Desgosto

Foto de Sonia Delsin

UM GOSTO, UM DESGOSTO

UM GOSTO, UM DESGOSTO

Um gosto, um desgosto, um rosto...
Guardado nas brumas do tempo.
O que é de ti, moça?
O que é de ti que não consegues esquecer?
Este rosto que sorria.
Que era tua alegria.
Não percebes...
Este rosto se perdeu.
Ele escafedeu.
Morreu.
Minha cara, o que restou só pode te machucar.
Porque o tempo conseguiu aquela máscara retirar.
Era um riso para disfarçar.
Não existia como supunhas ternura naquele olhar.

Foto de carlosmustang

""" DEIXO ESSE DIA ... """

Depois de tanto acreditar
Que um amor verdadeiro, traz outro
De tanto desejar e tanto desgosto!
E reconhecer que sou um tolo.

Mas agora, porque ela me espera
Eu sei porque sinto, estou à ansiar!
Tanto tempo à viver, e sim para isso
Mesmo longe, me goteja de paixão.

E todo céu, nuvens negra estas agora
E esse raio de sol que esperança, dar-me
De encontrar minha pedacinho de gente!

E fico numa caixa, com seus olhos marejados
A me observar algum tempo, triste
Feliz a hora que eu te amei, todo dia...

Foto de Sonia Delsin

QUE SAUDADE DO TEU ABRAÇO!

QUE SAUDADE DO TEU ABRAÇO!

Pai, hoje, de repente...
Ah, de repente uma saudade do teu abraço eu senti.
Uma saudade de ficar estreitada ao teu peito.
Bem coladinha.
Me sentindo uma menininha.
A tua eterna menina.
Pai, eu senti uma vontade de voar.
Te alcançar.
Comecei a chorar.
Deixei que as lágrimas corressem no meu rosto.
Não sinto desgosto.
Sinto é saudade do teu abraço apertado.
Meu amado.
Pai, tu sabes que depois que partiste passei por tanto caminho triste.
Fui tão forte, não fui?
Eu errei tantas vezes, meu querido, tentando acertar.
Se tu ainda estivesses comigo seria mais fácil o meu caminhar.
Como sabias me aconselhar!
Teu tempo aqui já estava cumprido.
Demorei, mas entendi.

Foto de Dennyse Psico-Poeta

Contradição

Sou o desgosto que encontra o amor
Sou o poeta que se contradiz
A criança que quer ser feliz
Se santificando ao ser pecador.

Sou o escuro que sabe iluminar
Sou o tesouro encontrado
O boêmio apaixonado
Morrendo de tanto amar.

Sou o silêncio da agonia
Sou o sol do entardecer
O orvalho do amanhecer
Chorando de alegria.

Sou a mão que bate na porta
Sou a presteza da morosidade
A escada da verdade
Lutando para não ser morta.

Sou a vergonha do vagabundo
Sou a perversão do bondoso
O centímetro mais grandioso
Tendo nada e sendo tudo...

Denise Viana
Psico-Poeta

Fiz este a muito tempo, aliviando mágoas já esquecidas.. mas gosto, por isso tá aí...

Foto de Sonia Delsin

INTOCÁVEL

INTOCÁVEL

Acaricio levemente meus lábios macios.
A pele de minha face...
Fecho os olhos.
Acaricio meu nariz, as sobrancelhas. Os cílios.
Deslizo os dedos por entre os meus cabelos, afago minha testa...
Me pergunto:
O que me resta?
Continuo acariciando meu rosto.
Se bem que tem hora que isto me traz um desgosto.
Me traz lembranças.
Tantas mentiras.
Ou não foram?
Quem é que sabe a verdade inteira.
Choro por besteira.
Desço os dedos pelo pescoço. Busco meu colo macio.
Os ombros ossudos.
Noto que estou mais magra.
Desço pros seios.
Ainda belos.
Ainda.
Desço mais.
Paro a mão no umbigo.
Penso na minha mãe.
Num dia tão longínquo.
O dia que cheguei aqui.
Ela diz que eu sou uma sobrevivente.
Que nasci de forma diferente.
Mas que dia aquele!
Chegava uma poetiza no mundo.
Já nascia fazendo poesia.
Trazia alegria.
E também dor.
Continuo a deslizar a mão pelo meu corpo.
Membros, curvas...
Converso a beleza.
Agora eu quero falar de uma beleza intocável.
Aquela que não se alcança com dedos.
Mas com o coração.
Houve um homem que me acariciou assim um dia.
E pra ter de novo este homem o que eu não daria.

