Escritos

Foto de Homem Martinho

Poetisas da Lingua de Camões

POETISAS

Andando a procurar
Mulheres a escrever poesia
Fiz uma viagem de encantar
Por entre encanto e magia.

A poetisa Fernanda Carneiro
Êxtase e “Com você aprendi”.
Erotismo belo, nada brejeiro,
Como muito pouco já vi.

Aline Poeta “melhor é teu amor”;
Karine K. “Rogais por Ti”;
Pstella “Malagueta” e “Dor-Amor”;
Camillinha “Você já amou assim”.

Aninha Wagner “Não diga nada”;
Sandra Saraiva “Escuridão”;
Joana Darc Brasil “ Acorda-me na madrugada”;
NuzzyII “Meu erro” e “Solidão”.

Anandini “Falar com Você”;
Ângela lugo “Rosas Belas”;
É da mais bela poesia que se lê,
Poesia de poetisas singelas.

Anjinhainlove “Desejo Incompreendido”;
Cármen Lúcia “ Desfile das flores”;
Poemas lindos tenho lido,
Falam de partidas e chegadas, de amores.

Ceci_Poeta “Ausências”; Ivone L. “Quero”;
“ Você me assanha” da Crystina;
Poemas escritos com muito esmero
Por uma linda senhora ou menina.

Diana Pilatti “Sonho” e “Embebida”;
InSaNna “Singular” e Friiisson”;
Neryde “Vida, estrada comprida…”;
Escrevem o amor no mesmo tom.

“Lembranças de Ti” de Maria Goreti;
“Ouça quanto sinto saudades” de Thathá;
“Meu amor…” da poetisa Ivaneti;
É poesia do melhor que por aí há.

Neguinhavi “Conselhos apaixonados”
A série “Além do horizonte” Fernanda Queiroz
São como uma bendita fonte
Que nos sacia a sede a todos nós.

Um beijo grande para todas.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/04/20

Foto de Lou Poulit

Vida Longa aos Escritores!

Todo o meu trabalho artístico, artes plásticas e literatura, é o resultado de longos anos de um tipo de solidão pouco conhecida, docemente imposta pelo espírito da arte. Parece absurdo? Asseguro que não é. Se observarem bem, outras profissões também são muito solitárias.

O pescador que passa o dia e a noite no mar, por exemplo, só pode conversar com o próprio silêncio. Ninguém ouvirá a sua gargalhada, caso esteja alegre. Mas ninguém lhe dará um conselho ou amenizará os seus temores em momentos em que, pela própria solidão, o medo se apresenta concreto, tangível dentro dele. Todo pescador é solitário de alguma forma. Então compramos o fruto do seu esforço, sabendo que é saboroso e nutritivo. E por uma involuntária ironia, raramente o saboreamos sozinhos.

Quantas vezes entramos em um elevador, saímos e não nos lembramos de cumprimentar o ascensorista. Esse é um profissional solitário muito especial. Passa horas infindáveis em um espaço exíguo, por vezes lotado de pessoas que talvez não lhe escutassem, mesmo que mostrasse a elas o que existe no seu silêncio.

Creiam, não há tanta diferença assim no trabalho artístico. E por isso não se julgue o artista, mais que o seu trabalho. Há, entre a transitoriedade de tudo e a edificação de uma identidade artística (desde os seus alicerces conceituais e técnicos até o seu acervo propriamente) uma infindável e caudalosa sucessão de alegrias e tristezas profundas, de certezas frágeis e receios ferrenhos, que ele precisa amalgamar. Isso mesmo, é um amálgama. Todo artista é meio anjo e meio bruxo. Só que paga com a própria juventude a aquisição do seu arcabouço empírico, porque nenhum livro o daria.

Não vejo sentido útil em nenhuma arte egoísta. Nenhuma obra de arte, produto concreto da escuridão do seu autor, tem luz própria! Mas quando a escuridão do artista consegue tocar a do observador, usando a sua obra como veículo físico, aí a luz se faz... Não pela materialidade, ao contrário, pela sua expressão imaterial e subjetiva. O artista plástico trabalha recriando a luz física, muito especialmente os que trabalham sobre planos bi-dimensionais, como os pintores, mas é aquela luz, e não essa, que lhe alimenta a alma voraz.

