Curiosidade

Foto de Maria silvania dos santos

HOJE PELA MADRUGADA.

Hoje pela madrugada, perdi o sono
fiquei acordada, calada fiquei lembrando de você,
lembrei-me do passado e senti saudade.

No inicio que conhecemos muitas
vezes em altas horas da noite você talvez não conseguiu dormi, sentia falta de alguém pra conversa. Então você me
ligava, ate mesmo me enviava mensagens no celular.

Às vezes me dizia, tô na NET vai
lá, vamos conversa.

Eu logo toda feliz ia correndo,
por você me sentia abraçada.

O que eu não poderia imaginar é
que pouco tempo depois, você se cansaria de mim, e eu como a amiga de papo de
todas as noites, logo seria abandonada.

Hoje triste estou, pois nem te
posso dizer quanto é grande a saudade que sinto por você.

Se tento te dizer, você logo se
irrita e pensa que me faço de coitada.

Por isto choro calada. De cabeça
baixa tenho seguir minha caminhada, pois hoje comigo você não quer falar nada.

Se eu ligo para você, você não
atende se envio mensagens você nem lê.
Ate meu numero de sua agenda você
apago.

Depois disto já te enviei
mensagens, e você por curiosidade me retorno.

Mas só queria saber quem sou.

Minha amizade para você, está fora
da realidade, ela não faz parte da sua cumplicidade.

Hoje resolve seguir a vontade do
seu coração.

Mesmo que parece maldade, resolvi
e vou viver na saudade.

Quem sabe um dia no seu coração
cresce a vontade de sermos amigos de verdade!

Mas tenha cuidado, pense com amor
e calma.

Porque um dia pode ser tarde e eu
posso não estar mais aqui.

Um dia terei que parti, e isto
ninguém pode impedir.

Mas o meu abraço eu deixo aqui!!!

ASS; MARIA SILVANIA DOS SANTOS

Foto de Maria silvania dos santos

PERIGOS DA INTERNET!

