Cobras

Foto de ltslima

Não Ha Idade Para Amar.

No limiar dos anos
um brilho que cintila calmante
o tormento do cabelo corpo e mente
com esperança de poder atravessar
as barreiras lentas e marcantes do tempo.

O tempo não para,
êle acelera como um vendaval
a alma sempre será a mesma
os sentimentos mudam, renovam-se.
O amor, é como o passar das nuvens
torna-se fidelidade, amizade,cumpliscidade
é uma troca de passagem,
é algo para vida inteira.

A vida é bela,
não importa o passar dos anos
caminhamos pelos corredores da vida
contanto que saibamos carregar
os sois a queimar a pele,
e nela fazer nossa moradia.
Resta-nos o recordar das passadas
rever que somos como uma arvore
as folhas queimam, murcham e caem
mas renascem mais lindas, viçosas.

O importante é:
sentar, pensar e rever,
que o sol sempre volta a brilhar
em todas as manhãns como orvalhos.

Viva...a vida é bela,
em qualquer idade,
para quem tem pureza no coração
benevolência para doar,
é tudo que importa...até mesmo
para as cobras.

ltslima.

Foto de cafezambeze

CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (II/VII) (FEIJÃO MACACO)

Belém, 31/01/2006

RECARREGANDO CARTUCHOS E MAIS...

Uma coisa que gostávamos de fazer era caçar. Uma das poucas opções para passarmos o tempo nas férias. Mas munição custava dinheiro, que era algo que não tínhamos, e armas, nossos pais raramente as punham nas nossas mãos, senão na companhia deles.

O Aguiar, a quem já me referi, nos ofereceu usar a caçadeira do pai, mas... e cartuchos?

Descobrimos que o nosso vizinho, o sr Roque que nem arma tinha, possuia uma caixa com pólvora, chumbo, espoletas, enfim, os apetrechos necessários para a recarga.

Para quem não sabe, e nós não sabiamos, em cada carga, tanto a pólvora como o chumbo têm que ser pesados, e no caso da pólvora o peso varia também conforme o tipo.

Bem, pusemos a mão no material e resolvemos recarregar cartuchos usados.
Para medir a pólvora fomos cortando um cartucho até a encontrarmos. Essa seria a medida.

Cartucho com espoleta nova, enchíamos a medida com pólvora, umas vezes rasa, outras formando um montinho acima da medida (era tão pouco), outras comprimindo-a com o dedo, e lá vai a carga para dentro do cartucho. Uma bucha feita com jornal, cada uma com o seu tamanho, e o resto do espaço livre cheio de chumbo.

Com um saco cheio de cartuchos, chegamos à farm do Aguiar e fomos recebidos também pelo funcionário que na outra estória tinha dado o grito de aviso: cobra! cobra! Lembras? Ele tinha virado fã do teu pai e veio-nos mostrar o seu arco que era uma obra de arte de perfeição de acabamento e, certamente, ganharia de qualquer coisa industrializada. Me lembro que só tinha uma flecha. Se acertasse algo e o animal não caísse, ficava na pista dele o tempo que fosse preciso.

O teu pai pegou no arco e na flecha e começou a mirar uma pequena tabua de uns 20 x 40cm que estava encostada nuns bambus a uns 50 metros. Ele nunca tinha atirado com arco e pensei que ele só estava testando o arco...Que nada! A flecha partiu e foi cravar-se no centro da tabua.
Chiii!!!! Chiiii!!! Tem cuche-cuche! ponta maning! gritava o moço. Chi é uma esclamação de admiração, cuche-cuche é a palavra para feitiço, ponta é pontaria e maning era usada como muito/muita com concanetação de máximo.
Sorte de novato! Tentamos que ele repetisse a façanha, mas ele não caiu na armadilha.

