Degraus

Foto de sofiaclarisse

À procura da luz

Fechei-me na escuridão, no breu mais profundo. Tentei caminhar como cega repentina. Para compreender os verdadeiros cegos, entender os outros que são sem o serem e, depois a minha vida, toda ela escuridão.

Procurei a dor, a aflição, o escarnecer,... tudo o que existe ou não para além do ser.
Tatubeei por entre o nada, ouvi o silêncio que me engole, mas não cedi perante o pânico de saber que tudo aquilo era, de facto, o reflexo do meu viver.

Queria encontrar o caminho no meio do nada e do ninguém.

Contornei o medo e subi devagar todos os degraus que me desafiavam na ausência da luz.
Conclui o que não é novidade: reforcei em mim a noção da inércia pesada que sou e onde tenho de viver.
Tenho medo, de mim e de existir.
Dos outros não. Nunca existirão.

É aí o centro da escuridão.

Clarisse.

Foto de wellington santos de sousa

para a mulher da minha vida

A pessoa perfeita...

Sabe quando você encontra aquela pessoa que você diz... agora sim! Você acredita que é a pessoa perfeita... é tudo que sempre quis... tem os mesmos gostos que você, é um alguém companheiro, faz você se sentir a melhor pessoa que existe! Até nas características pessoais vocês são iguais!
OK! Ela parece ser tudo que você sempre sonhou! Acontece que a pessoa perfeita também é uma pessoa muito difícil!
Você gostaria que esta pessoa tão maravilhosa nunca tivesse sido de mais ninguém a não ser sua... queria que tivesse vindo dentro de uma caixinha de presentes com um lindo laço vermelho e um cartão escrito “feita exclusivamente para você”!
Você não quer saber de determinadas situações que ela já passou, mas ao mesmo tempo quer saber o que já aconteceu com ela... faz mal, mas às vezes julga necessário!
Acontece que para esta pessoa ser tudo isso que ela é hoje, ela precisou passar por tudo isto que passou! Ela foi moldada para ser assim como ela é no presente! Ela é assim, desta maneira apenas para você... outras pessoas, outras situações, serviram de degrau para que ela chegasse até você... e não pense que é porque você sempre esteve no topo! Não... vocês subiram esta escada juntos, um de cada lado, passando por situações, por momentos, por sentimentos que os levaram a se encontrar, lá em cima, quando os dois já passaram o que tinham que passar para este encontro acontecer.
Você percebe que às vezes é necessário se fazer de bobo, de desentendido.. e não pense que é ser falso! É ser tolerante, relevar... porque não pode se apegar ao que passou! Se for dada tanta importância ao passado, não se vive o presente e não deixa o futuro chegar! E o passado só tem importância porque fez de vocês o que vocês são hoje!
E não pense em ter raiva ou ciúmes de quem fez parte da vida desta pessoa! Sinta gratidão! Apenas isto! Pois estas pessoas o deixaram assim, para você... Não se irrite com situações embaraçosas ou desagradáveis que ela tenha passado... certas coisas são melhores nem saber... aí é necessário entrar o bom senso e a conversa! Essas situações serviram também para deixá-la assim... como você queria... do seu jeitinho... do seu número... como tinha que ser! Lembre-se sempre... Você também subiu a escada! Você também usou os degraus!

"como a rosa e o espinho que duram eternamente"

rosália eu te amo muito.

