Deus

Foto de elcio josé de moraes

O TEMPO É AGORA

Se quiseres agir corretamente,
Peça a divina orientação.
Tenha sempre Deus em tua frente,
E viva com amor no coração.

Esteja sempre pronto a fazer o bem,
E tenha sempre, estendida a sua mão.
Não negues sua ajuda a ninguém,
E queira, sempre bem, ao teu irmão.

O tempo para nós é um empréstimo,
Fazemos em aproveitá-lo até o fim.
E Deus irá notar os nossos préstimos,
E dele a recompensa, terás por fim!

Escrito por elciomoraes

Foto de fer.car

MAIS UM ANO SE PASSOU

Mais um ano se passou
Memórias em meu viver, lembranças alegres e tristes
Pesssoas que se foram, outras que chegaram
Lágrimas que escorreram de minha face
Sorrisos que brotaram com novas vidas
E as mãos que acalentaram a dor
Um ano se passou
Beijos que mataram a saudade
Abraços que preencheram o vazio de noites
Passos que encontraram outros passos
Um viver de luta, e para tanto, continuamos firmes
Mais um ano que se passou
Partidas de amores que não deram certo
Novo amor que calou a maldade e saciou o alma
E meu coração aqui está, ainda a amar
Juntos, unidos, todos ao redor da ceia
Fogos que celebram a luz, a vida
A escuridão que se vá longe de meus olhos
Aqui, deste canto de sala, avisto Deus
ELE me guia, me fortalece e já não temo
Tenho a fé, a saúde, o amor cristão em meu peito
Agora lembro que só se vive vivendo
E minha saudade é talvez não ter vivido ainda tudo
Mas ei de viver sempre, porque mais um ano se passou
E outro ainda está para chegar
E não estou só, pois tenho você, ou melhor
Vocês, amigos, companheiros, família
Esta estrada ainda continua
Até que meus pés fraquejem de andar
Meus olhos de avistar
Meu coração de bater
Mas ainda assim a fé me move
Porque Deus me traz mais um ano
E apesar do sofrimento, vejo apenas a esperança
Ano Novo que é sinal de recomeço, de paz
Porque não estou só
Estou com Deus, com todos vocês
Um ano que se finda, um ano que está a iniciar

Foto de fer.car

MAIS UM ANO SE PASSOU

Mais um ano se passou
Memórias em meu viver, lembranças alegres e tristes
Pesssoas que se foram, outras que chegaram
Lágrimas que escorreram de minha face
Sorrisos que brotaram com novas vidas
E as mãos que acalentaram a dor
Um ano se passou
Beijos que mataram a saudade
Abraços que preencheram o vazio de noites
Passos que encontraram outros passos
Um viver de luta, e para tanto, continuamos firmes
Mais um ano que se passou
Partidas de amores que não deram certo
Novo amor que calou a maldade e saciou o alma
E meu coração aqui está, ainda a amar
Juntos, unidos, todos ao redor da ceia
Fogos que celebram a luz, a vida
A escuridão que se vá longe de meus olhos
Aqui, deste canto de sala, avisto Deus
ELE me guia, me fortalece e já não temo
Tenho a fé, a saúde, o amor cristão em meu peito
Agora lembro que só se vive vivendo
E minha saudade é talvez não ter vivido ainda tudo
Mas ei de viver sempre, porque mais um ano se passou
E outro ainda está para chegar
E não estou só, pois tenho você, ou melhor
Vocês, amigos, companheiros, família
Esta estrada ainda continua
Até que meus pés fraquejem de andar
Meus olhos de avistar
Meu coração de bater
Mas ainda assim a fé me move
Porque Deus me traz mais um ano
E apesar do sofrimento, vejo apenas a esperança
Ano Novo que é sinal de recomeço, de paz
Porque não estou só
Estou com Deus, com todos vocês
Um ano que se finda, um ano que está a iniciar

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"O OBSERVADOR"

