Cacos

Foto de Nailde Barreto

"Discurso no Cárcere".

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Discurso no cárcere.
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Do que vale a liberdade
Diante da prisão da alma
Refletida no olhar?

Então, cá estou...
Preso no quadrado do nada,
Mística loucura insensata.

Momento de reflexão,
Alma parada, sensação!
Capricho da vida, repetição!

De terno ou farrapos,
Coração despedaçado,
Cabide da intrínseca prisão.

Rejunte dos cacos quebrados,
Espalhados nessa tal liberdade,
Que solta e prende em atos de emoção.
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Nailde Barreto.
24/05/2011

Foto de Ana Vasques

Restos

Como pude permitir que esquartejaste meu coração! Agora estou aqui, tentando juntar o que sobrou, e sem os restos que você levou. Cada pedacinho ainda pulsa. Então vou colar, colocar numa gaiola de aço, trancar com cadeado bem grosso e jogar a chave fora. Juntar os cacos da muito trabalho!

Foto de Carol Carolina

MEUS CACOS...

Meus Cacos...

Olhando as ondas dançarem
Dentro de uma vi a tristeza
Pensei ser só uma miragem
Mas era eu com certeza...

Mirei-me quieta e sem vida
Num rosto morto e apagado
A alma antes florida
O mar havia tragado...

Meu coração esmagado
Não tinha mais a doçura
Duro sem cor e salgado
Dentro de uma armadura...

Atirei-me então ao mar
Para pegar o que era meu
Queria meus cacos colar
Mas ele não devolveu...

Carol Carolina

Foto de usuario12345

Como pode o amor?

Ser tão frio?
A ponto de deixar dois corações apaixonados,
Tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

Ser tão quente?
Capaz de, no calor da emoção,
Frissionar um olhar ao outro,
Formar um laço, revelar uma paixão.

Ser tão louco?
Fazendo transbordar o sentimento,
A todo momento, mudanças repentinas,
Idas na esquina, pra esfriar a cabeça ao vento.

É fantasia, é dor,
É alegria, é amor,
Coração partido, coração recuperado,
Juntam-se o cacos,
Batimentos acelerados.
Uma frase, um dia,
Me fez perceber:
Amar é viver!

Foto de LillyAraujo

Adeus?!

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Sozinho, perdido, chorando, rasgado
é assim que estarás.
Sozinha, perdida, chorando, rasgada,
assim estarei.

Adeus meu grande amor,
nós já temos que partir.
Promessas! Momentos! Palavras!
Quando foi que mentimos pra nós mesmos
e nos perdemos?...

Sonhos perdidos!
O nosso amor se quebrou.
Agora onde irei ancorar minha alma?!?
Estarei sozinha, perdida, jogada, largada.
Rasgada sem aquele que nunca foi meu.

Nas canções eu ouço as palavras de dor
que eram para ser só minhas.
Ah! Nada é só meu. Tudo parece já
pertencer a outro alguém antes de mim.

Nem eu pertenço a mim mesma,
pois se assim fosse, eu seria totalmente sua.
Há um lado gritante dizendo que sim,
e um sussurro latente dizendo que não.

Cada instante contigo faz com que
eu me perca sem saber me encontrar,
(sem saber, sem poder e sem querer),
querendo apenas cada vez mais me perder.

Quero-te. Quero-te. Quero-te. Quero-te...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
e jamais o terei?
Perdi-me. Perdi-me. Perdi-me.

Adeus! Agora pego meus cacos espalhados
neste cenário de um sonho
que nunca mais será sonho.
Fui atingida de morte! Fui atingida de Vida!
Vida que só foi vida em tua vida.

Adeus!
Mas eu não queria ter que partir.
A vida foi quem escolheu por mim.
Não pergunte as razões,
mas eu as trago, imponentes e amargas.

Adeus!
E desta vez minha fuga não será
para uma cidade tão próxima que possas alcançar-me.
fujo agora de mim mesma, e ainda assim
continuarei no mesmo lugar.
Não tentes me deter ou morrerei.