Foto de Cecília Santos

MENINA MARGARIDA

MENINA MARGARIDA
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Menina com nome de flor.
Que vende margaridas,
Pra ganhar o pão.
Menina com sorriso no rosto,
Que esconde todo seu desgosto.
Menina Margarida.
Vendendo suas flores.
Vende junto seus sonhos,
E suas fantasias.
Menina Margarida.
Vendedora de belas margaridas.
O farol é seu jardim florido.
És a flor mais bela e perfumada.
Entre as suas margaridas.
Se destaca das demais.
Pois és a verdadeira margarida.
Menina Margarida.
Vendendo num farol aqui,
outro acolá.
Muitas vezes cai em devaneios.
E sonha! sonha ser criança.
Esquece do seu jardim de margaridas.
E como qualquer outra criança brinca.
Arrancando as pétalas da margarida.
Vai dizendo bem baixinho.
Bem me quer, mal me quer.
E vai desfolhando a margarida.
Pétala por pétala vão caindo.
Enfeitando assim os pés da
menina Margarida!

Direitos reservados*
Cecília-SP/03/2008*

Foto de Sonia Delsin

VIVENDO E APRENDENDO

VIVENDO E APRENDENDO

Estou indo, indo... indo.
Acho o mundo lindo.
Vivo sorrindo.
Por quê?
Me perguntaram um dia.
Nunca tiveste um desgosto?
Tive, claro.
Mas não trago no rosto.
O passado precisa ficar enterrado.
Me renovo a cada passo dado.
Vou indo, indo, indo.
Cada dia que nasce é um novo dia.
Cada minuto que chega pode nos trazer outra alegria.
E mesmo quando a tristeza bate à nossa porta.
Até isso é resposta.
Tudo é para nosso crescimento.
Vamos vivendo.
Aprendendo.
Estou indo, indo...
Sem pressa. Sem alarde.
Tudo faz parte.
Até este lindo final de tarde.

Foto de killas

PROCURA INFINITA

Toda a minha vida,
A tentei encontrar,
Corri légua após légua,
Não a consegui vislumbrar.

Bem toco no meu coração,
Para o tentar acalmar,
Mas ele continua a procura,
Até um dia a encontrar.

Triste da minha vida,
Triste do meu sofrer,
Fui até ao fim da vida,

Numa procura infinita,
Vivi uma vida aflita,
Até de desgosto morrer.

Foto de killas

OBSERVO-TE A SORRIR

Observo-te a sorrir,
E isso faz-me chorar,
Não sei se de contentamento,
Se desgosto a transbordar.

Vejo o teu sorriso,
Vejo-te sempre corar,
A falar com as amigas
Quando um certo rapaz está a passar.

Isso não para de me atormentar,
Por tão feliz te ver estar,
Sem de mim estar a precisar,

Vou –me numa ilha esconder,
Para ver o que é sofrer,
E para sempre te perder.

Foto de Sonia Delsin

RENASCI DAS CINZAS

RENASCI DAS CINZAS

Todos os rios passam...
Todos os ventos...
Todos os sofrimentos.
Passas por mim e nem notas.
Ou percebes?
Que o sorriso voltou a morar no meu rosto.
Já não tenho a expressão de desgosto.
Tudo passa.
És do passado.
De um livro fechado.
Um cofre lacrado.
Se muito me machucaste.
Nem notaste...
E que as feridas cicatrizaram?
Teus olhos notaram?
A verdade é que nada disso mais importa.
Fechei uma porta.
Falo aqui de uma morta.
Que renasceu como fênix e voa de encontro a um novo sol.
Uma ave esplendida que acredita no arrebol.

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