Quando pegamos a caçadeira do pai do Aguiar, olhamos de esguelha um para o outro, pois o estado da arma era lastimável. Desengonçada, cheia de folgas, com vários pontos de ferrugem e com cara de quem nunca tinha visto um óleo na vida.
Mas tinhamos de experimentar os cartuchos. Tinhamos tido um trabalho danado e eles estavam tão bonitinhos...

O Aguiar, que ficou com medo de cobras, pegou o trator da farm.
Nos encavalitamos nele e lá fomos nós.

O primeiro tiro foi tão forte que a espingarda e o teu pai rodaram com o coice.
A espingarda ficou inteira?... Vamos continuar. Umas vezes o chumbo caía a poucos metros do cano, outras havia um coice violento, mas não havia estampido. Só um vuuummmm, como uma bazuca. Também sairam tiros normais. Me lembro de uma perdiz que o teu pai enchofrou e de que não se aproveitou nada tal a violência do tiro.
A espingarda do Aguiar não era tão má assim. Devolvemos ela inteira.

Montados no trator, a corta mato, acabamos inadvertidamente por passar numa moita cheia de feijão macaco. Porquê feijão macaco?
É uma vagem parecida com um feijão, mas coberta por uma penugem dourada muito bonita. Só que a penugem dourada, ao menor toque se solta, e provoca uma coceira danada. As rodas do trator levantaram uma nuvem que nos cobriu.
Não tinha parte do corpo que não coçasse. Quando chegamos à farm, já com o corpo vermelho de tanto coçar, corremos para tomar banho. Piorou! A mãe do Aguiar apareceu com uma pomada de não sei o quê. Nada adiantou. Nossa sorte foi um moleque que trabalhava na casa e que não parava de rir da gente. O Aguiar o ameaçava com porrada se ele não parasse com a gozação, mas ele ainda ria mais e emitava um macaco se coçando. Por fim, ele se compadeceu de nós e nos levou para o quintal onde nos deu um banho de terra.
Isso mesmo! A terra esfregada no corpo removia a penugem dourada...

Tãooo Bonitinhaaaa!

Foto de cafezambeze

CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (I/VII)

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU/O DIA EM QUE SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Belém, 27/01/2006

Cara sobrinha

Faz tempo me perguntaste se não tinha fotos do teu pai quando em África, pedido que encaminhei para os meus imãos e que creio, devem ter dado uma de baianos. Amanhã... Amanhã...

Esta semana pegaram uma sucuri, prima da anaconda, com uns 4 metros, que passeava no galpão da empresa onde trabalho. Houve comentários e estórias e me lembrei d'algumas onde o teu pai foi a personagem. Não são fotos... mas tentarei enviar-te de vez enquando alguma estorieta.

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU

Eramos garotos. Eu com uns 10 anos e teu pai com uns 13.
Moravamos em Vila Pery, mais ao menos no centro geográfico de Moçambique.
A alguns quilômetros da vila, destacava-se no horizonte uma formação rochosa conhecida como a Cabeça do Velho.
Não sei mais de quem foi a idêia, acho que dele, mas resolvemos escalar a Cabeça do Velho. Menos temerário, me lembro de atentar para o problema das cobras que eram uma praga. Que nada, argumentou, vamos levar o cavalo marinho do pai (um chicote feito de couro de hipopótamo com um metro e meio mais ou menos), uma chicotada na cobra que aparecer e quebramos-lhe a espinha.
Pegamos um lanche, cantis com água e um caixote kodak e, lá fomos a pé.
A escalada correu bem e em poucas horas chegamos ao topo. Depois de algumas fotos (que ainda devem existir) começamos a descida.
Seguiamos por uma espécie de trilha ladeada por capim seco. Teu pai caminhava uns 5 metros à minha frente quando duas cobras resolveram atravessar a trilha.
Eu gritei e, instintivamente, talvez alertado pela restolhada das cobras no capim, teu pai pulou. Como em câmara lenta e com o coração querendo sair pela boca, vi as cobras de cabeça levantada passarem por debaixo das pernas dele.
Devem ter sido talvez frações de segundo, mas ele ficou parado no ar, de pernas encolhidas. Só caiu depois das malvadas terem passado.
Do susto, me vinguei por uns tempos aconselhando-o, todas as vezes que saíamos, a não esquecer o cavalo marinho para o caso de aparecer alguma cobra.

