Calma

Foto de Carmen Lúcia

Quero um amor...

Quero um amor por inteiro...
Não desses que se repartem
Que magoam,que invadem
Que marcam presença,
Causam danos e partem...

Quero um amor sincero...
Que complete o que mais quero
Que entenda de sentimentos
Os mais puros e delicados
Os mais simples e complicados...

Quero um amor diferente,
Um amor eloqüente,
Que me arrebate a alma
Deixe-me calma,que sem preconceitos
Sacie os anseios,viole os direitos...

Quero um amor alado
Que esvoace ao meu lado,
Que alcance meus pensamentos
Que os transpasse,que me abrace
E sem alarde,me ame de verdade.

Foto de KarlaBardanza

Amor em Poesia

Te trago uma sinfonia de borboletas.
Violetas e margaridas
para curar suas feridas,
jasmim pra perfumar teu jardim,
palmas pra iluminar sua alma.
Te trago a leveza das bolhas de sabão,
uma oração e toda a paz e toda a calma.
Te trago luas para enfeitar os cabelos,
cometas para viajar pelas espumas,
estrelas do mar e cavalos-marinhos,
um caminho de sereias e desejo pelas veias.
Te trago transcendência e superação,
um coração calejado, tranquilidade...
e transformação.
Te trago minhas asas,os meus vôos,
os meus aviões,os meus ninhos...
e te ensino a voar,
e te ensino a ser passarinho.
Te trago uma cama de nuvens,
os travesseiros de céu,
colchas de alecrim.
Te trago pra mim.
Te trago sonhos em taças,
entrega que não passa,
uma vida inteira de feitiço e magia.
Te trago Vênus charmosa à noite
e Marte poderoso de dia.
Te trago, vida minha,
todo o meu amor em poesia.

Karla Bardanza
Publicado no Recanto das Letras em 04/06/2007
Código do texto: T513925

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Foto de Remisson Aniceto

Canção final

Depois de muito fastio,
da dor cruel da partida,
do pranto intenso o estio
acalmou enfim minha vida.

Voltar talvez eu não possa.
Receio uma nova recusa.
_ Que foi que houve da nossa
intensa paixão, minha musa?

Nem arrisco seguir os teus passos;
só de longe te olhar me contenta.
Um mistério fez o descompasso,
transformando a calma em tormenta.

Agora é esperar... triste sina...
Enrolar-me no manto...`stá frio!...
Tua imagem se esvai na neblina...
Já me embaça o olhar doentio...

Foto de Remisson Aniceto

Estrangeiro

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Estrangeiro sou e não ardo.
Meu corpo segue em névoa calma.
Não carrego nenhum fardo:
não sofre quem não tem alma.

Piso as pedras do caminho
livre, só, sem rumo certo.
E por ser assim _ sozinho _
nada é longe, nada é perto...

Estou aqui, além, aquém,
não importa meu destino;
se não me espera ninguém,
meu viver é peregrino.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Ser estranho é ser feliz,
é ter tudo e não ter nada,
ser mestre e aprendiz,
tendo a casa na estrada.

Vai, alma, não voltes mais!
Vê se te aportas noutro porto.
Ser assim muito me apraz:
não ser vivo nem ser morto...

Se meu corpo não tem alma,
minha`alma um corpo não tem.
Tal estado hoje me acalma;
a ela não sei se convém.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Sou meio-termo inteiro,
animal de consciência;
sou ar puro e passageiro,
que de si não dá ciência.

Minha`alma foi carcereira
do corpo, as rédeas tomava.
Fingia ser companheira
enquanto só regras ditava.

Perdi amor e felicidade,
que a ela não interessava.
Hoje há paz e não saudade
da alma que o corpo matava.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
é que longe, aquém das serras,
alma me abandonou...

Desalmado sou, bem sei,
estou solto e desgarrado,
livre do mundo, da lei,
sem presente e sem passado.

Minha`alma já foi bem tarde
se perder por outros lados.
Faço tudo sem alarde:
sem alma não há pecado.

Vai, alma, pedir pousada
em corpo que te receba.
Sou feliz e não me agrada
te encontrar pelas veredas.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

É bom que eu seja assim,
como nuvem passageira...
Que o mundo não saiba de mim.
Sou quem não fede nem cheira.

Fui louco, tolo, bastardo,
a alma de mim fez desdém.
Leitores, compreendam meu fado:
a alma jamais fez-me bem.

Serei o que queiram que eu seja.
Se quiserem, serei ninguém.
Sou o novo que viceja
do que já foi velho. Amém!

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Foto de Carmen Lúcia

Cara e coroa

Sou a mais viva cor do arrebol,
Também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
Também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
Também sou um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
Também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
Também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura,acervo de poesias,
Também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
Também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
Também a chuva fina que umedece.
Sou luz,sou chama,sou clarão...
Também sou trevas,sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
Cara e coroa...
Quem aposta?

Foto de Xandi Puglia

Acordar ao Lado de seu Amor

Um dia pensei que alegria, seria, um dia, encotrar um grande amor
Quando a encontrei, achei entao que feliz seria quando dormisse com ela
Mas encontrei a maior felicidade no outro dia, ao acordar:

Acordar ao lado de seu amor rendido e como estar perdido,

faminto e derrepende se achar sentado em um banquete, voce abre os olhos e tudo o que voce precisa esta a sua frente. Basta mover suas maos alguns centimetros. Isso, e claro leitorzinho, se voce nao tem aquela agradavel e confortante surpresa de ja acordar abracado ao seu amor, como um S onde toda a pele que possivelmente poderia estar em tocando-a, esta.

