Degraus

Foto de Sonia Delsin

REENCARNAR

REENCARNAR

Se eu morrer amanhã.
Saiba que não vou triste.
Não entendi tudo.
Mas compreendi boa parte do que existe.
E não existe.
Eu vou com a sensação de que cumpri em parte a minha missão.
E vou sem dor no coração.
Sei que encontrarei do outro lado o passado.
Não a me esmagar.
Mas a me mostrar.
Onde é que tenho errado e não posso mais errar.
Terei uma nova chance de recomeçar.
Acredito que vou reencarnar até que meu ser consiga se aperfeiçoar.
Talvez numa próxima vida eu consiga mais alguns degraus escalar.
E mais perto de mundos superiores chegar.
É esta a esperança que vive a me animar.

Foto de Wilson Madrid

ESCADA PARA O SUCESSO

*
* ( ACRÓSTICO )
*
*
E scadas existem muitas...
S ucessos também são tantos...
C ada um escolhe a sua e conquista o seu...
A lguns sobem pisando nas cabeças dos outros...
D istribuindo injustiças e infelicidades por onde passam...
A cumulando bens materiais que julgam ser sinais de progresso...

P az e amor são os mais altos degraus de qualquer escada para o sucesso...
A mar e ser amado é o maior sucesso que uma pessoa pode alcançar...
R ir e fazer rir, ser feliz, eis uma verdadeira prosperidade...
A vareza, ira e tristeza, sinais de um fracasso total...

O amor, a sabedoria e a alegria caminham lado a lado e sobem juntas...

S ucesso verdadeiro e que vale mesmo a pena não é ter; é ser!
U ma vida feliz não se compra em nenhum mercado,
C asas de câmbio nunca operam com felicidades
E amor não se deposita em contas bancárias...
S er feliz e ter sucesso não é acumular...
S ucesso total é dar e receber amor...
O topo maior do sucesso é o amor que se colhe, quando se semeia de mão cheia...

Foto de von buchman

I L U S Ã O !!!

I L U S Ã O

Um real caminho de enganos...
Um caminho incerto
De muitas lutas e poucas vitórias.

ILUSÃO

Crença falsa
Em um sonho impossível.
Degraus escorregadios
Que nos levam a lugar nenhum.

ILUSÃO

Que nos faz reféns
De suposições
E vontades que nunca serão alcançadas.

ILUSÃO

No sonhar
No viver
No eterno amar...

ILUSÃO

Algo fácil de ter
E muito difícil
De vir a se concretizar .

ILUSÃO

Estado vicioso de um coração,
Que pode levar ao desespero
Mas nunca a um realizar...

TENHAS MEU CARINHO E O MEU ADMIRAR
BEIJOS E MIMOS DE PAIXÃO . . .

Foto de Sonia Delsin

O PREÇO DE UM SORRISO

O PREÇO DE UM SORRISO

Tem preço um sorriso?
Não.
Sorriso é gratuito.
É porta aberta pro paraíso.
Dizem que vivo a sorrir.
Já fui de muito chorar.
Até o dia que descobri que sorrindo é mais fácil a vida levar.
Não é um sorriso leviano o meu.
Na face eu trago a expressão de quem já entendeu.
Entendeu que estamos aqui tão só vivenciando um papel.
Que estamos apenas galgando degraus.
Somos nós que construímos o nosso inferno.
Ou o nosso céu.

Foto de Dennel

Sacrifícios de amor

Em seu nome amor
Ofereço o holocausto diário
Faço todas as orações
Conto todos os terços
Faço do meu coração seu sacrário
Pois em nenhum momento a esqueço
Vivo a maior das paixões

Por você menina
Subo de joelhos mil e cem degraus
Lavo a escadaria do Bonfim
Acendo mil sagradas velas
Enfrento um sol de cem graus
Ofereço-te as flores mais singelas
Faço novenas sem fim

Por você meu anjo
Recito todas as poesias
Guardo na roupa o céu e mar
Trago todos os sonhos campos floridos
Estabeleço planos, sonhos e fantasias
Teço os mais perfumosos vestidos
Deixo de viver pra te amar

Mas, nunca me diga
Que meu amor é ilusão
Que é melhor que a esqueça
Que posso viver sem você
Juro, não agüenta meu coração
Desiludido, vou muito sofrer
Verás que meu coração valente fraqueja

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de killas

CASTELO DOS SENTIMENTOS

Os sentimentos são um castelo,
Diferente por pessoa,
Em baixo está a raiva,
Em cima alguém que perdoa.

