Curiosidade

Foto de Graciele Gessner

A Traição Circula Entre os Relacionamentos. (Graciele_Gessner)

Não sei você, mais eu já me perguntei por que traímos? Por que a traição ocorre nos relacionamentos? Por que não permitimos um diálogo franco com o nosso parceiro ou parceira? Por que simplesmente traímos sem pensar nas consequências? Muitas perguntas ficam na obscuridade da traição.

Já faz um tempo, num bate-papo com um amigo, e ele por vezes me afirmou que traía a sua namorada. Por estas muitas vezes reveladas, perguntei o motivo?

A busca por algo diferente seria um dos motivos. Pelo que entendi não faltava nada no relacionamento, mas faltava àquela novidade, curiosidade, aquilo que gera a felicidade interior.

Quando o relacionamento cai na rotina, muitos não conseguem se manter fiéis. A traição ocorre como se fosse algo mais natural possível. Onde ficou o respeito? Onde ficaram as juras e o amor?

Está difícil de manter um duradouro relacionamento seguindo este panorama. Está complicado!

Por vezes, achei que a traição ocorria por carência ou mera vingança feminina. Hoje, visualizo a carência como metáfora. A traição é uma metamorfose ambulante, transforma vidas e destroem outras.

A traição por vingança está sim, é a mais complexa. Vai que gosta da coisa, e torna isso um hábito? Um bom diálogo seria o mais recomendável. Caso não funcione, termine. Não tente arranjar um pretexto para terminar a relação, a traição não é uma atitude inteligente.

A fidelidade, a lealdade e a sinceridade são três palavras que rimam com a plena felicidade de um casal. A traição rima com destruição.

Decida o melhor para a sua vida. Não destrua a vida de outra pessoa, só por um capricho...

18.10.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada! *

Foto de Metrílica

Saudades do que ainda não se tem...(for my Spanish Lover)

Uma imagem, miragem, fantasia
Libido, desejo, curiosidade
Querendo redescobrir a liberdade
Assim nos descobrimos naquele dia

Foram momentos de puro êxtase
Palavras e ações desenfreadas
Corpos em busca da experiência perfeita
Duas almas distantes e desvairadas

Quem diria, que a vontade de possuir só aumentaria
Que a alma se inquietaria
Hoje, não somente curiosidade
Mas sim um pacto e cumplicidade

Troca de sonhos, de desejos
Crescendo a cada dia em lampejos,
Tampouco a libido se perde
Fazendo com que o coração se aperte

Ao fechar meus olhos no fim da tarde
Meu corpo em chamas se arde
Resta então o coração no peito reprimindo
E a vontade de ter você aqui comigo

De tudo, só me sobram lembranças
Que em alma se alcança
Mas meu corpo deprimente
Em saudade assim o sente

Saudade de tuas palavras doces
Que nos meus ouvidos ecoam
Desejos contidos neste meu corpo
Como cascata escoa

Saudade do toque de suas mãos
A percorrer o meu corpo em ilusão
Saudade da tua língua, do teu beijo doce
Que em meus lábios repousam como se assim fossem

Apenas após receber outra palavra tua de carinho
Imaginadas saindo de tua boca, devagarinho
Seja através de um simples texto, seja através de uma linda canção que o toca
É que consigo minha alma aquietar e assim meu corpo repousar

Repousando na esperança de descobrir o novo dia que vem chegando
Em corpo e alma, não tardará, nós dois viajando
Na certeza de encontrar um paraíso, um lugar
Para toda a nossa historia se concretizar...

By Metrílica ;-* - outubro de 2009.
(for my Spanish Lover)

Foto de Paulo Master

Auto-Retrato

Da janela vejo o homem escrevendo ansioso, ocioso e melancólico, sua face guarda um semblante embaçado e sem nexo, sem face seu brilho não existe no universo, as mãos cada vez mais trêmulas, parece que existe uma tragédia por trás dessa folha de papel, sua escrita é serena e seu gesto parece ter odor, cor e forma, mais e mais vai se aproximando do seu objetivo e mais triste vai ficando aquele homem, ainda consigo perceber um suspiro mais profundo, é como a chegada de um choro, seu momento é tênue, por alguns instantes ele pára e pensa, olha para o horizonte, um olhar perdido, talvez num passado muito distante, depois volta a rabiscar seu papel, através da sombra que se faz à meia luz consigo ver a silhueta de sua mão a escrever, agora mais calma e mais serena, como se estivesse tecendo cada verbo, cada canto de sua escrita, talvez nem estivesse pensando no que escrevia, apenas rabiscando e vivendo seu momento, eu me ponho a pensar que momento seria vivido por ele agora.
Então calmamente o homem se levanta, olha para frente e pensa por alguns instantes, dá alguns passos, pára novamente, olha para trás, olha para sua escrita, por alguns momentos ele fica estático, depois se vira e vai ao oposto de onde estava, segue seu caminho em passos calmos e sem pressa.
Com tremenda sensação de curiosidade não resisto ao que para mim é mais forte que tudo nesse instante, então calmamente vou à sua mesa e vejo o pedaço de papel com o desenho de um homem muito triste, e em baixo escrito: "eis me aqui, assim me sinto no momento".

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"QUANDO ME QUESTIONO"





***QUANDO ME QUESTIONO***

Eu não me preocupo com o que os outros pensam!
Eu me preocupo com o que eu penso!
Eu não ligo se me questionarem.
Eu ligo se eu vou me questionar.
Eu não ligo para criticas;
Minha preocupação é critica a mim mesma.
Eu não me preocupo com dúvidas dos outros;
Eu me preocupo com minhas certezas!!!
Eu não me preocupo com a curiosidade alheia.
Eu me preocupo comigo, com o que eu posso desvendar sobre mim.
E a surpresa que posso ter ao descobrir quem eu sou.
E para que, aqui estou...
Na verdade não sei se me preocupo comigo.
Talvez eu me preocupe com diferente o desconhecido.
Talvez esse seja o mistério que todos me analisam.....
Ai me questiono!