O OBSERVADOR

Senhor, o que tenho para relatar não será de seu agrado, O que, ouvi e senti nesta viagem a que fui por vós incumbido, não é digno de ti. Vaguei por todas moradas que me mandastes, percorri vales e aldeias, visitei cada coração existente na terra, perdoe-me Senhor, mas poucos serão salvos. Ainda que fosse dotado de tua capacidade de amar e perdoar, ainda assim não me agradaria com tudo que vi e que agora a ti relatarei.
Era inverno no continente Africano, quando aportei para esta missão de observação, cheguei a um vilarejo onde havia muita movimentação, as pessoas corriam de um lado para outro sem se entenderem, tudo acontecia nos arredores de um pequeno hospital. Aonde as pessoas chegavam as centenas, das mais variadas maneiras, no lombo de animais, na carroceria de caminhões, em ônibus, a pé, em fim, todas enfermas, estavam contaminadas por uma virose que em poucos dias ceifaria a vida de milhares de africanos.
Ali vi a precariedade das instalações, o pouco material de primeiros socorros, e, sobretudo o despreparo e a falta de amor dos profissionais envolvidos, Senhor, mesmo sabendo bastaria um gesto e muitas vidas seriam salvas ,nada pude fazer, pois a função a que me foi outorgada não me dava direito à interferência.
Era noite e a lua já ia alta quando cheguei ao continente americano, às portas de uma grande cidade dos Estados Unidos da América, minha condição era de um cidadão invisível, via e ouvia a todos, inclusive o que se passava em suas mentes, mas não era visto e nem ouvido por ninguém A minha função era de observar tudo e relatar ao meu Senhor, criador de todas as coisas.
Perambulei pelas ruas, vi roubos, assaltos, crimes, prostituição, vícios e muita pouca solidariedade, muito pouco amor, nem parecendo à terra de meu Deus. Visitei alguns lares a que fui incumbido e parti sem demora para outras localidades. Estive em todo o continente Europeu, Ásia, América do Sul, Oriente, em fim, visitei cada cidade de cada País de todos continentes, visitei também cada coração existente na terra, e o que vi Senhor, muito te entristecerá, vi irmão matando irmãos, vi incesto, presenciei catástrofes promovidas por lideres por pura vaidade, estive ao lado de pessoas que tombavam de fome em frente de armazéns lotados de comida se estragando.
Senhor, mesmo dotado por ti de sabedoria, muitas foram às vezes que tombei em prantos por saber que não foi isto que desejastes para teu povo.
Meu Senhor, vi também aquele menino se consumir em prantos pela perda de seu animalzinho de estimação, vi uma mãe com andar tropeço de fome levando as mãos o pouco alimento que conseguira para sua prole, vi também Senhor poucos homens comprometidos com grandes causas, vi mulheres com os rostos inchados preparando remédio para curar a bebedeira de seus algozes, Senhor de tudo que vi, poucas são as coisas que são dignas de ti.
Clemência meu Pai, é o que precisa o traficante, aquele que aniquila a família pela fome do dinheiro fácil, Clemência Senhor é o que precisa o político que trai a confiança de seu eleitor, clemência Senhor, é o que precisa o ladrão quando rouba a dignidade do seu semelhante.
Conheci homens ricos que varias gerações não seria suficiente para gastar toda sua fortuna, mas mesmo assim continuava a se aproveitar dos menos favorecidos.
Meu Pai, se é que posso opinar, se faz necessária uma interferência, que a majestosa benevolencia que emana de seu cérebro criador, varra toda extensão da terra para acudir aquele povo sedento de amor, compreensão, honestidade, mansidão e inteligência, que a justiça que teu nome é sinônimo seja uma constante na vida daquele povo, que se divide entre injustos e injustiçados.
Meu Pai, Senhor dos tempos, Criador de todas as coisas, Senhor absoluto de todo Universo, dono incontestável do passado, presente e futuro, perdoe-os, ensine-os e proteja-os de suas próprias falhas e ignorâncias.
Em certo lugar Senhor, via uma mãe se prostituindo para levar o alimento para seu filho, seu olhar era de satisfação, mas seu coração gritava de dor.
Conheci pessoas encarregadas de passar a tua palavra meu Pai, mas na verdade mentiam em proveito próprio.
O teu nome meu Pai, ainda é o mais falado em toda vasta extensão da terra, mas nem todas pessoas sabem do quão grande és tu.
Faz-se necessária, Senhor uma visita, para que os terráqueos relembrem a sua devida Divindade, muitos são os que chamam por ti, o resto precisa urgentemente de teus ensinamentos.
Meu Pai, tudo que vi e ouvi sempre terás acesso ao meu intelecto e ao meu coração, mas Senhor, se é que posso te farei um único pedido, continue abençoando o povo Brasileiro.

Edson Paes

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"NATAL"

NATAL

É Natal, os sinos dobram...
A alegria tem que estar no ar...
Pessoas choram...
Por quê? É Natal, época de sorrir, de cantar!!!

Na ceia, em cada amigo, tudo tem amor...
No coração de Jesus, precioso abrigo, momentos de louvor...
É Natal, coração aberto, não sei se é bem certo, mas estou chorando...
Vejo o velho, vejo a criança, coração tremendo cheios de desesperanças!!!

É Natal, que meu pão seja dividido...
Que o seu presente seja o mais colorido...
Que a alegria permaneça no ar...
Que os corações só se permitam amar!!!

É Natal, aniversario do filho de Deus...
Que se renovem as alianças com todos os teus...
E que os rancores sumam no ar...
Porque a alegria do Natal nunca pode parar!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"AO CAIR DO VEU"

Ao cair do véu

E ali estava eu confuso...
Tudo o que sentia era estranho...
Tinha a nítida sensação de sorte...
Uma alegria incontida insistia em sair do peito!!!

Que sentimento e este que estou experimentando...
Quem são estas pessoas que dividem isso comigo...
Porque já gosto delas se nem sei seus nomes...
Será tudo isto a integração cósmica!!!

No meio de tantas indagações ao meu eu...
Veio nosso mestre e disse; ame a tudo e á todos o tempo todo,
Esse é o grande segredo do universo!!!

Depois de tão sábias palavras...
Tive a nítida sensação que comecei a descobrir...
A minha missão aqui na terra...
Tudo começou a ficar mais claro, mais silencioso...
E fácil de entender, o meu compromisso é com o amor, e o amor é o maior... Resumo ou sinônimo, ou talvez tradução da palavra de DEUS!!!

Foto de Camilinha PoP

A Amizade para mim

A Amizade, não é somente você olhar para o seu amigo todos os dias de manhã e dizer um: Olá ou: Tchau. A Amizade não é isso, ela vai muito mais além de um "Oi" e de um "Tchau". A Amizade é você se preocupar com a pessoa, é você aceitar a pessoa do jeito que ela é, seja rico ou pobre, negro ou branco, Deus nos fez com algumas diferenças de cor e de classes sociais, mas isso vai mudar alguma coisa, pouca mais vai, mas isso não deixa que nós sejamos diferentes por dentro. Amizade, é você ter confiança nele, ter respeito, carinho, fidelidade e principalmente: o Amor. Isso é uma veradadeira amizade pra mim.

Foto de Dirceu Marcelino

FELIZ ANO NOVO - 2008

Adeus ano velho. Feliz ano novo!
Peçamos a Deus que tudo se realize
E se estenda a todo nosso povo.
Cada um ao outro se confraternize

E o aceite como momento de renovo,
Da esperança e percurso dessa crise,
Solucionável com fé e a só Ele promovo
Pois é o caminho para que se socialize

E esse deve ser o nosso escopo.
Agradeça e não se martirize
E lute agora para alcançar o topo

Tens tudo: A Vida! Então se valorize.
Grite: Feliz ano de dois mil e oito!
Senhor! Abençoe-nos e nos Cristianize!

Foto de Jhessyca Lima

Me sinto perdida

Me sinto perdida, sozinha
entre o medo e a solidão,
entre labirintos de um amor que sofre calado
e tortura meu pobre coração...
Esse mundo é tirano...
Teu coração ainda é mais...
me sinto perdida, vagando pela vida,
um barco sem cais...
Tu não compreendes e eu sofro calada,
trilhando eternos caminhos
nos braços da madrugada...
Eu, que já sou mulher,
diante de ti me faço menina!
E me pergunto:
Deus meu, por que tão triste sina?
Me calo e me escondo
entre os meus papéis
e através da caneta
transcrevo meus desejos fiéis:
"Sou tua, e meu coração é teu",
eis que te sussurro em segredo
mas acordo do sonho,
escrevendo o diário do medo
de ser uma "Maria Madalena"
afogada nesse pecado
que é tua pele morena!

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

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