Vamos subindo as escadas,
Subindo e aprendendo,
Vamos subindo degraus,
À medida que vamos podendo.

Uns chegam mais depressa,
Ao cimo do castelo,
Outros mais devagar.

Outros não conseguem chegar,
Morrem antes de acabar,
A subida eterna.

Foto de Senhora Morrison

O Aviso de Clarice

Era manhã de sol, bonita e incentivante, mas não para Clarice que a muito não reparava na beleza dos dias, ainda dormia, na noite anterior havia exagerado nos entorpecentes se encontrava ainda anestesiada, tinha que procurar um novo lugar para ficar estava preocupada até, mas o corpo já não correspondia. O contrato com o apartamento estava vencido e Clarice ainda devia alguns meses do aluguel, tinha uma vida corrida em meio a mentiras, dividas a traficantes e coisas do tipo. Não se preocupava em buscar um trabalho fixo, era jovem e muito bonita pra isso, o que queria trocava por “favores sexuais” e assim caminhava. Ouviu um barulho muito distante franziu a testa e esticou o pescoço tentando distinguir aquele som como se assim ouvisse melhor, identificou o inicialmente indistinguível toque, era o telefone, estendeu o braço deixando o corpo esparramado de bruços em seu colchão atendeu ainda tonta, era o Sr. Abreu, um velho imobiliário pelo qual procurara muito nos últimos dias, Clarice quase se arrastando levantou-se e tentou prestar atenção em tudo que ele disse fazendo caretas despertando a face ainda dormente, fez alguns rabiscos em um pedaço de papel qualquer, cheirou duas carreiras do para ela milagroso pó trocou-se nitidamente com dificuldade por conta dos exageros e com certa esperança foi ao seu encontro. Avistou o Sr. Abreu ao longe, um senhor robusto, cabelos brancos que usava um óculos gigantesco que só não cobria seu rosto inteiro porque este era muito largo, com uma barba mau feita que lhe dava um aspecto de desleixo e mistério ao mesmo tempo, lá vinha ele atravessando a avenida, Clarice era uma menina pequena, tinha traços finos, a pele alva, cabelos negros a altura dos ombros que realçavam ainda mais seus olhos igualmente negros, Sr. Abreu lhe cumprimentou e foi logo adiantando o assunto lhe entregou o molho de chaves da respectiva casa dizendo que não poderia realizar a visita com ela pois, tinha muitos afazeres pr’quele dia e como já estava acostumado com sua presença na imobiliária não via problema algum em deixá-la ir sozinha, ressaltou ainda que havia recebido a ficha daquela casa no final do expediente do dia anterior e que ainda não tinha tido tempo de vê-la pessoalmente, mas que segundo o proprietário ela se enquadrava no que procurava. Clarice agradeceu e seguiu sozinha para conferir a tal casa. Chegando ao destino andando pela rua que designava o papel escrito de forma quase ilegível pelo Sr. Abreu, foi observando tudo que lhe cabia aos olhos, a vizinhança, crianças uniformizadas com mochilas nas costas despedindo-se dos pais e entrando em seus transportes escolares, a rua arborizada que lhe trazia um odor do campo, tantas eram as árvores carregadas de inúmeras flores, as casas em sua maioria muito antigas dando o toque final a rua perfeita, estava entusiasmada, sentia que finalmente encontrara um decente lugar para morar. Agora era só não dar "bandeira" de nada, tinha que manter a descrição antes ignorada, assim não seria facilmente encontrada por seus credores. Entretida com o seu redor percebeu que havia passado do número indicado, voltou alguns metros e deparou-se com uma casa branca simples de muro baixo o que a fez lembrar da casa de seus avós marejando seus olhos, pois a muito não os via, conseqüência de sua escolha de vida. A casa parecia ser pequena, tinha detalhes de azulejo na parte superior da entrada principal como se fosse um enfeite em forma de quadrado, a casa era exatamente do jeito que queria, simples. Abriu o portão destravando uma pequena tranca e adentrou o quintal o qual se mantinha limpo apesar das várias árvores pela rua e em sua possível futura calçada, o que achou ótimo sinal de que o proprietário era zeloso. Na busca da chave certa para abrir a porta o molho caiu de suas mãos, ao se abaixar para apanhá-lo sentiu como se alguém estivesse parado as suas costas, ainda abaixada olhou para trás nada viu, não dando importância nenhuma a este fato, levantou-se e continuou a testar as chaves até encontrar a que servisse enfim, deu dois passos para dentro da casa e se viu numa sala espaçosa, espaçosa demais para quem a vê apenas do lado de fora, franziu a testa, era bem ventilada por uma grande janela que dava vista para a rua a que também pareceu menor do lado de fora. Estava a caminho da próxima dependência quando