Encantamento

Foto de Dirceu Marcelino

CARÍCIAS

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Eu já tenho uma vida assas vivida
Agradeço constantemente ao Senhor.
Deu-me a felicidade nesta vida:
De conhecer várias formas de amor.

Entre eles os prazeres do sexo
Gemi, urrei, quase gritei em suspiros
Na dança voluptuosa e cheia de nexo
Mas não canso e ainda quero, aspiro.

Ao gozo inesquecível desse momento
E minha língua e meus lábios trepidam
Nesse sonho de beijos e encantamento

Enquanto minhas mãos sem freios deslizam,
Minh’alma de paixão te extasia
E membros e boca te acariciam.

Foto de Lu Lena

A ENTREGA

Tu és meu mistério solto no ar
sou púdica libidinosa e fêmea
como uma serpente a se enroscar
em teu corpo em chamas que queima

Tu és meu prazer e a loucura sem nexo
que me ofusca entre gemidos e suspiros
na dança voluptuosa ritmada do sexo
teu gozo jorra em meu corpo em respingos

antevendo a entrega desse momento
tua língua atrevida brinca em meu seio
num torpor de êxtase e encantamento

tuas mãos percorrem meu corpo sem freio
em descargas elétricas de pura magia
o mundo vai parar pra nós dois nesse dia

Foto de Maria Goreti

O BEIJO

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O BEIJO

(Oswaldo Genofre & Maria Goreti Rocha)

Pela sua existência, só fantasia.
Eterna viagem ao encantamento,
Ávidos, ternos, de muita alegria.
A imaginação nas asas do vento!

Às vezes, de carinho, molhados.
Com o gosto do desejo, ardente,
Provocadores de tão ousados,
Do paraíso, a própria serpente!

No rosto, doce sinal de amizade,
Na mão e na testa... muito respeito.
O coração a pulsar forte no peito...

O caminho certo para a intimidade,
Chega a fazer-nos perder a razão,
Os corpos, de tão unidos... explosão!

*Direitos Reservados aos Autores*

Foto de Lu Lena

ENTREGA

Tu és meu mistério solto no ar
sou púdica libidinosa e fêmea
como uma serpente a se enroscar

em teu corpo em chamas que queima
Tu és meu prazer e a loucura sem nexo
que me ofusca entre gemidos e suspiros

na dança voluptuosa ritmada do sexo
teu gozo jorra em meu corpo em respingos
antevendo a entrega desse momento

tua língua atrevida brinca em meu seio
num torpor de êxtase e encantamento
tuas mãos percorrem meu corpo sem freio

em descargas elétricas de pura magia
o mundo vai parar
pra nós dois nesse dia

Foto de CarmenCecilia

AMOR ALÉM DA VIDA

Amor além da vida!

Faço uma retrospectiva
E contemplativa
Vejo-me
Quando te vejo
Lembro-me
Daquele calor
Que fluía
Do nosso amor
Nos dias
Que somaram dias
E noites
De puro encantamento
E a lua argentina
Registrando
Cada momento
Relembra nossa história
Nos meus olhos
O brilho dos teus
As bocas
Se procurando loucas
Os corpos ajustando-se
Em conchinha ajeitando-se
Eu agora flutuando
Entre mundos levitando
Embalada por recordações
Doces sensações
Nessa viagem... Miragem!
Em que estamos de passagem
E nesse túnel do tempo
Em que te contemplo
Reúno nesse quebra cabeça
Uma a uma nossas lembranças
E sei que estás a me esperar.
Para nada mais nos separar...
E assim comigo ficar...
Agora para sempre!

Carmen Cecília

09/04/08

Foto de Carmen Vervloet

HOMENAGEM A VIRGEM DA PENHA, NO SEU DIA

Oração a Nossa Senhora da Penha

Lá, no alto pico da montanha,
Em seu convento envolto em luz,
Cheia de encantamento, vela por nós,
A Santa Mãe de Jesus!

Contempla toda a cidade de Vitória
Cravada nesta ilha,
Guardada pelo mar...
Vê de cada um de seus filhos
A triste ou feliz história...
Pássaros, peregrinos, anjos a voar!

Senhora Nossa da Penha,
Do povo capixaba, padroeira,
Nossa amiga e companheira
Dê-nos sua mão, venha...
Ajude-nos a expandir sua luz,
Mostre-nos o caminho de Jesus!
Diminua a carência de amor,
Acabe com a gritante desigualdade,
Aniquile a maldade,
Enxugue as lágrimas de dor!

