Desassossego

Foto de airamasor

Poesia...

Essa sensibilidade,
esse não sei o quê de desassossego,
essa inquietude,
essa rebeldia,
essa paixão pela vida,
Esse gosto pelas palavras
que entram de mansinho
e envolvem a alma de quem as lê,
essa magia, esse encanto,
que se formam em versos,
prosas talvez.
Uns chamam poesias
outros palavras da alma,
eu chamo devaneios
sintomas de loucura,
vontade de fugir,
de flutuar nos ares
chegar até a lua
se imaginando sua.
Quantas letras em harmonia
quantos sonhos irreais,
tudo isto se resume
quando as letras se reunem
e formam de algum jeito
um verso, um reverso
mesmo com defeito
e chamamos POESIA!
(Aira, 13 de março de 2011)

Foto de OComum

Onde estás?

Onde está a Lua que me prometeu luz durante a noite?
Onde está o Sol que me prometeu aquecer durante o dia?
Tudo o que mais desejo é sentir o calor da tua pele na minha; os teus lábios encostados suavemente aos meus, num beijo doce e meigo; ver a cor e o brilho dos teus olhos pasmados nos meus; um olhar sereno que me seduz e hipnotiza dominando-me por completo que chego a desejar perder-me nesse olhar. Que loucura de pasmo que me impede de pensar em alguém que não sejas tu. Que loucura de paixão que vai para alem do tempo e da distância.
Onde está a vida que a morte me prometeu?
Onde está o sonho quando abro os olhos e acordo sozinho?
Onde estás tu afinal? Quando toda a vida te procurei e não fui capaz de encontrar; mas que mesmo assim sou capaz de sentir, capaz de te ver, e num último fôlego de desassossego vejo o esvoaçar dos teus belos e longos cabelos, dançando com a passagem de uma suave brisa criada pelo bater de asas de um anjo. Oh! Como eu invejo esse anjo, ele pode tocar-te com um sopro e levar-te ao paraíso. Como eu queria ir contigo! Tocar-te, sentir-te, beijar-te! Mas só o posso desejar, tocar-te seria morrer, e eu não te consigo encontrar, mas se algum dia, por acaso, isso acontecesse, morreria de bom grado, nem que fosse só para te beijar uma única vez!
Sim, sonho! Sonho ver-te, sentir-te. Tocar o teu corpo num desejo real. Beijar-te os lábios docemente, percorrer lentamente os meus dedos pelo teu corpo divino, pousar as mãos no teu ventre ao de leve! Ouvir-te respirar, passar os dedos no meio do teu cabelo. Cheirar o teu perfume que me inebria. Sim, sonho, com a loucura do primeiro beijo, do primeiro abraço, da primeira visão, da primeira noite de amor. Ao sonhar, sou teu, e tu, só minha!
Será assim tão infantil sonhar com um momento infinito? Porque há-de ser apenas um sonho?
Quero-te mais que querer, desejo-te mais que desejar, preciso-te mais que precisar, sinto-te mais que sentir; como um latejar pulsante e vibrante de vida e paixão no meu peito, corpo e alma. E agora que posso, amo-te mais que amar.
Que parte é que não entendes, não sou um puto que pensa que ama, não tenho nenhuma confusão a assombrar-me, tenho certezas e simplesmente tenho coragem de dizer o que sinto.
Amo o que nunca vi, o que nunca conheci, o que nunca toquei nem beijei. Amo, porque sei, simplesmente porque sinto!
É a primeira vez em toda a minha vida, por entre lágrimas e sentimentos incertos e confusos, que tenho a certeza do que sou, estou mais sóbrio que nunca. Não sei explicar o porquê nem o como, apenas sei o que sinto, e é verdadeiro, não uma ilusão.
Por seres eu sou, por sentires eu sinto, por viveres eu vivo, por amares eu amo. Tu não és tu só, e eu não sou eu só, mas sim, juntos, nós somos!
Sinto que somos um, tu não surgiste por mero acaso, chama-lhe o que quiseres, destino, sorte, intervenção divina, ou talvez tudo isso ao mesmo tempo. Coincidência, não creio.
