Dois

Foto de josimar-almeida

Viajar em tua pele

Acordei de manhãzinha,
Ao abrir a janela
Vi o grande sol da vida raiar,
Recordei-me dela.
Dei um imensurável bom dia ao mundo
E então à ela quero falar...

Viajar em tua pele
Foi gozar da mais bela felicidade...
Saciar-me do cheiro e dos seus beijos
Foi transformar nossas possibilidades em realidade,
Realizando os nossos mais íntimos desejos.

Neste momento nossas vidas se igualaram,
Nossas bocas se tocaram
E enfim, nossos seres se completaram.

No auge da nossa explosão de intimidades
Fizemos de dois corpos um só calor,
Nossos olhares uma só direção
E dos nossos corações um só amor.

Peço-te, ó minha formosura,
Quando uma leve brisa tocar em seu rosto,
Não se esqueças que serei eu, em anjo de candura
Para juntos, vivermos o amor e seu gosto.

Foto de Allan Dayvidson

OUTRA VIDA

"A vida é uma sequência de acontecimentos únicos, impossíveis de se repetirem. Mesmo situações semelhantes acontecendo em momentos extremamente próximos se diferem uma da outra pela constituição de outros contextos radicalmente separados por milésimos de segundos... Mas quem nunca desejou outra chance?..."

OUTRA VIDA
-Allan Dayvidson-

De todas as coisas daqueles tempos de colégio,
Mexer com seu coração era meu maior privilégio.
Os meus 17 foram indubitavelmente seus.

Eu costumava acreditar que não existiria algo assim.
Você também não contava com gostar tanto de mim.
Minhas pernas estão bambas desde que “a gente aconteceu”.

Da próxima vez, não perderei a chance.
Levarei meus sentimentos às últimas conseqüências deste romance.
Da próxima vez, não pensarei duas vezes,
Deixarei você me convencer que não há nada por aí como nós...
Nada como nós dois.

Você era o pedaço de um bolo que não me atreveria a pedir.
Eu era um desafio fora das páginas de qualquer um daqueles gibis.
Você e o medo foram tema do meu primeiro poema.

Ouvi dizer que sua vida mudou bastante
E sou um souvenir que não ficaria bem em sua nova estante.
Como eu gostaria de voltar a ser seu problema!

Da próxima vez, não estragarei tudo.
Não pedirei permissão para viver cada um daqueles segundos.
Da próxima vez, serei nada menos que irredutível.
Não terei medo de acreditar que somos um plano mais que possível...
Um plano infalível.

O tempo não demonstra a menor intenção de voltar atrás.
Mas nunca fui do tipo que se contenta com um “nunca mais”.
E se houver uma próxima vez,
outra vida na qual ousemos nos exceder...
Que eu possa partilhá-la com você.

Da próxima vez, me recusarei a ceder.
Acreditarei quando disser que só precisa de mim e mais nada.
Da próxima vez, não amontoarei palavras
E não precisarei dizer tarde demais o que sempre tive medo de dizer...
“Eu amei mesmo de você”.

Mas, da próxima vez, você não me escapa.
Enquanto isso, desejo que seja feliz em sua própria estrada.
Até a próxima...

Foto de Allan Dayvidson

QUEBRA-CABEÇA

"Alguém disse uma vez que é um abismo o que separa uma pessoa de outra. Disse também que o ato sexual elimina esse abismo apenas momentaneamente..."

QUEBRA-CABEÇA
-Allan Dayvidson-

Meu quebra-cabeça tem milhões de peças,
Minha mochila, zilhões e zilhões de promessas,
Mas nenhuma boa razão para iniciarmos essa conversa...

Você mal conhece uma fração de mim.
E novas partes estão sempre a surgir.
Mas cada fragmento meu está prestes a se libertar...

Pelo ar,
os átomos se movem... se permitem... se desligam.
Saia de seu lugar,
E abandone também alguma de suas peças...

Seus sapatos lar-gados
Na porta de entrada.
Seu jeans des-botado
Jogado na escada.
Bom senso des-pido.
Mas não se atreva a consertar absolutamente nada!

Permita-me tirar vantagem de você.
Trata-se de muito mais que uma oferta,
Quero cruzar nossas fronteiras.

Mas, depois de tudo, não vá se surpreender
Se, dessa vez, eu for o primeiro a puxar as cobertas.
Cansei ficar apenas com a beira...

