Diversidade

Foto de Jardim

são paulo

são paulo,
cafetina das putas da praça da luz,
mortas vivas movidas a cocaína.
ocultas sombrios subterrâneos,
berço das bichas ricas,
algoz inumano das bichas pobres.
teu concreto te fez menos humana.
quem aqui é feliz?
com teus meninos de rua,
vira-latas, meretrizes, mendigos,
haverá luz no fim do túnel?
és pródiga para quem abriga tuas mentiras,
para os que se vendem.

são paulo
dos políticos e da imprensa marrom,
da tua face as lágrimas desembocam no tietê.
sé, vila matilde,
vila guilherme,
vila leopoldina,
vila mariana,
a diversidade que emana
das lojas e butiques,
de tua periferia,
com tuas minas, com teus manos,
com tuas avenidas e faróis
sempre em movimento e mudança.

são paulo
espólios e legados centenários
que passam de pai para filho,
de geração em geração,
teus bardos, teus trovadores
teus rappers, teus pichadores,
teu samba tristonho e lento.
aqui tudo é evidente e sombrio,
na tua jornada sinistra na calada da noite
teus filhos se reproduzem e morrem sem viver.
a cidade não para, a cidade não dorme,
és a voz do minotauro
procurando a presa em teus labirintos.

são paulo
terra do café, do engarrafamento,
da tubaína, da caipirinha,
os dentes brancos da fome gargalham
em teus guetos,
cidade que abriga do 1º ao 5º mundo.
são paulo revisitada:
nunca me deste nada,
tudo me tiraste,
nada sois para que por ti
algo eu sinta
vagando sem rumo
por tuas esquinas de solidão.

Foto de Siby

Mundo azul

Como a aquarela tem a sua diversidade,
No mundo vivem diversos seres humanos,
Estranhos, amigos, parentes ou manos,
Todos com sua própria personalidade.

Alguns seres parecidos, outros diferentes,
São como uma aquarela,com as suas cores,
Ou como um jardim com diferentes flores,
Onde a beleza se harmoniza nos contrastes.

Muitas tradições entre as nacionalidades,
Entre os seres humanos faz a diferença,
Mas todos trazem consigo muita esperança,
De alcançar os seus ideais de felicidades.

Quisera que não existisse preconceito,
Pelo mesmo sol somos todos iluminados,
Filhos da mãe terra, somos irmanados,
Em um mundo azul que pede paz e respeito.
(Siby)

Foto de William Contraponto

Seguindo

Tantos caminhos existem
Algum haverá de servir
Mas se não te levarem
Faça o novo para seguir
O que importa na continuação
É a liberdade e sua direção.

A missão seguinte busca vencer
O medo tão inimigo
Que desaparece ao perceber
Os rompimentos com o antigo
Onde até fazia efeito
Por meios brutais e desrespeito.

Logo saberemos o bastante
Para fazer boa caminhada
Esse tempo será relevante
No reconhecimento da manada
E daqueles que procuram incessantes
Pela vida sem cercos intolerantes.

Veja o mundo lá fora
Carregando em seus braços
A diversidade que nele mora
Se faltam maiores abraços
Esta na nossa hora de ir
Com alegria e parceria distribuir.

O único pecado é permanecer parado
Quando algo precisa decolar,
Também somente andando
O ser aprende a caminhar.

Foto de Lizzi

Uma sugestão aos poetas

Olá poetas, eu sou mais leitora do site do que poeta, pois não chego aos pés de muitos do site, mas venho deixar uma sugestão de leitora, proponho que os novos poetas, coloquem um ,dois ou três poemas por semana e alternem os dias, pra deixar que os outros poetas sejam lidos, muitos poemas de um só autor atrapalha um pouco, deixa o site cansativo, e muitos poemas lindos para as nossas almas deixam de serem lidos com frequência... o bom do site é a diversidade, se um autor tomar conta de uma, duas páginas inteiras do site, fica meio que estranho! Espero que entendam essa leitora...obrigada! Lizzi