O DIA EM QUE TEU PAI, SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Teu pai, desde pequeno, sempre foi um exímio atirador, tanto à bala como com arma de cartucho.

Devia ele ter uns 14/15 anos, quando fomos fazer uma caçada na farm de um amigo. O Aguiar.
Fomos de bicicleta, eram só 14 km. Na propriedade nos reunimos com o Aguiar e os irmãos, e lá fomos nós. Além das fisgas e pressão d'ar, a arma que levávamos era uma 410 (cartucho) de 5 tiros. Uma adaptação feita com uma culatra de fuzil Mauser.

Depois de matarmos algumas rolas e galinhas do mato (cangas), já de volta para a sede da farm, um dos funcionários que nos acompanhava começou a gritar:
Inhoca! Inhoca! (Cobra)
Era uma senhora Mamba Negra (veneno suficiente numa mordida para matar 10 pessoas em pouco tempo), bem grossa, que serpenteava rápido. Enquanto ela corria, teu pai fez quatro disparos e, embora depois constatássemos que todos a tinham acertado, eles não a pararam.

A bicha se arrastou para um grupo de arbustos, e esse nosso amigo Aguiar correu com um pau para afastar os arbustos à procura da cobra. Logo que ele se chegou aos arbustos, vimos a cobra levantar-se à altura da cabeça dele. Tudo se passou na velocidade de um raio. Um tiro e a cabeça da cobra voou... O susto veio depois quando nos apercebemos de como a morte nos rondou.

O Aguiar ficou branco como papel e sem conseguir falar por um bom bocado.

Foto de Melquizedeque

‎:::: QUELÍCERAS POÉTICAS ::::

Escavo a poesia a procurar veneno!
Não o ungüento que afaga ou antídoto...
Torturo-a até ouvir seu grito macabro;
Afogo-me no mar de sangue, nojento.

Caminho nos rastros das cobras,
Nas saias curtas de viúvas negras,
Nos sanatórios que encontro na estrada,
Ou velórios onde mortos passeiam.

Desenterro sarcófagos intactos,
Ali me aqueço nas madrugadas frias.
O relâmpago nas trevas me salva
Quando o tédio seqüestra meu dia.

A poesia doce cheira hipocrisia.
É sedentária e ilusória – frágil mentira!
O mistério poético e visionário do ser
É encontrar a si mesmo num reflexo constante.

Arranco o coração da poesia com os dentes,
Estrangulo-a sem piedade; sou quelícera afiada!
Apedrejo seus filhos, bebo fel sorridente...
- Ela é cólica análoga a um mundo decadente!

Charles Von Dorff, 18 de janeiro de 2012.

Foto de carlosmustang

INFINITAMENTE JOBS

Aos olhares, o sentir terreno
A existencia, de sentir, fazer,saber
mesmo vivendo, e forçar pra viver
Sem nada, e sentir-se supremo

Tempo, tempo, faz juz esperar
Amada, amando, não me cobras nada
Deixa-me feliz viver nesta estrada
E vou vivendo, no tesouro de amar

E andando neste mundo 'HighTech'
Procurando 'porta aberta'
Vou tentando, o fundamento é amar!

E todo dia(vai e vem sem fim)
Vou evolucionar
Porque o universo eh tão bonito...

Foto de Marilene Anacleto

Cheiro de Eternidade

Noite. Na Lagoa tudo é breu,
Feito recônditos do eu
Que ninguém jamais percebeu.

Nem eu: Mistério.

