Campo

Foto de Sonia Delsin

“ABANDONAR O CAMPO DE BATALHA?”

“ABANDONAR O CAMPO DE BATALHA?”

Muitos diriam.
Não só corram, como procurem voar.
Abandonar esta terra?
Vivemos uma guerra.

É irmão matando irmão.
É tanta judiação.
Pior que bala de canhão.

É pais matando filhos.
Filhos matando pais.

Cadê a paz?

Uma criança inocente morre por causa de uma bala perdida.
Qual o sentido da vida?

Se eu não acreditasse em algo maior procuraria as pontas entregar.
Do campo de batalha me retirar.

Mas...
Mas, estamos aqui para viver.
Para ver.
Para aprender.
Existem razões ocultas em tudo que está a acontecer.

Vamos ter fé, meu povo.
Vamos construir um mundo melhor, um mundo novo.

Foto de Sirlei Passolongo

O Milagre da Vida

Como é belo o milagre da vida
Desde a água que mata a sede
nascida na mais dura rocha
A árvore que brota no campo
dando sombra e frutos

O botão que desabrocha na roseira
doando mais beleza ao jardim.
As folhas que caem no campo
anunciando a primavera.
A chuva que regra as plantações
fazendo brotar a vida.

Assim, você é para mim:
A água que mata a sede do
meu espírito,
A mais bela e perfumada rosa
do meu jardim é você.

A estrela que erradia luz e alegria
em meu caminho.
A chuva de carinho que regrará
nossa amizade.
Anseio por ouvir sua gargalhada
de felicidade, porque não há som
mais iluminado do que
a gargalhada de um amigo.

O milagre da vida é escrever
sua história tendo a certeza que você
deixou sua biografia gravada
no coração de alguém.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

Foto de Graciele Gessner

Inspiradora Chuva Poética. (Graciele_Gessner)

Escuta a chuva que cai lá fora.
Sim, está refrescando o clima.
Corpos quentes, agora molhados;
Deslumbrando a arte do corpo enxaguado.

Escuta a chuva, ela vem com violência,
Anda carente de carícias, tão só, tão solitária.
O vento finalmente surge para fazer companhia.
Vai acalmando a trovoada que também faz presença.

O vento se dissipa e a trovoada ganha campo.
A chuva não gostando muito da gentileza da trovoada
Vai diminuindo a intensidade, obrigando a parada dos trovões.
Trovoada triste desiste de mostrar a sua grande fúria.

Escuta a chuva, ela surge entre as colinas.
Ela vem tranquila, é passageira, é vitoriosa na batalha.
A chuva dá trégua, não é necessário destruir uma cidade.
Tudo volta à normalidade, a chuva se despede.

Um belo clima para se amar, num lugar só nosso.
Estar nos braços do amor se aquecendo,
Se sentir protegida e dormir sobre o ombro másculo;
Mas tudo tem o seu tempo e momento.

03.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de von buchman

Estes são meus últimos versos pra você...


Nas suas palavras, tentei encontrar alento,
para meu coração que muito queria lhe amar..

Queria poder fechar os olhos ,
e sentir sempre seu doce cheiro,
que pensei que era a pura essência do amor ...
Mas caio na real e vejo que você nada quer comigo...
Eu não passo de um brinquedo na sua mão
Como fui cair nesta...
Você me iludiu,
Me fez sofrer,
E abusou de meus sentimentos....

Lhe procuro na cama e você diz que não está afim,
lhe dou flores e você mal olha ...
Meus beijos não lhe satisfazem...
Você até troca meu nome ...
Você é má muito má...
Vejo que você deixou de ser sonho e se tornou
Um pesadelo na minha vida...

Meus poemas são para você talvez hinos fúnebres ,
Pois você nem os olha...
Por que ?
Me fala que mal lhe fiz....
Seu desprezo é total para comigo....
Eu estou desistindo...
Vou procurar alguém que me ame...
Me queira...
E tenha vontade de construir um ninho comigo...
Larguei você esta noite...

Estes são meus últimos versos pra você...
Meu coração chora mas não vou viver de sonhos...
Quero alguém que me ame!
Só isto é que quero ...
Você pode ficar com seu desprezo que eu vou arrumar outra !
Que queira me amar...
Que queira meus carinhos e minha paixão...

E com ela na mansidão do anoitecer
faça reluzir o verdadeiro amor...
E no Crepúsculo da sedução
á beira de uma lareira bem quentinha....
No frio gostoso de um inverno,
Possa ver com ela a neve cair no campo ...
Quero ter a plena satisfação de tomar um vinho
bem gostoso e encorpado com meu futuro amor...
e nos meus braços levá-la a cama,
e despi-la lentamente e ama-la como uma deusa ...
Tenho certeza que no flamejado de minhas lágrimas,
possa ver alguém que me ame de verdade...
você teve tudo isto na mão e nunca nem deu valor...
aproveite agora, pega suas coisas e vá embora...
pois meu amor e meu coração você nunca mais terá....

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO...
ICH LIEBE DICH . . .

Foto de von buchman

QUANDO TEREI CORAGEM ?


Olho para ti,
falo contigo,
mas com medo que saibas o que sinto por ti
e o quanto te desejo.

