Corpo

Entre todas que vivi, tu fostes a mais bela
Talvez foi o mundo, que levou você aos meus braços,
E foram seus olhos, que viestes ao encontro dos meus,
Ao ti ver, eu sabia toda a adrenalina de um pássaro
Seu perfume, era uma turbulência em minha vida,
Seu corpo era uma escultura, presa a uma carne,
Era uma da mais belas flores, que existiam no meu jardim,
Todos os dias eu a cultivava, ninguém a tocava
Nem a mim próprio, por que o meu amor era tão grande que o meu medo poderia murchar toda aquela rosa,
Então eu apreciava aquela beleza de longe
Para mim tê-la por mais tempo,
Mais todo esse amor infinito e reservado
Não foi suficiente para tê-la,
A minha alma morreu
Há encontrei em outros braços,
Foi assim que eu senti os seus espinhos,
Hoje em meu jardim,já não a vejo,
Hoje em meu mundo, não a reconheço,
Hoje em meus olhos,a procuro,
E aquele louco perfume, permanece vagando,
E o seu corpo, se tornou um pecado,
Sinto que sua beleza não murchou,
Por mais que essa dor me devore,
Sinto que a perdi,
Meu amor ainda existe , posso sentir o meu corpo morto, posso sentir-me derrotado, posso não tê-la ao meu lado, mais posso senti-la dentro!

A certeza de não te ver aumenta a incerteza do meu viver,
Meus olhos pecam de desejo por te ver,
Meu corpo estremece na ansiedade constante de te tocar,
Minha mente divaga nas incertezas da vida,
Na essência indiscutível dos princípios do ser,
Não sei se o desejo de te tocar é real ou irreal,
Nada tenho como certo nesta vida
Vivida apenas com uma troca de palavras tecladas,
Entres sorrisos provocados pela ironia das frases,
Pela inquietante situação que por si só me assusta,
Pelo desejo do desconhecido, pelo dom cativante que me atrai
E faz-me desejar alcançar, conhecer, ver e quem sabe
Fazer-me sentir algo mais que a vida me reserve.
A vida não me facultou oportunidades de, como se diz em boca
Do povo, amar, e se o fez temo não ter sabido descortinar
Os sinais para tal,
Vivo em busca da partilha do meu ser,
Junto a alguém que me preencha, não sei se para ser feliz
É necessariamente ter que partilhar meu ser, não sei, apenas
Sei que algo em mim “vive” assustadamente a pensar em ti …