Me perguntaram se são artistas os anjos-bruxos da arte escrita. Pode parecer um questionamento estúpido, mas tenho o hábito antigo de duvidar do que aparenta ser óbvio demais (antigo postulado dos ascetas da magia). A literatura é uma arte relativamente recente, porque prescindiu do estabelecimento (e, muito depois, da transmissão) de uma codificação gráfica, simbólica, que expressasse claramente as idéias para a posteridade.

Todas as artes expressam idéias, porém, muito antes do surgimento das instituições da justiça, os chefes sacerdotais desenvolveram, declararam sagrada e mantiveram em tumbas e labirintos as chaves da codificação. Vejam bem, embora tão no início, numa época de completo analfabetismo e desinformação, já percebiam aqueles senhores o imenso poder dos rabisquinhos nada caligráfricos que desenvolveram. Poder... Essa palavra tem tudo a ver com a história de sucessivas civilizações. Expressa uma idéia que tem amplitude máxima nas mãos do próprio Deus. Confunde-se com Ele.

Vejam que belo, a arte sempre surgiu como manifestação e meio de acesso ao divino. Ou seja, a escrita nasceu divina! Embora, inafortunadamente, tenha seduzido, por isso mesmo, a natureza egoísta e dominadora do homem. E mantida em cárcere, molestada por alguns privilegiados e seus favorecidos, durante muito tempo.

Vida longa aos poetas e escritores! Acabarão por entender que atribuir imortalidade ao seu amor, está muito além de constituir um mero lirismo. Hoje, a massificação da tecnologia multiplica esse poder, mas entenderão que há, mesmo no amor do menor dos poetas, um ideal divino de resgate. O poeta, esse tipo quixotesco não tem nada de louco, nem seu Rocinante é um pangaré inútil, nem sua Dulcinéia pode ser tão casta!

Sim, os escritores são artistas. Mas não o são como os outros artistas. Eles somatizam muito mais. Seus “eus” são de verdade, são muitos, e todos partilham o mesmo teto! Os escritos se vão, mas personagens ficam com todas as suas vicissitudes. São sacerdotes que sacrificam e são sacrificados, prostitutas que vendem sortilégios mas não compram a própria sorte, chegam a ser o céu de todas as suas estrelas e o mar que se esbate nos rochedos infindamente. Na sua escuridão dores e afagos, gritos e silêncios, sorrisos e lágrimas, não são vistos mas sentidos. Seus orgasmos são íngremes e sua paz pode ser um abismo insondável. Ora em sã penitência, ora uma orgia ambulante. Sempre sem testemunhas humanas.

Apenas os seus textos poderão ser vistos. Escolherão algumas palavras, para usar como uma larga estrada em direção ao seu âmago. Mas logo ela será uma picada pedregosa e um pouco além, não mais que rastros. No entanto, quando suas próprias escuridões forem tocadas, a luz se fará. E não será mais necessário seguir as palavras. Porque sendo elas plenamente compreendidas ou não, o messiânico destino do artista estará cumprido. Mais que isso: a luz da arte estará gravada na memória celular da posteridade e produzirá outras gerações. Ninguém mais julgará a sanidade do poeta... E dirão com muito mais lucidez: “Os poetas não morrem”.

