Dia

Foto de Marta Peres

Velha Cruz Solitária

Velha Cruz Solitária

Sozinha na estrada por onde ando
Sempre encontro chorando, só e triste,
Esquecida na vida, a velha cruz solitária!

Na solidão vive dia e noite, dia após noite
Esquecida do mundo, sem alguém que por lá
Passe e pare levando um cadinho de flor,
uma oração a favor.

Quando o dia finda e a noite vem baixando,
Lá nas bandas da várzea funda, onde a cruz
Foi erguida, passarinho solitário canta e dança
Ao seu redor, deixando lindo o cenário.

Ao lusco-fusco, na penumbra das moitas,
piscam pirilampos ou vaga-lumes,
escondidos no ermo dos campos brincando
e beijando a cruz.

Ela, sozinha na ponta da estrada parece chorar,
Não há viva alma que acalente seu olhar,
Apenas borboletas coloridas, voláteis
Voando e enxugando as lagrimas teimando ficar.

O amor que busca esta cruz pequena,
Entre choros e penas, sofrimento atroz,
O gozo e o riso, seu sonho há de encontrar,
Numa rosa tristonha, nascida ao pé da cruz.

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Pai Joaquim

Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!

Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Salve o Dia da Consciência Negra!

Foto de Marta Peres

Pai Joaquim

Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!

Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Salve o Dia da Consciência Negra!

Foto de Marta Peres

Pai Joaquim

Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!

Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Salve o Dia da Consciência Negra!

Foto de Dirceu Marcelino

O INESQUECÍVEL DELEGADO GERAL DE POLÍCIA

Dentro de nossa instituição,
Agir com senso de Justiça
Foi minha grande aspiração.

Isso um dia me foi ensinado,
Por um Mestre de escola:
Um honrado Delegado.

Por ele fui contemplado,
Com o emblema discricionário,
Do poder a ele outorgado.

E depois de concursado,
Iniciei o trabalho diário
E quis ser um bom Delegado,

Exemplo não imaginário
Sois ó Doutor José Osvaldo
V. P. Nobre dignitário.

Foto de Carmen Vervloet

Natal - Procure o Correio da sua cidade

Procure o correio da sua cidade

Vamos doar com emoção...
Um presente... Uma oração...
A tantas crianças carentes
Neste Brasil, residentes...
Que pedem a Papai Noel
Num pedaço qualquer de papel
Um sonho... Um milagre...
Que só dependem da nossa bondade...
Da nossa sensibilidade...
E, sobretudo boa-vontade!...
Vamos correr aos Correios
Buscar numa cartinha
Sonhos... Anseios...
De Anjos de pés no chão!...
Olhos tristes!...
Desejos em vão!...
Mas podem ser realizados
Por nós de pés calçados...
Deixando feliz por um dia...
Tantos Josés e Marias...
Num NATAL de luz e alegria...

E este ato, será um verso de amor!...
Que colocará nos olhos brilho...
No lugar da triste dor!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

O catador de pensamentos

Mal amanhecia o dia
Lá ia seu Rabuja,
Com ar de ranzinza,
trajado de cinza
com um saco na mão.
Passava sob as janelas
de todas as ruelas,
caçando ilusões.
Suprimir sofrimentos,
catar pensamentos
caídos no chão.
Havia de todos os tipos;
alegres, pesados, sofridos,
sombrios,l eves, vazios,
em grande profusão.
Catava-os com muito carinho,
colocando-os um a um
dentro do saco, no chão.
E antes de cair a noite
voltava para casa,
com enorme satisfação.
Embora cansado, queria
fazer de seu sonho, realização.
E nas prateleiras da sala,
distribuía com gala,
pensamentos mil...
Dispostos em ordem alfabética,
Sem nada de rima ou métrica,
com gesto febril.
Na A, pensamentos de Amor,
Na B, de beleza interior,
Na C, compaixão, comunhão,
Na D, desapego, doação...
Os pensamentos doentes
eram todos separados,
pois, por ele eram tratados,
com zelo, cuidado e aparato.
E quando chegava a hora
era o momento de glória...
Num raro jardim secreto,
plantava todos pensamentos
já livres de sofrimentos.
Com um sorriso discreto
tratava-os com grande afeto.
Então vinha a Primavera
com seu poder de transformação;
cada pensamento virava
linda rosa em botão...
E de seu Rabuja, o jardim,
Era beleza sem fim...
Canto de passarinhos
que saíam de seus ninhos
Pra voar por entre as flores,
rosas de todas as cores.
E quando de lá partiam,
em seus biquinhos cabiam
as mudas que então espalhavam
em cada canto da cidade.
As rosas se multiplicavam,
os pensamentos se uniam
num misto de amor e felicidade.