Foto de William Contraponto

AS FLORES DO ANOITECER

Parece super natural
Sair sem rumo a procura
Das flores do anoitecer,
Sentir sua cores e perfumes
Até a madrugada vir

O encanto da cidade reaparece
Toda vez que estou com vocês,
Esse charme me chama
E vou de encontro
Onde quer que estejam

Nas mesas dos bares ou em conversas arejadas
As flores do anoitecer espalham belezas
Das mais variadas,
Me dando a certeza
Que a naturalidade das diferenças
Trás ao mundo equilíbrio... felicidade

Salve as flores do anoitecer,
Salve o brilho que elas teem
Em cada forma, cor e diversidade qualquer

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Supremo

Quem ama tenta se iludir. O mundo é muito grande, mas quem ama de verdade sempre tenta se iludir. Procura uma verdade oculta nos olhares distantes, aquele que ama, Procura satisfazer o desejo impossível de nunca dizer nunca, adeus, saudades de ti. Não coloco aqui a barreira do dinheiro, da paixão, das religiões. Quero apenas dizer que quem ama tenta se iludir, de um amor recíproco e sincronizado, único na sua diversidade.

O amor é injusto e desencontrado. Eu, e uso esse pronome sem medo desta vez, acredito sinceramente que esses anjos que atiram flechas nas pessoas são todos meio ceguetas. Uma mãe pode não amar um filho, e suplantar seu bem querer, ou seu tesão, com o brucutu ali da esquina. Cito em mais uma oportunidade o estilo quase agressivo rodriguiano. Copio, a bem da verdade. Lasque-se, odeio os palavrões desnecessários no texto! Se os suaves anjos da opinião, que acreditam em um amor puro, leve, matemático, acreditam que os sintomas são claros e que suas causas são igualmente lógicas, então me calo cínico diante das imagens dos santos, belos e perfeitos, imutáveis, criações frias do imaginário popular.

O amor é um sentimento doentio. Mente, rouba, mata, atravessa fora da faixa. O amor é ao mesmo tempo duro e sutil. Ele engana, e é exatamente isso o que queremos. Sentimos-nos bem, ao nos enganarmos com o amor! Talvez, vendo de um âmbito filosófico, lembramos que é do amor de um homem e uma mulher que se adia a morte. Perpetua-se a vida com mais uma vida, por meio do amor. E amamos quem queremos, mesmo que no inconsciente. Escondemos muitas vezes os sentimentos mais fortes para não demonstrar a fraqueza óbvia do amar. O coração bate mais rápido, levando nessa velocidade apavorante o tempo que temos. A carne esquenta. Um ser humano não é mais humano, é vulcânico. As descrições todas se tornam superficiais. Os parâmetros perdem seu maior crédito.

Quem ama gosta de se iludir, diante das mentiras mais absurdas. São as inverdades que nos sufocam, quando queremos o não e não o achamos, quando o sim é breve e aguarda um para sempre.

Foto de LillyAraujo

Sem Pressa

Ah, eu estou me sentindo meio descrente da vida, sabe? Com meu corpo sedentário sobre a cama por horas a fio, e já quase atrofiando a alma.

Estou com vontade de fugir de tudo que é urbano. Esquecer os fios conectores, o Bluetooth, Ipods, ou qualquer coisa que tenha teclas, ou telas, ou façam qualquer som frenético. Vontade de deixar esse mundo que se tornou tão aflito, e que tem sempre muita pressa. Onde tudo é manejado por um apertar de botões. Meus ouvidos estão feridos!

Estou com sede de terra molhada, de sentir o aroma de grama amassada, de formiga esmagada, enquanto o único som que se possa ouvir seja dos pássaros lutando no ar, numa dança de acasalamento, paz e alegria; que seja o som das cortadeiras picotando suas folhas e marchando por entre os trieiros, como se fossem soldadinhos; que seja o som dos estalidos dos gravetos que se desprendem das árvores ou do bico das passarinhas que ajeitam maternalmente o ninho dos seus filhotinhos. Quero ouvir o som das águas batendo contra as pedras e fazendo esculturas infinitas.

