Cidade

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AVENIDA PAULISTA

AVENIDA PAULISTA

Do passageiro ao motorista
De quem mora na cidade ou é turista
É de vós a avenida paulista.

Do bêbado ao equilibrista
Em vossa letra
Por Elis Regina
Em algoz vos encontrastes
Em meio à avenida paulista.

Ao homem trabalhador
À mulher doméstica
Até vós que sois artistas
É certo que por aqui passais
No centro da avenida paulista.

Aos amantes do futebol
O corintiano, palmeirense,
E até santista
O importante é que vos encontrais
De vez em quando aqui na paulista.

Nos versos desta poesia
Citei católicos, apostólicos,
E umbandistas,
Se algum dia
Tomais-vos por egoístas
Não esqueceis jamais
Da bonita avenida paulista.

Homenagem a São Paulo 450 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
26/março/2004 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Carmen Vervloet

Sob o Sol de Verão

Desperta o verão
Vestido em rendas amarelas
Tecidas por raios de sol
Que iluminam a cidade!

Lençois de branca areia
Acolhem sonhos revelados
Que se misturam em alegria
Junto ao dia ensolarado!

Estação por si definida
Magia em cores vivida
Castelos de emoção!

O calor aconchega o amor
Que brota viçoso
Enraizando-se profundo!

Devaneios vagueando no verde mar
Fé latente no peito
Espontâneo acreditar!

Romances ricos em matizes
Plenos em inspiração
Que desabrocham quentes na estação!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Jonas Melo

Na minha cidade

Na minha cidade

Na minha cidade é assim, todos são mui hospitaleiros;
Tem carinho e muita atenção aos visitantes,
tanto nacionais ou estrangeiros;

Manhãs tímidas que nos convidam a permanecer
enroladinho um pouco mais,
E os cantos dos pássaros em nossas árvores como corais;

Tem à tarde exuberante, acompanhada de um sol encantador;
Tem mulheres bonitas, morenas, ruivas, loiras...,
e até aquelas que nos causam muitas vezes algum temor.

Minha irmã disse que os homens, são cavalheiros,
educados, atenciosos, carinhosos,
São divinos, com os deuses do Olimpio, segundo ela muito gostosos;

Nossas ruas são serenas, sombreadas pelos galhos de nossas mangueiras;
Tem gente que sobe nos mesmo e começa a brincadeira;
Nossos rios, também são ruas, utilizadas pelos nossos conterrâneos, e adornadas, pela flora e fauna que buscam o doce sereno do amanhecer.
Minha cidade parece um sonho, e os que chegam aqui parece que desfalecem de tanto encanto e prazer;

Na minha cidade é assim,
a chuva sempre vem fazer a festa de nossas crianças;
Os encontros dos apaixonados são sempre marcados antes ou depois dela;
E as mangas (frutos de nossas mangueiras) são sempre boas companhias quando pulam diante da gente, corre, corre, pega ela.

É verdade, as frutas daqui são divinas!!!, simplesmente demais,
Bacuri, cupuaçu, o açaí, taperebá, que água na boca já me dá
Nas tardes de pôr-do-sol, ou na boca da noite tão gostoso é um tacacá, com tucupi meu amor disse pra mim;
Nossa farinha de verdade, não se pode jamais esquecer,
dàgua, de tapioca ou de coco com açaí quero comer;

Bem se quiseres saber mais, então vem, venha agora!,vem correndo sem demora, conhecer minha Belém do Pará,
A cidade das mangueiras e da nossa eterna e encantadora baia do Guajará.

Jonas Melo

Foto de RHANI

Brisa

A brisa vai.
A brisa vem
Eu venho e vou também.
Perdendo-me nesse amor.

Como lã, puro veludo.
A pureza desse amor é tudo.
Tão lindo, e eu sigo indo.
Perdendo-me mais e mais nesse amor.