Foi nas trevas cerradas, num momento de cegueira dos sentidos, numa altura de pesadelos temidos e desesperos perdidos que, num clarão invisível surgiu, um anjo de luz que me seduziu e pacificou, devolveu a esperança de um lugar etéreo.
Vieste para me salvar de mim mesmo, impedires-me de desistir, e é nisso que acredito. Sinto-te como nunca senti ninguém, e tu sentes o mesmo, o que poderá ser isto senão amor.
A nossa alma, a nossa essência, o nosso ser e existir são um só, separados apenas por distâncias intoleráveis ou tempos longos mas que se acabarão por encontrar.
Desejo a oportunidade de te dizer nos olhos o que sinto, que estou aqui, que sou teu.
"Como é duro amar em silêncio, sofrer em silêncio, quando tudo o que se deseja é sussurrar ao ouvido da pessoa que faz bater o coração: ‘amo-te!’ Como é duro não poder fazê-lo, não porque não se quer mas porque não se pode. Imaginar ou pensar será que ela também sente como eu a sinto no peito sempre que fecho os olhos? É duro amar o que está distante da vista mas perto do coração" (Pedro Vasco)
Sonho contigo, este foi um deles: vejo teu corpo, espelhado contra a água desse mar azul, dançando ao ritmo da chegada das ondas à margem, estranhamente não possuem o dom da rebentação, significando talvez, que ele (o que sinto) é infinito. Aproximo-me de ti pelas costas sem que te apercebas, abraço-te enrolando os meus braços à volta da tua cintura, beijo-te o pescoço com paixão e ficamos ambos a observar a beleza desse mar azul. Sussurras-me ao ouvido, mas não ouço o que dizes, e queria tanto! Caminhamos descalços sobre a areia aquecida pelo sol, o teu vestido branco de anjo serpenteia ao sabor da brisa que traz consigo o inconfundível cheiro a água salgada, a água do mar. Há uma gruta perto, escavada de propósito para nós entre as rochas que povoam aquela imensidão de areia. Entramos. Sentamo-nos sobre pedras que parecem bancos. Abraço-te e acaricio-te os cabelos dourados, ficamos a ver o pôr-do-sol, ele desaparece tão lentamente, arrastando consigo o dourado e prateado que pintou sobre esse mar azul. As ondas continuam sem rebentar, apenas se dissipam ao chegar à margem. À medida que o Sol se esconde atrás do horizonte, tu adormeces tão meigamente nos meus braços, com a tua cabeça repousada sobre o meu ombro. Anoitece. Beijo-te a testa e fico a ver as estrelas. Começo a contá-las, cada uma é um ano do meu amor por ti, e são tantas! Desejo ficar assim contigo para sempre.
Acordo. É apenas um sonho e choro! Mesmo sem te ter realmente beijado nem tocado consigo sentir-te, tenho no meu corpo o teu suave cheiro e na mão um fio de cabelo. Não me digam que foi apenas um sonho, foi algo mais, algo mágico. Acredito nisso, tenho de acreditar.
Sinto-te à distância, porém anseio um abraço ou beijo teu!
Acredita que eu não me queria apaixonar, simplesmente aconteceu e não sei explicar.
Eu permiti apaixonar-me. Simplesmente agora já não consigo suportar o sol, nem a lua, nem as estrelas, nem as árvores, nem o frio ou o calor, ou mesmo a paz e o sorriso de uma criança, até o nascer de uma flor; não suporto a solidão, nem o azar ou a sorte! Não suporto a vida se tiver que a passar sem ti. Só entendo a morte!
Porque tens de estar tão longe? Porque tens tanto medo? Sei que me sentes! Receio tanto não te ver, não te tocar que me faz sentir desesperado. Eu não penso que amo, sei que amo, quando amo e porque amo. Não amo a tua imagem, mas sim quem és e pouco importa o que foste ou virás a ser, só me interessa quem és, simplesmente porque és!

