Campo

Foto de Henrique Fernandes

MARULHAR PRESO NAS FLORES DO CAMPO

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Sei que poderias nadar na minha praia e percorrer a grandeza das suas ondas ou a profundidade do meu oceano, mas não...apenas ficas imerso na superficialidade dos teus pensamentos e na frieza dos sentimentos.
Talvez aches que o Universo não tem a interdependência causal que faz de cada ser, único e especial.
Renuncias à poesia e renegas a (tua) magia mas eu sei, que à noite, ouves o (meu) marulhar...doce, suave, ritmado e profundo que, lentamente, te vai enchendo a alma e o espírito, inquietando o teu corpo.
No contorno da madrugada, eu sou tua amada...lua, tua...aroma, sorriso e toque que te provoca, e seduz, na candura de um olhar que te leva a (me) amar...

(turtlemoon)

Na montanha que me acolhe o coração, o (teu) marulhar… perfumado de inquietações, é digno de um louvor por um passeio pelo profundo do horizonte, onde o (meu) sonho indefinido lê os mexericos dos meus pensamentos de quem mora numa rua sem saída e a grandeza da tua praia, é um segredo preso nas flores do meu campo.
O cume montanhoso é renunciado pela poesia que te escrevo lá do alto de onde olho para esta terra com um sorriso na mão pedindo boleia ao sol que ouvindo a nossa voz, aquela voz que nos busca no tempo de saudade que vive em cheio a paisagem que nos separa e provoca a cada instante, gestos de amor na geometria dos vales e montes pintados com a tinta da natureza e do profundo do teu oceano.
Contorno a madrugada fria com o cheiro da erva fresca, e tudo é tão verdadeiro ao cantar a minha solidão pelo vento que ás vezes me trás a brisa da tua praia fazendo bailar as flores á beira da estrada contemplando a direcção até a ti na interdependência causal que te faz um ser único e especial.
O teu amar-me brinda emoções que têm sido a minha luz longe do teu mar, coberto pela (tua) imensidão de mulher…

(Henrique Fernandes)

Turtlemoon & Henrique Fernandes

Foto de Darsham

Semear Sorrisos...

Não sou médica, não sou especialista em nada, mas vivo e estou aqui, observo e sinto e sei que muitas vezes um sorriso, uma gargalhada é muito mais eficiente do que um medicamento, uma droga…
Não tenho muita experiência em voluntariado, não posso dizer que tenho contribuído muito nesse campo, mas o meu coração diz-me muito mais do que posso transmitir aqui sobre o nobre acto de nos disponibilizarmos para ajudarmos o próximo…
Muitas vezes comento com pessoas que me são próximas que gostaria muito de fazer voluntariado em cuidados paliativos com crianças, ao que me respondem que é uma tarefa muito ingrata, que não tenho estrutura para tal, que não tenho estofo para ver um sofrimento tão atroz no rosto das crianças, sendo elas tão indefesas, precisando de ser protegidas…
É verdade, é muito injusto que estas coisas tenham que acontecer, principalmente às crianças, que deveriam ter o direito de viver e crescer e ter a oportunidade de ter oportunidades…
Mas não considero uma tarefa ingrata, uma vez que, e apesar de não podermos arrancar a doença e o destino de quem está à nossa frente, podemos fazer coisas simples que ajudem a que os últimos momentos não sejam passados em extrema agonia…
Contar uma história, ouvir um desabafo, fazer uma brincadeira, provocar um sorriso…
Só de pensar em conseguir fazer sorrir alguém que esteja em grande sofrimento enche-me a alma e leva todos os males da vida embora naquele momento…
É preciso ter muita coragem, não nego, pois é ponto assente que em certos casos vai chegar um dia em que já não se poderá tentar encontrar um sorriso perdido num olhar de desalento, mas sim a ausência de um corpo, de alguém que partiu para sempre…
Mas esse momento chegará para todos nós um dia, cedo ou tarde, ele é certo…então porque não aproveitar o que temos aqui e agora ajudando…semeando esperança…
A esperança, a fé não são apenas necessárias para todos os que estão de pé e gozam de saúde, e desejam realizar sonhos, alcançar objectivos. É necessário também para quem sabe que a sua partida está para breve, para que a dor seja minimizada, para que não se revoltem contra algo que é irreversível…e para que possam descansar em paz…
Tentemos todos plantar sorrisos e sementes de esperança para que a nossa existência possa ter um significado e sentirmos que importamos, que tudo valeu e vale a pena…

Foto de Henrique Fernandes

TRABALHO ÁRDUO DE TRABALHAR A VIDA

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Cultivamos sabedoria no campo do sofrimento
E regamos com lágrimas de dor
As sementes que rebentarão inteligência
No trabalho árduo de trabalhar a vida
Anestesiados pela esperança
Na colheita de felicidade
Semeamos carícias, colhemos ternura
E encontramos no dar
O nosso receber

Foto de Sonia Delsin

CAMPO DE GIRASSÓIS...

