Cinema

Foto de Rosamares da Maia

Produtos da Indiferença

Produtos da Indiferença

Nas sombras proliferam criaturas medonhas,
Amontoadas, escondem-se, defendem-se,
Prontos para atacar, mostram os dentes,
Brancos dentes de leite. Por pouco tempo.
Em breve, serão caninos cariados, afiados.
Maternidades espúrias, profanas, sem sentido,
Tal impunidade custará ao futuro, em vidas.
As hediondas criaturas povoam as ruas,
Como se direitos lhes coubessem!
São matilhas solidárias que procuram.
Juntas, dividem o produto da sua pilhagem.
Comem como cães vorazes, roem como ratos.
Escondem a magra nudez em trapos,
Refestelados em camas de papelão,
Enganam o frio e o estomago, na cola de sapatos.
São produtos da miséria, forjados pela dor.
Sem escola, cinema, remédio ou pipoca.
Morrem e se reproduzem prematuramente.
Nasceram crianças - meninos e meninas,
Se ainda ousam sonhar, é difícil saber.
Mas têm rostos, olhos que refletem verdades.
Olhos frios, sob viadutos, em baixo dos tapetes,
Dos palácios fartos e dos luxuosos gabinetes,
Providencias e decisões em cima do muro.
Muros de nababos, vergonha da Nação.
Não são cães, nem ratos, apenas uma matilha solitária,
Matilha invisível de quem não tem nomes - “Excluídos”,
Que gritam com fome e rangem dentes, causando medo,
Mas não são cães nem ratos! São Homens...
Meu Deus! ...São Homens!

Foto de Mitchell Pinheiro

CORDEL DO CINEMA AMERICANO

O cinema americano me deixa intrigado
Todo mundo tem um bastão de beisebol em casa
Mulher que mora no mato é toda bonita e maquiada
O vilão malvadão e sem dó
Não morre de um tiro só
Só com muita tortura e pancada

Nos de terror tem caboco corajoso demais
O maior “Deus é mais” acontecendo no escurão
Mas o artista sempre desse no porão
Espreita pela casa
Procurando alma penada
Mata nois do coração

E depois de fugir do local do assombro
Sempre tem um artista que espera
Ainda volta pra buscar a cadela
Ja tá desabando o mundo
E no ultimo segundo
Consegue sair com ela

Quando o vilão pega o mocinho
Nunca vi maior besteira
O elemento nunca atira de primeira
Conta toda armação
As corda folga das mão
E o mocinho toma a dianteira

E pense nuns detetive inteligente
A polícia é enganada todo instante
Mas eles sempre com uma conclusão mirabolante
Basta um palito na cena do desatino
Que já diz tudo do assassino
Tá perdido o meliante

E os carregadores de mala coitados
São usados só pra sofrer
Sempre os primeiros a morrer
Se te tiver bixo brabo
São tudo devorado
Enquanto o mocinho correr

Roubar carro é fácil demais
Tem pra escolher a vontade
No para-sol sempre tem chave
O motor não pega de primeira
E quando o malvado chega a beira
Que o cabra foge de verdade

Outra coisa que impressiona
É a facilidade de matar
É só pegar no pescoço e girar
Ou então uma coronhada
Sem sangue nem zuada
No botão de desligar

Mas o mais intrigante é o artista
Que tem uma incrível regeneração
Se arromba com tiro e explosão
Pula de carro em movimento
Enfrenta bixo sanguinolento
E sai sem um arranhão.

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de diny

NAMORADO

Namorado:
Ter ou não ter, é uma questão.
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Nao tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Nao tem namorado quem nao sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Nao tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.

Nao tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Elou-cresça.

(Carlos Drummond de Andrade).

Foto de Carmen Lúcia

Indagações à vida

Onde está o meu entusiasmo?
As coisas que me faziam estremecer?
A vaidade a me bater,
o espelho a me ver
sempre impecável,
irretocável?
Batom, blush, rímel, esmalte, laquê?
As roupas da moda,
os saltos dos sapatos
que me elevavam
a ver lá de cima
a vida acontecer embaixo?