Não se preocupe, não pretendo medir
ou etiquetar nada do que faremos aqui.
Somos só eu e você,
quebra-cabeças eternamente incompletos.

Pelo ar,
Nossos estilhaços... se chocam... se misturam.
Saia de seu lugar
E aprecie plenamente cada momento...

Coração dis-parado
E meus olhos em você.
Estou quase sem-fôlego,
Mas ainda consigo dizer
Que assim é de-verdade
E não se atreva a consertar absolutamente nada!

E quando chegarmos ao fim,
Seremos como dois astronautas
Voltando do espaço.

Levarei daqui o que pertence a mim.
Não quero tudo de você,
Apenas um belo pedaço...

Foto de handersonpessoa

A certeza imaginária

Você descobre que encontrou a pessoa certa, no exato momento em que acorda e o primeiro pensamento vai automático procurando por aquele nome que encontra o seu porque estão conectados de uma forma que não conseguimos explicar. Você tem certeza de que está no caminho certo, quando você não precisa esperar uma ligação que você sabe que chegará naquela fração de segundo em que você pensa e acontece. E no momento mágico do “alô” a voz que entra pelo ouvido causa reações químicas e sudorese intensa, as mãos tremem e tudo que antes doía, já não dói mais agora, porque o momento é por si só feliz. E os planos começam a se materializar mesmo que no apenas no pensamento, e começam a tomar forma no mundo das ideias, mas os segundos teimam em passar mais devagar, já que aquela pessoa está ali tão perto, mas o jeito é esperar. Mas é talvez a melhor das esperas, é aquela espera que se sabe que vai dar certo, que é a última espera. É a espera que teimamos em permanecer, quando tudo está praticamente ao alcance da mão, mas só resta aquela música que agora é tema dos dois, e a foto no porta retrato na cabeceira da cama, que recebe o carinho dos dedos, no primeiro movimento do dia. É a espera de quem dorme com o cheiro da pessoa amada no travesseiro, tentando fazer com que o cheiro traga a pessoa mais para perto, já que ali, no lado vazio da cama, está apenas a lembrança, junto com a certeza. A certeza insana e teimosa que só tem quem ama de verdade, a certeza que temos quando pensamos tanto, que é possível sentir o toque, a tez, a cor e o sabor de coisas que não aconteceram ainda. Ainda. E é nesse exato momento que descobrimos que todas as coisas vividas, todos os anos esperados foram apenas a base para algo muito, muito maior e melhor. E é nesse exato momento que descobrimos que tudo aquilo que foi sonhado, planejado e imaginado, era tudo verdade, que não era fruto de uma mente delirante. Era e é tudo real. Muito real.

*publicado no site www.paranoiasedelirios.blogspot.com

Foto de carlos loures

coraçoes

tenho dois coraçoes
um bate outro apanha
um bate pra eu viver
o outro apanha de tanto pensar em você

queria que um deles parasse
ainda não decidi qual
se em importancia tudo é igual

viver
te amar
dificil decidir, com qual dois quero parar

Carlos Loures
Avaré outono 2011

Foto de carlos loures

coraçoes

tenho dois coraçoes
um bate outro apanha
um bate pra eu viver
o outro apanha de tanto pensar em você

queria que um deles parasse
ainda não decidi qual
se em importancia tudo é igual

viver
te amar
dificil decidir, com qual dois quero parar

Carlos Loures
Avaré outono 2011

Foto de Rute Mesquita

Bailados de desejos

Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.

Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.

Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.

Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.

As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.

O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?

Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.

E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.

Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.

Foto de Amy Cris

Silêncio

Perdida, enlouquecida, desesperada
Sem saber como lhe dizer o motivo de meu tormento e dor
Só te observo sem poder falar ou tocar em você
Fico olhando quando você a abraça e sussurra algo em seu ouvido, imagino que diz a ela as três palavras que eu queria te dizer e não consigo
Sinto medo da sua reação ; imagino que vá me desprezar e então me entrego ao silêncio
Me machuca saber que não serei nunca aquela com quem você caminha a tarde e com quem divide seu tempo, sua vida
E você nunca saberá dos planos que fiz para nós dois
E se amanhã, eu já não sentir mais o mesmo, só eu terei de esquecer
E mesmo que você nunca chegue a ler o que escrevi aqui, quero deixar registradas aquelas três palavras; EU TE AMO.

