Aventura

Foto de Jardim

o anjo

o anjo que pego em meu colo
tem um pouco mais na memória
do que a sua infância e me conta
na vastidão do seu tempo
a sua breve história.

um anjo em um corpo de mulher,
as asas das horas nos informam
a transgressão e o tempo
que em desejos alados
logo se transformam.

o anjo que ponho em minha cama
é uma parte aventura e outra romance,
prevê na tarde quieta a noite
e o destino que voa além
dos nossos olhos e do nosso alcance.

um anjo que menstrua,
que tem sexo e vagina que me provoca,
entreaberta ela desvenda
o clitóris que a ponta dos meus
dedos e da minha língua toca.

faço de seu corpo o meu endereço
e no meu colo ela me embala,
revela nos espelhos e no esperma
sua santidade e as roupas
que ficaram no chão da sala.

o anjo que beijo a testa
nem parece a mesma pessoa
que estuda, canta, dança, namora.
com suas asas inquietas
antes que anoiteça voa.

Poema do livro Filhas do Segundo Seo
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Foto de Ivone Boechat

Carta a um pai

Eu cresci, papai, pensando que você era um gênio, o homem mais forte do mundo, infalível, capaz de dar soluções a todos os problemas de nossa família ou de qualquer outra.
O tempo foi passando e o contato com o mundo, a maturidade, o juízo melhor de todas as coisas, as experiências pessoais, foram esclarecendo, desmascarando as fantasias sobre a vida e mostrando o homem comum que estava debaixo do invólucro misterioso que se escondia, quem sabe, por detrás dos seus óculos.
Lembro-me, perfeitamente, do seu chapéu de camurça marrom-escuro. Naquele tempo, era a última moda. Como o senhor perdia as abotoaduras todos os dias! ... a gente já estava acostumado a procurá-las. Quem achasse ganhava um beijo. Muitas vezes essa aventura acabava em choro, porque ciúme de um beijo de pai dói muito.
Havia uma reunião secreta dos filhos, quando as exigências eram demais. Reclamávamos uns com os outros que ser criança estava difícil. Meus irmãos afirmavam que, quando crescessem, iriam deixar seus guris fazerem o que quisessem. Filosofia de criança é engraçada, não é?
Hoje, meu pai, entendo você. O seu olhar era um sermão eficiente que penetrava. Suas promessas de castigo eram sempre adiadas, seus pacotes de balas eram um compromisso de todas as viagens e também a sua presença à nossa cabeceira, nas doenças. Quanta chantagem faz um filho nessas horas.
- Papai, quando eu melhorar você compra aquela boneca que vi na loja do seu Waldemar?
- Claro, quando você sarar, papai compra tudo.
Foi muito bom ter você como pai. Um homem honesto, sério, forte., solidário. O senhor foi um guerreiro, um exemplo. Suas lições estão sendo folheadas nas páginas da cartilha de todos os dias. Cada preciosa palavra aprendida tem-me ajudado a entender o rigor da sobrevivência. Tenho feito um esforço imenso para afastar de mim os empecilhos que, às vezes, não me deixam copiar você.
Sua filha.

Ivone Boechat
Publicado no livro Por uma Escola Humana, Ed. Freitas Bastos, pág. 182- 1RJ 1987

Foto de Rosamares da Maia

Sonetos para Arco,Guerreiro e Flexa

Soneto I - Para Arco e Flecha
Meu arco eu sou a tua flecha.
Se me disparas em desatino,
Voo trajetória perdida, sem destino.
Logo eu que só sei pertencer a ti.

Tanta flecha tem atirado a esmo,
Quando feres mortalmente a caça,
Alimentas teu guerreiro e a sua raça.

Mas a mim, guardou para hora especial.
Não para caça do dia, ou inimigo comum.
Meu arco, tens-me cuidado com zelo total.

Então, finalmente me disparas – está feito.
Nesta viagem, apartada de ti, me transformo.
Já não sou flecha, mas agora bumerangue.
Que retorna, cravando-te o próprio peito.

Rosamares da Maia – 15.11.2014

Soneto II Para Guerreiro, Arco e Flecha.

O tolo arco pensava agir sem tua mão.
A flecha tonta sonha - o arco é seu destino.
O guerreiro é forte, mas não conhece o coração.
Com as mãos controla arco, flecha e direção.

Escolha a caça, mata e alimenta seu povo.
Orgulho da raça não conhece ou teme perigo.
Invencível é invisível à flecha do inimigo.

Bravo guerreiro, desconhece a flecha da paixão.
Banhava-se ela no rio, facho de luz – armadilha.
Dourada Flecha Morena, ao alcance da sua mão.

Quebra-se o arco, em desatino a flecha é perdida.
Flecha Morena disparada a esmo de sua vida.
Tolo encontro em uma aventura proibida.
A flecha inimiga crava-lhe no peito mortal ferida.

Rosamares da Maia 15.11.2014.

Soneto III Para Flecha Morena

Flecha Morena de veneno encharcada,
Do arco inimigo certeiro foste disparada.
De outro guerreiro que não conhece o coração.
E o primeiro, morto, de joelhos pela paixão.

Exulta toda tribo em dança, honra e glória.
Mas tu Flecha Morena, não cantas vitórias?
Tua raça te rende tributos contando a história.

Flecha morena soma lágrima às águas do rio.
Só há o sabor do engano, fel da sua traição.
A sua luz se apaga, só há frio no seu coração.

Flecha Morena também sangra por este amor.
Disparada sem tino na viagem se transformou.
Retornou bumerangue transpassado pelo guerreiro.
No seu peito achou abrigo e como flecha se cravou.

Rosamares da Maia 15.11.2014.