Penso em ti a cada momento,
mas vivo a esconder o que anseia meu coração.
Procuro esconder ao máximo
meus sentimentos, desejos e fantasias eróticas
que tenho por ti, minha paixão .

Vivo fugindo toda vez que tu me olhas,
minha vida tem sido um eterno lutar,
sempre fingindo, cuidando para não transparecer
o que tenho dentro de mim ...

Adoraria poder dizer que te amo.
Queria muito sentir teus carinhos
Ter teus beijos
Poder saciar meus desejos em teu corpo,
Poder sentir o teu cheiro
e te ter amor, por inteira, na minha cama...

Muitas vezes fico a imaginar a nudez do teu corpo,
tenho uma idéia como tu sejas despida, isto me alucina.
Vivo no campo da fantasia e amor por ti.
Tu me ressuscitas sonhos.
Incendeia as minhas emoções,
desejos e fantasias eróticas.
Outro dia, quando te vi passar na chuva,
Acompanhei-te e me deliciei com
As curvas de teu corpo marcadas
na roupa molhada.
Viajei em ver teus seios soltos, contornados na roupa transparente,
delirei em ver os biquinhos durinhos, como dois morangos
apontados para mim.
Você nem imagina como me excitei,
como fiquei e o quanto te desejei...

Mas um dia terei coragem,
meu amor a ti me declarar.
Falar de meu amor,
e falar de minha paixão por ti .

Despirei lentamente,
peça por peça do teu vestir,
Curtindo cada momento.
Teu biquíni quero tirar com meus dentes,
Quero morder-te todinha,
Saciarei meus e teus desejos,
Realizando nossas fantasias.
Vou me deliciar num navegar em teu corpo,
Sentir tua carne a me desejar.

A cada momento do nosso amar,
quero me dar por completo a ti.
Teu corpo em movimentos
e contrações aritmadas.
Quando estiveres, toda suada e bem molhada,
a minha boca descerá a fonte do teu amar,
tomará o néctar do teu excitar.

Viajarei as nuvens ao te ver entrar,
num frenesi de orgasmos múltiplos.
E por muitas vezes te darei meu eterno amar,
Realizado teus mais loucos desejos e fantasias
Que estejam escondidos dentro de ti...

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO...
ICH LIEBE DICH . . .

Foto de josedourondo

A CRIANÇA

Nascida do amor
Rodeada de carinhos
É pétala de flor
Cheia de mimos!...
Caminho de ventura
Na rota da vida,
Mil afagos de ternura
A tornam querida!...

Fadada pelo destino
E pela felicidade
Seguirá o caminho
Da pura verdade...
Rosa do mundo
Que a Natureza gerou,
Com amor profundo
Bela desabrochou!...

Idílio do jardim
Num campo de trigais
Terá glórias sem fim
E o amor dos pais!...

Foto de Joaninhavoa

Laranja, Côr D`Amor...

**
*
Por teu amor dói-me o ar
Que respiro

Suspiro em pardas névoas
Transpiro o tormento
De querer como te quero
Tornado desbravado em águas

Por teu amor dói-me o coração
Que pulsa

Bate bate coração apaixonado
Como pirilampo encantado
Sobre as madressilvas em leque
Deitadas num campo alegre

Por teu amor tiro o chapéu
Que prazenteio

Nesta canção que canto
Põe cor de laranja
Amor!

Na branca flor.

JoaninhaVoa, In “O Meu Amor”
(20 de Junho de 2008)

Foto de syssy

INDIFERENÇA

.
.
.
Indiferença
.

Vil e cruel que marca o peito
E feri a alma, joga fora o sopro
Da juventude árdua de amor,
Torce dentro como chamas ao
Peito de uma condor.
Sarça minha sina de esta entre
Teus anseios, nos olhos que se faz
De reflexos de meu eu, já tão
Esquecido por mim.
.

Indiferença
.

Vil e cruel como as nórdicas e
Falecidas vidas de minha alma
Nos dentres seres desconhecidos,
Por mim... Por ti...
.

Indiferença
.
Vil e cruel, que jamais sentiras em
Teu peito, pois meu amor é como
Flor do campo, enraizada no mais
Profundo, de um arado iludido de
Terra batida e pérfida.
Que traz consigo a lida dura de campineiro
Pra torna-te fértil em meus campos inertes
Do teu amor. Nessa cruel e vil indiferença.
.
.

Foto de Sonia Delsin

DESDOBRAMENTO

DESDOBRAMENTO

Eu fechei meus olhos.
Os olhos físicos.
Esta matéria que vai se acabar.
Os olhos d’alma nunca que vou fechar.
Me transportei para um lugar.
Um campo de trigo que muitas vezes visitei no meu imaginar.
Lá chegando eu me sentei.
Fiquei ouvindo os cachos maduros, o farfalhar.
Meu ser que é de muito silenciar se pôs a rezar.
Baixinho.
Uma prece a um ser que tudo ouve, que tudo sente.
Um ser que tudo pode abranger.
Tantos mistérios neste nosso viver.
Vou a um campo de trigo.
Sozinha.
Não tenho medo.
Lá existe um segredo.
É o mais antigo lugar que visito.
E o mais bonito.
Ouço o cair de um grão.
Abençôo o chão.
E volto a este meu corpo.
Nunca aceitei a prisão.
Sei que quando quero posso alcançar outro lugar na amplidão.

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