretize, mas não se completariam sem as escolhas, ainda que intuitivas, feitas pelo autor no decorrer do processo. Para um autor lúcido do que faz, que se empenhe em dominar uma técnica, por que motivo estabeleceria um objetivo a ser determinado à sua revelia? Se alguém assume um objetivo para si, qualquer que seja o seu grau de envolvimento ele fará parte de um grupo majoritário de pessoas, não sofrerá sérios enfrentamentos, e não se importará muito com prazeres secundários (nem com o julgamento que façam a respeito disso). Então lhe será natural a associação da satisfação ao atingimento do seu objetivo, o esmero nos meios que utiliza e, afinal, a auto-exigência do mérito da autoria. Embora, para um autêntico artista, de corpo e alma, não seja tão simples assim.

O que um caminho tem de mais importante, seria a conquista final? Ou o somatório das muitas pequenas conquistas secundárias? A resposta mais evidente (ambas as coisas) é a mais difícil de ser realizada. Entretanto, em se tratando de arte, de certa forma é quase sempre o que acaba acontecendo. Explicando, em arte, os grandes objetivos importam em longos percursos da alma do artista, o rumo se desloca várias vezes durante o trajeto e perde-se o sentido de atingir exatamente o ponto almejado no início, já que surgem outros, alternativos e igualmente sedutores, no imenso horizonte das concepções. Quanto às conquistas secundárias, são na verdade o dia-a-dia do artista, seu verdadeiro prazer. É como disse uma vez Pablo Picasso: “O artista não pode esgotar completamente sua pintura. No dia em que isso acontecer, morrerão o artista e a sua arte”.

Vendo-se assim, o artista mais se assemelha a um livre peregrino, de túnica, sandálias, bastão e alforge, do que a um cruzado conquistador, que precisa suportar o peso enorme das suas armas, prisioneiro da própria armadura e das riquezas que seu ego exigiu para si. Enquanto o cruzado produz destruição e pilhagem pelo caminho, o artista cria, recria e se doa. E isso ocorre pela sedução do espírito da arte, que languidamente se oferece como miragem de rumos novos, para que possa exercer seu papel no mundo. A arte é um caminho diferente de outros tantos caminhos. Porque não existe um lugar em que deva chegar, a não ser o indevassável âmago dos seus admiradores. E ainda que aí venha a chegar, decerto não se conformará em ser essência, concentrada e contida, em um diminuto vidrinho arrolhado.

Sou apenas um obscuro ser vivente, condicionado às vicissitudes e limitações humanas, mas tenho uma suspeita quase palpável: minha alma de artista assegura, com um sorriso seguro e atemporal, mais que angélico e menos que demoníaco, que a arte nunca se conformou em ser expressa e arrolhada em uma medida de capital.

Foto de nelllemos

Meu pecado

Meu pecado
Você conhece
Todos os meus atalhos
Sabe como me levar aos céus
Danço em teu corpo
Feito bailarina
Essa dança
Foi você quem me ensinou
Nessa valsa
Eu segui seus passos
Sem sequer pisar os teus pés
Redenção dos meus dias maus
Você me leva ao mais alto grão
Fez-me conhecer
Cada parte minha
Você me pesquisou
Como um estudioso
Na arte do amor
Kama sutra
Em nossa cama
Gritos
Gemidos
Mas não de dor
Veio cheio
Inteiro
Centímetro
A centímetro
De você em mim
Ensinou-me tudo o que sei
Todas as artimanhas do amor

Nell Lemos

Foto de LordRocha®

Deus

Onipotente, Onipresente, Onisciente;
Criador dos céus, da terra e dos mares;
Criador e consumador de tudo e de todos;
Cientista da experiência da vida terrena;
Observador e doutrinador da arte de viver;
Supremo no saber, entender e ensinar;
Soberano no responder;
Impetuoso no declarar;
Infalível no executar;
Misericordioso no perdoar;
Paciente, Sublime, Justo;
Essência da suprema sabedoria;
Dono do presente, passado e futuro;
Sabedor dos segredos ocultos;
Único, Eterno, Divino;
Digno de toda Honra, Glória e Louvor;
Nosso Deus, Criador e Consumador...
... Da Vida Física, Mental e Supra mental;
Amém.

Foto de Carmen Lúcia

2ºConcurso Literário(Tema Livre)Curriculum Vitae

Meu nome: Poema Luz...
Sou taurina, a arte me fascina, me seduz...
Interligada aos recônditos profundos
Conectada às belezas, às delícias do mundo.
Sou gozo e conforto, valorizo o viver bem...
Preservo o que é valioso e o que mais convém...
Movo céus e terras em prol dos que não têm.
Sou sensível, vulnerável, flexível...
Assoberbam-me as excelências da vida,indefinida...
Suscetível a mudanças, maleável a relevâncias,
Para mim, luar é palpável, estrela...transitável,
Como a umidade do ar... penetrável.
Desfruto os cheiros das plantas que crescem a cada dia,
As gotas de orvalho e o sol das manhãs que se anuncia,
Sou levada ao paraíso pelos meus sentidos,
Libero sentimentos, não os quero contidos.
Só me detenho quando a minha frente
Me deparo com as limitações de minha mente
Mergulhada na imensidão de minhas infinitudes.
Desconheço as leis, meu bom senso me basta,
Ele é quem comanda meus atos,
Me ensina a discernir os fatos
E das iniqüidades me afasta.
Sou calma...até lenta no agir,
E nada temo, nada me faz fugir...
As minhas imperfeições procuro assumir.
Repudio a superficialidade,excessiva vaidade,
Embalagens que o tempo extermina,
A essência do conteúdo é o que predomina
E o que já passou pela prova do tempo...
Raízes que não apodrecem, nem leva o vento.
Meus bichos e plantas me cobram carinho
E eu me aconchego qual pássaro no ninho.
Suave, sensual, me perco de amores, me excitam os pudores...
Sou frágil cristal, sou mulher fatal, sou porto seguro,
Choro as emoções, absorvo paixões, sou ancoradouro...
Anseio o novo, me perco a olhar o que está por chegar.
Pacienciosa, aguardo o amor me chamar...
Estou apta para amar!