Acordar ao lado do seu amor apaixonado e se tivesse acabado

De nascer e olha-se para a mae pela primeira vez, abrir os olhos vendo a sua amada como a primeira cena reconhecivel, ainda que embassada, com seu sorriso hipnotico, cara amassada, cabelos despenteados, o corpo quente, os olhos pequenos, a voz preguicosa com vontade de nao ir trabalhar, da em seu coracao a impressao de que esta diante de sua protetora. Aquela que nao vai lhe deixar so e que todos os pensamentos de sua mente estao escravos e cativos da necessidade que ela tem de lhe fazer o bem, e lhe satisfazer os desejos mais egoistas e egocentricos.

Acordar ao lado de seu amor menininha, e quase um conto da carochinha.

Voce olha para aquele corpo desnudo, o grau da desnudes depende, e claro, dos movimentos romanticos da noite anterior. Olhos fechados, a respiracao calma, a pela macia, o rosto ingenuo, sonhando, quase medroso, serio, mas tranquilo e pacifico, como quem diz: posso dormir pois meu amado cuida de mim. Quase que ve-se luzes, duendes, e fadas e ouve-se orquestras tocando, ao despertar ao lado dessa musa. E fica entao olhando aquela cena, admiriando, lembrando da Cinderela e da Branca de Neve. O coracao aperta, e uma lagrima comeca a brotar no olho esquerdo, entao , antes que o enfarto aconteca, voce beija a sua pricesa com todo o seu sentimento, e a faz despertar dos sonhos dela ao mesmo tempo que voce desperta do seu.

Acordar ao lado de seu amor mulher, amigo, esse nao se come com colher,

e um pouquinho mais complexo,primeiro voce tem que avaliar a sua condicao fisica: se o seu papel de amante foi bem interpretado na noite anterior voce corre serios riscos de ser obrigado a recomecar os trabalhos mais uma vez. Portanto, veja bem, a situacao e delicada, nao respire muito fundo para nao acorda-la, e pense bem quais sao as suas prioridades no momento. Provavelmente se seu amor esta dormindo em paz, e seus joelhos estao esfolados, e de bom tamanho, virar para o lado e dormir de novo.

Foto de martini

Amiga

Amiga do peito
Foste com efeito
Me deste tua mão
Falaste ao coração

Apesar do travão
Sempre puxado
Tiveste cuidado
Deste tua mão

Nada terminou
Nem começou
Estamos em processo
Vai haver sucesso

Acredito no sucesso
Caminho em progresso
Irei conseguir
Para ti um dia ir

Mas com pés no chão
Vamos pensar solução
Caminhando devagar
Para não precipitar

Tu és um sonho
E quero acreditar
E talvez se calhar
Em tuas mãos me ponho

Me entrego por amar
E assim tanto gostar
Um dia vou chegar
Feliz por te abraçar

Apesar de sentir
Que te afastaste
Não vou desistir
Pensar que te fartaste

É apenas cansaço
Mera reacção
Um cheiro no cangaço
Te dou do coração

Tu vida convulsa
Cheia de emoção
Com muita razão
Te abate o coração

Tua amizade
Que é quase
Existe entre nós
Não estamos sós

Tu estás em mim
E não será o fim
Tu me olharás
Um dia me verás

Destino é caminho
Juntos vamos encontrar
Com muito carinho
Vamos procurar

Toda tu és Luz
Assim queiras dar
Eu vou querer ficar
Esperando me iluminar

O amor é energia
É luz que ilumina a alma
É a força de dois corações
Que traz a paz e a calma
(Roberto Carlos)

Meu amor tens
Um dia vens
E juntos assim
Estaremos sim !

Foto de Remisson Aniceto

Poema do só

Viver não me importa:
minha Rosa está morta!

Secou no jardim
com falta de mim.

A vida em comum
fez nós dois sermos um.

Ela partiu ontem à tarde:
fiquei só a metade.

Aspiro o tormento
que vem com o vento.

Perdi minha calma:
fugiu com sua alma.

A morte é a esperança,
não quero a lembrança.

Voltar não resolve,
sua vida não volve.

Ficar não consola,
a dor me assola.

Seguir é inútil
na estrada tão fútil.

Quero que anoiteça
e não mais amanheça.

Viver não me importa:
minha Rosa está morta!

Foto de Remisson Aniceto

Nostalgia

Helena? Helena? Onde estás agora?
Apesar do pouco tempo da partida,
a lembrança me castiga, faz ferida
e a tristeza solidária me namora.

Onda calma de sono me invade
quando oscilo sobre a rede no quintal...
Teus beijos, teus abraços, teu rosto divinal...
Que saudade, Helena! Que saudade!

Tremor vago o meu corpo já domina,
ao sentir que a bela fantasia
s`esvaece logo que o sonho termina.

E quem entende a minha dor, o meu desgosto
e a escassez que há em mim de alegria,
é o zéfiro que banha o meu rosto.

Foto de Gaivota

____ COMPRIMIDOS _____

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Calma!
Aberto o dia comprimido
eis que o vejo sorrir!
Diga-me
por favor diga-me..
Por que o dia
precisa estar assim
guardado em laminado,
preso
em papel lacrado,
sem ar sem luz
na caixa
que o abriga?

É, encontrei o dia assim..
Rasgo a caixa,
destaco os dias,
e os retiro
da torre branca
e abafada,
com tarjas
genéricas
nas prateleiras das
drogarias.
Haverei de soltar os dias,
mortos de sede e ar.
E depois? Ora depois..
vamos passear,
correr, pular
como crianças
na porta da escola.

RJ – 24/07/2006
** Gaivota **

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