CAMPO DE GIRASSÓIS...

O vento me conta um segredo.
É, ele conta.
Nos campos de girassóis eu giro.
Giro como as belas plantas.
O vento me conta que alguém passou por aqui.
Antes de mim.
E deixou este jardim.
O vento conta.
Conta da moça que cantarolava.
Que dançava.
Neste campo ela rodava.
Ela amava.
Campo de girassóis.
E conta dos plantadores.
Esse mundo...
Amores.
Dores.
Flores.
Girassóis.
Campo de flores.

Foto de housy

Que se lixe !

Que se lixe !

Que se lixe a piscina quando há o mar...
Que se lixe a toalha quando há areia...
Que se lixe o branco quando há tinto...
Que se lixe a sopa quando há peixe e carne...
Que se lixe o choro quando há o sorriso...
Que se lixe o frio quando há Sol...
Que se lixe a TV quando há vida real...
Que se lixe o passado quando há futuro...
Que se lixe a passividade quando há rebeldia...
Que se lixe o aquecedor quando há lareira...
Que se lixe o candeeiro quando há a vela...
Que se lixe a cortina quando há vista...
Que se lixe os conhecidos quando há amigos...
Que se lixe a cidade quando há campo...
Que se lixe o beco quando há caminho...

Que se lixe o que se escreve quando há palavras!

Foto de NiKKo

Amar você.

Amar você é tão bom, como a chuva que agora cai lá fora.
É como sentir o aroma da flor no campo e poder tocá-la.
É poder sentir seu aroma suave porém marcante,
é ficar com a suavidade das pétalas na pele.

Amar você é como ter nas mãos o futuro,
é caminhar por terras do paraíso.
É como partir dele levando dentro da alma livre,
o gosto suave e atraente da perdição.

Amar você é descobrir novos horizontes
e partir em direção a eles sem medo.
É cavalgar sonhos molhados de ternura.
É sonhar acordado e chorar de alegria.
Amar você é cantar um hino de alegria para a vida

É te encontrar dentro de mim e me perder dentro de você.
É sentir a vida pulsando e renascendo a cada momento
só por ver o brilho de teus olhos envolto na luz do teu sorriso.
Amar você é tão bom que tudo se resume em vida
que pulsa e se agiganta a cada amanhecer.

Teu amor é tanta vida em mim
que ate a morte nesse momento nada seria,
pois daria a minha existência a comprovação
que eu vivo porque amo você.

Foto de Sonia Delsin

TOQUE DE MIDAS

TOQUE DE MIDAS

Ele transformava em ouro tudo que tocava.
Ela transforma tudo em poesia.
O riso da rua.
O brilho da lua.
A mulher nua...
Ela transforma tudo em poesia.
A tristeza.
A alegria.
O sol.
A chuva.
A noite.
O dia.
É o toque de Midas.
O milagre da vida.
Da palavra.
No campo da vida ela desbrava, lavra.
Em seu mundo secreto,
do vulcão que em seu interior ela guarda,
a palavra escorre... como lava.

Foto de Sandra Ferreira

Meu amor..

Meu cabelo enfeitado
Por lindas flores,
Corpo
Coberto por um
Vestido de
Tecido fino,
Correndo
Dançando, rodopiando
Braços abertos
Neste campo
Verde
Cheio de vida,
Ouço a natureza
Melodias, pássaros
Inconfundível borbulhar
Das águas de um límpido rio
Meu reflexo
Demonstra
Uma jovem mulher
Com ânsia
De sentir amor
De ser tocada
Com carinho
Garra, emoção
Como faz o rio
Com a margem, “terra”
Quero ser
Inundada
Por um sentimento
Que tudo arraste,
Vou ficar
Olhando meu reflexo
Com a certeza
Que junto ao meu
Um dia irá estar o teu
Meu amor.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Mentiroso Compulsivo

O TOURO

DECIDI PUBLICAR ESTA HISTÓRIA A PROPÓSITO
DE UMA POLÉMICA QUE EU PRÓPRIO LEVANTEI
(como todas as histórias, esta também tem uma moral)

Numa linda manhã primaveril em que os raios de sol brilhavam pelos verdejantes campos do Ribatejo, parecendo reflectir a essência da vida de um botão de flor que acabava por desabrochar, estava um menino de três anos a brincar com dois dos seus primos, uma vizinha e dois irmãos: uma irmã de nove e um irmão de cinco anos.