Foto de Paulo Gondim

Nossa fantasia

Nossa fantasia
Paulo Gondim
06.03.2013

Não passou de um sonho
Desses que se sonha acordado
Um mundo novo de ilusão
Uma nova e louca paixão
E um adeus desencontrado

Já estava me acostumando
Com seus beijos, com seu carinho
Com o calor de sua ternura
Na leveza dessa doce aventura
Mas tudo se perdeu pelo caminho

O que era desejo virou mágoa
Restou apenas a angústia fria
Do sonho perdido
Do desejo esquecido
Que alimentou nossa fantasia

Foto de P.H.Rodrigues

A vontade

Me dê um pouco mais do teu olhar.
Imóvel, como uma foto em cima do móvel.
Renovo, minhas molduras.
Reformo, o meu guarda tesouro.

Prevejo o incerto, na certeza de que,
o certo, acontecerá na incerteza,
que motivará, e, anunciará,
a chegada do previsto.

Revistando meus bolsos em busca da bussola,
ou olhando para o céu,
sigo o céu teu nos olhos meus,

Na vontade de navegar em teus lábios,
recém chegados, desconhecidos, bem moldados,
corados com tom de aventura.

Foto de P.H.Rodrigues

Liberdade em um Foguete

Queria eu ser o que não sou,
sentindo que se fosse eu o que queria ser,
iria querer ser o que sou agora.

Queria eu fugir dessa realidade para uma fantasia.
Ou quem sabe, essa não seja a fantasia dentro da realidade.
Quem sabe ou soube, sobre a real verdade?!

Quero uma aventura irracional.
Quero! Quero! Quero! Quero! Quero!
Mas não enxergo! Não alcanço! Apenas, quero!
Quero o Irracional, Sobre-Humano, Irreal.

Quero fugir desse mundo em um foguete.
Quero conversar com meus heróis.
Quero saber da verdade.
Quero saber por onde começar. Quero liberdade.

Foto de Carmen Lúcia

Incomparável

Comparo-te ao outono,
ao dourado de meu sonho,
às folhas que se esvaem
num tempo bem ameno
de sol que às vezes brilha
acarinhando o dia
em outras que desmaia,
e brilha a nostalgia.

Comparo-te à chuva miúda
gotejando vida...
Em mim brotando alegria,
afastando qualquer melancolia
ao desabrochar da primavera...
Envolvente e mágico perfume
e a inquietante espera
da tua presença com teu lume...

Tens o fascínio do mistério
e a chave da revelação
da eterna mutação da natureza,
sedução da estação que preconiza
a suave inquietação de tua beleza.

Comparo-te ao ritual do fim de tarde
quando o tempo parece parar
e por detrás de uma vitrine embaçada
observa folhas amareladas, outonais,
ladeando a passarela de sonhos irreais.

É como se depois da tempestade,
da bravia tormenta e da neblina
com o arco íris se encontrasse
encantando-me a retina.
A noite vem de repente...
Véu negro pontilhado de prata.
Traz fantasia, sons e odores inebriantes
que arrebatam...

Pergunto-me: És deus? Um mito?
Surreal? Metafísico?
E sinto romper a linha tênue
atada à lógica e à emoção
e me amparo ao desequilíbrio
insano da incompreensão.

Perco-me na imensidão do meu medo
sem saber ao certo a dimensão
desse enredo...
Apenas enveredo-me nesse sonho
que transita entre o real e o irreal
nessa aventura inigualável...
Nesse sentimento sem palavras...
Para sempre Incomparável!

_Carmen Cecília e Carmen Lúcia_

"Obrigada, querida Carmen Cecília, pela parceria que nos deu o 3º lugar no torneio de parcerias, na Navegantes das Estrelas."

Foto de P.H.Rodrigues

Panda

Plaina no tempo, a linda Panda.
Se poem a agraciar a simplicidade,
de viver sorrindo, de fazer eterno
um simples momento.

Veja como é belo seu bailar,
de lá pra cá, vibra em alegria,
sem se preocupar com o fator "tempo".

Teu sorriso explode sem direção.
Alcançando até os mais distantes,
criando mar onde há sertão.

Vá Pequena Jovem Panda.
Voe sem medo da altura,
siga alegremente sem se arrepender.
E aproveite ao máximo essa aventura.

Foto de carlosmustang

VIAJÃO'''''

Eu to chamando sem parar, a partida é eterna
Como encantei por alguns segundos,tudo parecia eterno
Numas nuvens deliro,viajo sem fim, conto o passado
A navalha que equilibro, e ver se consigo, nao rasgar

A liberdade é onde voce esta, a sonhar, a viver
Liberdade é sonho, pra quem quer ser feliz
Para os choroes, liberdade é emoção, tira lascas
Liberdade pode ser prisao, a respirar senhora livre

Caminho sem caminho, pois, todos sonhos com espinho
Voar na liberdade, aventura, igualdade, ternura
Sigo correndo em desespero, minha cama vai ser perpetua

Beijo sua face, como se fosse pela ultima
Desespero na corrida pelas ruas
Agradecendo os restos de loucura

Foto de Alexandre Montalvan

Perdão

Eu me disfarço de pesadelos e pensamentos

Faço tudo pelo tempo como a noite ou o dia

Que talvez você diga em apenas um momento

Vira o mundo espanto chama ardente tormento

E me tolhe de repente desta aventura errante,

Tão distante palpitar

Sou feito sangue que jorra, feche o livro por ora

Abra os olhos antes que a fera que devora te olhe

Espere que eu parta, não tenho mais desejos

Você é a dor do mundo inteiro e queima

Como ondas de fogo que teima

Em me matar

Não fazes parte deste tempo, é o abrir de uma janela

E me ver no amanhã, como fosse um maldito retrato

Disforme inchado sem perna ou braços, sem boca

Gritando . . . perdão!

Alexandre

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