Escuro

Foto de Arnault L. D.

Dolorosa

Minha alma anda tão triste
que apagou as luzes,
desligou o som.
Que buscou o canto da parede,
o chão do canto da parede
e ali se encolheu.

Respirando de pouquinho,
quase como esquecendo,
a chorar lágrimas mornas,
a engasgar de boca aberta.
Só querendo junto a luz,
apagar a dor.
Ou se fazer invisível,
inalcansável fim do mundo.

O chão do canto da parede
tem um quê de fim do mundo,
como o umbral de uma cova.

O corpo teso, cada músculo
queimando em estafa.
Testa vincada, pulmões travados,
olhos vazios de esperança,
olhos de naufrágio...
No canto escuro, no silêncio,
solitário, das almas doloridas.

Um grito fibrilante é o silêncio.

Foto de Arnault L. D.

Sombrio

Os galhos se esticam,
planta buscando a luz.
O claro é sua opção.
Vez, a ela, me propus.

Mas, os olhos ofuscados
e a pele a arder...
Quis ares enevoados.
O habitat do anoitecer.

Há flor que só abre no breu,
bichos que saem no escuro,
a mudez ama o ermo e eu
nele me sinto seguro...

Sem folhas, sou qual a raiz
no fincar-me ao submundo.
Sua natureza a prediz,
enterrar-se ao mais profundo.

Sinistro, soturno e frio,
olhar escuro, vermelho.
Vo’alma, morcego sombrio,
rumo a perder-se no espelho.

Na sombra, meus olhos abrem,
e ouço a canção do vento
chamando as folhas, que caem,
a dançar no esquecimento.

Foto de Leoni Cidral

Beleza

"Mulher dos Cabelos Cacheados,
Do Perfume Mais Suave e Adorável,
Onde Nenhuma Flor Pode Produzir,
Seu Maravilhoso Perfume.
Seus Olhos Lindos Castanhos- Escuro,
Brilham Mais Que a Pedra Mais Preciosa Do Mundo.
Sua Beleza é Incomparável,
Com Toda a Certeza és a Mais Bela.
Mulher Meiga e Dócil,
Mulher Forte e Guerreira,
Mulher... Mulher Minha,
Minha Amada Mulher".

Foto de Poetisa Cléo Alves - Orlândia

(A SUBLIMIDADE DA FÉ)

Prefiro ter sonhos quase impossíveis
Do que acreditar no óbvio
Prefiro o colorido imaginário
Do que o escuro absoluto
Prefiro voar sem asas
Do que tendo asas
Manter os pés no chão
Prefiro as coisas raras
Que vem da alma
Do que o ouro valioso dos homens
Pois tenho no sol o ouro que aquece
E no encanto de todas as coisas
A sublimidade da fé.

Autora: (Cléo Alves) Orlândia/SP
Respeite os direitos autorais

Foto de Allan Dayvidson

FUGITIVO

"Assistindo ao filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulin" me veio a idéia deste poema... Ele não tem explicitamente nada a ver com a história, mas basicamente fala da sensação de se um fugitivo que às vezes nos domina e nos impede de fazer o coisas importantes..."

FUGITIVO
=Allan Dayvidson=

Ele pôs os olhos em você,
mas os dois pés na estrada;
Ele corre feito um louco,
um vulto de jeans e camisa listrada;
Qualquer “olá” é um alerta, uma oferta, um perigo iminente;
Sua imaginação e curiosidade tem um caso estranho, criminoso e indecente...

Mas é só um garotinho assustado
que se move, balança e esquiva;
Sempre tão escorregadio e atento,
não importa quantas tentativas.

Detenham aquele fugitivo,
aquele eterno foragido
que está longe de chegar!
Peguem aquele forasteiro,
aquele pequeno encrenqueiro...
não o deixem escapar!

Mas tudo que ele diz,
cada palavra que se joga de seus lábios inseguros
parece um suicida sensacionalista
que curte mais o suspense que o próprio pulo.
O vento no rosto enxuga as lágrimas e tenta deixa-lo a salvo.
Ele morre de medo de dar mais tiros no escuro e ser de novo o próprio alvo.