Foto de Rosinéri

SORRIA SEMPRE

Sorria. Mas não se esconda atrás desse sorriso
Mostre aquilo que você é sem medo
Existem muitas pessoas que sonham com um sorriso como o seu
Viva ciente, a vida não passa de uma tentativa. Ame
Ame acima de tudo e de todos
Disto depende sua felicidade
Não feche os olhos para a sujeira do mundo
Não ignore a fome, não esqueça a bomba
Faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz. Procure
Procure o que há de bom em tudo e em todos
Não faça dos defeitos uma razão para a distancia
Mas sim um motivo para aproximação. Aceite
Aceite a vida, as pessoas, e faça dela sua razão para viver
Entenda as que pensam diferente de você, não os reprove. Olhe
Olhe a sua volta, quantos amigos
Você já tornou alguém feliz?
Fez alguém sofrer com seu egoísmo?
Não corra, pra que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você .Suba!
Faça dos obstáculos, degraus para aquilo que você acha supremo
Não se esqueça daqueles que você deixou no primeiro degrau
Livre-se de todos os preconceitos. Sonhe!
Mas não transforme esses sonhos em fuga, acredite
Espere, deve haver uma esperança ,brilhará uma estrela
Chore .Não guarde lágrimas você tem coração e sentimentos
Faça aquilo que você gosta sem prejudicar ninguém
Ouça o que as pessoas tem a dizer. Pois eles não te levam a nada
Descubra Deus dentro de você
Se ele se transformar, uma parte de você nunca estará só
Faça de você um amigo e nunca se esqueça de sorrir
De viver, de entender, de olhar e de descobrir
Pois sem isto a vida não é nada
Procure acima de tudo ser gente .Eu também vou tentar
Hei você, não se esqueça de mim
Eu preciso te dizer o quanto te quero bem que te amo tanto
Assim como você é, seja la quem for
Simplesmente porque você existe
Lembre-se eu não morri, estou viva e pensando em você.

Foto de andlusan

Fuzarcas Dementes

Se abatem em ira cega,
Abstendo-se o poder pensante.
- Que carta malvada chega
Neste papel, escrita em outro instante?

Hora! Se é passado,
Porque não dar o feito
Como algo acabado,
Para não massacrar o peito?

Mas se preferem agredir,
Descolorir o dia
Com a negritude da noite à invadir
O céu sem nenhuma luz de poesia...

- Sem as estrelas
Nós somos os objetos cadentes
Traçando parabolas.
Diáfanos. Fuzarcas dementes.

Ah! Se cada um em si mesmo
Mordesse a própria lingua.
E gritasse pasmo
Ao fato de penúria tão ambígua.

E em um suspiro - inspiro terror
Engulir palavras em ar,
que de reclamar tanto amor,
Impludisse os pulmões até sufocar...

E em uma vertigem de visão plena,
Um ao outro como eu, espelho vissem
Viscosos dragões em arena
Com narinas fumegantes, como se fumassem...

toda vida em um instante
De chamas em quadrante abjeto,
Quando uma das faces, romântica lactante,
Deixa o desejo em descompaço,
Em qualquer rítmo senil.

Um bisturi cirúrgico
Em corte inciso ao letárgico espírito,
Que flui-se etéreo, hemorrágico,
Pelos degraus de seu púlpito...

Onde adormecem suas orações,
Perdidas em outro perfil
De tão poucas emoções;

Onde pregava a sua mocidade,
Até chegar a estranha vaidade
De não ser mais infantil...

Não transparecer felicidade...
E... em muitos momentos se quer,
Transcender MULHER.

Foto de andlusan

Fuzarcas Dementes

Se abatem em ira cega,
Abstendo-se o poder pensante.
- Que carta malvada chega
Neste papel, escrita em outro instante?

Hora! Se é passado,
Porque não dar o feito
Como algo acabado,
Para não massacrar o peito?

Mas se preferem agredir,
Descolorir o dia
Com a negritude da noite à invadir
O céu sem nenhuma luz de poesia...

- Sem as estrelas
Nós somos os objetos cadentes
Traçando parabolas.
Diáfanos. Fuzarcas dementes.

Ah! Se cada um em si mesmo
Mordesse a própria lingua.
E gritasse pasmo
Ao fato de penúria tão ambígua.

E em um suspiro - inspiro terror
Engulir palavras em ar,
que de reclamar tanto amor,
Impludisse os pulmões até sufocar...

E em uma vertigem de visão plena,
Um ao outro como eu, espelho vissem
Viscosos dragões em arena
Com narinas fumegantes, como se fumassem...

toda vida em um instante
De chamas em quadrante abjeto,
Quando uma das faces, romântica lactante,
Deixa o desejo em descompaço,
Em qualquer rítmo senil.