Foto de rafaa

Receita para se esquecer um amor

Um dia uma amiga me perguntou:
- Rafa, como faço pra esquecer um amor?
Aquela pergunta merecia uma resposta, mais qual?
Como eu responderia uma pergunta pela qual eu também gostaria de saber a responta.
No supetão qualquer pessoa responderia:
- Esquecendo.
Mais como assim ¨esquecendo¨?
Esquecer não é olhar mais na cara, nem rabiscar o nome do caderninho e muito menos bloquear no msn.
Mais então o que é esquecer?
Como posso esquecer?
Dizem pra dar tempo ao tempo.
Mais quem é esse tal de tempo?
Onde será que ele mora que demora tanto pra chegar?
Então minha amiga ou seja lá quem quer que queira saber como esquecer um amor.
Você pode pega uma caneta, aquela bem coloridinha sabe, escrever o nome dele(a) em um papelzinho, bem fofinho.
Depois fazer uma fogueira minuscula igual aquela que toda menina fazia nas suas historinhas de Barbie, rasgar o papelzinho com o nome do dito cujo ou a dita assim como aqueles bilhetinhos escritos na sala de aula que você partia em 1000 pra ninguém descobrir que seu coração batia mais forte por aquele(a) garoto(a) da sua sala ou que você havia dado seu primeiro beijo e claro botar fogo, afinal pra que servem as fogueiras?
Você me pergunta:
- É essa a receita para se esquecer alguém?
Eu digo:
- Minha amiga, de nada adiantaria isso, não existe receita alguma para se esquecer alguém ;)
Faça isso, quem sabe assim o tal ¨tempo¨ não pega o avião e vem logo resolver seus problemas.

Foto de Danoninho

Pensar

Cada vez que tento esquecê-lo, vem em minha mente imagens demasiado fortes.
Começo então a lembrar de momentos....momentos em que por pouco tempo estivemos juntos.
Penso em nossas mãos que por tão poucas vezes se tocaram, mas o quão forte foi esse toque.
Carinho nos cabelos...ou simplesmente um olhar carinhoso ao ver o vento soprá-los.
Um beijo no rosto, as vezes em minha testa....e como eu gostava disso.
Rir do nada....chorar de tudo...
Um sorriso no canto da boca ao te ver...
Um sorriso escancarado ao notar que viu.
Um olá deslumbrado e um abraço apertado.
Meu coração acelera e deixo escapar um sorriso encabulado.
Foi em meio essas lembranças que percebi que não consigo te esquecer.
Acho também que não quero.
Foram poucos, mas foram especiais demais para serem jogados assim ao vento.
E ao jogar ao vento, assim, dessa maneira, não saberia onde eles iriam parar.
E se onde chegassem saberiam aproveitar e apreciar assim como eu os fiz.
Acho mesmo é que prefiro guardá-los comigo, ou deixá-los simplesmente escritos, para que assim, quem sabe um dia por uma pequena fallha de pensamentos eu possa refrescar minha memória aqui...
Relendo e relembrando cada instante, cada momento.
Cada toque alucinado e escondido.
Tomando sempre o devido cuidado para que esse amor continue assim em segredo.
Sem você nunca ter desconfiado que sempre te amei e amarei sozinha...
Prefiro que seja assim...vou me lembrar sempre...
Ou melhor, não esquecerei jamais...
Da mão que me tocou alucinadamente...
Da mão que tocou a minha mão.

Foto de Fernanda Queiroz

Como comecei a escrever - Fernando Sabino

Como comecei a escrever
Fernando Sabino

Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia lido, inventei para ela um fim diferente, que me parecia melhor. Resolvi então escrever as minhas próprias histórias.
Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre dos melhores em português e dos piores em matemática — o que, para mim, significava que eu tinha jeito para escritor.

Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio, especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o titulo "O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes". Eu tinha 12, 13 anos, e não pensava grande coisa, mas minha irmã Berenice me animava a concorrer, passando à máquina as minhas crônicas e mandando-as para o concurso. Mandava várias por semana, e era natural que volta e meia uma fosse premiada.

Passei a escrever contos policiais, influenciado pelas minhas leituras do gênero. Meu autor predileto era Edgar Wallace. Pouco depois passaria a viver sob a influência do livro mais sensacional que já li na minha vida, que foi o Winnetou de Karl May, cujas aventuras procurava imitar nos meus escritos.

A partir dos 14 anos comecei a escrever histórias "mais sérias", com pretensão literária. Muito me ajudou, neste início de carreira,ter aprendido datilografia na velha máquina Remington do escritório de meu pai. E a mania que passei a ter de estudar gramática e conhecer bem a língua me foi bastante útil.
Mas nada se pode comparar à ajuda que recebi nesta primeira fase dos escritores de minha terra Guilhermino César, João Etienne filho e Murilo Rubião -- e, um pouco mais tarde, de Marques Rebelo e Mário de Andrade, por ocasião da publicação do meu primeiro livro, aos 18 anos.