Adeus?!
Vou partir querendo, mas não podendo ficar.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de Coyotte Ribeiro

Desabafo

"A verdadeira arte de viver está marcada por sabedoria disposta de humildade.
Esta é a razão que faz de um homem amar sem ter medo, ainda que ações da pessoa amada o mogoe para sempre.
Com tudo esta não é afinal uma derrota, mas é um recomeço!
De certo que pisei em cacos de vidros, andei por entre as serpentes, e todos os dias sou renegado de meu passado;
Amigos pedem desortação, inimigos clamam por minha rendição.
A natureza se opõe aos meus fracassos, e torna cada vez mais desolado o meu mundo encantado.
Por esta magia é que acordo assustado, inseguro, nerótico e emotivo, mas como fenix me levantarei do pó e das cinzas para edificar um novo dia, planar sobre as fronteiras da alma, e com audácia de um cavaleiro sem manchas, carregarei em meus braços o amor um dia por alguém despedaçado ..."

El Coyotte

Foto de Susilene Thomson

Em resposta ao Quem sou eu?

Perguntas que não se espera respostas.
vazio que não se preenche
Multidão que traz solidão.
Palavras que perderam o sentido.
Sorriso que se perdeu em meio a lágrimas.
Caminhos que não levam a lugar algum...
Porque nas muralhas existem rachaduras e o cristal se partiu em cacos.
A tempestade foi cortada pelo sol,
E até mesmo o furacão perderá a sua força...
Assim é o coração de alguém, que se olha no espelho e não se vê... e se pergunta:
Quem sou eu?
não vê sua imagem, vê somente duvidas...

Foto de Paulo Gondim

A foto na parede

A FOTO NA PAREDE
Paulo Gondim
06/07/2009

Eu nem vi você passar.
Foi rápida sua partida
Um adeus ficou para trás
Uma lembrança vaga
Uma saudade, apenas

Mas um coração partido
Foi o que sobrou de nós dois
Muita mágoa e solidão
Num misto de frustração
Sem pensar no que vem depois

E virá, como vem o dia
Como se vai a noite
E como sopra o vento
Em meu desalento
Virão a tristeza e a incerteza
Como parte de tua ausência
Tudo, compondo meu tormento

Meus dias, certamente, serão duros
As noites serão longas e frias
A primavera não terá flores
E o sol se esconderá nas nuvens
Como tu, fugindo sorrateiro,
Para não ver minha tristeza

E ficarei inerte, pensando em ti
Juntando os cacos desse desamor
Cada pedaço que ainda ande a meu favor
Um pequeno lembrar, um sussurro
Um lampejo de esperança, um suspiro
Olhando tua antiga foto na parede

Assim é o quadro de tua saudade
Imagem fosca e de pouca luz
Na dor cruel que no peito induz
Na chaga que transcende a carne
Que vara entranhas, dilacera a mente
É nesse quadro que me olho de frente
Volto sempre, só, a olhar a rua
Quem sabe te veja novamente...

Foto de Sonia Delsin

EU ME VI EM CACOS

EU ME VI EM CACOS

Eu me vi de asa quebrada.
Borboleta espatifada.
A amplidão me chamando.
E eu ali no chão largada.

Eu me vi em cacos.
Sem sonhos, sem ilusão.
Com uma ferida enorme no meu pobre coração.

Eu me vi acabada.
Derrotada.
Achando a vida uma maçada.

Eu me vi no fim da linha.
Vi a morte se aproximando e quis reagir.
Precisava encontrar novamente encanto no meu existir.

Como meus dias eu enfeitaria?
Por sorte tinha n’alma a poesia.
E algo me dizia...que outro amor encontraria.

Eu me vi em cacos...
E com eles um mosaico eu montei.
Uma figura de mulher sorridente eu criei.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Eu preciso de Mim...





Hoje eu preciso de mim.
Juntar palavras derramadas
Sentimentos escondidos.
Pintar as dores em cores vivas.
Virar páginas...folhear outras
Abandonar convenções, juntar cacos
Desatar nós, tirar o pó da vida.
Hoje eu preciso de mim... Inteira
Olhar no espelho e me enxergar
Voar, voar, voar até cansar
E descansar dentro de mim
Preciso do silencio...do barulho..
do dia e da noite...do tempo!
Hoje eu preciso de mim...absoluta
Preciso acordar, gritar...me conduzir
Chorar, sorrir, acertar, errar
Insistir, desistir, tentar...parar o relógio...ou acelerar
Sair do labirinto e romper teias...dizer Adeus.
Eu preciso voar! Preciso do tempo...
Contornar minhas linhas e minha existência
Hoje preciso de mim...voltar pra mim!

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