um forte vento fechou a porta principal as suas costas, voltou-se assustada e quando retornou seus olhos a passagem do outro cômodo deparou-se com um imenso abismo e duas gigantescas escadas uma a sua direita empoeirada, cheia de teias e com degraus de madeira quase toda podre e outra a sua esquerda limpa e iluminada com degraus de madeira vistosa que lhe parecia muito mais segura, ambas tinham o mesmo comprimento e a mesma nivelação, Clarice esfregava os olhos como a querer enxergar ou até mesmo entender o que diabos estava acontecendo, virou a cabeça repetidas vezes querendo encontrar a causa daquilo tudo girou o corpo em seus pés, apavorada segue pela escada da esquerda, mas não suporta a aflição quase a queimar seu corpo por dentro e desmaia.
Clarice recobra os sentidos ainda sonolenta lembra da visão que teve com os olhos ainda fechados, prevê que tudo não passou de um sonho, esfregou os olhos querendo despertar e viu que se encontrava num lugar que decididamente não era o seu quarto.
Inexplicavelmente sem medo algum, Clarice se levanta e olha aquele estranho lugar,observa tudo que lhe cerca sentia o ambiente pesado, soturno, era uma espécie de igreja, templo, com várias fileiras de bancos ordenadas simetricamente, uma arquitetura indescritível medievalmente gótica, iluminações como a de uma aurora austral entrava pelas várias vidraças com imagens horríveis de supostos demônios multicoloridos, todos a apontar para ela, sentiu um arrepio aterrorizar seus poros. Clarice foi andando em direção a um suposto altar por um extenso corredor, encostou sua mão direita em um dos bancos cheios de teia e pó percebeu então que em cada banco havia um cadáver,levou a mão a boca em um repentino e milimetrado susto, os corpos eram de negros escravos, imagens que a deixou enojada afirmando seu ódio por esta raça, não suportava negros abria exceções quando estes ofereciam uma boa quantia em dinheiro para usufruir de seus serviços sexuais, mas mesmo assim tomava um longo banho querendo eliminar qualquer resquício daquele maldito contato, de crianças lindas crianças muito bem vestidas, mas todas imundas e defeituosas de alguma forma o que fez Clarice agradecer todos os abortos que praticou, definitivamente não nascera para procriar, quando chegou ao fim do corredor a frente das fileiras de bancos foi caminhado para o outro extremo desse estranho lugar, viu que os outros bancos estavam ocupados por mulheres muitas mulheres vestidas de noiva. Sem esboçar nenhuma comoção ou medo, apreensão ou curiosidade talvez, dirigiu-se ao centro do lugar ficando de frente a um mezanino de madeira todo trabalhado com vários objetos como castiçais de aparência antiqüíssima e um grande livro visivelmente pesado aberto ao meio, atrás deste mezanino a figura de um animal com chifres enormes em forma de caracol e olhos vermelhos como rubis estampados na parede. Clarice olhava tudo aquilo hipnotizada, reparou então que suas vestes mudaram, estava igualmente vestida de noiva em uma renda branca com rosas negras espalhadas sutilmente por todo o vestido que marcavam muito bem as curvas de seu corpo, deixando-o insinuosamente sexy, sentia-se incrivelmente atraente naqueles trajes e se admirava como se não tivesse nada ao seu redor, em uma volúpia vil de si mesma. Sentiu seus ombros acalentados por calorosos afagos, Clarice rodopiou o seu caloroso corpo a seus pés e deparou-se com o homem mais bonito que havia visto na vida, este era alto, esbelto, cabelos negros e os olhos azuis mais inebriantes que poderiam existir, sorriu, o misterioso homem também lhe sorria um sorriso branco e confiante e olhava-a com um desejo descomunal, entregaram-se a um ardente beijo, Clarice foi tomada por arrepios voluptuosos desta vez, olhou novamente para aquele homem que lhe estendia os braços oferecendo-lhe uma rosa, uma negra rosa. Clarice sentia-se desejada como nunca havia sentido antes, esta sensação lhe trouxe um conforto que jamais experimentara sua pobre alma, não se importava em sentir-se amada não acreditava em tal sentimento tudo o que desejava eram os olhos masculinos devorando-a em pura cobiça. Isso sim era real o prazer carnal, isso sim podia-se sentir. Interrompidos por um estrondoso barulho Clarice volta a si, escutando uma voz que gritava:
_ Ação de despejo, acorde! Sabemos que esta aí!
Clarice remexe-se na cama não querendo permitir que lhe furtem aquele momento tão intenso percebendo então que estava sonhando, e enfurecida pensa: _ Será que nem no inferno eu posso me divertir em paz? Levanta-se para abrir a maldita porta e vê cair uma única pétala da negra rosa que ganhara.
Sorriu!