O povo está cansado de correr...
E ainda mais cansado de sofrer...
Eu te suplico Mãe de Jesus,
Saia do seu convento... Suba outras penhas,
Ajude-nos a carregar a cruz!...
Entre sem chave, sem senha,
Pacifique a cidade com sua paz!
Apague o fogo da violência
E dos poderosos a demência!

Tenha piedade de nós!
Tão machucados pela vida!
Ouça do povo a voz sentida...
Seque todas as feridas!
Dê-nos o seu alento...
E do alto do seu convento
Abrace cada um de seus filhos,
Seja rico ou maltrapilho!
Mas abrace com mais calor
O pobre sem cobertor!
Abrace a Maria,
A da panela vazia...
No seu barraco pendurado no morro
Gritando por socorro!...
Amém!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

Foto de Carmen Vervloet

SONHOS NAVEGANTES

SONHOS NAVEGANTES

Quero sentir as ondas do mar
acariciando esta rígida pedra!
Ondas que se quebram
sem ferir, nem machucar...
Quero ver seu vai e vem
beijando a areia morena,
desta praia pequena...
Refúgio do meu coração
ansiando por você em vão!...
Quero observar sua louca persistência,
sua incontrolável demência,
sua misteriosa insistência
em modelar o imodificável...
Em transformar o intransmutável...
Arte da natureza!
Arroubos da emoção!
Esculturas vivas
em constante transformação...
Castelos de areia desfeitos...
Sonho perfeito a se esfarelar...
Micros-grãos de areia
que se unem em seca praia
onde semeio a ilusão!...
Delírios do meu coração
que anseia por paz!...
Efêmeros sonhos que você me trás
na melodia do vento!
Envolve-me em encantamento...
Aspiração de felicidade...
Antagônica realidade!...
Viajo junto à estrela matutina
seguindo minha sina...
Percorro longas distâncias...
Perco-me entre neblinas...
Na esperança de reencontrar
O sonho que deixei p’rá trás...
Quimera fugaz
desfeita nas ondas do mar...
Que se vão
Esvaziando o meu coração...
Mas retornam trazendo de volta
Minha ingênua ilusão...
Sonhos navegantes
em ondas de emoção!...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor.

