Dor

Foto de andre solid

Náufrago

Será do jeito que você achar melhor
Mesmo que pareça um pouco rude.
Será como quiser,
Porque não poderia ser pior.

Há poucos minutos de você sair por esta porta.
De dar ponto final a esta história de linha torta.
Muito do que sonhei já se perdeu,
Já aceito esta derrota.

Onde preciso ir pra te esquecer?
Pra me esconder de seus olhos negros,
Pra que seja apenas eu,
Pra não mais fazer dessa dor um segredo.

Só não me diga que pensou em nós
E que será melhor depois.
Que será como um amanhecer, ( nunca mais )
Porque não mais ficaremos a sós
No infinito de nós dois.

Mas será como quiser, apenas me faça um favor
Jamais nos compare ao mar... Um mar de amor.
Porque eu me afoguei,
Mas você jamais mergulhou.

Onde preciso ir preciso ir pra te esquecer?
Pra me sentir seguro?
Pra me esconder de seus olhos negros
Onde seja apenas eu e que não seja preciso
Fazer, das minhas dores, segredos.

Mas será como você quiser.
Porque sempre foram suas as verdades.
O mundo sempre foi movido por você.
No fim... beberei o que trouxer
Porque assim se curam as saudades.

O que há de melhor em mim, dei a você.
Hoje pouco me olha e nunca toca.
Diz que não se sente completa.
Faltou o que?

Espero conseguir dormir sentindo frio.
Nem preciso dizer que me sinto vazio.
Até me acostumei com sua decisão.
Agora só dói quando rio.

Apenas me faça um favor.
Não olhe no fundo dos olhos meus
Com um pedido de desculpas estampado nos seus.
A chuva passou... e eu moro de frente para o mar.

Eu me afoguei
Mas você... Você jamais mergulhou.
Sequer mergulhou.

Foto de albertokaique

Censurado Sou...

Me calaram
Me mataram
Expulsaram de mim
Não me deixaram ser.

O meu medo, o meu amor...
Minha forma de expressar,
Minha forma de amar,
O meu ser, o meu...

Deixando as cicatrizes
Fazendo as marcas
Calando a dor da alma
Calando as vibrações do pensar...

Censurado por ser quem sou.
Mais eu sinto...
Eu sinto que sei
Sinto que sou, que sei quem sou.

Tenho que ser eu mesmo
Sempre o mesmo.
Lamentavelmente eu sou assim...

Foto de Tehana Madra

ANI OHEVET

Quero ancorar minha dor
em suas carícias com cheiro de flor
Com o coração trincado de amor
Esperando em pleno vapor.
A ilusão metamorfoseada de
esplendor.

Foto de damadapoesia

SONHO REFÉM

Sonho que vem e insiste passar
o destino comigo insiste brincar
Vida - as vidraças de minh'alma o vento quebrou
escurecendo meus dias e o meu céu interior
O que sonhei e antes de vivido
foram rudes arremedos de assassino,
zombando de minha vasta dor.

Naqueles seres que fui dentro de um ser,
Que viveram demais para eu viver
um sonho parado de que restam
apenas imagens desfeitas: pressentimentos.
Estou presa nos meus sentidos sem poder sair.
E aqui dentro de nada me lembro.
Os meus sentidos expulsaram-me de mim,
desamarraram-me de mim
e agora só me sei pelo lado de fora.

Foto de Carmen Lúcia

Evidências...

As evidências estão por toda parte...
Sufocam o ar, penetram a solidez
de consistências impenetráveis.
Impõem a presença do ausente,
intensificam a dor que se sente.
Instalam-se, invulneráveis, na insensatez
de um coração que arde sem reagir,
na estupidez de uma razão covarde,
ilógica, permitindo tamanha invasão...
a devastação total de um ser
que escancarou a porta ao incontestável,
que sem clemência, deixou suas marcas
entranhadas, delineadas, gravadas
na vida que tento viver,
no pranto que tento reter,
no riso que já não é meu,
na poesia que tanto doeu
e se alimenta de tudo que é seu,
alienada às evidências fincadas
num amor que já morreu.

_Carmen Lúcia_

Foto de betimartins

Apenas mulher!

Apenas mulher!

Eu sou apenas uma mulher
Simples, mas sempre sonhadora
Por vezes temia ainda ser uma criança
E brinco com elas deveras feliz...

Eu sou a contadora de historias
Aquela que viaja a terra do Nunca
Que ainda dorme nas nuvens e ainda sonha
Com reinos e belas histórias de amor...