Cobras? Peixes? Sapos?
Que tipo de entidade freqüenta lagos
Em noites sem claridade?

Árvores e rochas circulantes,
Grãos de areia e plantas circundantes
Contêm mistérios além-espacial radiantes.

Espiritualidade, ciência e tecnologia
Unem-se, hoje, a descobrir feliz magia
Que traz beleza aos olhos, dia após dia.

Mas, e as noites? Continuam mágicas.

E a imaginação, fértil e fantástica
Faz-me, de outros tempos, uma alma
A vagar pelos beirais dessa água.

Feito sonho realizado em época boa,
Sem fúria e sem amor, sou a Lagoa,
Sou árvore que fica e ave que voa.

Então, não há noite nem há dia.
Não há mistério. Entretanto flui a magia
Da eternidade perene que irradia.

E nós, em volta dessa Lagoa,
Em namoros de hoje e de outrora,
Vemos a terra girar até nova aurora.

Desde tempos primordiais
A vida, ao mesmo amor pertence,
Numa trajetória sincera e perene.

Constante, agora, do nosso dia-a-dia,
Basta parar para sentir a alegria
Dos momentos que outrora se vivia.

E trazê-los na noite na Lagoa em magia,
Sem mistério e no silêncio,
Entre abraços de harmonia.

Foto de betimartins

Sexta Feira, dia 13...

Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira
Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos
Dona da insana minha paixão e emoção
Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas
Todos juntos, com a baba de bode
Uma porção de idiotice e sem fé
E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta
Rodam em danças mágicas, bebendo
Os lobos uivam, lambem o seu pêlo
Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia
A velha bruxa está alcoolizada
Em zás- zás, sem qualquer nexo
E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante
Com sua bola de cristal e no seu velho baralho
Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo posso ajeitar
Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada
Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?
È muito mau olhado e muita inveja
Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante
Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus
Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar
As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!