Foto de TrabisDeMentia

As rugas do meu rosto

São sinais que o amor deixou
São canais que a dor cavou
São leito de lágrimas
Sorrisos vincados
São pedaços de ti enraizados
São mais do que o tempo que já passou
São obras de arte
São o estandarte
São a fruta madura do nosso Agosto
São a tua lembrança
A que não parte
São tudo, tudo o que eu posso dar-te
As rugas do meu triste rosto

Foto de CarolComPoesia

Faz versos, poeta!

Vai poeta,
mendigo das estações perfeitas
dono do inverno gelado da alma
das torrenciais tempestades da vida
sob ventos de furacões dos sonhos que escaparam
entre as tantas existências da tua poesia

Vai poeta,
atropelando os versos em desassossego
transformando horas em instantes sem nexo
para que o espírito sobrevoe a fragilidade
do que vai na tua alma inquieta

Vagueia entre as madrugadas
enche a cara e entorna todas para que a noite
te desenhe estrelas e uma lua perfeita
que habita almas pueris que sonham ainda
apesar dos ardis de toda esta vida,

Delineia teus versos obesos de tristeza
alinhava tua percepção de mundo
embora imundo e falsamente real
tudo é ilusão, pensador!

Nem o que vês, tampouco o que não supões
é real,
abraça esse mundo de ilusões!

Chora tuas dores desencantadas
imagina flores para que teus pés agüentem
e colhe versos, poeta, colhe versos
nas bocas aflitas que nada mais dizem
e nas almas cansadas que, fingindo, mentem,

Faz dos teus versos o que bem quiser,
tolo sonhador
- pobre poeta – achando que tudo caberá num poema!
Escreve e sofre e lapida a tua arte
de fazer da vida decadente e fria
uns versos imperfeitos, vomitados na tua agonia.

(Carol)

Foto de KarlaBardanza

Devadasi Amando...

Seda pura, mirra, henna,
sari, kajal, o Taj Mahal...
Sou eu e você na Índia
em alto astral.
Danço Odissi...
Quem te disse
que a Índia não é aqui?
Sou uma devadasi.
A tua face é música carnática...
Enfática te grito flores,
odores, incenso de jasmim.
Você é tudo, enfim.
Meu mundo é essa viagem
de colares, xales e beleza.
A Índia é uma princesa
de cabelos perfumados.
É um templo de deusas e poesia.
Sou eu beijando o teu dia,
com ares de sonho e silêncio.
Divindades, véus e céu...
sou eu te mostrando a vida
por um novo lado.
E nesse instante, nosso sonho é inventado.
Tâmara, româ, especiarias...
Onde irias se não fossem
meus braços de espera?
Mudras e mantras...
Onde irias sem essa
que te encanta?
Minhas mãos e pés pintados de vermelho...
Veja-me neste espelho.
Sou eu com minhas pulseiras,
e tornozeleiras de guizos.
Te aviso,meu tudo...
Nosso mundo cabe entre o beijo e a noite...
Minha alma floresce
e te oferece uma guirlanda de amor.
Abra as mãos.
Entenda o rito.
Abra seu sorriso de erva-doce
e abrace este aroma de canela.
Te devoto esta dança...
Te ofereço esta canção...
Sou eu esta pérola no teu coração...
Lírios de luz e vento,
finas sedas, diamantes de sol...
sou eu me revelando como um girassol...
Sou eu dançando Bharatanatyam...
Sou eu te amando,hoje, sempre
e mais amanhã...
Namaskar,Namaste...
A Índia...eu e você...

Karla Bardanza

*As devadasis eram dançarinas agregadas aos templos hindus e devotadas exclusivamente à adoração do deus Shiva, o “Supremo ator”. Oferecidas ainda meninas aos templos por seus pais, eram consideradas esposas do deus e, de fato, se casavam com ele em uma cerimônia semelhante ao casamento tradicional indiano. Eram educadas por grandes mestres na arte da dança e se apresentavam nas cerimônias do templo.
* Odissi e Bharatanatyam são estilos coreográficos de dança indiana

Foto de Remisson Aniceto

Viver (na euforia dos meus quinze anos)

Viver é sonhar contigo,
Afagar teu rostinho de criança,
Ser teu amado, teu amigo,
Pois tu és toda a minha esperança.

Viver é estar contigo,
Abraçar teu corpinho infante,
Ser teu hóspede, teu abrigo
E confessar-te este amor gigante.

Viver é uma arte
Dispersa por toda parte:
No céu, na terra, no mar...

Viver é ter a alegria
Toda hora, todo dia
De sempre poder te amar.

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