A FLOR DE LIS.

Foto de Graciele Gessner

Tudo Uma Questão de Avaliar. (Graciele_Gessner)

Tudo que é belo aos olhos são notáveis.

Tudo que se cobiça, atiça.

Tudo aquilo que domina pede afastamento.

Tudo o que batalhamos é desejado por alguém.

Tudo que é gerado na raiva, não tem volta e nem piedade.

Tudo está predestinado, nada é livre de escolha.

Tudo que se sonha, pode virar realidade.

Tudo que se conhece não chama a atenção.

Tudo o que é proibido provoca a curiosidade.

Tudo que é feito na precipitação acaba decepcionando.

Tudo que é suave relembra a dança do amor.

Tudo o que parece certo, por vezes torna-se duvidoso.

Tudo o que é tentação começa a ser imaginado.

Tudo aquilo que não enxergamos dá vida a fantasia.

01.08.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Soélis

UMA FLOR PARA VOCÊ.

UMA FLOR PARA VOCÊ.

Autor : Soélis Sanches

Em algum momento da vida você teve a curiosidade de observar os encantos que Deus colocou diante de nós, e que em muitos casos passam despercebidos ?
Há quem diga que uma flor tem o dom de alegrar e trazer felicidades para as pessoas.
Ela é impar, sem igual. !
Se não bastasse o teu encanto e o teu perfume, ela também, é exclusiva, na tua perfeição, da mesma forma que as mãos do Criador.
Você já observou que o beija-flor só baila para a flor ?
Você já observou que a doçura do mel é dela extraído ?
Então, por tudo que você representa na minha vida, pela tua amizade, pelo teu amor, venho trazer-lhe esta flor.
Do sublime perfume que exala de tuas infinitas pétalas, que ele vá diretamente no teu coração para demonstrar todo o meu carinho por você.
Flor, uma flor para você, para que ela faça lembrar no teu íntimo toda minha admiração e respeito que por você carrego dentro do peito.
Por tudo que você representa, por ser a razão do meu sorriso, em tuas mãos deixo esta flor, formosa e cheirosa.
Trago uma flor para alegrar teu dia se por acaso não esteja bem.
Ela lhe falará de minha satisfação em vê-lo cada vez melhor.
Trago uma flor para que ela fale da amizade que lhe devoto.
Da imensa alegria que tenho em sabê-lo, morador eterno do meu coração.
Obrigado por fazer parte de meu mundo, e que o sublime perfume desta flor e a sua doçura de mel sejam uma constante no teu viver.

Foto de Guria

Viva intensamente cada momento da sua vida!

Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas... Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas. Chore, ria, faça careta, pule, dance, cante, corra viva. Não tenha medo de Viver e ser feliz!
Existem momentos na vida, que podem parecer bobos, que possam parecer comuns para você no enquanto, mas um dia você pode olhar pra traz e diz: esse foi o dia mais feliz da minha vida. "Até agora". Por isso, aprecie cada momento na vida, como se fosse único, e especial, com uma pessoa especial.

Não busque a felicidade muito longe, ela pode estar mais perto do que você imagina! Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade, não se importe com o que os outros dizem sobre você, porem, tente não dizer nada sobre os outros. Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo.
Eu continuo levando minha vida... Mais sem saber qual será meu destino... Estou vivendo por curiosidade... Estou vivendo pra descobrir quem será, "o cara”...
Estou vivendo para descobrir, o cara com quem eu sonho todo esse tempo... O cara, q eu nem sei se realmente existe... O cara q me completará... Será q eu devo mesmo acreditar q nesse mundo existe alguém pra mim... Alguém q irá me amar como ninguém mais me amou?
E q esse amor será de ambas as partes...
Quero saber se ele existe... Mais ele qm é???
Estou a procura de alguém q nem sei quem é... Como posso procurar alguém q ñ conheço? E será q ele existe?
Só me resta deixar o destino me levar pra perto dele, isso se ele existir!

Foto de mariana benchimol

Inanizada

Eu ouço vozes
e não entendo
o que elas querem
[dizer.

Vejo você tentando expressar algo,
mas não ouço nada
e não entendo o que você quer
[dizer.

Eu tento decifrar
a expressão nos seus olhos,
mas eles estão cerrados.

Eu ouço vozes e mesmo sem entendê-las
eu grito bem alto:

“Sou eu o Eu Lírico
dos meus poemas !”
E eles riem.
Riem por quê?

Você se aproxima,
Fato inédito que me desperta curiosidade.
O que seria tão engraçado?

E quando você finalmente
chega perto, diz:

“Autenticou-os?”
E numa prece muda eu nego.
“Então sou eu o Eu Lírico
dos seus poemas”

E eu me calo,
Concordando com a minha submissão a você.

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" ENIGMA"

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****ENIGMA***

Talvez eu seja o descoberto,
escondido atrás de segredos.
Posso ser as respostas ,
Embaladas em perguntas sem nexo.
Talvez eu seja os mistérios;
que tua curiosidade alimenta.
Talvez eu seja o calíce do pecado.
Onde tua insanidade quer aprofundar.
Eu posso ser sua imagem refletida no espelho.
Mas posso ser sua sombra que cobre seus passos.
Eu posso ser todos os seus desejos mais impróprios.
Eu posso ser sua grande viagem,um pouco de você
dentro de mim!

A FLOR DE LIS.

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