Foto de Centelha Luminosa

DESASSOSSEGO DO POETA

Eu queria compreender-te a alma, poeta!
Conhecer a tua desmedida ânsia de amar
Vislumbrar o mundo onde habita
A tua alma inquieta...
Imaginei que pudesse humanizar o divino
Que existe em tua veia pulsante
Trazer-te para o chão um só instante
P'ra escutar de perto
A cítara que vibra em teu coração...
Sondar-te os arcanos insondáveis
No sagrado momento
Em que recolhes do cotidiano
Doces rastros de sorrisos e de lágrimas
Retalhos anônimos de faces sem nomes
Pra compor teus poemas-canções...
Parece-me captar as ondas
Das emoções que carregas em segredo
Misto de prazer e medo
Sob o véu do teu aconchego
Escravo e senhor. Dominado e dominador
Onde recuperas pedaços de amores antigos
Assim, é, poeta, o teu mundo em desassossego
Poesia destravada de incoerência e paixão
Labareda esquiva atirada a esmo
Capaz de incendiar livre
O mundo de fora
Tão cheia de ti mesmo!

Centelha Luminosa (Maria Lucia)

Foto de jessebarbosadeoliveira27

VIAJANDO NA VIAGEM...

Portão enclausurado
Brisa empalada por chaveiro
A lira erudita é a filosofia
Do estéril cancioneiro

Quero amanhecer a luminescência do ensejo
Adormecer sob o aconchego do mundano seio
Oceanos da paz desejo
Solfejar cânticos de Ioruba no terreiro

Penso em deslizar por desfiladeiros
Acossar insanamente o desterro
Naufragar minha coragem nos mares do desassossego
Encharcar a minha mente
De Raul Seixas
Ao entrar em êxtase
Por beber vinho seco

Sou o beijo que beija a todos e a si mesmo
Favelas incessantemente recrudescendo
Faca cortando o tédio e o engarrafamento
Lança lançando o lamento
Faísca faiscando o incêndio
Vento que venta sobre o meu vento

Sinto o sentido sentimento
Morro no morro do momento
Produzo o pão do penoso pensamento

Ando azulejando aragens
Passo o passado da passagem
Vivo viajando na viagem

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://bocamenordapoesia.webnode.com.pt/
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de hjesu

DAS TINTURRA, faça o download

Você já leu Das Tinturra? Eu também já!

O LIVRO DO DESASSOSSEGO PARA OS TIOS
"Mas bastaria que os tios parassem um pouquinho e pensassem na infelicidade das bestas que ficam de fora a mirar e remirar aquela fartura. Sentir-se-iam talvez ligeiramente incomodados porque as bestas todas já foram (ou são) crianças e devem ter sonhado que um dia alcançarão o seu paraíso de fartura. Imagine-se ainda as crianças dos cantos miseráveis deste mundo, onde os anseios não passam por chocolates e brinquedos, mas talvez apenas por uma carcaça e um copo de leite e uns trapos para fazer bonecas ou elásticos para fazer forquilhas. A educação das bestas devia fazer-se de modo a moderar os apetites infantis inatos e desenvolver nelas a empatia e o espírito de entreajuda. E a educação é fundamental porque aquelas bestinhas miseráveis que nos fazem dó acabam, em poucos anos, por se tornar em autênticas bestas capazes dos actos mais atrozes e chocantes, ..."

http://adf.ly/N4h

Foto de CarmenCecilia

LOIRAS POEMA EM HOMENAGEM A ANA FLOR, ENISE, ROSANA DUARTE E DÉBORA MALUCELLI

LOIRAS...

LOIRAS... FACEIRAS... FEITICEIRAS...
LOIRAS GLAMUROSAS...
GOSTOSAS... CALOROSAS...
PERFUME DA ROSA
MISTERIOSAS...
DA COR DO SOL
CABELOS DE MEL
SÃO CÉU...
ASSIM COMO OS OLHOS
SÃO ESPELHOS...
MODELOS...
SINCEROS...
INTEIRAS...
CHEGAM...
ACONCHEGAM...
SOSSEGO E DESASSOSSEGO...
SÃO COMO PÊSSEGO...
ATREVIDAS...
CHEIAS DE VIDA...
SÃO ACOLHIDA...
SEMPRE NA LIDA...
SALTITANTES...
VIBRANTES...
BRILHANTES... IRRADIANTES.
CONTRASTE... DESTAQUE...
UM ALMANAQUE!
MÁQUINAS...
FASCINANTES...
A TODO INSTANTE...
LOIRAS...
MIRABOLANTES... INSINUANTES...
DE INSTANTES...
E ETERNAMENTE CONSTANTES
LOIRAS... NÃO SÃO CALOURAS...
SÃO MOLDURA E EMOLDURAM...
NOSSO DIA A DIA
COM SUA LINDA FIGURA...

CARMEN CECILIA

30/06/09

HOMENAGEM A ANA FLOR, ENISE E ROSANA BUARQUE E DÉBORA MAUCELLI!

Foto de pttuii

Porque o porquê

...e a coisa mais feia que conheces?
Por vales intermitentes de incerteza,
Levaste com a mesma em cheio no prurido,
Fizeram de ti o rosto decalcado,
O corpo eufemista e paranóico,
A alma parcimoniosa,
O todo que se arrasta em dor,
Tudo pintado a púrpura,
Não descreve a agonia recalcitrante,
Que te amassa, pisa, esmaga,
Apenas porque o porquê,
Faz-te dormir em desassossego,
Sobre o fino atalho da dor...