Meu nome é (Líliam antonielle), sou filha única, hoje tenho dezoito anos e vou dizer um
pouquinho sobre as desvantagens da internet e os resultados que tive.
Não são apenas as coisas boas da vida que a internet nos oferece.
Eu sempre fui uma menina carente, mas estudiosa,
comunicativa e muito travessa também! E escondido de meus pais comecei a
conectar na internet com apenas oito anos de idade, ate que meus pais me
autorizassem.
Meus pais não tinham condições
financeira muito boa, e precisavam trabalharem duros para que não faltasse nada
em casa, mas por distração deixou faltar o principal, a presença e muito
dialogo.
Eles saiam para o trabalho e me deixava com uma babá provisória
que ficava em minha casa somente no horário que eu já tinha voltado da escola,
pois meus pais não poderiam pagar um bom salário.
E para ficar livre de minhas travessuras me deixava conectar
a internet, só assim eu iria me comporta bem e não iria lhe dar trabalho, mas
talvez ela não soubesse do problema maior.
E assim fui tomando
idade e ficando mais curiosidade, criei um orkut, também um MSN, da própria
internet adicionei alguns de Chats que diziam ser meus amigos.
Muitas vezes eu chegava da escola nem almoçar eu queria, ou
almoçava na correria, fazia meu dever
escolar para que ninguém viesse me cobrar, me trancava em meu quarto ali ficava horas, às vezes nem via a noite chegar.
Se no MSN não
havesse ninguém on-line, eu entrava em um Chats qualquer, para poder teclar, me
lembro que muitas vezes ate em Chats de sexo entrei, e a babá nem notou, pois
não a perturbei e isto era o que bastava.
No MSN arrumei
muitos pretendentes, recebi muitos elogios, a maioria de bem mais idade que eu,
os quais diziam preferir menininhas novinhas, por ser mais sinceras e porque falam
o que pensam. E estes me ofereciam muito
carinho, usaram os truques de sedução que todos os homens têm.
Com onze anos comecei a me envolver profundamente com um
cara, o qual deu o nome de (Braguinha), ele dizia ter dezesseis anos, mas na verdade tinha vinte e
seis anos, mais velho que eu quinze anos, trocamos mensagens por um bom tempo.
Aos meus treze anos ele diz esta me amando muito, que
estaria apaixonado por mim e que não poderia me perde que queria me conhecer e
depois conhecer meus pais, e ate casar comigo e me dar uma vida tranqüila e que
eu poderia ate ajudar meus pais, e que ia me levar a conhecer lugares
diferentes que nunca fui e ate me ajudar realizar meus maiores sonhos, pois
dinheiro para ele não faltava. na verdade eu já tinha dito o meu sonho de ser
aeromoça e é claro que eu queria ver meus pais bem de vida, para que pudesse
aproximar mais de mim, pois muitas vezes eu passava quase a semana sem poder
ver meus pais.
Quando eles
chegavam eu já estava dormindo e eles não me acordavam.
De manhã quando eu
levantava eles já tinham ido para o trabalho e assim eu só ficaria sempre
sozinha em companhia da babá que não era bem dialogada, não me maltratava, mas
também de mim não aproximava.
Minha companhia
satisfatória era a escola e a NET, mas a escola era somente um horário e a NET
disponível vinte quatro horas.
A escola era a única coisa que me preocupava em tirar boas
notas, pois o meu sonho era ser aeromoça, A não ser chegar em casa e ir
correndo para a NET.
Ao completar meus treze anos, eu estando de férias e
preocupada que a babá pudesse querer saber o que eu tanto faria trancada em meu
quarto, resolvi aprender fazer a obrigação da casa, pois assim meus pais
poderiam dispensá-la. Afinal eu já
estava bem grandinha né? Eu não era mais uma criança e assim eu poderia ficar mais
a vontade.
E assim fiz todo esforço e aprendi facilmente a lição de
casa, e quando a babá chegava no horário dela eu já tinha feito tudo.
O dia que eu tive certeza que eu seria capaz de
substituí-la, eu fiz questão de ficar acordada ate a chegada de meus pais e
dizê-los que não
seria mais necessário pagar ninguém, pois eu já era uma
mocinha e que eu faria o que fosse preciso para ajudá-los.
Meus pais muito contentes me agradeceram e só me perguntaram
se não seria muito sacrifício, eu disse claro que não, que poderiam fazer um
teste.
E eles muito feliz me elogiando por minha responsabilidade,
logo dispensaram a babá. Ufa! Ate que em fim to livre, já é hora né?
Para que ninguém pudesse reclamar ou desconfiar de mim, e eu
conquistar mais a confiança de meus pais eu faria todas as obrigação
deixando-as em dia.
Mas fui cada vez mais me envolvendo com o cara da internet,
ate cheguei ao ponte de marca um encontro.
Chegou minhas férias, e eu queria passar um fim de semana
com meu namorado é claro, afinal já namoramos a um tempo e não nos conhecemos,
namoramos só pela NET. Eu estava ansiosa para tocá-lo, saber como seria os
beijo daquele cara tão lindo, carinhoso, o qual eu fazia planos de me
casar. Menti para meus pais que uma colega
de escola avia me convidado a passar um final de semana no sítio dos tios dela
em outra cidade, mas como a confiança de meus pais por mim era muito grande,
nem tive trabalho, eles nem desconfiaram de mim, eles de primeira disse sim, e
ainda me deu um trocadinho disse que era pra mim aproveitar mais o passeio.
E sem duvida eu não tive medo que aquele rapaz não fosse
quem ele disse, e quem sabe ate me matar.
E toda feliz fui encontrá-lo.
Quando o encontrei vi que realmente era um cara muito lindo,
muito sedutor, mas na verdade ele não tinha os dezesseis que avia dito, ele era
mais velho que eu quinze anos, mas tudo bem afinal os de mais idade são mais
esperientes, e de primeira já me conquistou.
Hoje eu preferia que meus pais tivesse desconfiado de mim e
ate me proibido este passeio, pois pra mim este passeio foi um suicídio.
Pois na verdade eu não fui ao passeio com uma amiga e sim
encontrar o namorado da internet o qual acabo com minha vida.
Neste primeiro encontro passei um final de semana com ele em
um sitio bem divertido, ele foi bem bacana comigo, fez algumas tentativas
sexuais, mas não me forço nada. E claro que não me entreguei.
Voltei para casa ainda uma menina pura, a tempo de me
escapar de qualquer problema, mas eu estava apaixonada, e não dava importância
coisas mínimas como ele ter mentido a idade, afinal ele é lindo tem dinheiro e
ia me ajudar a realizar meus sonhos, ele era o Maximo! No segundo encontro não
resiste me entreguei
Eu imaginava tudo, menos que tudo acabaria ali.