Foto de betimartins

O Chico e seu amigo Jesus

O Chico e seu amigo Jesus

Era uma vez um lindo casal da aldeia que resolveu ir mostrar a cidade e os seus atributos que ela oferece por tanta diversão. O seu menino tinha apenas cinco anos, um belo rapaz com seus cabelos loiros e cacheados, olho negro, quase preto e muito alegre Seus pais os chamavam de reboliço, porque ele não parava quieto e tudo queria saber e aprender.
Eles o levaram a cidade para mostrar o Parque Zoológico e também o parque aquático, que ele via nas revistas e tanto queria conhecer. Era estranho com os bichos, parecia que falava com eles, não podia ver nenhum abandonado ou doente que logo levava para casa e o curava. Depressa arranjava donos para eles com aquele jeito meigo e sábio de falar.
Era o José Francisco, José era nome do seu avô paterno e Francisco de seu avo materno, era o encanto da família embora da aldeia fossem bastante abastados e cultos.
Foram no seu automóvel novo, levaram três dias para chegar à cidade, pensaram em passar a Páscoa lá e ir ver alguns amigos e família.
O José Francisco estava impaciente, queria apenas ir logo que chegasse a cidade ver os seus amiguinhos, porque os animais eram os seus melhores amigos.
- Mama, olha ali, estamos pertos já vemos placas de publicidade.
Aos pulos e inquieto ele não demonstrava qualquer cansaço apenas queria ir ver o Zoológico, seu pai, olhava-o pelo espelho refletor, sorrindo olhando sua esposa, pensando como tinha sido abençoado por Deus ao dar tão bela família.
Levantaram cedo do hotel, para chegar ao Parque o cedo possível para seu menino aproveitar tudo como era seu desejo. Entre os dois eles já tinham pensado que iriam o levar mais que um dia para compensá-lo por se portar tão bem com todos.
O pai feliz exclama!
- Chico já chegou, olha ali, olha e já vês a reserva, já estamos mesmo a chegar.
Seu rosto iluminava com tanta felicidade, era o momento que tanto desejou e ansiou.
Estacionaram seu carro e agarrando as mãos do pequenino Chico, entram e foram mostrar o parque.
Não sem antes sua mãe e seu pai darem explicações que não devia tirar as suas mãos e estar sempre perto deles. Obediente ele concordou, mas ele só queria ir depressa à sua aventura.
Ele viu os tigres, rinocerontes, ursos, leões, elefantes, zebras, pandas, girafas, macacos, renas, lobos, porquinhos da índia, viu uma demonstração dos dinossauros ao vivo, que assustava. O que ele mais perdeu tempo foi com os passarinhos, ele adorava o que via ali, logo chegou ao parque aquático, encantado ele pode ver golfinhos, uma tratadora, deixou-o tocar neles e estranho eles tinham um comportamento estranho, tipo uma adoração o que o menino mandasse fazer eles faziam parecia entender sua linguagem.
Feliz ele queria nunca mais sair dali, seus pais quase que o arrastavam, para mostrar tudo o resto. Afinal ele queria ver os outros animais marinhos, tinha ainda as focas, as lontras, as tartarugas, as raias, os tubarões os peixinhos que andavam por ali e os corais que tanto queria ver de perto.
Já era muito tarde e ainda faltava ver os repteis o Chico não queria ir embora sem os ver, correndo lá conseguiram mostrar, mas teve sorte ele não gostou muito deles e então das cobras ele só queria ir embora dali.
Logo chegaram à casa dos primos, que alegria apenas os via no Natal e iam os ver agora na páscoa. Que correria, que barulho, também com seis crianças quase todas de idades com diferença de um ano entre eles, era uma alegria total.
Foram descansar para depois jantarem juntos, estavam exaustos precisavam de um banho e o pequenino Chico também.
Desfizeram as malas afinal eram mais uns dias que ali iam ficar e Chico foi a sua mala e tirou um livro, o livro de Jesus, sorrindo ele diz mamã eu vou conversar um bocadinho com ele afinal tenho que lhe contar o meu dia e agradecer também.
Sentadinho na sua cama ele conta seu dia, sorri e mantém uma conversa como se estivesse Jesus ali com ele, agradece e beija o seu livro, colocando-o na sua cabeceira da sua cama.
Jantaram, foram dormir, pois estavam muito cansados, de manha acordaram com o barulho das crianças a brincarem no jardim, tranqüilizaram os pais dizendo que ele já tinha almoçado e que estava com seus primos que estava uma empregada a cuidar deles.
Respiraram fundo agora tinham um pouco de tempo para eles mesmos e saíram para dar uma volta.
No meio da algazarra andavam a brincar ao esconde, esconde, ganhava o que mais escondesse bem, Chico fugiu para bem longe da casa, viu uma capela velha, abriu com dificuldade a porta, entrou. Ficou maravilhado, apesar de velho era lindo apenas estava mal cuidado. Por momentos ele esqueceu a brincadeira, sentou-se num banco em frente a um altar onde tinha Jesus sorrindo e de mãos entendidas para ele. Ele conversou com seu amigo Jesus saiu do altar e veio se sentar do seu lado, juntos eles riram, juntos cantaram e estando já muito cansado Jesus pega nele no colo e o abraça.
Ele dormiu, ele não sabia se estava a sonhar ou era imaginação, mas ele estava num lugar lindo, cheio de flores, animais que falavam e todos tinham asas e voavam.
Jesus olhava para ele sorrindo, colocando devagar no banco da capela e voltou para seu altar.
Todos estavam em alvoroço, assustados ninguém encontrava o Chico e seus pais estavam a chegar a casa para almoçar, que iriam fazer, mas ele não tinha como sair dali.
Voltou a ver toda a quinta e alguém se lembrou da velha capela e foram a correr. Abriram a porta, lá estava ele, dormindo no banco em frente ao altar, Acordou ele ao levantarem e ele triste resmunga:
- Porque me tiraste do colo de Jesus? Eu estava tão bem no seu colo.
Pasmados e surpresos por tudo isso eles falaram apenas.
- Calma! Tu estavas a sonhar, um lindo sonho, mas não passou de um sonho
Engraçado, o dia passou e todos respiram de alivio, por tudo ter dado certo. No dia seguinte eram vésperas de páscoa e todos foram à missa na igreja próxima. O Padre começou a ler o evangelho e fala que Jesus morreu pregado na cruz, fala de novo e Chico grita no silencio:
- Mentira, Jesus não morreu não, ontem ele esteve a conversar comigo e até adormeci no seu colo.
Todos olhavam para o Chico e abanavam a cabeça. Pobre criança que devia estar doente
Seus pais mandaram Chico se calar, ralhando pela sua falta de respeito.
Triste ele ainda tenta responder:
- Mas mamã foi verdade...
Ninguém acreditou nele, ninguém, triste ele foi para seu quarto e chorou.
Jesus voltou a pegar nele e sorriu dizendo não faz mal Chico, fica um segredo nosso eles não acreditam, pois não me sentem no seu coração.
Afagando seus cabelos, Jesus falou:
- Feliz páscoa para ti, meu lindo anjo.
Chico sorriu feliz e voltou adormecer...