Foto de Rute Mesquita

Nos balancés do equilíbrio

Baloiço suavemente…
sinto-me a pairar.
Acordo de repente,
e questiono este lugar.
Nuvens? E mais quatro balancés,
dois em cada lado.
Sinto-me sem pés…
Provo, o meu medo mais flamejado.
Eles bailam,
ao suar uma melodia assustadora.
Temo que eles caiam,
pois ira sentir-me comprometedora.

Sinto uma grande pressão,
em saber o que faço ali,
será uma ostentação?
De algo que escrevi ou li?
E se eu me acalmar
e tentar perceber o que me diz esta imagem?
Talvez, o clarear,
não seja apenas uma miragem.
Quatro bailados,
divididos por igual,
contudo, desequilibrados,
num bailar desigual.
Eu encontro-me precisamente no meio,
como se eu fosse a palavra ‘equilíbrio’.
Quando esta palavra nomeio,
os bailados entram em declínio.
Os meus pés perfuram aquele manto de algodão,
e o ar fica menos denso.
Serei eu a desejar o chão?
Ou será meu imagino?
Penso…
Vou nomear outra e outra vez,
aquela palavra,
agora é a minha vez,
de a fazer minha escrava.

Equilíbrio,
diz-nos estabilidade,
diz-nos moderação.
É tão grande este meu fascínio,
que desta irrealidade,
faço uma canção.
Grito ‘Harmonia!’
e inclino-me para a direita,
tentando equilibrar.
‘Nostalgia’,
leio numa vistosa colheita,
que parece me chamar.

Ficou tudo escuro,
passou uma ventosa.
Será que ainda aqui perduro,
ou estarei venenosa?
Abro os olhos,
e encontro-me num jardim,
baloiçando…
E sorri,
por ter afastado os medonhos,
racionando.

Se terei medo de bailar novamente?
Se serei perseguida por este pesadelo?
Apressasse e responde a minha mente:
‘Numa próxima será belo’.

Foto de andrelipx

Pedacinho de nós...

Todos nós caminhamos com um objectivo é ser e estar com Ele… Mas será que todos consegui-mos, será que todos temos essa força para seguir e estar com essa pessoa… Eu não sei, sei que se estamos aqui é por algum motivo e esse motivo é Deus e Jesus Cristo. Poderia dizer que todos aqui somos amigos, mas não vou dizer isso, vou dizer sim que, mais que amigos, somos uma família, consegui-mos entender-nos e mais que isso conseguimos olhar-nos uns aos outros, para o interior de cada um, porque cada elemento do grupo é diferente a sua maneira e isso é o que faz com que todos nós esteja-mos bem… Talvez pudesse pegar naquela expressão que é “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei com eles”, mas não vou guardar essa bela e harmoniosa expressão para ter comigo e poder partilhar com todos vós, mas sim vou utilizar que somos uma só pessoa, isto é, todos temos defeitos e qualidades e que cada um é maravilhoso a sua maneira, porque se formos a pegar em pedacinhos de cada um de nós conseguimos formar uma única pessoa que será tão bela, que encantará os corações atribulados de tanta gente e os transformará…Se eu pudesse pegar nesses pedacinhos e guarda-los em cada coração, eu fazia-o, mas não consigo, porque cada pedacinho de nós tem um dono, mas o maior pedaço encontra-se no nosso coração que é a nossa força a nossa alegria, e acima de tudo a nossa caridade. Essa caridade está guardada dentro do nosso coração com o objectivo de ser utilizada por vós quando assim o entenderem…Até porque dizia assim um apóstolo Paulo: De todas as coisas a mais importante era a caridade, e ela não deve ser utilizada assim como se utiliza uma chave, ou uma moeda… Ela deve ser utilizada como forma de expressão dos nossos corações, porque de facto o que este grupo tem de maior é definitivamente a caridade, porque acolhe todos com amor com uma simpatia, porque acima de tudo estamos todos aqui com um único objectivo que é saber mais sobre Ele e o seu Filho Unigénito… Temos um caminho e com as mãos dadas e corações abertos, todos nós aqui presentes e os que não estão presentes vamos caminhas, para construir a nossa fé e assim podermo-nos reunir em união Fraterna, porque isto não é um grupo de amigos mas sim, uma família com um só elemento que foi formado com os nossos pedacinhos…

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