Senhora Morrison

14/05/2008

Foto de Mentiroso Compulsivo

AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

Agora que deste lugar parti
Como dói a ausência do nada
Como é triste sentir-me assim
Neste silêncio oco e desumano!

Trago comigo apenas a lembrança
Do enlaçar das mãos dos momentos passados
Nas teclas pousadas no meu teclado
Dos meus dedos, na noite tardia, cansados
Soltando palavras ao vento por entre o lamento
Dos amigos que aqui criei e deixei
Como quem acaricia duas pétalas de rosa
Manchadas de rubra cor, na manhã silenciosa.

Ah…! Como a noite pesa e não passa,
Como dói o imenso vácuo dos sentidos
Que aos olhos cansa e aos ouvidos ensurdece,
Que estraçalha os nervos rendidos
E dá vida e voz ao irreal que permanece…!

Se soubesses voz daí…
Se pudesses sentir a marcha cansada
Do silêncio escorregando nos degraus da escada!
Se pudesse ouvir o diálogo absurdo entre mim e ele
Ele, ele silêncio doloroso e lento
Que vem abraçar agora o canto a onde me sento
E povoa de rumores trágicos e cores de verde fel
As sombras mortas-vivas talhadas sem cinzel!

Das paredes húmidas escorrem pesadelos
Flutuam mistérios em cada canto,
Espíritos tristonhos vagueiam errantes
Voláteis, etéreos, sinistros, ululantes
Em risadas escarninhas de timbres funéreos.

Lá longe, na praia
O som cavo da onda desmedida
Emudece o grito metálico da ave ferida
E o uivar dos cães nesta noite fria

Já não sei
Já não consigo diferenciar o real da Ilusão:
- Egoísta, reparto comigo o caos
Buscando refugio onde não existem laços
Numa voz gelada, oca e vazia

Áh… ! Como queria sentir de novo
O calor das palavras que me faltam agora
Mesmo quando ninguém está aqui comigo!

As horas vão passando, amargas,
Marcadas pelo tic-tac do relógio
E lá fora
Embalado pelas copas das amendoeiras
O nevoeiro agita-se
E descobre o desenho informe
Numa nuvem perdida na maré doirada
- Eu te saúdo nuvem alada, mensageira
Que anuncias risonha a chegada
Duma nova e sempre querida madrugada.

Jorge Oliveira

Foto de Joaninhavoa

Fada, onde estás...

Bem me parecia
que sem saber de nada
sentia e sinto no ar a voar
como que uma fada a deslizar!...

Vês! Estes versos têm degraus
os de cima, pr`a subir aos céus...
mas com a fada por perto, d`meus
passos... irão ter novos rumos...
por certo!...
Qui ça em rotas de rumos de remos
a remar... rabiscos, versos de tanto amar!...

Eu procuro, procuro e não encontro
mas sinto à minha volta
a tal fada!... ainda à pouco poucochinho em meu ouvido zumbiu... estou aqui tão pertinho, pchiuuu!...

Vou ter com ela pr`à tocar, falar perguntar, porque se foi tão
de repente!?!...
Pedir-lhe, anda de volta pr`à gente!...
Mas na casa ela está! anda por lá!... Nunca mais li seus rabiscos...
mas sei que os terei em intuição e com a ajuda da fada madrinha... Deveras! será como que numa primeira versão!...

JoaninhaVoa, in "Fadas Madrinhas versos Fadas Traquinas"
(03/02/2008)

Foto de reginaldossjr

Quase um Helminto

Não suporto mais
Nem tente me ajudar
Sei que é meu abismo
Coração pra todos os lados.
Vejo fardos nas paredes,
Limo em todos os degraus
Fio de cobre sobre a mesa
Um convite e nada mais.
Um verdugo atado,
Completamente mentecapto,
Com um desejo ardente
De despi-se ao lambar.
Preso a pensamentos devassos
Meu olhar não diz nada,
Meu sussurro é agressivo
Ignóbil, impróprio ao diálogo.
Semeio uma voga exagerada
Taciturno, discente, loquaz
Buscando preencher no coração
O vazio que a solidão deixou
Tangível , eloqüente e voraz.

Autor: Reginaldo Sena de Souza.

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