Naquele lugar, podíamos avistar ao longe o cinzento da serra a contrastar com o verde da planície e dos olivais.

Por entre as oliveiras e um ribeiro que passava por perto, as crianças corriam, pulavam e brincavam às escondidas, como se o mundo girasse à volta daquele instante.

O pai das três crianças, por trabalhar em turnos nocturnos, estava a dormir com a sua irmãzinha mais nova de um ano e meio, enquanto a sua mãe trabalhava, por aquela altura, no turno de dia.

Na euforia da brincadeira, ignoravam um perigo eminente que estava por perto, até que o seu irmão de cinco anos apercebeu-se da surpreendente e bizarra fatalidade que a qualquer altura poderia acabar em desgraça.

Apressando-se de imediato a avisar a irmã mais velha, que se certificou do touro selvagem que andava à solta por aquelas bandas. Ficando em completa histeria, começou aos gritos e apelou à fuga das restantes crianças que ali brincavam para se refugiarem em local seguro.

Pânico instaurou-se entre todos que intuitivamente começaram a correr em direcção à casa mais próxima, tentando evitar, a todo o custo, serem apanhadas por aquele touro.

O seu primeiro instinto foi o da sua própria protecção. Depois, já em local seguro, numa das casas das redondezas, a irmã lembrou-se do mais pequeno de três anos. Este talvez ficasse admirado com toda aquele reboliço e deveria ter pensado que aquilo era uma grande festa e brincadeira. Será fácil imaginar ver a sua cara feliz daquela enorme satisfação, para ele um touro era um simples animal, tal como uma vaca, um pouco estranha, por ser diferente, o que até lhe dava até um ar de mais engraçado. Habituado aos porcos, galinhas, vacas e ovelhas que os pais e os vizinhos criavam por ali, para ele aquela criatura não representavam qualquer ameaça.

O inevitável aconteceu, segundo o relato de algumas testemunhas que presenciaram à tragédia, ao terem acorrido ao local levados pelo alvoroço e o grito das crianças, o rapazito foi arrastado por três marradas do touro, sendo que uma o fez levantar para o ar a uns dois ou mais metros do chão e nas outras duas foi arremessado pelo campo vários metros para a frente.

Os habitantes locais depressa afugentaram o touro e socorreram a criança já toda molestada. Um vizinho pegou-a nos seus braços, cheia de sangue por todo o lado, nas roupas e na cara onde o verde dos seus olhos contrastava com sangrento vermelho que neles ficou. Rapidamente, levando a criança no colo, acorreu para a casa do seu pai para contar o sucedido e pedir auxílio médico. Bateu à porta, bateu e tornou a bater, mas ninguém apareceu para a abrir. Dizia-se por ali que deviria estar muito cansado e talvez com um copito a mais que teria bebido ao sair do trabalho, parece que já se tinha tornado num hábito.

Profundamente a dormir num sono descansado, pai e filha ali estavam, ela sã e salva, pois não estivera a brincar com os seus irmãos naquela hora e local, dado que era a mais pequenita, se lá estivesse, quem sabe não teria sido ela a vitima.

Foi então que um dos vizinhos decidiu pegar no seu carro e levar o miúdo para o Hospital da cidade mais próxima. Naquela altura os carros eram raros e na povoação só haviam duas famílias que possuíam carro.

Mais tarde, os seus pais, como é óbvio, depressa ficaram a saber do sucedido. Enquanto a criança lutava pela vida ligada a máquinas, ninguém tinha esperança. Esteve assim por três dias em coma e quando já as esperanças eram poucas a criança conseguiu vencer a vida.

Veio-se depois a saber que o touro teria fugido já ferido de um matador das redondezas.

