Dor

Foto de Maria Flor e Rabiscos

"Angústia Infinita"

Minha angústia faísca pelos olhos,
pois que na minha alma ela arrefece,
despeja no coração sua dor,
e é todo tédio, é toda saudade...
.
Sua couraça é de fel e entulho.
Uma paz invisível a embranquece,
mas me faço em fuligens e a esculhambo.
.
A minha angústia é mais que simples fato.
Quando eu dormir, ela estará acordada,
esperando por mim...
.
A minha angústia é o pó que esmigalho.
Nunca morre, vai com o vento pelo prado,
e fica na zinabre sobre os trilho
dos meus olhos
aguardando, esperando,
a hora de voltar pra mim...
.
Maria Flor!

Foto de Carmen Vervloet

Natal

Natal

Luz...
Doação...
Amor...
Incineração da dor!
Cinzas adubando a terra
no natal da vida
a florescer!...
Desejos realizados!...
Criança feliz!...
Catavento
movimentando sonhos!...

Carmen Vervloet

Foto de Maria Flor e Rabiscos

"Ser Poeta"

Ser Poeta
é ser um louco.
Conversa com a lua,
chora com as estrelas.
.
Despe-se da hipocrisia,
fala até com ironia
da falta de compaixão,
que já não emana do coração...
.
Como trovador errante
debruça-se até na ponte,
para admirar o vento constante...
Declama poesias para o ébrio,
conta piada em soneto...
Brilha mais que estrela cadente
quando ama e esta contente...
.
Ah! Ser Poeta!
É pedra bruta sem ser lapidada.
É correr atrás do vento,
é brindar o amor
com a espuma do mar.
É sorrir como criança,
é brigar esbravejar...
.
É ser terno e caridoso é andar perdido na noite...
Ser Poeta e dormir em campo florido
tendo como cobertor o brilho das estrelas,
É sorrir apesar da dor...
.
Ser Poeta e ganhar um beijo do
amigo beija-flor...
Roubar uma flor para
declarar seu amor...
.
Ah! Ser Poeta é sofrer sem sentir dor...
.
Maria Flor!

Foto de Gilbertojúnior

LEMBRANÇAS...

Quando as lagrimas nublam todo o horizonte,
E a dor fustiga o meu peito ardente,
Mil Amores se banha, sempre, noutra fonte...
Relembro palavra que se encontra em minha fronte...
Foi só um sonho, um sonho displicente.

Quis eu ser, pra ti, obra moderada...
Procurar a vida, essa imensidão...
Vi voar pra longe, minh’alma alucinada,
Agarrar-me a sombra da pessoa amada,
Encontrar refugio na minha solidão...

Foi o mais belo, do mais belo encontro,
A rosa mais bela do meu lindo jardim...
Formou-se, plena, em nosso desencontro,
Palavras de amor que ao mundo conto
Escritas com lágrimas no meu folhetim...

Foto de Maria Flor e Rabiscos

Indagação Humanística...

Ó universo, indagou o homem,
responda-me, por favor:
- Qual é meu papel neste mundo?
Porque vivo em meio à dor?

Mas o universo indiferente,
quieto estava e quieto ficou...

Então novamente o homem perguntou:

Ó universo, grandioso universo,
Responda-me por favor:

- Por que vivo neste mundo
sem saber onde estou?

Mas o universo, indiferente,
quieto estava e quieto ficou...

Então, novamente, irritado,
o homem perguntou:

- Por que tu não me respondes,
universo duma figa?
Teu silêncio tem cheiro de ironia!
Causador da minha dor,
responsável por minha agonia...

Foi então que indignado
O universo respondeu:
- Tu me indagas,
me acusas,
e me condenas,
mas tu esqueces que também
sou vitima do homem...

Maria Flor!