Foto de Henrique Fernandes

ESPÍRITO DO DAR

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Hora zero de uma noite fria, acalentada pelo brilho de enfeites luzidios que reflectem o piscar multicolor de lâmpadas vigorosas de sustentáculos cintilantes, como estrelas que iluminam a noite numa bonança que pernoita diante de um sublime manto branco de neve; todo pintado a gelo.
A alegria vagueia pelas ruas sem deixar pegadas, flutuando um silêncio interrompido por uma sinfonia de emoções, escutando melodias que tilintam no espaço e no ego o espírito do Dar!
Ao olhar através da vidraça que expunha a rua nessa noite, encontrava-a trajada de encantamento, como sucedia em todas as ruas, encontrei-a coberta por um costume de mil pigmentações em combinações de paz e concordância! Eu estava solitário, vigilante e submisso a este prodígio que a alma compreende, a qual nos transfere no bater do coração.
Ao ecoar a décima segunda badalada dessa noite gélida, escutei o ranger da minha porta e uma voz de silêncio que já havia ousado mostrar-se, proferiu à minha mente:
- Sou o Dar, esquecido pelos povos trezentos e sessenta dias por ano. Tenciono esta mácula desabafar.
Não sei se hipnotizado ou se havia enlouquecido, mas prescindi minha mão a regular-se pelo Dar e ortografei o seu desabafo descontente e tão penetrante, que se podia escutar o pesar que me ditava:
- Sou feto concebido no ventre do nosso carácter, sob a forma de um sentimento que dais à luz num costume de horas contadas num impar. Deveis decepar ao Dar o cordão umbilical, e deixá-lo coabitar menino a crescer em vós, dando-me voz todos os dias do ano.
Dar deambulava na minha alma à procura de se libertar, ou de juntar-se com o seu irmão - Receber - na aberta de uma consciência que soltamos numa comoção, que manifestamos quando dissolvidos na áurea Natalícia que nos transmuda a moral superabundante de uma indigência de asserção humana conquistada pela razão. Sem senão, o nosso ser quer partilhar o receber com o Dar.
Dar passou o tempo à janela do meu olhar, presente num estender a mão a quem não espera por nós e de nós carece como alimento à esperança, desaparecida na fome de contentamento, evacuada numa lágrima que inunda um rosto de solidão e esgotada num clamor mudo em demanda de paz.
Dar brinca no nosso sorriso quando sorrimos despretensiosos, intencionados a ajudar sem imodéstia, numa troca de emoções compartilhadas num pranto de alegria. Como suspiro de satisfação entregue por veneração a um fascínio natural sem ilusionismos ao obséquio de ser gente.
Dar é uma criança que se agiganta adulto nas nossas carências ou aptidões, de receber sem anseio o beijo do sorriso de uma criança, abrilhantado num olhar que agradece inocente a nossa melhor oferenda, agasalhada de quentura despretensiosa, dádiva de amor humano.
Dar está aceso em nós quando sabemos receber o Dar de alguém. O Dar não se dá, partilha-se cedendo o que recebemos: um olá num olhar sincero, a carícia de uma mão sem interesse, um beijo que não impõe retorno numa oferenda que não aguarda restituição, um sorriso de uma cooperação autêntica, um abraço que compreende a adversidade de qualquer um, o interiorizar uma palavra graciosa, o aceitar da incorrecção e imperfeição do comparável simples mortal…
De repente, acordo recheado de existência em mim sobre um papel manuscrito sem memória, e já o Sol da manhã me dava um benéfico dia. Sem saber se havia devaneado, sentia-me desconforme por algo que me havia alegrado o profundo do meu ser, soberbo pela mensagem do Dar.
Considerei estar demente, mas não. O espírito do Dar murmurou para mim. E lá estava eu, na vidraça, enxergando a minha rua trajada pela luminosidade de um Sol que fazia jus à concórdia de um mundo por sensibilizar.
Elevo-me em harmonia e entorno meu olhar lá para fora… Via -a agora guarnecida de crianças turbulentas de júbilo, arrojadas de uma glória, inábeis de ocultar a sua transparente e radiante felicidade.
- É o Dar! É o Dar! - Ouviu-se…

Foto de Henrique Fernandes

DIAS FELIZES

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Não modero o consumo de paixão ao pensar em ti
E corrijo todos os meus erros por te amar
Sou um poeta de muitas palavras relaxantes
Que fazem esquecer o homem normal que sou
Um homem sem truques a transbordar de amor
Não tenho segredos a proteger e deslizo livre
Como um pincel de tons luminosos numa tela
Sublimando o verniz da minha pura verdade
Que sem abusar de vaidade me orgulha o ego
Como pessoa entras no meu pensamento
Desferindo realces ao volume maravilhoso
De como é limpo o teu ser de mulher
Graciosamente irresistível renova o meu brilho
Em aromas que reflectem a minha personalidade
Que sobe ao altar dos teus detalhes de rainha
Embaixatriz dos meus sentimentos de amor
Indicando-me o caminho da vida com energia
Fazendo-me guardião de palavras de esperança
Que te falo aos olhos com o meu olhar terno
As tuas carícias são autoridade de felicidade
Uma boa colheita de recompensa não pedida
Ao abraçar-te sinto a harmonia da lealdade
Dos sentimentos que partilhamos e percorremos
Num vertigem de emoção e encantamento
Somos a legitimidade do que tem valor
Requintados para os nossos dias felizes

Foto de Senhora Morrison

Aonde quer que eu va

Aonde quer que eu vá...

Espectro a me vigiar
Sombra a me seguir
Onde quer que eu vá

Não consigo sequer
Desvencilhar o meu
O seu mundo, fantasia.

Tudo em seu controle
O vazio, o fracasso.
De apenas ser

A luta cessou
Entreguei minhas armas
Incessantemente cansada

Amar não quero
Isso nunca foi pra mim
Não posso respirar

Esta é a última vez
Que escrevo a ti
Numa tentativa, talvez.

De tudo mudar
Mas as escolhas
Não me pertencem

Presencio a glória
Em outras mãos
O encantamento é todo dela

A mim, nada sobrou.
Nada além dessa penumbra
A colorir minha vida

Você se foi
E eu fiquei não por opção.
Não por verdadeiramente querer

Por não ter forças
Por me fazer acreditar
Que não sou merecedora

De nada

Senhora Morrison
01/11/2006

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