Encontrei com ele por anos, há dois meses a traz, descobri
que grávida de dois mês eu estava, e como se não bastasse também descobri que
com o viros HIV fui contaminada, com ele eu não pude reclamar nada, pois ali
mesmo eu seria apagada.
Na descoberta de minha gravidez, seu prazer de contaminar,
ali foi revelado com maior gargalhada, em seguida dali fui expulsada e ameaçada
sem direito dizer nada.
Hoje grávida de quatro meses estou desesperada, não sei se
conto aos meus pais ou se fico calada, só sei que esta criança é mais uma
vitima que tem que ser cuidada.
A reação de meus pais eu não sei, o que eu sei é que
concerteza a confiança deles jamais reconquistarei, e que a mim viva me
enterrei.
Os meus sonhos foram enterrados, minhas esperanças acabaram,
pois hoje sou uma jovem viva morta.
Um alerta quero deixar aos pais que lê minha historia,
confia em seus filhos, mas também o desconfiam, procura saber com quem andam,
onde estão, pra onde vão, procuram conhecer seus amiguinhos, não deixam os
sozinhos, de seu carinho pra que eles não sintam sozinho.
Mostre que os amam, e que se importa com eles.
Tire um tempinho a eles, mostre que tem eles em primeiro
lugar.
A você meu amigo, um concelho vou lhe dar, entenda os teus
pais mesmo que distante eles estam, se preciso chamem a atenção, mas sem perde
sua razão, pois deles é apenas uma distração, eles te amam de coração.

AUTORA; Silvania1974@oi.com.br

Foto de Angelgoiabinha2

Recapitulando

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Recapitulando

Numa simples lembrança,
me deparo com a minha infância:
Brincadeiras, cantiga,dança, pega-pega,esconde-esconde...
inocência, ah doce inocência.

Numa simples lembrança,
me aparece um flash da minha adolescência:
Coragem,curiosidade,viver intensamente...

Chego na idade adulta me questionando... para onde foi a coragem, a cantiga, inocência e a dança?

Ora, ficou na lembrança!

Angélica Macedo

Foto de fabricioadriel

Drogas uma grande ilusão

Tudo começou numa curiosidade
achava que isso que falavam
não era verdade.

Me ofereceram e eu aceitei
utilizei varias vezes
e no final me viciei.

Quando voce vicia
isso toma conta do seu ser
tira sua vontade de viver.

A droga parece que é legal
mas quando vicia
é triste o final.

Voce vai perdendo a confiança
de quem te deu carinho,
pois as drogas te levam
mas te deixam sozinho.

Voce não ve nenhuma estrada
parece que fica cego
e não enxerga mais nada.

Quando te domina
vem pra destruir,
mas controlar o vicio
é dificl de conseguir.

Por isso nunca queira experimentar
pois quando entra no seu sangue
voce não quer largar.

Quem mais sofre são os familiares
que ve seus filhos se perdendo
em varios lugares.

Ate debaixo da ponte pode encontrar
mais o pior quando encontra sem vida
e no tempo não poder voltar.

São poucos que conseguem se recuperar
mas é dificil a familia aguentar.

Não seja mais um usuario
pois a droga pode te dar prazer
mas amanhã vai te chamar de otario.

O caminho das drogas não vale a pena,
mas aos poucos vai te matando
mais pensa em sua familia
o quanto eles estão aguentando.

Em algum momento não vão aguentar
e quando perder toda a esperança,
onde forças vai encontrar?

Na droga que é uma grande ilusão
pois se continuar usando
seu caminho é morar na prisão
ou ficar eternamente dentro de um caixão.

O final é nada feliz
é completamente triste
porque viver na ilusão
se sabemos que a felicidade existe.

Seja num sonho
ou na vontade lutar
ou num simples sorriso
que vai te alegrar.

Foto de Zozãoo

Paty

Plenitude desse amor excelentíssimo
As flores refloriram em compaixão a ti
Ternura que desfalece nesse momento
Roubando as trovas românticas ingenuamente
Iluminando a irrealidade dessa curiosidade sentimental
Clamando a paixão desvairada esperançosamente
Infortunado a realidade dentro daquele sombrio coração
Arqueando humildemente esta paixão.

Poeta que tiveras chorastes
Amando complexas teorias
Transformando ódio em eterna alegria
Indignado em fúnebre monotonia.

Foto de Zozãoo

Paty

Plenitude desse amor excelentíssimo
As flores refloriram em compaixão a ti
Ternura que desfalece nesse momento
Roubando as trovas românticas ingenuamente
Iluminando a irrealidade dessa curiosidade sentimental
Clamando a paixão desvairada esperançosamente
Infortunado a realidade dentro daquele sombrio coração
Arqueando humildemente esta paixão.

