Cheiro

Foto de carlos loures

CHUVA DE VERÃO

O barulho da chuva batendo no telhado
E essa vontade absurda de estar ao seu lado
E ouvir aquela sua risada
E não pensar em mais nada

Sonhar em novamente ser feliz
E junto contigo ser um eterno aprendiz
Aprender a decifrar seu cheiro seu gosto
Observar o prazer no seu rosto

seu sorriso parece uma tarde de verão depois da chuva
Tranquilo e misterioso
fascinante e perigoso

CARLOS LOURES
ITAPEVI
VERÃO 2012

Foto de Carmen Lúcia

Meu universo (texto poético)

 Olhei para me certificar
se tudo estava em seu lugar.
Perfeito! Tudo do mesmo jeito!
Seus chinelos,o evangelho,
a cadeira de balanço, seu descanso,
seus óculos, o jornal, a leitura trivial,
nossa cama, o lençol de cambraia,
um feixe de luz que na janela desmaia,
o travesseiro com seu cheiro,
o velho abajur que nos vigiava
quando impetuosamente nos entregávamos...
A vitrola, na mesinha, ainda está a tocar,
aquela valsinha de Chico que costumávamos dançar:

“Um dia ele chegou tão diferente
do seu jeito de sempre chegar...”

Só faltou o seu retrato que guardei em meus guardados.
Quero comigo levar ...e se a saudade apertar
  vê-lo a todo instante... quando a memória  falhar.
Não sei para onde vou.Vieram me buscar...
Alegam que estou sozinha...Querem me ajudar...
Não sabem que aqui está comigo.
Teimam em não lhe enxergar!
Só ouvem a minha voz e se negam a lhe escutar.
Não veem que sua presença está em todo lugar;
em cada canto da casa, impregnada no ar...
Que aqui é meu universo, sempre será o meu lar!
Ouço a buzina lá fora de um carro a me esperar.
Tranco a porta da sala, pego a mala, a emoção me cala...
Detenho-me no jardim e vejo diante de mim
 o pinheirinho já crescido, que regávamos com carinho.
Era festa para os olhos, todo ano, no natal,
pisca-piscas e bolinhas, alegria, festival...
Mas hoje ele está triste, parece prever o final.
Outra vez a buzinada.Que gente mais apressada!
Bato o portão e...vejo cair ao chão...
uma placa escrito:VENDO! Não entendo...
 Nem sei pra onde irei... Sei que um dia voltarei
pra ver de novo o seu olhar.
Fique aqui a me esperar!
 
              
-Carmen Lúcia-

Foto de Ayslan

Saudade de Amar

Hoje não pode controlar estive distante de te
Negando-te um carinho, um versinho tímido sem rima
Hoje a poesia resolveu soltar o grito contido
Resgatou do fundo do peito o conto de amor e o fez real.
Senti em meu peito uma vontade de viver, essa felicidade de ter você
novamente aqui junto de mim.
Sim o sentimento amor estive distante, ausente dos meus dias
Ainda que vivendo dentro de me esteve silencioso e tirando-me a inspiração de ser poeta e de amar.
Mesmo que se acabe no final dessas palavras você voltou
Vou te procurar agora meu amor quero sentir em teus beijos a vontade de sonhar o amor voltou quero te abraçar, sentir teu cheiro e me encantar, alimentar meus desejos e dizer baixinho em silencio de olhos fechados que te amar não é segredo.

Vou ouvir por hoje meu peito vou matar essa saudade e desejo
Vou te pedir com carinho me deixa vê-la sorrir e buscar no fundo dos teus olhos
um simples feixe de luz que um dia me vez feliz...
Vou ouvir só por hoje meu peito vou matar essa saudade e desejo de te dizer.
- Eu te amo Priscila

Para: Priscila

Foto de Melquizedeque

‎:::: CONSELHEIRO DA MORTE ::::

.
.
.
.
Acordei com o cheiro da criança morta
Que, outrora, sonhara permanecer viva.
Essa morte criminosa e encomendada,
Castiga todos que não lhe reverencia.
Diafragma atrofia quando sente a peçonha;
Não é um sonho lúcido de cinema mudo!
É lúcifer a libertar sua doce e amada filha.

Ser orgânico dos mais ignotos lugares...
- Teu medo atroz é minha bússola guia!
Ser pensante e geográfico nos quatro ventos,
Necessito da tua sombra como alimento;
Tua lágrima humana sara minha melancolia.
A planta dos teus pés destrói a o belo...
Levanta muros invisíveis – Guerra fria!

Tu és sombria, oh morte mensageira!
Já fui catequizado com o medo humano...
Já senti o cheiro do teu hálito dormente.
Hoje penso na vida dos caramujos esmagados,
Vejo as horas no relógio de parede, parado.
Feri meu corpo com a tua minúcia mágica.
Morte! Não quero ser humano – Ser inconsequente.

Filho meu, sinto teu corpo cair no abandono...
Levanta-te de dentro de si e atire a primeira pedra!
Silencie a voz dos que clamam no deserto,
Onde as madres parem carcaças de gente.
Teus dedos será a foice que decapita os reis;
Mastigue a carne do teu corpo, os resíduos da mente...
Seja exegeta vagabundo... Sem trabalho, sem parente.