Eu sou aquela que se desdobra
Entre lagrimas, entre lutas
Apenas sorri, trabalha dobrado
E segue na frente na vida...

Eu sou na noite, a filha do amor
Em nosso quarto te faço feliz e meu rei
Não tem outra no reino, que ame o meu senhor
Tu és o meu cavaleiro, dono e senhor...

Deixo-me dormir cansada em teus braços
Sentir teus afagos e teu belo respirar
Não existe coisa igual como o nosso amor...

E escrevo aqui, nas linhas do papel
Que carreguei em meu ventre a vida
Esperei, meses, gerando apenas amor...

Amor que hoje apenas mulher, pode sentir
Nas cicatrizes geradas, na dor infligida
Apenas, deixei o choro, sufocar...

Minha alma sofrida, nos turbilhões do passado
Soltando as amarras, uma a uma, desatando
Os laços que ainda me prendiam...

E chorei! Novamente como uma criança
Deixando-me levar no teu colo do amor
Respirando a vida, apenas escrevendo a poesia...

Que em cada manha ela ainda acorda feliz
Nos teus abraços, na tua presença querida
E sorrindo, feliz, pois eu,sou a tua mulher.

Foto de betimartins

A dor!

A dor!

Tem dor que não dói
Apenas é de despeito
Talvez com mistura
De um pouco
De raiva...

Tem dor que inflama
O peito e alma
É a dor da saudade
Da solidão
De cada um...

Tem dor que reclama
Os maus tratos do corpo
Os maus hábitos
A má nutrição
Até o descaso...

Tem dor que dilacera
Dor que mata e destrói
A dor da impunidade
Dor da inveja
Da maldade...

Tem dor que dói demais
A dor da opressão
A dor do abandono
A dor do vazio...

A dor, dor da perda
Do filho na guerra
E só a paz a acaba...

A dor da destruição
Dor da escuridão
E da falta de fé...

Dor é apenas dor
Apenas só a sente
Quem ainda...

Tem um coração
Pulsando vida
E amor...

Foto de Fernanda Queiroz

Lágrimas

Suave e calma,
descem pelo meu rosto,
acalenta o tormento.
Deixe-se cair,
é este o momento.
Onde a dor impera
o que o tempo não supera.
Perguntas sem respostas,
ou respostas cortantes,
Que viva o silêncio
onde esconde indagações,
Que viva o pensamento,
sem a lâmina a talhar.
Encante-me deslumbramento,
não me deixe acordar
Bate terno coração
Sem barulho ecoar
Lágrimas,
delicada e serena,
deslize
corra pela face morena
morra nos lábios
calados, encobertos
discretos.
Que sufoca o soluço
abafa palavras,
reprime o som,
emudece segredos.
Submete-se ao medo
na história, no enredo,
onde passado e presente
mistura na mente
Não me leva de volta
nem abre a porta
apenas as pálpebras
e te deixa passar..

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Carmen Vervloet

PAISAGEM SEM COR

Tanto foi... mas tanto foi o sofrimento...
Que meu coração secou!
Hoje sou um grão de areia ao vento,
tão perdida que já nem sei quem sou.

A falta de paz é meu tormento.
A insônia nas noites me persegue.
Peço a Deus que me faça um acalento
ou então que faça meu momento breve.

Meu silêncio é feito de agonia,
minha alma entregue à dor...
Meus sonhos não voam sobre as pradarias,
minha vida é uma paisagem sem cor.

A esperança acorrentada no meu peito.
A chave perdida no deserto e sua imensidão.
Meu corpo debatendo-se sobre o leito,
meus olhos perdidos na escuridão.

Carmen Vervloet

Foto de airamasor

A dor da espera.

Recontei o tempo,
andei pra trás,
colecionei os dias e as noites.

Atrasei as horas,
segurei as nuvens,
troquei as estações.

Plantei cata-ventos,
falei com bem-te-vis,
chorei com beija-flores.

Reguei a saudade
e cochilei em suas sombras.
Subi mangueiras
entardecidas de espera.

No quintal,
apanhei um pé de palavras
e arranjei uns versos
silvestres no vaso.
Sentei na soleira da porta
e desenhei seu nome na terra.

Poli a lua,
dei corda nas estrelas,
arrumei o céu.

Debrucei meu coração na janela,
até meu peito ficar marcado
pela dor da espera.
(Aira, 27 de março de 2011)

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