De tudo, o mais precioso à minha formação, todavia, talvez tenha sido a amizade que me ligou desde então e pela vida afora a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, tendo como inspiração comum o culto à Literatura.

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 4 - Crônicas", Editora Ática - São Paulo, 1980, pág. 8.

Foto de Marcelo Souza

Onde não temerei mal algum

Passos dados rumo a perdição
Mais ela não estaria só num papel, e sim bem próxima e real.
Como o precipício de braços abertos esperando por tal presente
Como o vento que te empurra rumo a tormenta
Como um nada em meio a todo sofrimento, tudo em meio a nada, que traz você.

Pedras ou rochas quem as dirá?
Espinhos e laços quem as dirá?
Sendo vida mero prêmio aos bondosos, ou parte indesejada da vitória dos que têm em suas vidas traços do mal.
Palavras entre tantas sombras e sombras de um tudo
Versos negros escritos com gotas de sangue sem sua cor escarlate
Feitos em meio à dor da solidão
Trevas que precedem a morte em meio a tudo isso
E tudo que me leva ou me levará
Tudo que se pode mencionar, um tudo que se resume em você.
Ao posto que era da irmã alegria, o que te devo doce tristeza, que cobrança tens com meu nome para tanto bater em minha porta. Que peça tão preciosa tua roubei para que tanto me visites, no que julgo ser tentativas de resgate. Que mar tão grosseiro, naveguei e deixei rastros de um tesouro amaldiçoado, para que tua cobiça te traga tantas vezes a mim. Dor ignóbil e dilacerante, tantas mazelas em meu coração, traços de morte anunciada, podes então me tragar, irmã morte, tomarei mesmo sem querer tua mão como minha noiva, pois quem desejo não terei tal sorte, não terei tamanhas chances em vida, de em vida transforma-la em realidade e não mais ser apenas um sonho, que sonhei.

Foto de Rosye

Tanta gente...

Tanta gente …
tanta gente que passa ali na calçada
tantos rostos sorrindo, outros que se apagam
tantos outros perdidos e encontrados
passeiam crianças que brincam
tanta gente …
ao longe que passa …
rostos diferentes, desolados e outros cativos
lindos e envergonhados
mimos de gente que sente
corações esquecidos …
perdidos no meio de tanta gente.

Tanta gente …
gente que tem sua história …
toda aquela gente que passa
gente que já foi graça
ricos hoje colados á vidraça
outros que pedem esmola
gente de barro que nunca foi á escola
e outros, doutores sem livros
surgidos de alguns papeis perdidos.

Tanta gente …
gente que passa pela calçada
presos nos versos que escrevo
acreditam ou não ser gente indiferente
outros tocam, cantam e gritam
sussurram no teu ouvido
escritos que agora canto
o sol de toda a gente
a sombra de quem merece.

Tanta gente …
gente que pensa que não tem cabeça
gente por aí perdida no vento
gente que é gente
crê numa vida diferente
gente que fala grosso
agressivos de corações feridos
comem caroço de alguém que oferece
gente muita gente tanta gente
que vive que tanto fala
mas não escuta o que está ouvindo
gente indiferente de costas voltadas
ditado que já foi dito
boca que entra mosquito.

Tanta gente …
vencedores e vencidos … pequenos humildes
despeitados por gente que não é gente
toda esta gente
filhos de um criador ausente
presos culpados ou inocentes
outros por aí que não acreditam
esperam um grão de milho
fazem-se passar por gente
no meio de tanta gente
pequenos vadios de orgulho ferido.

Tanta gente …
homens iguais são diferentes
cada um tem seu valor seu sentido
conforme aquilo que acreditam ser gente
e muita gente passa … tanta gente
como esta que vejo passar na calçada
senhoras com altos vestidos
de mãos atadas nos maridos
olhando o céu vazio
outros são meninos
assubiando, saltando, sorrindo
de mãos nos bolsos de ombros caídos
sacola ao ombro
caminham para a escola.

Tanta gente …
cavalheiros que fumam cachimbo
gente que é gente, tanta gente, por aí
que passa pela calçada
que pensa que é diferente
mas que no real sentido
é igual a tanta gente.

Autora: Rosye

Páginas

Subscrever Escritos

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma