Dia

Não sei ser útil, nem sentir;
E nem mesmo ser um fraco,
Como um povo meu irmão,
Que só vive uma fé sem ter
Nenhuma razão de esperança,
Muito embora outro povo ali na França,
Meu irmão como o de cá
Tem glamour e utopia
Come pão com caviar.

A nossa mesa é muito farta
De moscas, farinhas e grauçás.
Não dá para pressentir,
Quando a ordem e o progresso
Sairão desta bandeira,
Colorida de pierrô
Que nunca viu uma columbina.
Nas favelas, nas esquinas
Tudo é eterno carnaval.

Em fim esse povo é merecido!
Vive uma fé sem ter razão,
Ela é fé racionária
Pois quem não prima educação
O senso e o abalisamento,
Não tem fé nem argumento
Muito menos pensamento
Para dar resolução.

Antes deveriam avaliar
E bem na hora de votar
Escolher sem o medo de errar
Para o futuro que nunca chega
Um dia pudesse chegar
Pois esse país tem solução.

Bira Melo in Há um Anjinho de CARvão (direitos reservados).

" Angústia "

Angústiada é como eu me sinto quando londe de ti estou
Não sei o que faço, nem para onde vou
Ando por andar, até a algum lado chegar
Mas a angústia é tão grande que desato a chorar
É uma tristeza profunda estar longe de ti
Tristeza essa que me inúnda quando não estás aqui
Não há dia em que não me angustie
Pois sem ti nada sou
Se tu te fostes amor, diz-me p´ra onde que eu também vou
Livra-me desta dor , desta angústia que me mata
Leva-me contigo que de sofrer eu já estou farta
Diz-me que é um sonho e que o pesadelo já terminou
Que ambos vamos ficar juntos e que a angústia já terminou

Poema escrito por mim Vera Cruz

" Amar à distância "

No dia 18 de junho
Foi para mim um dia de muita tristeza
Foi o dia que partis-te para longe de mim
Contigo levas-te a minha riqueza
Pois estando longe de ti
Podes ter a certeza que estou na pobreza
Levas-te contigo o que p´ra mim tem mais valor
És o meu tesouro, és o meu amor
Fiquei triste, só e destroçada
Afinal se não te tenho, não tenho nada
Senti-me mal ao ver-te abalar
Não aguentei e comecei a chorar
O meu coração sangrava lágrimas de dor
Só de pensar o que seria ficar longe de ti amor
O tempo parece que não avança
E cada dia que passa parece uma eternidade
Estou a ficar desesperada, desesperada de verdade
A única coisa que me alimenta
É saber que te vou voltar a ver
Que vais ser meu para sempre e que vou deixar de sofrer
Pois tu és a minha alegria, a minha razão de viver
Quero que saibas uma coisa
Amo-te e não te quero perder
Pois sem ti ao meu lado é impossivel viver

Poema escrito por mim Vera Cruz

MIRAGEM I

A festa acabou! O álcool não anuvia
Mais minha mente. E outra vez me embriago,
Não com bebidas, mas tão só a poesia
Embriaga-me. Enchendo o coração já vago,

Com um amor que sonho noite e dia,
Com a esperança que em meu peito trago
Penso abraçar-te mulher que extasia
Minh’alma! Para receber teu afago.

Ergo a taça prateada e mui brilhante,
Imagino-te esbelta e radiante.
Brindo!!! Vendo na copa tua imagem.

Vejo o ardor dos verdes cintilantes,
De seus olhos, magnetismo contagiante
E me ponho a chorar, pois é uma miragem.

(Dirceu Marcelino )

TOCA-ME

Com teu coração
em descompasso de
desejo no meu corpo
nú...

Desliza tuas mãos no
contorno de minhas
ancas que vibram
ao teu toque...

Demora-te em meus mamilos
túmidos e sugue-os
deliciosamente...

Acopla-me a ti
e deixamo-nos embalar
como as ondas mornas do mar
faça-me naufragar
e nessa umidade quente
de teu gozo

Toco as estrelas
e sinto que vou emergir
arrumas entre teus dedos
meu cabelo em desalinho
no teu peito me aninho
satisfeita e refeita
suspiro e adormeço
na plenitude do nosso
silêncio...

Atreves-te e me atiça

novamente com um beijo...

(LU LENA )