Cantigas

Foto de Odir Milanez da Cunha

O VÔO DO PASSARINHO

O VÔO DO PASSARINHO
Odir, de passagem

Onde vás nesse vôo, passarinho!
A tarde cai, o dia se completa.
A luz já não te dá voar sozinho,
pois quem sozinho voa é o poeta!

Acalma o vôo, voa de mansinho,
o vento frio a tua vista afeta.
Por que tardaste a volta para o ninho,
quando a noite nos ninhos se projeta?

Pondera se te espera algum espinho,
espinho que te fira e roube a vida,
até que cesse o curso do caminho.

Refece as tuas asas na descida,
contenta com cantigas teu cantinho
e surta as sombras de sinais de vida!

JPessoa, 19.01.2011

Foto de Carmen Lúcia

Enquanto vivias...

Enquanto vivias, cumpriste teu papel
além do que te cabia,
grandeza de um arranha-céu...
Ornamentaste vasos, lapelas,
jazigos , templos, capelas...
Lado a lado com a alegria
remataste o mais lindo buquê,
cúmplice da felicidade e harmonia,
parte do contexto: amor, realidade e fantasia.
Vestida da pureza do mais casto branco
invadiste, radiante, jardins e campos
trazendo o sol amarelo em teu peito,
luz das luzes, consenso perfeito.
Enfeitiçaste beija-flores
inebriando-os de amores...

Foste tema de cantigas...
Apareceste nos mais lindos versos
cantados por reis em seus castelos,
endeusada pelos mais fortes guerreiros...
Ao te despetalarem, em busca da sorte,
talvez não queiram causar-te a morte
ou cravar-te o espinho da dor...
Querem saber se têm ou não teu amor.
E tuas pétalas brancas, translúcidas, caídas,
jamais serão sinônimo de despedida,
pois da terra que as terá acolhida
renascerão as mais belas margaridas.

_ Carmen Lúcia _

Foto de Elias Akhenaton

Haikai - XLVI -

Haikai - XLVI -

À tardinha no sertão...
Ponteia a viola
Cantigas do coração.

Elias Akhenaton

Foto de Eddy Firmino

Passado Criança

Que tal voltar ao passado
Ao tempo em que eras criança
Quando todos diziam
Que era a síntese da esperança

Lembra de quando chorava
Por algum motivo qualquer
Ou quando se apaixonava
Mal-me-quer!Bem –me - quer!

E as cantigas de roda
Que você recitava
Aquela roupinha pequena
Que tanto você amava

E quando na ponta dos pés
Erguia os seus bracinhos
Para abraçar os seus pais
Que lhe enchiam de tanto carinho

Recorda como era fácil
Para você perdoar
Amigos que magoavam
Era só deixar pra lá

E todos aqueles medos
Que desapareceram lentamente
Aos poucos coragem tomou
Coragem simplesmente

Como é bom poder relembrar
A criança que foi um dia
Nunca deixe de sonhar
A vida é uma poesia

Foto de junior coelho

INSPIRAÇÃO

Poema = Inspiração
Autor = Júnior Coelho

Não há inspiração
Sem pensar no que faz inspirar
Pois a minha inspiração
Vem de um ser chamado amor
Onde suas forças vivificam dentro de minhas palavras
A felicidade contida
De saber que inspirar-se se provem do pensar em você.
Pois além de disso
Torno você
Infinita dentro do meu universo de inspiração,
És e sempre será inspiração
De poemas e poesias,
De músicas e cantigas.
Não se inspira por acaso
Mas o único caso de minha inspiração
Ser existente
É de saber minha perfeita inspiração
É amar-te além do meu universo de inspiração.
As palavras dão o sentido na vida
E o percurso da vida
Dão sentido nas conseqüências das palavras,
Ser verdadeiro é o lema da inspiração
Onde o segredo não existe
Mas sim a verdadeira forma de se expressar
Através de palavras convincentes
De que nelas
O que reina é a inspiração denominada de AMOR
INSPIRAÇÃO.

Foto de Cecília Santos

HORA TRISTE

HORA TRISTE
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No silêncio da noite, tudo adormece.
Minha vontade de te ver, desperta.
Um desejo enorme de te olhar de te tocar,
invade-me aos poucos.
Quando a noite dorme, o vento está desperto,
ouço o seu sussurrar.
Cantigas que vem de longe, soa-me triste,
e cheia de saudade.
Minha alma entristece, e eu choro.
Choro, com medo de não mais te ver.
Choro, como o orvalho de uma manhã fria.
Choro, como as nuvens tristes no céu.
Choro, com medo de ser sozinha.
Choro, com medo de te perder.

Cecília-SP/11/2009*

Foto de Zaruquita

O moinho de água

O moinho de água

O moinho foi construído dentro do rio
Ao lado, a roda que a força transforma
E a água que o faz girar em rodopio
A moer o trigo que em farinha se torna.

Lá dentro o moleiro vai picando as mós
Com martelo de bico para melhor moer
A farinha que depois vai chegar até nós
E amassarmos o belo pão para comer.