Poeta que tiveras chorastes
Amando complexas teorias
Transformando ódio em eterna alegria
Indignado em fúnebre monotonia.

Foto de ushihaxandre

seus retratos

Vendo-te assim, admiro
Teus traços de uma beleza discreta
De fina sensualidade
Alma bela, irrequieta

Teu olhar distante, me fascina
Quantos segredos guardados
Em cada gesto na fotografia
Quantos mistérios
Quem os decifraria?

Revejo-as uma a uma
Garimpando em cada detalhe
Desse olhar que tanto me intriga
Quantas incógnitas me oferecem
Essa curiosidade que me instiga

Aos poucos descubro belos traços
Na beleza sutil e sedutora
Na leveza dos gestos
No desejo da busca, do encanto
Que mostram cada fotografia
Vejo-te nelas, sem ter-te
E nelas, tenho tua companhia

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Izaura N. Soares

Uma Borboleta Tristonha (Mini Conto)

Uma Borboleta Tristonha ( Mini conto)
Izaura N. Soares

Hoje, em um dia sereno e ensolarado, resolvi pescar.
Peguei minha varinha de pescar, arrumei as iscas num recipiente e partir para um lugar calmo onde pudesse pescar os meus peixinhos.
Encontrei um rio num lugar lindo e maravilhoso, era um lugar encantador donde os pássaros cantavam e desejavam boas vindas.

Sentei-me na beira do rio e lancei o meu anzol fiquei a espera de pegar nem que seja um peixinho mesmo que depois eu fosse soltá-lo. Fiquei horas esperando num silencio total. Até os pássaros também fizeram silencio silenciando suas cantorias. De repente percebi que a varinha balançava em minhas mãos, e sentir um peso enorme, disse pra mim mesmo, ufa! Deve ser um peixão, pois a vara envergava a tal ponto de eu não mais agüentar. Mas com calma eu consegui puxar para fora.

Qual não foi minha surpresa, não era um peixinho, não era um peixão, era apenas uma pequena borboleta que havia caído no chão e rolado para o rio. Minha surpresa aumentou, como pode uma pequena borboleta ficar tão pesada ao ponto de eu não agüentar puxar a vara. Não sei como aquela borboleta agüentara ficar na água e ainda com dificuldade ela se mexia. Minha curiosidade aguçava ainda mais, me aproximei do pequeno ser e indaguei-me.

– Hei borboleta, como pode você, tão pequenina pesar tanto quase a me derrubar?
- A borboleta tão cansadinha de tanto se debater contra a água me respondeu com ar de tristeza. - A minha tristeza é o peso que eu carrego nas costas por ver os meus jardins se definhando e eu sem nenhum lugar para pousar.
A minha solidão é tamanha que não encontro mais os amigos que antes viviam a me cortejar. Cortejavam-me devido a minha beleza, as minhas cores variadas.
Lágrimas, não existem mais, pois as deixei tudo no fundo do rio.

Fiquei ouvindo e assistindo a luta daquela pequena borboleta para sobreviver. Pensei, quantas vezes deparamos com problemas tão simples e fazemos deles um campo de batalha achando que somos os únicos a passarem por isso! Então, resolvi ajudar a borboletinha, peguei a em minhas mãos, aqueci a com o calor dos meus dedos coloquei a de pé novamente. Que alegria eu senti, vendo a bater as asas livre rumo à liberdade!

Continuei sentada na beira do rio sem nenhuma vontade de continuar a pescar. O lugar era tão lindo, as árvores eram imensas, as flores eram belíssimas, mas a tristeza da pequena borboleta era tão grande que ela não conseguia enxergar a beleza daquele lugar. Mas algo me incomodava, as lembranças me castigavam. Lembravam de pequenos momentos, pequenas alegrias que não dava nenhuma importância.

Hoje, vendo um pequenino ser lutando pela vida, lutando para sobreviver é que percebo que não precisamos de muito para ser feliz.
Basta apenas um amor correspondido, um sorriso espontâneo até mesmo de alguém desconhecido.

Para um pequeno e frágil ser como uma borboleta, voar é necessário, ser feliz é preciso... Pois a borboleta com toda a sua fragilidade é o símbolo da verdadeira liberdade!
Que pena que ela não sabe da grandeza do seu voo e muito menos da beleza das suas cores que ofusca o olhar de quem a vê.

04/06/2011

Respeitar os direitos autorais de um poeta é respeitar a si mesmo!