O amor próprio, onde foi parar?
O amar a mim mesma, em primeiro lugar?
Os sorrisos, as gargalhadas,
as noitadas, as baladas,
as danças improvisadas,
o desejo irrefreável de viver?
O coração descompassado,
o rubor destemperado,
o sorriso dissimulado,
o meu sim apaixonado...

As sessões de cinema,
o amor sentado ao meu lado,
os beijos disfarçados,
os tremores tresloucados...

Quando deixei de viver?
Em qual ancoradouro aportou minha autoestima?
Qual livre- arbítrio assinou a minha sina?

_Carmen Lúcia_

Foto de annytha

DEUS TE AMA INCONDICIONALMENTE!!!

Não ligue, se as pessoas não ligarem pra você, Deus está sempre ligado, em você; Não se incomode se você pensa que está sempre só, embora não veja, Deus está do seu lado! Não se preocupe se você acha que não tem amigos, Deus É O seu amigo certo em todas horas incertas; Não se aflinja se ninguém nunca te faz um convite pra um passeio, uma ida ä praia, ao shopping ou ao cinema, ou simplesmente te faz uma visita, Deus vai com você por onde quer que você for! Não chore se te machucaram, Deus é quem cura as tuas feridas. É Ele, só Ele, quem te entende, que lhe visita, que anda com você, que lhe ama do jeito q você é, que nunca lhe cobra nada, que não te critica,e nunca lhe deixará! Ele é pra sempre na vida dos que O buscam e O amam em espírito e em verdade, porque DEUS TE AMA INCONDICIONALMENTE!!

Foto de Arnault L. D.

Origami

Se volta-me a lembrança,
encontro em certo o amor,
num ponto exato do passado.
Languido amor, que descansa
livre da torrente do ardor,
tal fora apenas sonhado...

Não segue o Sol, ou futuro,
apenas é, mais nada cobra.
Qual a foto que a vejo sem ver,
se cinema, a imagem no escuro,
que o continuo do tempo dobra,
juntado pontas, a lhe trazer.

Não sei viver o que siso,
mas, o que sinto o sabe em mim.
Se sorrio, há um que de tristeza,
mas, se choro, resta um sorriso.
Esse amor é que faz-se assim,
origami de dobras e leveza...

Sei onde está você, em mim...
Onde mora o amor que se confunde
com o irreal, sonho e poesia.
Onde não contamina o fim,
e você a mim se funde,
para antes, ou sempre, noite e dia...

Foto de Melquizedeque

‎:::: CONSELHEIRO DA MORTE ::::

.
.
.
.
Acordei com o cheiro da criança morta
Que, outrora, sonhara permanecer viva.
Essa morte criminosa e encomendada,
Castiga todos que não lhe reverencia.
Diafragma atrofia quando sente a peçonha;
Não é um sonho lúcido de cinema mudo!
É lúcifer a libertar sua doce e amada filha.

Ser orgânico dos mais ignotos lugares...
- Teu medo atroz é minha bússola guia!
Ser pensante e geográfico nos quatro ventos,
Necessito da tua sombra como alimento;
Tua lágrima humana sara minha melancolia.
A planta dos teus pés destrói a o belo...
Levanta muros invisíveis – Guerra fria!

Tu és sombria, oh morte mensageira!
Já fui catequizado com o medo humano...
Já senti o cheiro do teu hálito dormente.
Hoje penso na vida dos caramujos esmagados,
Vejo as horas no relógio de parede, parado.
Feri meu corpo com a tua minúcia mágica.
Morte! Não quero ser humano – Ser inconsequente.

Filho meu, sinto teu corpo cair no abandono...
Levanta-te de dentro de si e atire a primeira pedra!
Silencie a voz dos que clamam no deserto,
Onde as madres parem carcaças de gente.
Teus dedos será a foice que decapita os reis;
Mastigue a carne do teu corpo, os resíduos da mente...
Seja exegeta vagabundo... Sem trabalho, sem parente.