Foto de rukass

O Adeus

Povo infeliz e ingrato
Viva o carinho e a ternura
Que à luz do estrelato
Mandam embora a amargura.

Anjo celestial,
Bate as asas e voa
P'ro Paraiso infernal
Levai convosco esta coroa
E vivai uma vida boa
Nao me deixais fical mal.

Conheçai os céus e as fadas
Duendes e cobras malvadas
Tudo com que sonhais
Sobre as nuvens despidas
com fantasias coloridas
e aves canibais
Nao vos esqeçais, contudo
Das pessoas reais

Povo rico e afortunado
Perdestes um anjo amaldicoado
Uma princesa linda e divina
como a luz matinal,
Oh!, querido povo...
Vós sabeis que perdestes
Uma amiga bestial.

Foto de betimartins

As minhas Palavras Soltas

As minhas Palavras Soltas

Minha mente quer falar aqui, mas o absurdo não deixa
Entre as montanhas esguias, cobras afiam a língua
Espertas e sagazes, prontas a devorar a sua presa
Ai! Pobre de mim, que para muitos sou louca
Outros me chamam somente a menina sonhadora
Outros confundem e me chamam de a eterna criança
Mas esta criança é sonhadora sim e como ela o é...
Ela acredita em palavras, no efeito que elas têm aqui!
Ela acredita em loucuras, quem já não foi louco?
Eu fui louca e sou louca ainda para bem da minha sanidade
Do meu corpo, da minha alegria, da esperança e da sobriedade.
Em linhas brancas eu escrevo por vezes meus sentimentos
Outros eu capto daqueles que cruzam em minha vida
Gosto de partilhar o que se sente, se outros o fazem comigo
Assim é vida do dia a dia, trocadilhos e muita perseverança
O que eu mais gosto é de brincar com as palavras soltas
Fazer delas uma mansão ou um bairro da lata, no morro
Por vezes julgo que sou artista e as pinto com varias cores
As que mais gosto é do tom do Arco Iris, belas e suaves
Por vezes imagino que é um jardim, assim posso jardinar
Uma a uma palavra eu dou belos cortes e as rego com amor
Perfumadas como elas saem não há igual, são palavras ditas
Com alma ao rubro e alegre por estar aqui neste belo planeta
São as minhas palavras que eu quero recordar um dia
As palavras de amor que eu aqui escrevi, poema será?
Não sei e nem quero saber, mas sei que brotaram
Do meu alegre coração agradecido a ti...Meu belo poema...

betimartins

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