Um bisturi cirúrgico
Em corte inciso ao letárgico espírito,
Que flui-se etéreo, hemorrágico,
Pelos degraus de seu púlpito...

Onde adormecem suas orações,
Perdidas em outro perfil
De tão poucas emoções;

Onde pregava a sua mocidade,
Até chegar a estranha vaidade
De não ser mais infantil...

Não transparecer felicidade...
E... em muitos momentos se quer,
Transcender MULHER.

Foto de Joaninhavoa

CONTEMPLAÇÃO!

*
CONTEMPLAÇÃO!
*

Ao pintar a pouco e pouco
aquele quadro
Vi nascer por entre linhas
tua mão
Que me leva e enleva
no meu sonho
Para uma outra dimensão

Subindo os degraus
de nuvens
Salpicadas pl`orvalho
dos desejos
Guinchos de risos
em coches
Nos golpeios! Prazeres
d`entremeios

Transfigurar
magia e sedução
em laicos
d`abstracção
é a mais pura
Evolução!

Joaninhavoa
(helenafarias)
27/02/2009

Foto de Carmen Lúcia

Fama

Subiu os degraus da fama;
deu de si o que podia...
o que pensou ser seu melhor;
atropelou o bem que havia
bem ao seu redor...
deixou à revelia
valores que engrandeciam.
Sem ponderação, ultrapassou limites.
Sentir-se lá no alto, observar de cima,
ser cortejada, inflar a auto-estima,
era mais que um desejo.
Uma obstinação!

Foi manchete de jornais,
notícia de colunista,
capa de revista,
da mídia, a sensação...
Chegou ao topo
das camadas sociais.
Tornou-se a maior atração.

Esqueceu-se da essência,
quis viver de aparência,
mas tudo que é supérfluo
tende a se deteriorar,
dá vazão à turbulência
e todo glamour se esvai.

Começou a despencar
sem ter onde se amparar...
Percebeu que o sol se esconde,
perde-se no horizonte,
que toda luz se apaga
quando a alma não tem chama...
E desalmada reclama
os valores imateriais
que lhe foram banidos,
tirando o colorido
de sua forma existencial.

Hoje, da fama à lama,
do cimo ao chão...
Esquecida, ensandecida,
ainda vive de ilusão;
pensa ser uma estrela,
a mais brilhante
de qualquer constelação.

(Carmen Lúcia)

Foto de sasha_in_the_house

juro q nunca te vou deixar

O passado nao se esquece assim do nada
desce.se para a escuridao,muito semelhante a uma escada
Depois de se ao passado descer,muitos degraus da nossa vida tens que subir
mas o pior desta situação é que depois não temos força para prosseguir
Amor, tu não estás sozinha neste mundo
eu estou e estarei sempre ao teu lado,mesmo que tenhamos que ir ao mais terrível profundo
Perder.te...NUNCA! Baixar os braços...Nem pensar!
eu lutarei por ti,até eu próprio, sem fôlego ficar
Quero que saibas que és a minha vida e que nao te quero perder
porque se isso acontecer, o meu coração perderá a sua razao de viver!

Amu.te muito meu anjo

Foto de ROSA GUERRERA

Ando devagar porque ja tive pressa ...

Ando devagar porque já tive pressa ...
Sou grande admiradora do Almir Satter , mas não posso negar que me atinge profundamente a música :TOCANDO EM FRENTE . A impressão que tenho quando a escuto ,é que ela retrata alguma coisa muito minha . " ANDO DEVAGAR PORQUE JÁ TIVE PRESSA ...... LEVO ESSE SORRISO PORQUE JÁ CHOREI DEMAIS "...... E como já corri nessa vida ! Catava minutos e segundos no tempo para sempre encontrar mais horas para correr , para amar , para brincar, para trabalhar ,para dirigir em alta velocidade, como se tudo ficasse resumido a emoção de vertiginosas carreiras pelas estradas e atalhos da vida .Mas quando a gente atinge meio século de vida , e começa a dobrar o cabo da boa esperança ( como se diz na gíria nordestina ), e que sentimos a descida nos degraus da escada da vida, é quando refletimos que o tempo está mais curto e a pressa já não precisa existir nesse novo caminho. Aí olhamos o relógio ou o calendário com aquela vontade danada que o dia possua 30 horas , os meses 50 dias , e que tudo passe bem devagar , para melhor vivermos, para melhor amarmos , e para espalharmos mais sorrisos sem aquela pressa que tínhamos de até chorarmos atôa .E vamos roendo uma rapadura tranquilamente debaixo de uma mangueira , nadando calma num lago tranqüilo,vivendo até com mais poesia os orgasmos que o amor nos oferece. Agora o importante é mesmo caminhar devagar , e esquecer totalmente que um dia tivemos talvez pressa demais para subirmos uma montanha , quando a planície de hoje nos oferece todo tempo que ainda temos, para admirarmos e curtirmos melhor a paisagem que se estende ao nosso redor .