Fico mudo parado e pensando.
E o tempo vai passando.
E eu contando o tempo.
Para logo poder te ver.

Caem as luzes da cidade.
Antes cedo agora tarde.
Antes que seja tarde.
Vouto a te dizer: eu amo você.

Sabes ouvir as cores do silêncio.
Estando as minhas mãos e entrego.
Os meus sentimentos.
Preciso de ti, aqui

Amo-te tanto.
Sei que amor esse grande quanto.
Todo amor que já passou.
Ou na terra ira passar

Veja quão grande é meu amor.
Veja quão grande é meu amar.
Dedicado a quem tanto amo.
Dedicado a quem sempre irei amar.

Foto de Shyko Ventura

"HIROSHYMA"

"Hiroshyma"

"A incompreensibilidade do ser,
Que seja, a sensibilidade de uma incompreensão,
E por menos que exista no ser,
Precedida seja de sensibilidade;
Quando da sua existência só,
Esta, arrasa os quarteirões da alma,
Incinerando-a de dores,
Levantando um cogumelo de nuvens cinzentas,
Obscurecendo a visão de ser à ser;
Desintegrando a existência de um amor,
Intensamente intrínseco, ora dado à Você;
Mas, num gesto singularizado,
Em que, de dois corpos, só prevaleceu o seu,
De dois caminhos, Você proferiu que não se cruzacem,
De um amor incondicional, Você necessitou condiciona-lo a "Outras Coisas",
Uma cidade de sentimentos e sonhos, transformada fora em escombros do "se amar";
A insensibilidade de uma incompreensão,
Que troca o afeto pela agressividade,
O carinho pela agressão,
O viver pela morte,
O amor pelo egoísmo,
O amar por condicionar,
A realidade pela religiosidade,
A extinção por uma indecisão!
Extinguida a nuvem cinzenta,
E a obscuridade se vai do ser,
Os olhos se olham em deficiência por tudo que se perdeu,
Que se quis perder,
Que se quis sofrer,
Sendo que o amor, incondicionalmente te espera!"
_______________by Shykko300109.

Foto de pttuii

Luxos Importados III

se a pesca crescesse em ti,
no quadro maçónico de querer dias em noites,
ser-me-ia a alegria de família,....

já vi de ti mulheres a apaixonarem-se,
ventos em sucintos desmaios de criação,
e nunca o mar a chorar,...

a pesca a crescer de ti,
seriam cardos de choros por pintar,
peixes-alma a nadar
no céu de fosfatos invisíveis,...

adormeço-me numa cidade
que existe aos desmaios,
a pensar em ti,
deusa de riquezas com
crianças a sorrir.....

Foto de ERIKO ALVYM

A CORUJA LEVANTA GAVIÃO

Eco
angulando
a esquina da alma

saudade é hóspede
segue estrada afora
a caravana dos abandonados

o rei é vivo
embriagado
no sangue da plebe

eu encho
de lágrimas
o teu ventre

eu visto o traje real
p'ra te amar, sêmem
e suor - coroado pelo sol

Na estrada da cidade
a bruxa-sexy recebe
o santo, a igreja é para o amor
o corpo é aonde/
pé-ante-pé
arranco da sombra
o leopardo
arrastando o sexo
no jardim do teu cio

O cavalo branco espalha
da crina o fogo na rua
- selvageria e doação

Teu corpo é a égua
de uma divindade em fúria,
teu íntimo um lago fumegando céus

Nu - encharco as areias
pelo cajado, certo da suculência
que no oásis te umedece o fruto

Tenho nas botas solidão
e desdém, nas esporas
caravelas levam povos espirituais

Assassino, o güeto é meu,
se a sirene é o anjo denunciando
o invasor, a culpa é longe do ateu

Seja como for, o príncipe
nasceu do mendigo quando eu
te amei, das cinzas a coruja levanta gavião
enviada por ERIKO ALVYM