Charles Von Dorff, 19 de janeiro de 2012.

Foto de zzPri

SALGUEIRO CHORÃO

"Salgueiro chorão com lágrima escorrendo
Por quê você chora e fica gemendo?
Será porque ele lhe deixou um dia?
Será porque ficar aqui não mais podia?
Em seus galhos ele se balançava
E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava
Em sua sombra abrigo ele encontrou
Imagina que seu sorriso jamais se acabou
Salgueiro chorão pare de chorar
Há algo que poderá lhe consolar
Acha que a morte pra sempre os separou?
Mas em seu coração pra sempre ficou."

(Lembro que foi o primeiro filme que assisti no cinema, tinha em torno de 8-10 anos, apartir dali descobri que eu amo poemas..... "Meu primeiro amor....por Vada, uma menininha de 10 anos que descobre o amor pelo seu amigo Thomas que por uma fatalidade morre, ela declama essa poesia que fez para seu primeiro amor")

Foto de Felipe Ricardo

A Triste Historia de Quem Ama

Finalmente deu certo o o tão esperado encontro tive a permissão daquela que cuidava dela, e depois de quase 2 meses a encontro
linda do jeito que ela é.
Marcamos de ir as 11:30, só a tive as 13:00, pegamos o onibus direto para o shopping, odeio esse lugar, mas emfim já era hora de uma lembrança boa la, mas no caminho entrego a ela um colar que fiz, um presente lindo, um cordão roxo com uma linda borboleta amarelo-ouro, ela achou bonito, deu um sorriso apagado e o guardou na bolsa que assim carregava. Então chegamos no shopping e vamos direto compra a sua passagem de volta, para a sua casa ela resolveu compra para as 17 horas e em seguida fomos para o cinema, mas antes fome lanchar chegamos na praça de alimentação a perguntei aonde iriamos, ela disse que não sabia, e fomos direto para a melhor que lá havia e lá ela abriu o cardápio e eu a exclamei:
"Escolha o que desejar"
E nisso esla escolhe um simplório hambúrguer. Eu dou uma olhada torta, pois vi que ela não queria abusar e eu só queria agradar acabamos por optar um uns dos kits de la, o mais caro e no decorre da conversa a surpreendo dizendo a ela que estava apaixonado por tal menina dês do festival, mas não queria falar pois em tal época ela
estava namorando, e não achava certo tal sentimento, mas da surpresa ela apenas diz:
"Não sou boa para dar resposta"
E então não tocamos mais no assunto, ate q então chegamos no cinema e não havia sessões disponiveis par o horario que ela tinha e então fomos direto para o ponto do onibus para ver se tinha como trocas a passagem e assim voltamos par o shopping e começamos a falar de nossas vidas e enfim chega a hora dela volta e ir pegar o ônibus e depois de uma conversa eu a surpreendo novamente.
"Sabia menina me deu uma vontade de te roubar um beijo, mas tenho medo de suas reação, voce poderia não gosta, então vou deixar ela passa ta bem"
E assim ela me responde:
"Mas se quiser pode"
Então surpesso pergunto se ela tem certeza e ela responde que sim
e então acontece o nosso primeiro beijo...
...Um breve e sutil juntar de labios, mas perfeito...
Então que digo que minha vontade ainda não acabou e ela me surpreende novamente:
"Se quiser outro"
Ela me responde e enfim ocorre, melhor do que o primeiro e então paramos
e a digo:
"Não tenhas preocupação isto só ficara com a gente, ta bem"
E ela concorda depois de um bom tempo de angustia e espera o onibus dela chega, ela vem e corre para me abraça e ai baixinho digo em seu ouvido:
"Posso te beixar?"
e ela responde, se aproximando e no fim do que eu dei, antes de separa o meus lábios do dela ela vem e continua e assim ela parte e então começa a minha verdadeira angustia, Pois aquela menina que beijei, se tornou uma estranha e assim estou nesta melancolia que assim dilacera o meu triste coração...
...Eis ai a razão de minha tristeza, irracional
FIM

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