Pensado que estava marcado o destino desse menino por aquela tragédia, vaie-se lá saber porquê, a sua mãe um dia saíra de casa para ir fazer alguns afazeres e deixara um candeeiro a petróleo aceso no quarto da irmãzinha, nessa altura não havia electricidade por aqueles lugares.

Ao contrário do dia da tragédia do touro, ela não conseguia adormecer, estava muito agitada e com curiosidade, própria daquela idade, mexia em tudo o que apanhava pela frente, até que conseguiu alcançar o napron onde estava o candeeiro, fazendo-o tombar para o chã. Depressa as chamas se espalharam, primeiro pelo quarto, depois por toda a casa. Por mero acaso ou destino, um soldado estava passando por perto, e ouvindo gritos vindo dentro da casa, não perdeu tempo, entrando por uma das janelas salvou primeiro o irmão, depois foi a vez dele e por último a irmã também foi retirada.

Saíram todos com vida e logo foram levados para o Hospital, o seu irmão não tinha sofrido nada, ele apenas teve algumas queimaduras que vieram a sarar, contudo, a sua irmã tinha sofrido graves queimaduras e acabara por sucumbir antes de chegar ao hospital.

Esta é uma história que nunca contei a ninguém, esta é uma história real. Quando a lembro, lembro-a em jeito de tourada e conto-a muito vagamente, apenas pequenos trechos, como o pequeno toureiro que enfrentou o touro pelos chifres, em jeito de brincadeira. Por coincidência ou não o meu signo é Touro.

Foi acaso, foi destino, não sei. Essa criança de três anos, é hoje um homem e pessoa. Essa criança cresceu normal, talvez só diferente na sensibilidade para a vida (será que afectou o cérebro?).
Esta história foi dedicada à minha irmãzinha, ANA MARIA, que nunca conseguiu viver a vida. Eu não dou mérito ao facto de ter sobrevivido, apenas à vida. É A VIDA QUE INTERESSA. Vale a pena pensar ou levar tão a sério aquilo que eu chamo de «mesquinhices» da vida? Fica para pensar.

Esta foi a primeira vez que tornei esta história pública, tentei um dia fazê-lo, mas por respeito a uma pessoa que esteve numa situação muito mais grave e delicada que a minha, retirei a publicação da história. Hoje essa pessoa, penso ter conseguido ultrapassar já os obstáculos mais difíceis. Eu teria mais dia, menos dia, que quebrar o gelo.

Foto de psicomelissa

a donzela solitária

carta

ADMIRAÇÃO

Admiro o céu e a lua,

Os pássaros e as flores do campo,

O barulho da grande metrópole como

Também aprecio o silencio do meu quarto.

Hum, os opostos disputam meu afeto

Mas aposto que meu desejo eles não sabem

HAHA, meu desejo secreto é que só dele sabe quem cativar meu coração ferido e que precisa de um nobre cavaleiro que se disponha transformar o mundo para que meu ferido coração volte a sorrir.

Cadê você nobre cavaleiro que deixaste a donzela, que lhe fora prometida desde a eternidade, chorando por estar solitária, e que apenas deseja ter alguém pra partilhar o dia – a – dia. Será que pra mim fora destinado apenas zelar pelo outro e nada construir pra me realizar.

Você nobre cavaleiro que não aparece, feliz esta?

Porque esqueceu de vir me buscar?

Onde estás ? Lutando contra os dragões?

Não me deixes só por muito tempo meu coração sofre por estar abandonado, meu futuro amado. Abrevie seus afazeres pra que possas logo vir me buscar para que ambos possamos viver a felicidade em plenitude.

Sei que também almeja isso! E que muitas vezes se vê tentado a aceitar migalhas pra não sentir um nada por não ter lutado pelo que almejou tanto, sonhou e não pode concretizar. Sei como esta situação é tentadora ...

Mas sei também que no final, eu sempre sai rasgada e machucada ...

Hoje fico aqui no silencio da noite admirando a lua e lhe fazendo um pedido pra que traga pra mim meu nobre cavaleiro, pra juntos sermos um.

Meu cavaleiro a quem meu destino já cruzou o seu, sei disto, meu coração intui que você está mais próximo que eu possa imaginar. E que você assim como eu ainda não despertamos pra enxergar o outro como seu companheiro eterno.

Não entendo, porque o destino se mostra tão cruel e não fornece uma dica pra minha vida se tornar completa.

Aguardo ansiosamente.... Está donzela solitária

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