Foto de Darsham

Gotas de Pecado

Amarga-me a boca!
Sinto-a seca…
Tão seca que sabe a cortiça!
Definho por uma gota d’álcool!
A água não me sabe, e é no álcool que me sinto…
Demasiadas emoções embriagadas cambaleiam,
como num compasso, lento e fugidio…
As raízes do desassossego remexem-se na terra,
como prenúncio de tempestade…
A noite, escorraçou o sol com tamanha agressividade,
que já nada se vê diante do espelho…
Pele Seca!
Sangue quente!
Um arrepio dentro de uma garrafa já vazia e tombada…
Um aroma suave e quente aconchega-se,
no silêncio da saudade que as gotas de espírito cantaram…
A espera arde!
Canivete ácido!
Incisão perfeita!
A mente atravessa o breu à procura do líquido sedento,
de uma outra garrafa tombada,
que contaminou toda a água…
com a cor do pecado!

Foto de Lorena Luiza Fernandes

Bruta flor do querer.

Quando eu não o tinha, o desejava tanto... No tempo em que a ilusão de o ter alimentava a esperança de poder passar noites à fio escrevendo confortavelmente sobre a minha cama, eu nutria um desejo tão grande de tê-lo... Consegui, comprei meu notebook e nunca escrevi nada em nenhuma madrugada solitária, nem em dias solitários, nem em tardes frias... Nada! Perdeu a graça. Odeio conseguir, mas adoro tanto desejar.
Minha vida é uma sucessão de grandes quereres e ilusões, que depois que viram aquisições perdem o brilho. Então, percebe-se que minha vida é bicromática, pintada vez de rosa purpurina, vez de branco chocho cheio de equilíbrio e paz.
Dia desses parei pra pensar se eu gosto mais do rosa purpurina da luta pela conquista, ou desse branco chocho que toma conta do depois, não soube decidir (grande novidade, nunca fui boa com decisões), superficialmente sempre exibi uma pose tão 'branca', uma vida tão equilibrada de moça certa e pra casar... Em contra partida, minhas pequenas atitudes sempre tentavam dar uma pincelada pink na minha vida enfiar aventura na minha rotina, pra ver se eu conseguia virar o jogo e só ser eu mesma... Nem muito pombinha da paz, nem muito rosa choque. Mas nunca consegui!
De certo nunca me conheci. Dia desses, outra vez, me peguei dizendo que mentia muito, será que eu sou mesmo dissimulada? Nunca tinha pensado a meu respeito dessa forma. Fui procurar no meu amigo fiel, o Aurélio, um esclarecimento, o que seria ao pé da letra dissimular? No Aurélio estava assim, Dissimular: Ocultar ou encobrir com astúcia (Ah, isso quem não faz? Não pode ser critério. Não tenho culpa de não gostar de tudo que eu penso e esconder partes, e mesmo que fosse um bom critério se eu me encobrisse com astúcia nunca teriam me chamado de dissimulada e eu não estaria aqui fazendo essa análise, 0 pra Lorena Capitu x 1 pra Lorena e só), não dar a perceber, calado ou simulando( É, nunca soube discutir, no fim eu sempre fico calada, mas é uma questão de passividade e falta de convicção nos meus ideais, Sou só a Lory, Cabou! Não simulo nada, só aceito novidades tranquilamente), não revelar seus sentimentos ou propósitos (E eu vou revelar pra quê? Tá, essa eu assumo, não gosto de sentimentos assim como não gosto de carne e mesmo não gostando eu como, mesmo não gostando de sentimentos, eu sinto, mesmo não gostando os escondo!). Sou sincera aos meus pensamentos momentâneos, sem analisar muito falo coisas, o exame vem depois e talvez as ideias mudem e é apenas isso não sou dissimulada, nem mentirosa. Parece-me que não adianta a simples Lorena será sempre a menina pacífica e passiva por fora, viciada em adrenalina e fortes emoções por dentro e uma coisa não exclui a outra. Por fim, se metade de mim for certeza o resto será dúvida. E quando meu corpo viver aventuras minha alma pedirá paz, se muito serena ela estiver implora por desassossego. Se eu conquisto meu desejo, já não o quero. Odeio conseguir, adoro desejar e sofro tanto por isso.

Foto de Joaninhavoa

PROCURO-TE...

*
PROCURO-TE...
*

Procuro-te e não te encontro
Caminho por onde o coração me leva
Num desassossego sem controlo
E a oração me eleva em pena
Branca chama

Procuro-te quando te imagino
Ao meu lado! Lado a lado
E olho-te nos olhos castanhos dourados
Com pigmentos marcados
Brilhantes profundos tão perto

E tão distantes! Ausentes
Presentes capaz de olhar em frente
Fulminar com ardor d`alma que sente
Chamas em paz.

Joaninhavoa
(helenafarias)
03 de Dezembro de 2008

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