Dentro do moinho o moleiro vive isolado
Ouvindo o rumorejar e o correr da água
Porque a solidão o faz sentir desesperado
Ele canta cantigas de alegria ou mágoa.

Lá dentro do moinho onde só sente frio
O moleiro passa dia inteiro atarefado
No seu trabalho ele passa horas a fio
Sua voz se faz ouvir em tom magoado.

De Arlete Anjos
19/05/2010

Foto de Rosinéri

Nosso Paraíso

Nunca é tarde para chama-lo
e cantar-mos as velhas cantigas
e voar no vento com seu suspiro
para cair e afogar-me nas águas do teu mar.

Não é tarde para retirar a cinza
que juntou com sua ausência
vamos desatar os laços de desilusões
e sorrir novamente entre as flores do nosso jardim...

Quero escutar o sussurro dos teus sonhos,
quero seu corpo para aquecer-me...
de seus beijos, o mel que enlouquece e adoça
no seus passos o desejo de buscar-me...
Quero mover o universo todo
para criar só para nós um, um paraiso só para nós

Foto de Metrílica

Fragmentos da "Loucura"

#
(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

De quem se trata este ser?!!!
Que ganhou vida, personalidade e alma,
Que ganhou destaque em terceira pessoa!
Que o diga “Erasmo de Rotterdam"!!!
A "Loucura"! viva, presente e necessária "Loucura"!

Fragmentos da “Loucura”

A “Loucura” nasceu,
Cresceu, tornou-se criança levada,
Conheceu a luz, a terra, a chuva, a água
Conheceu a vida, o calor do dia, o mornar da tarde,
Conheceu o mistério da noite e o frio da madrugada,

Quando criança,
Só pensava nas cirandas...cantigas de roda,
Não conhecia o que é o medo, a moral, não conhecia a hipocrisia,
Inocência, Liberdade, bem estar, leveza,
Doçura, encanto, descobertas e alegria,
Faziam parte do seu dia a dia,

“Loucura”! inocente, doce e levada “Loucura”,

A "Loucura" se desenvolveu, descobriu o mundo,
Tornou-se jovem, adolescente, homem, mulher,
Descobriu na luz do dia, o riso, a alegria, o brio, o orgulho, a poesia,
Descobriu na escuridão noturna, o perfume, o carnal!
Descobriu a luxuria, a libido, a liberdade dos sentidos!

Quando jovem, adolescente,
A “Loucura” se rebelou!
Satisfez todas as suas vontades, matou todas as suas curiosidades,
Riu, chorou de alegrias, chorou de tristeza! Mas viveu plenamente!
Livre!
Liberta, expressou-se das mais variadas formas,
Satisfez-se para que não lhe sobrasse uma emoção sequer que não tivesse sentido,
Amou, Amou, Matou e Enlouqueceu!!!

“Loucura”, jovem, apaixonada, extasiada, louca “Loucura”

A "Loucura" envelheceu,
encontrou sua essência,
Tornou-se idosa, velha, obsoleta, caduca!
Tornou-se “Louca”,
Concluiu que dessa vida nada se leva!
Concluiu que “o que mais vale é viver plenamente”,
Mesmo que isso seja contrário ao que se prega como: “bons costumes”!
Concluiu, que "o que vale são suas idéias, seus ideais e nada mais!”

A louca e insana “Loucura”!

Tornou-se um ser vivente,
Louca mas coerente,
Nasceu, viveu, envelheceu,
Invadiu as mentes dos poetas,
Induziu as vontades dos Deuses, dos Loucos procrastinados!
Povoando suas mentes, regendo com maestria suas vontades!
Dando-lhes vida e personalidade!
Embriagando-os de idéias, das mais belas às mais toscas, cruéis e “loucas”!

A “Loucura”!

Insana, insensata, amada,
Livre, sem escrúpulos, preguiçosa, corrupta!
Destemperada, sem reservas, sem pudor algum!
Alegre, pura, limpa, branca, branda,
Poética,
Linda, leve e doce,

Aquela, que alimentou o sonho de inocentes crianças,
Aquela, que invadiu pensamentos de mulheres rechaçadas,
Aquela, que embriagou de desejo e sentimentos os homens, os poetas,
Aquela, que fez ferver nas veias o sangue dos idealistas,
Aquela, que regeu a vontade de homens poderosos e corruptos,
Aquela, que levou consigo muitos por ela infectados!
Aquela, que abraçou docemente a velhice, que abraçou e a morte!
Aquela...Eclética, Prazerosa, Incansável, Extasiante, Excitante,
Contraditória mas Necessária,

A “LOUCURA”!

By Metrílica ;-* _dezembro de 2009.

(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

* http://es.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Rotterdam

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"Isenção"!

ISENÇÃO!

Deixa essa fonte
que jorra no peito,
deixe essa gente
que mora no leito;

Deixe esse tempo voar,
sete cantigas de roda
é prá se cantar,
noite de lua prá se amar;

Deixe o amor renascer
lívido, insúdito!
Deixe tudo acontecer
eleve seu grito, viva viver;

Deixe rastros na areia
prá saber voltar,
fogo que incendêia
deixe o vento soprar.

Alvaro Sertano

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