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças

É noite e não vejo o céu,
Não o mesmo céu de antes,
Aquele a me proporcionar, radiante,
Emoções esfuziantes, profundamente vividas e sentidas,
Que me (e) levavam a vários mundos
Distantes, delirantes, irradiantes
E me traziam ao chão, onde meus pés levemente,
Docemente tocavam, após essa viagem transcendente.
E tudo era magia, era alegria, era poesia...
Pretensa recompensa daquele meu viver
Contagiante, inebriante, aconchegante...
Nem vi a minha estrela brilhar como antigamente,
Minha cúmplice a piscar maliciosamente...
Se escondeu por entre nuvens, evitando meu olhar.
Nem mesmo a lua veio me beijar,
O que era de praxe, sorrateiramente,
Perdeu-se com a prata do luar, sem vida, ressentida...
Tudo se entristeceu, escureceu...
O céu perdeu a cor...
Amedronta o mundo, a dor,
O universo fica mudo...
Afasta quem outrora sonhava junto
E nos arrasta ao abismo imundo, fecundo,
Apresentando-nos à solidão, à imensidão
De um oceano negro, sem ondas, nem espumas, onde a velejar
Estão a sombra, a amargura, o desacreditar.
Então, mais que nunca, é preciso remar, remar, remar...
Para de novo começar...

Foto de Maria Flor e Rabiscos

Quando ele me pega...

Quando o amor me pega na esquina,
num seqüestro relâmpago,
pago logo a recompensa...

Quando o amor bate a minha porta ligeira vou abrir...

Quando o amor me toca,
descubro um céu imenso e um abismo profundo...

Quando o amor vem me traz companhia,
aquele sorriso bobo,
aquela cara de juventude,
aquele abraço que esquenta,
aquele beijo que alimenta,
um não sei o quê,
que me deixa meia dona do mundo...

...E depois de laçada,
alma, corpo e coração,
numa entrega total e alucinada,
num encontro da dor e da alegria,
esse estado anestesiante: O DELÍRIO.

Mãos hábeis, que seguram com carinho,
encaixam nos rumos a seguir, entrando e saindo dos dias...

O néctar de um beijo meio veneno,
meio antídoto, a embriagues de um sorriso
e a promessa de um olhar...

Quando vai embora a claridade,
te reconheço nos contornos da madrugada
e me embalo em braços,abraços, calores
e faço de ti meu ninho e depois de gemidos
o silêncio que conta nosso amor pela eternidade...

Maria Flor!

Foto de Carmen Lúcia

Louca Mente

Loucamente... tentei livrar-me dessa triste sina,
Me equilibrei num fio da esperança incerta,
Com a mente insana, fruto da vida profana,
Que a pressão do mundo oprime e a sociedade aperta.

Loucamente...tentei juntar palavras desconexas,
Dar um sentido a elas e ser compreendida,
Mas o que sai de mim a todos vexa,
Fazendo-me voltar ao ponto de partida.

Loucamente...a mente louca que me foi legada
Traçou o meu perfil, mostrou a minha alma,
Gritou aos quatro cantos:-Quero ser amada!
E um silêncio mudo calou a tresloucada...

Loucamente...transpus as raias da loucura,
Busquei desesperadamente a minha cura,
E entre um delírio e outro, próprios de um ser louco,
Eu transcendi à dor, transgredi as regras e me enlouqueci de amor!

Foto de Marta Peres

Palavras

Palavras

Palavras, não as encontro!
Procuro palavras que descrevam meus sentimentos,
Não encontro, sumiram, diluíram no ar, derreteram,
Foram embora e me deixaram à deriva da vida,
Não moram mais comigo e não me querem.

Sinto amarga a boca, nó na garganta,
Meu mundo desmoronou, acabou tudo
Fiquei presa no meu sono profundo,
pesadelos e lágrimas, dor aguda que dói.

Medo, apenas medo eu sinto, mãos tremulas
E suadas, movimentos travados, sorriso murcho
Sem jeito, vazio que perdeu o frescor.

Não posso falar, não consigo e nada digo
Por não poder, tudo é escuro e palavras
Escorrem pelos meus dedos, escapam das mãos,
Não vejo mais a lua nem tenho o sol.

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Destino

Destino

Esqueceste das juras que fizemos,
Falas de carinho e eterno amor.
Hoje no silêncio choro o que tivemos,
só me resta o ódio e o rancor.

Fujo de ti, de ti me separo,
Meu coração é só mágoa e dor
Na vida não tenho mais amparo
Morreu a esperança aberta em flor.

A certeza triste se define!
Rasgo de vez retratos, rasgo o véu
Na ânsia do choro o peito me comprime.

Não culpo a sorte, nem o céu!
A vida tem coisas que não se redime
Nem tudo pode ter sabor de mel!

Marta Peres

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