Quero adentrar-me no rio e me deixar levar pelo seu leito tortuoso, e sentir a água me abraçar, e a brisa me acariciar. E ir percorrendo o seu caminho sem pressa. E ter tempo de observar o céu azul claro, e uma diversidade de aves cortando o seu espaço, todas leves e belas, alheias ao meu observar. E sentir o sol bater intermitente no meu rosto, entrecortando os ramos das matas ciliares que circundam o rio onde meu corpo bóia, como uma pluma, feliz!

E assim continuar percorrendo juntos às águas, caminhos que eu nunca conheci, até que o dia seja noite. E sentir agora os dedos enrugados, e o bater das minhas mandíbulas pelo frio do rio, e isso também me deixar feliz.

E me refugiar depois em uma das margens. Jogar meu corpo na areia e ficar inerte. Observar cuidadosamente que o céu trocou sua roupa anil por saias alaranjadas, que pouco a pouco vão se tornando azul turquesa, e salpicos como lantejoulas vão lhe sendo cosidas, em forma de estrelas.

E no frio acolhedor da areia me deixar ficar um pouco mais, e notar que os sons também se transformaram. Agora, o bater das asas dos pequenos passarinhos silenciou. Dormem aconchegantes em seus galhos e ninhos. E as cortadeiras também foram descansar. Ainda estalam os pequenos gravetos que se desprendem, e o som das águas escultoras também continua o mesmo. Lentamente os anuros começam a reger a orquestra do anoitecer: sapos; pererecas e rãs, “gritam” e saltam desenfreadamente, como se quisessem alcançar os pirilampos piscantes pregados à grande teia que é o céu, e assim, comer uma a uma, cada estrela.

Estou com sede dessa paz que há muito não sinto. Estou com medo de jamais torná-la a sentir. Presa na cadeia Cidade-Grande, onde os sons são sempre de botões, buzinas, palavrões e, acima de tudo, de pressa. Muita pressa.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Suprema Loucura

Loucura, loucura e loucura,
Só sendo louco
Pra isso ser tão normal...

O surpreendente da altura
O grito rouco
O vivo do inatural...

O susto do medo pulsante
A reza do povo ofegante
O início do vício animal

A vida louca do louco, intriga
O ranço da dúvida e da briga
No verso da ferocidade:
O amor e o mundo na diversidade

Foto de Elias Akhenaton

AMANTE DA NATUREZA - trova

Sou eterno amante da natureza
Manifestação de Deus criador,
Fonte de diversidade e beleza,
Concebida com muito amor.

Elias Akhenaton

Foto de Elias Akhenaton

EXPRESSÕES D'ALMA (auto-retrato)

Nos versos que trago no peito
Que deixo fluir neste instante
Retratam com sinceridade
A pluralidade
Dos meus sentimentos...

Não estranhem minha forma de poetar
Dos sentimentos que me ponho a falar,
Da diversidade dos temas
Da poesia ou do poema,
São simplesmente expressões d’Alma
Inspiradas e exteriorizadas no ar...

Às vezes com toque de suavidade,
Delicadeza e o
Perfume das flores,
Palavras d’Amores,
De paixão, emoção
E sedução...

Em outras;
Palavras de conforto e
Esperança que encorajam a caminhada
De um eterno aprendiz na sublime e
Sagrada jornada...

Mas como ser humano tenho
Minhas fraquezas e imperfeições.
Quem não as tem?!

N’alguns momentos brotam palavras
Tristes, palavras de saudades
Que sangram o coração,
São relatos das noites mal dormidas
Onde somente escuto os uivos dos chacais
Trovões e temporais
Que se fundem com meus ais...

Mas eis que surge a Luz, um novo alvorecer!
Um novo dia resplandece
E floresce n’outro sentimento;
Eis o momento
Da transformação
É chegada à hora da Alquimia
Tracejar simples
Versos de uma nova e
Eterna Poesia.

Elias Akhenaton

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