Foto de Agamenon Troyan

JORGE BUENO DA SILVA (LAGO AZUL)

JORGE BUENO DA SILVA

( LAGO AZUL )

Jorge Bueno da Silva nasceu em 19 de setembro de1948, na zona rural de Machado-MG. A paixão pelo futebol começou quando jogava no time do São Luís. Depois ingressou no Jardim Teália, no La Salle(dos irmãos lassalistas), e no Flamengodo Divone “Carroeiro”. Aos 14 anos foi morar com os tios em Vila Ema (na capital de São Paulo). Conseguiu um emprego de serralheiro na micro empresa Elie–Pedrosian & Filhos. Fez amizade com torcedores daquele que seria para sempre o seu time de coração: o Santos Futebol Clube.

Era o ano de 1962 quando Jorge e um grupo de amigos foram ao Pacaembu para assistir a uma partida entre Santos x Botafogo, pelo antigo Torneio Rio-São Paulo. Naquela época, o Santos de (Gilmar, Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e Mengalvo) juntamente com o Botafogo de (Zagalo, Garrincha e Nilton Santos) eram a base da Seleção Brasileira. Ao completar 19 anos, Jorge retornou a Machado. Nesse ínterim, um primo seu havia formado a equipe do Time da Prefeituraonde jogou por algum tempo.

Foi o técnico e fundador “Dica” que o chamou para jogar no Clube da Ponte. A equipe era formada por Divone, Sérgio, José Vítor, Dito, Zé Perereca, Duréia, Caveira, e Simão. A prefeitura arranjava-lhes, meias, camisas (menos chuteiras) e cedia-lhes um caminhão para transportá-los até as cidades vizinhas... Em 1984, juntamente com os Srs. Natal e Zé Garcia montaram um time de veteranos, o “Aqui e Agora”. Entretanto, no ano seguinte, decidiram montar um time jovem para dirigir. Surge então, em 1985, o Lago Azul.

O nome derivou de uma ilha artificial da cidade de Campestre-MG (Lagoa Azul). Graças ao apoio do Paulinho (Fotoamador), a equipe adquiriu uniformes para disputar os campeonatos (Rural e Municipal). Com muita determinação os garotos conquistaram todos os campeonatos de 2000. Em entrevista ao Episódio Cultural, Jorge Bueno lembrou com muita saudade dos bons tempos de uma Machado cheia de galanteios, sorrisos e pés-de-valsa, que infelizmente foi tragada pela frieza das salas de estar vazias de amizade e comunicação.

Há 31 anos trabalhando no SAAE, Jorge Bueno nunca se cansou de dedicar–se ao futebol e, principalmente, em tirar das ruas aquele menino que, através do esporte possa ocupar a sua mente com atividades positivas. Ele, assim como muitos outros que se engajam nessa luta merece os nossos respeitos.

(foto) Maria Lúcia P. Silva (esposa), a neta e Jorge Bueno

matéria do fanzine Episódio Cultural
machadocultural@gmail.com

Foto de Agamenon Troyan

ELMARA, UMA ARTE INFINITA

ELMARA, UMA ARTE INFINITA

Machado é uma cidade privilegiada de grandes artistas. Mesmo com a difícil tarefa de conseguir patrocínios e expor as suas obras, eles lutam pelo o seu objetivo. O fanzine Episódio Cultural foi conhecer um desses artistas, a jovem Elmara Helena da Silva, (22 anos) moradora do Bairro da Vila Conceição. Aos 12 anos, começou a fazer cartões em papel vegetal. Seis anos depois aprendeu a pintar em estilo abstrato. Posteriormente fez um curso em tecidos com a artista Dulcilene Gonçalves (diretora da UNIARTMA).