Charles Von Dorff, 19 de janeiro de 2012.

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Chuva

Chuva na janela
Lágrimas do céu
Lavam minha tristeza

Barulho de chuva no telhado
Como é lindo, doce música
Encanta meu coração desencantado

Cheiro de chuva
Que delícia de frescor
Purifica o ar que entra em meu corpo
Limpeza da alma

Foto de IRENE DA ROSA BARBOSA

Saudade de voce....

Quando penso em vc um misto de saudades e tristeza me envolve...
Saudades dos dias de chuva que ficavamos deitados bem juntinhos "dividindo" calor como vc dizia...
Saudades dos dias de calor intenso em que nos deitavamos no telhado para receber o "sopro das estrelas"....
Saudades dos nosso passeios a beira ao por do sol...
Saudades de seu sorriso , Saudades
da sua voz ,
Saudades do seu corpo
Saudades do seu cheiro....

Tristeza por saber que nao teremos mais estes momentos ...
Tristeza por saber que tudo que vivemos nao tem mais nenhum siginificado para vc ...
Tristeza por nao conseguir para de pensar no que vivemos...
Tristeza por sentir saudade ....
Saudades de vc....

Foto de Carmen Vervloet

Cheiro de Saudade

Meu Deus... é o cheiro de infância,
de boas lembranças,
é o cheiro do tempo,
é o cheiro do pão...
O sol que acorda lento,
espreguiça-se no firmamento,
boceja sonolento,
esquenta meu chão!
É o cheiro das flores,
nuances e cores...
Cata-ventos felizes,
amanhecer em matizes,
liberdade dos pássaros,
entrelaces de mãos!
É o som das cirandas,
bate papos nas varandas...
É o som das montanhas,
sabiás e façanhas!
É o gosto das frutas,
jabuticabas e uvas,
é o som da labuta,
é a ameixeira na curva
do tempo lá trás!
É o cheiro de nenhuma certeza...
De tantas proezas...
É o cheiro de Santa Teresa!

Foto de von buchman

A DURA REALIDADE DE UMA PAIXÃO ....

Há momentos na vida,
em que sentimos tanto a falta de alguém
Que o que mais queremos,
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la, beija-lá e amá-la eternamente....

É a gostosa e ardente paixão
envolvendo e levando-nos ao sonhar
e muitas vezes a perder o sentido de tudo...

Eu acho que vivo este gostoso
e louco momento na minha vida...
Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a direção.
Da minha boca saem coisas sem sentido...

Você é o meu farol,
meu sonho e objetivo,
sem você perco a razão de ser...

Hoje sei que estou perdido,
por não te ter por perto...
meus sonhos e objetivos
ficam sem foco,
é como uma foto sem cor,
nada tem sentido,
se vive por viver...

O sofrimento vem a noite sem pudor
Somente o sono com um medicamento
ameniza a minha dor!
Mas e depois...
Quando o dia clarear,
quando meu consciente vir a se estabilizar
e ver a realidade dura,
nua e crua de um sofrer por te amar...

Quero viver do teu sorriso,
do teu olhar,
do teu geito de menina moça,
mesmo sendo uma mulher.
Do teu amar,
do meu realizar com o teu desejar...

Para tentar esfriar a mente e aliviar o coração,
que ja não suporta a dor de uma paixão,
eu corro para o mar para tentar me libertar,
deichando meu corpo ser tocado pelo vento
trazendo-me a brisa fria, que toca
minha face umida de tanto chorar...

Tento, preciso e quero esquecer você!!!
Entre as lágrimas vem os soluços do meu choro
desta paixão não correspondida,
e desta louca ilusão de pensar que você
um dia sera minha...

Eu tento te explicar
Que nos meus braços é o teu lugar.
Contemplando as estrelas, o lindo luar,
Minha solidão aperta forte o peito
Penetra minha alma como uma espada,
dilascerando meu sofrido coração...

É mais que uma emoção, és tudo para mim,
Permaneço sem amor ,
sem luz ,
sem ar ,
sem vida...
Em um eterno sofrer,
sonhar e desejar ...

Perdi a vida!
meu mundo desabou
minha vida perdeu a razão de ser,
ao ve-la partir nos braços de outro,
cada palavra e carinho que fazias nele
eram punhaladas no meu coração...

Fostes embora, levando contigo,
minha vida, meu sonhar e meu sofrido coração,
na despedida funebre,
deste-me um pequeno olhar
e um frio sorriso de um adeus...

A minha alma sem motivo pra existir,
Já não suporta esse vazio,
de dor, solidão
e sofrimento por uma paixão...

Quero me entregar-me a você!
quero ter-te junto a mim, custe o que custar,
e nada ou ninguém nunca mais nos separar.
Pois você é o encaixe perfeito do meu coração
é tudo aquilo que me faz sonhar e viver,
me da paz e muito amor...