Foto de Melquizedeque

O silêncio de um morcego

No sótão da casa de Emília, havia um morcego que ali vivia
Os raios do sol jamais bateram em sua sensível pele
Um fantasmagórico ser que nenhum som emitia
Não era grande nem pequeno, nem filhote ou muito velho

Não se sabia de onde viera, nem parecia ser amigável
De cor negra e grande olhos, em suas asas se escondia
No escurecer do dia o sangue dos ratos o alimentava
Mas para cada rato assassinado, sua sede só crescia

Emília, uma inocente criança, não sabia do horror lhe viria a acontecer
Em uma sexta-feira, de nublado céu e lua cheia, barulhos no sótão escutou
Era meia noite, e seus pais já dormiam. Acorda assustada e, olha a janela
Estava um tanto escancarada e a luz da lua no chão batia

A curiosidade, em seu pequeno coração, aumentava ao som que ouvia
Extremamente aflita e angustiada, lentamente caminha até a porta
O ruído cresce... E o sangue de Emília, por um instante, parece que não existia
Ao olhar da fechadura nada de estranho encontrou

No fim do corredor, mais uma janela aberta avista. Imensa, larga, bucólica e horrenda
Sente um vento frio e sua pele arrepia. Mas o ruído que escutara parece ter uma direção
Ergue seus olhos e vê uma escada. Sobe sem pestanejar, sem ter idéia de para onde iria
O morcego percebe o som da porta que se abre. Voa velozmente para a parte mais sombria

Esse tenebroso ser se cala ao sentir o frenético bater do coração daquela menina
A armadilha é arquitetada pela mente sagaz de um animal ensandecido
Emília pergunta com voz baixa e muito trêmula: Olá! Tem alguém que possa me ouvir?
O morcego lhe responde: Falo pouco, quase nada, mas eu sou um bom ouvinte

Emília fica assustada, paralisada e emudecida. Tenta correr, mas não consegue
Parece estar entorpecida. Sua voz desaparece mesmo dentro de sua mente
O ar frio dá lugar ao quente no respirar dentre os dentes do monstro que lhe mordia
Seus olhos perdem a vida que lhe é totalmente aniquilada

No amanhecer, em seu corpo já não havia mais sangue e nem coração que pudesse bater
Parecia estar dormindo em um sono profundo. O cadáver é iluminado pela luz do novo dia
Seus pais ficaram atormentados à procura da menina. Gritavam bem alto seu nome
Mas o silêncio do sótão continuou... E a busca de seus pais até hoje não se findou.

(Melquizedeque de M. Alemão, 15 de maio de 2011)

Foto de Marilene Anacleto

Atrás das Negras Portas

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Atrás das negras portas, segredos imensos
Medos intensos. Atrever-me? Nem penso!

A curiosidade incendeia os veios do sonhar
A vontade de entrar. Histórias desencadeiam.

Ali estarão bruxas e bruxos, religiosos em exorcismo,
Grandes dragões feridos, ou assassinos de bruços?

Quem sabe uma Cinderela, entre cinzas e maldade,
Não vê o passar da idade, mas sonha com a passarela.

Aquelas tão negras portas que escondem muitas memórias
São a minha grande história: os fatos que me formaram.

Recorro às terapias de renascer, de reviver,
De vidas passadas, de dançar, de minhas idas e vindas.

E aquelas tão negras portas, prometi a mim mesma que um dia,
Atravessava, e descobriria o que guardam estas memórias.

Decidi que, ao final desta vida, reviveria as minhas mazelas,
Escondidas em tantas janelas para curar com amor e alegria.

Encontrei egos nas portas abertas, passo a passo,
Sentimentos impuros, amores, batalhas, traições sem desabafo.

Fui freira e bibliotecária, criança de fazenda e bastarda.
Em muitas vidas espancada, e em outras, extremamente solitária.

A solidão que me fez escrever, entendi o meu gosto pela mata,
Com alegria, tudo reviver, compreender que aquilo não foi nada.

Lá estavam o meu modo de agir, atrás daquelas grossas portas,
As filosofias e as piadas a sorrir, o gosto pela praia e pelas hortas.

Dos erros de relacionamento, também encontrei e resolvi os motivos
Não saber controlar o dinheiro, da rejeição e do excesso de juízo.

Doar sem poder e sem medida, Necessidade de extrema perfeição,
Fui aos poucos aclarando, adentrando ao meu passado,
Ao regredir consciente, em calmo estado
Para ouvir, sobretudo, o coração.

Marilene Anacleto

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