Entre os professores que acreditaram em seu potencial estavam Regina Salles e a artista mencionada anteriormente. Em suas pinturas a óleo, percebe-se a influência de Salles. Alguns desses quadros como a “As Pirâmides” (sua primeira pintura abstrata); A Fênix, Natureza Morta, A Igreja e, Paisagem com Flôres, refletem momentos de profunda reflexão, alegria, misticismo e tristeza.

Seus trabalhos, incluindo pinturas em cerâmica, foram expostos no colégio Iracema Rodrigues, onde estudou. Professores, alunos e visitantes, ficaram muito surpresos. Meses depois, seus quadros foram exibidos na Feira da UNIARTMA (Praça Central); na Exposição do Atelier da artista Regina Salles (Casa da Cultura) e no CESEP, onde atualmente faz o curso de História. Há alguns meses ela escreveu um poema abstrato (baseado em seu quadro, “A Moto e o Sofá”).

Entre os livros ela mencionou as biografias de Pablo Picasso e Frida Kahlo. “Sinto Muito” de Gabriel Chalita; “Educar com Oração” e “Pedagogia do Amor” de Rubem Alves. Seus filmes favoritos são: “Reflexo de uma Amizade”, “A Luta por uma Esperança” e “O Sorriso da Mona Lisa”. Ela já tem convites para expor em São Paulo no ano que vem.

Contatos e patrocínios: Rua Santa Teresa, 98. Fone: (35) 3295-3679 / Vila Conceição. Machado-MG 37750-000

“A pintura é uma arte infinita. Está sempre mudando. Há um campo, um céu, uma cor diferente que sempre aparece. Nunca é igual...” (Elmara H. Silva)

Foto de Agamenon Troyan

Canções da Terra

CANÇÕES DA TERRA

Chrystian Dozza Cunha nasceu em Machado em 1983. Aos treze anos ganhou do seu pai (Prof. Pedro Cunha) seu primeiro violão, aprendendo com ele os primeiros acordes. Anos depois passou a ter aulas na Casa da Cultura. Vendo seu desempenho, sua professora o aconselhou a procurar outro mestre, pois segundo ela, já não havia mais nada a ensiná-lo. Em Alfenas (MG) passou a ter aulas com o músico e jornalista Fredera. Aos 15 anos, Chrystian ganhou sua primeira guitarra. A partir daí passou a influenciar-se musicalmente pelo Rock ouvindo guitarristas como Slash (Guns´n`Roses) e Adrian Smith (Iron Maiden). Juntamente com os amigos Luciano e Wesley, formou o Seventh Steel, a primeira banda de metal melódico da cidade. Em 2001 Chrystian entrou na Faculdade Santa Marcelina de Música e Artes de São Paulo (capital).
Durante uma aula, André (um estudante de Regência) o convidou para tocar na sua nova banda, o Jethro Tull Cover. A banda já se apresentou em Machado dividindo o palco com o Overture. Em 2007, Chrystian pretende fazer seu mestrado nos Estados Unidos e, posteriormente, abrir no Brasil uma escola de música... Graças ao apoio de alguns machadenses que acreditaram em seu talento, Chrystian lançou seu primeiro cd independente de música instrumental, o “Songs from the Land” (Canções da Terra). Podemos classificá-lo como “World Music” (Música Mundial).
O termo foi criado pela crítica americana para designar os discos influenciados pela cultura mundial. Independente disso, “Songs from the Land”, remete-nos ao profundo oceano da alma: “Lachrymãe Pavan” do compositor renascentista John Dowland, que viveu na Inglaterra entre 1563 a 1626. “Elf´s Jig” (A Dança dos Elfos), contendo um pequeno trecho de um poema de William Shakespeare e ”Terra Mãe”, um instrumental que reacende as nossas origens com um dos mais populares ritmos brasileiros: o Baião... A capa foi elaborada pelas alunas Mariângela Ghizellini e Célia Nakabayashi.

Contatos: (35) 3295-1706 ou
chryscunha@yahoo.com.br

Fote: Fanzine Episódio Cultural

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