Camas

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

FLASHBACK

A mesma música que tocou no primeiro beijo
Levou meu pensamento até você
Não sei onde anda
Nem o que fazes
Mas sua presença senti tão nítida...

Teu perfume ainda me contagia
E teu sorriso sonoro
Como música para meus ouvidos
Tudo parecia tão real
Tão perto
Mas, ao estender a mão,
Pra tocar tua pele macia,
Como fazia outrora
Feito fumaça
Você se desvaneceu no ar.

Foste embora da minha vida
Saíste do meu mundo pra nunca mais
Outras terras
Outros mares
Outras montanhas transpassas
Outros copos
Outros vinhos
Outras camas
Outros corpos
Te deleitam
Te saciam

Tudo finda
Como os últimos acordes
Da nossa melodia.

Foto de Lou Poulit

O Caminho de Mim Só

O caminho de mim só,
o cheirinho de mim só,
o restinho de mim só,

só custaram um punhado
de sonho assim alado,
depois apunhalado,

despencado nas camas.
Então, se assim me amas
e os meus suores amas

e os frêmitos de algoz,
nunca de antes, mas de após,
de voz rouca, pouca e atroz,

é que sabes que os meus véus,
que se rasgam aos teus céus
de estrelas e fogaréus

apenas camuflam o amor,
do seu pior predador:
o amor que ama o seu amor.

Por ser assim antigo,
nevado (eu nem ligo)
de cinzas, é que eu digo:

não é de um gole o vago,
não há como ser pago,
nem ser pego de afago.

Foto de paulobocaslobito

Infedilidades

... Regressas a casa, entras, sorris e olhas-me!
Mentes!
Mentes pois o coração entende os factos e as falas da alma.
O coração sofre por te deixar ser livre e feliz.
Já não me és a mesma de todos os dias, escondeste entre o falso e o deixa-andar, amas com o coração de mulher que se sente traido pelo meu silêncio.
Sofres porque te deixo navegar nesse lago de sentimentos novos e místicos, para que percebas e entendas, se sou justo e te mereço.
Não me sinto de algum modo arrependido por te ter libertado desse tédio em que vivias, ainda que efémero; antes pelo contrário, sinto-me emancipado e conhecedor dos meus limites.
Não tenho medo!
Hoje não sofro... deixei que os ciúmes acabassem para entender o âmago da minha existência. Divido-te com outro, mas não te minto.

Mentes!
Mentes e não sabes como lidar com esse sentimento.
Sabes que eu sei...
Não entendes o meu silêncio mas também não tens a coragem de romperes com tantos anos de passado.
Sabes que nada mudou em relação aos meus sentimentos; apenas partilhamos camas diferentes, dormindo no relento das noites de costas voltadas, neste fragor de ilusões como se não pudéssemos terminar com esta saga de tormentos.
Ficamos!
Todos nós julgamos que temos sempre uma justificação para os nossos actos, e que os outros são sempre culpados pelo bem ou mal que cometemos.
Mas esquecemo-nos que não existem motivos para a raiva e para a vingança, pois somos todos culpados pelo que fazemos.
Podemos não estar acordados e não percebermos os sinais, e, muitas vezes é tarde...
Tudo segue, e aceitamos esse destino, como se ele fosse uma coisa culposa de nós.
Aceitamo-lo na nossa infidelidade, de continuar-mos sempre no mesmo sítio e nada mudar, seguindo assim pelas noites afora, zangados com o mundo.

Paulo Martins

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