Foto de pttuii

Monta-me

As letras eram bem desenhadas. Perfeitas de mais.
Um preto afirmador parecia realçar cada curva.
Sete letras, e um tracinho pelo meio, escritos ao fundo de umas costas que brilhavam ao sol do meio da tarde.
Monta-me
Assim se lia semelhante palavra. Chegou à terra a dona da referida incrustação, na única carreira rodoviária de que o povo dispunha. Nada tinha de cavalo, embora uns traços de mula até que assentavam bem no todo que galgou os dois degraus da coxia da viatura.
Ventava um pouco, coisa que até veio por bem em dia de semelhante calma. E a mulher a mostrar o umbigo. Na praça central, junto ao coreto onde o autocarro normalmente pára, estava sentado o homem mais velho da povoação. E o
Monta-me......,
saltou logo à vista.
Pouco instruído, Ti Gama de sua graça dominava as letras o suficiente para perceber coisas pouco habituais. E se aquilo era pouco habitual. Saltava à vista um pedacinho de tecido curto, pouco abaixo do peito da fêmea. Quarenta graus, e dois bicos tesos como as tetas de uma vaca a pedir ordenha.Chegou armada com uma mochila dos estrangeiros. Aquelas coisas enormes, que quase só se vêem na televisão às costas do ‘cámonis’ de pêlo louro. A bagagem era maior que aquela meia leca. Ti Gama não conseguiu ver os olhos à pequena. Mas o sol.
O raio do reflexo que aquilo fazia no fundo das costas da moça.A bengala do velhote cravou-se na poeira do alcatrão, o homem levantou-se....e andou. As botas cardadas pesavam em dia de torreira, mas Ti Gama não descravava os olhos do preto daquela coisa. A jovem entrou na cabine da Rodoviária da terra. Pareceu ter ido comprar o bilhete de regresso.A cena, em poucos segundos, transferiu-se para um tascozito rafeiro. Coisa sem classe, mas que ia aguentando por ser o único na aldeia.
- Indicava-me o WC?
Voz maviosa tem a rapariga. Ti Gama estava hipnotizado. Sentou-se ao balcão e esperou. Tirou do bolso das cerolas um estojo dourado. Lá dentro meia onça de tabaco. Uns restozitos assentaram nos dedos do velhote, e foram cair em cima da mortalha. Enrolou o cigarrito, e antes de o acender já a jovem tinha voltado.
- Uma cerveja sem álcool, por favor.
O dono do tasco, cujo nome não vem ao caso, disse que não tinha. Só ‘mines’. A rapariga pediu uma cola. Ti Gama esperou que o gargalo se encostasse aos lábios da cliente, e disparou, ....sem pudores.
- A jovem desculpe, mas é alguma égua?
Resumindo uma longa história, em poucas palavras, quem sofreu foi a bochecha direita do idoso. A menina saiu à pressa, Ti Gama deixou cair o cigarrito, e o dono do tasco brindou-o com um:
- Você não tem mulher em casa?
Ti Gama nem respondeu. A bengala cravada no soalho, as botas cardadas a arrastar, e uma dúvida a assombrar-lhe a moleira debaixo da boina...Terá Deus criado mulheres cavalos?

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