Foto de Carmen Lúcia

Sem rumo

Oh, Deus! Será que enlouqueci?
Transgredi os limites da razão,
Fui além dos sonhos, das medidas da emoção,
E em meio a desequilíbrios e turbilhões
Nem sei quem sou, onde estou, pra onde vou...

Vesti e desvesti inúmeras fantasias...
Transvesti-me de sábia e aprendiz...
Na louca vida de encenação e ostentação,
Querendo ser eu mesma, fui atriz,
Onde ser verdadeira é mera ilusão.

Busquei no túnel escuro a flor do dia,
Para espantar meus medos, fiz poesia...
Subi ao pódio, sem ter vencido a luta,
Tentei me enganar e contornar os fatos,
Fui santa, fui puta...no decorrer dos atos.

Levanto o pano vermelho, me olho no espelho...
Frinéia ou Messalina, Pompadour ou Marie...?
E tenho a sensação de que nunca me vi...
Desconheço-me...Silêncio contemplativo...
E permaneço no gerúndio, perdendo-me no infinitivo.

Enfim, a quem recorrer, senão a Ti?
Quando tudo esmorece, ainda resta a prece...
E a esperança de um dia Te ouvir...
Santa, puta, demente...ou carente...
A verdadeira alma a Ti eu esculpi!

Foto de Carmen Lúcia

Que seja sempre assim...

Que seja sempre assim...

Manhãs que se recolhem ao cair da tarde,
Noites que despontam a anunciar
Que o dia já termina pro amanhã recomeçar...
Acordes interrompidos, a pausa que prepara
Um novo som que virá...
É o movimento ondulante, constante, incessante...
Renovando a Vida!
Levando-me,enlevando-me, conduzindo-me.

Que seja sempre assim...

Basta um começo...leve arremesso...
Após o primeiro passo, outros surgirão,
Após a tempestade, novos tempos virão...
Depois da chuva o frescor
Levando embora o dissabor.
Tudo leva para o depois...

Foto de Sonia Delsin

TE DOU O CÉU...

TE DOU O CÉU...

Te dou o céu.
Se me pedires.
Mas não pedes.
Na tua mudez te fechas cada vez mais.
Tem horas assim que penso.
Por que alguém se fecha tanto?
Por que alguém prefere se esconder num canto?
Por que será que nem o céu desejas?
Ou desejas e eu nem sei?
Ah, já não sei...
Dirás que já comecei...
A falar... a dizer bobagens...
Que posso dizer de alguém que vive isolado?
No seu mundo fechado...
Dirão todos...
É um pobre coitado.
Deixa a vida passar.
Pensa que o tempo fica estagnado.
São pensamentos meus...
Não sei dos teus...
Posso ser uma sonhadora, uma voadora...
Mas te garanto...
Nos meus voares é que me encontro.
Encontro tanta resposta nas minhas viagens.
Sei de tantas passagens.
Ó, meu bem... sei que deixas a vida passar... igual água debaixo da ponte.
Ela vai pelos leitos do rio a deslizar.
O tempo passado não vai mais voltar.
Será que um dia vais pensar? Teve alguém que o paraíso queria me mostrar...

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