O teu sorriso é chama que atiça a minha paixão,
tua voz ecoa na minha mente,
o cheiro de felina que emana de tua pele
me faz embriagar em sonhos e fantasias...

Mas a realidade é outra,
estas com outro e longe de mim,
madrugada é devassa sem você aqui;
nesta cama umida e fria
que é meu poço das lamentações...

Anjo, volta para mim,
e me faz viver,
esquece tudo e todos
estende tua mão
e vem para junto de mim
preciso de você
meu eterno amor
e razão do meu viver....

Te amo eternamente minha paixão....
é teu só teu meu sofrido coração....
Te amo , meu Bebê...

Tenas meu mais puro carinho...
Meu eterno admirar...
bjs e mimos de paixão neste
mui lindo e belo coração

Foto de Rosamares da Maia

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

Nos teus céus, o luar é da mais pura prata,
Sob a noite das congadas, exibes tua beleza,
Verde, esplendorosa
Despertando desejo, paixões e a cobiça dos homens.
Por ti, bateram-se nobres cavalheiros,
Também aventureiros, sem eira, beira, ou tribeira.
Todos atravessaram oceanos,
Enfrentaram tormentas, vindos de distantes lugares,
Tudo por ti, prenda preciosa.

Villegainon tomou-te a força.
Na França Antártica pretendeu desposar-te,
Mas, viu o brandir da borduna, E o ar sibilando de flechas,
Defendeu-se a tua honra.
E dançastes para comemorar.

Nassau encantou-se de ti a primeira vista.
Na alta Olinda, o mar invadiu seu sonho,
Esculpindo em obras de amor e arte a sua conquista.
No batuque do maracatu a história desenha traços,
Seguiu jogando pernas pro ar. Rabo-de-arraia,
Jogada de mestre e moleque do garboso capoeira.
Mas perdeu-se o moço nos olhos de uma morena,
E no samba de roda foi namorar.
Ginga, samba crioulo, arranca do chão a vida,
Mesmo na seca caatinga faz o teu destino.

Brasil,
Teu gosto é café, cacau docinho, rapadura, carne de sol,
Churrasco dos pampas, tutu com linguiça e carré.
Tens o cheiro da pele das meninas, das cadeiras mulatas,
Também, da branca estrangeira.
Tudo no liquidificador das raças - misturadas,
Com estilo, para extrair um suco verde e amarelo,
Que enfeita e enfeitiça, traduzindo-se na imensa passarela,
Por onde desfila a mais nova porta bandeira.

Brasil,
Dos contos e lendas, de bravuras e bravatas,
-São filhos de botos cor-de-rosa, que saltam das águas,
Para emprenhar donzelas, Caipora, Curupira,
Mula Sem Cabeça, Saci Pererê, Negrinho do Pastoreio,
Lágrima de princesa índia que virou Vitória Régia,
E Orfeu, príncipe negro da favela?
Da tua fé mestiça, soam os atabaques, rodam sete saias de rosas.
Do mar, na rede dos humildes, ergueu-se Santa, Aparecida.
Na voz de teu povo consagram-se: Anastácia, Padre Cícero,
Dulce, a irmã da bondade.
Um grito de gol, de bola na rede que apaixona milhões.
Fé, pés, talento e arte. Essa é a tua gente!

Brasil,
Quanto resta do bugre Xingu, do Português, do Holandês?
Quanto ainda corre em teu corpo?
Somam-se tantas outras ocidentais e orientais misturas.
Desaguando todas, finalmente, na grande pororoca amazônica.
Colocamos a massa miscigenada para dourar ao sol de Copacabana,
Faz-se repousar o resultado deitado no colo do Redentor,
- Eternamente de braços abertos, em berço esplendido.

É assim o teu despertar, Brasil.
Se a maledicência diz que a tua certidão é imprecisa,
Que e a tua paternidade é duvidosa,
Pouco importa o despeito desta gente maldosa.
Fenícios, espanhóis, portugueses – Quem primeiro aqui aportou?
Quem afinal, de forma acidental ou intencional te encontrou?

Este é apenas um detalhe.
Estamos aqui! Construímos a nossa história.
Mais que navegar, foi preciso tecer,
Prender o fio de tantas origens.
Somos a raça da verde / dourada flâmula,
“Da loura Bombril e do negro alemão”.
Emergimos do caldeirão da Humanidade.
Mexido com a rica madeira vermelha
Ela que deu origem ao próprio nome,
“madeira de dar em doido”, brasa viva e incandescente,
Que forja e “ergue da justiça à clava forte”, sem fugir da luta.
Somos o Brasil.

Rosamares da Maia

Foto de Comandos

Saudades de amor proibido

Incensato coração que me pertubas
Que me tiras o sono
Por que me traz saudades de um amor que já tens outro dono
Por que me traz lembranças de teu olhar amedrontado
De teus beijos roubados
De teu coração pusante sobre meu peito
De teu medo constante em satisfazermos os nossos desejos
Lembranças que gritam dentro de mim
Ezalando cheiro de sentimentos e pensamentos obscenos
Num respirar de fadiga
Sobre o teu corpo nu de menina

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