E ele não aparece nos filmes,
comerciais ou programas de tv
Mas talvez mudando de antenas,
você ouvisse menos estática e mais o ele que tem a dizer.

“Meus medos falam, meus pés não param
e eu não faço idéia de onde vou chegar...
Só mais um pouco, é quase um jogo
e eu não vejo a hora de te deixar ganhar...
Não desanime, somos um time
e sei que só você pode me alcançar...
Pois.. é sua chance... é minha chance!
Por favor, me alcance”!!

Peguem este lábil forasteiro
de coração mochileiro
que não para de acelerar
Procura-se morto ou vivo
este adorável fugitivo...
Não o deixe escapar!
Vai lá...

Foto de CarmenCecilia

Lições poema

Lições...

Lições são...
Prima palavra de uma vida
A infância... A adolescência.
A maturidade em cadencia...
Clarividência!

Lições são...
A fantasia e o tormento...
O descobrir o momento...
Dedilhar emoções...
Ilusão e desilusão...

É o canto do cisne...
E também o acordar...
Falhar... E recomeçar...
Esboçar o futuro...
Sem medo do escuro...

É desdenhar...
É redesenhar...
Cada passagem...
Com coragem...

Florir o que está por vir...
Com um sorriso na espreita
Mesmo que de malas feitas...
É redescobrir... É colorir...
Brincar... Sonhar... Recomeçar...

E novamente tentar...
Passo a passo...
Como numa dança o compasso
E a felicidade alcançar...

Carmen Cecilia
08/05/2013

Foto de Cesar Jardim

Chuva

O dia lá fora é escuro,
Vejo os carros pela janela,
todos estão com pressa.

E apesar de querer estar com você,
apenas escuto o barulho da chuva.

O dia la fora está sombrio,
e mesmo assim ainda é um dia normal,
e eu preso no meu canto me sinto desigual.

E apesar de querer estar com você,
apenas escuto a chuva cair.

A noite se aproxima,
os faróis acesos e o tempo se arrasta,
A tempestade dentro do meu peito,
agora transborda em lágrimas.

Foto de Alexandre Montalvan

Pingos de Amor

No negro escuro da minha alma, vastidão!
Em fétidos charcos de catarros, lodaçais!
Pensamento imerso nesta grande podridão
Entre aves de rapina famintas, bestiais!

Triste este fim sem recomeço, sem perfume argentino
A essência das celas, entre feras e medo, sente o cheiro
Desta morte que rola na escada, neste imenso atoleiro
Este é o mar dos desatinos e das noites sem destino
Das eternas madrugadas.

As sombras se esgueiram nos caminhos
Coladas em suas burras negras perniciosas
Rebolos nas mãos e cobertas de espinhos
Naifas que ferem que sangram perigosas

Na morada do fogo que arde em meio ao inimigo
O passado me condena com a mão do insensato criador
De joelhos imploro o perdão deste amargo castigo
Neste mundo eu não tive nem um pingo de amor

Alexandre Montalvan

Foto de Arnault L. D.

Canção de amor

Você, raio de sol, cortando
o escuro da sombra no inverno;
um lusco de luz e calor;
é musica no ar soando;
compondo do silêncio, terno
pausar de um canto de amor.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Que traz do novo e do resgate,
decantando a turvidez se impor,
pura água, doce ao ser bebida,
e o banhar do pó que desate.
Livre sou, se fico é por dispor,
ato-me o viver a sua vida...

Tal à pipa, linha a ancorar,
me faz voar... sua mão, fia...
Pós as fronteiras do limite,
do lirismo que puder versar,
feliz desgasto-me em poesia:
Vela a flama; linha ao grafite.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Foto de Anderson Maciel

TRISTE CORAÇÃO

Em meu quarto escuro
Eu penso em como seria
Se eu partisse para outro mundo,
Para outra dimensão...

Onde talvez eu pudesse ser alegre
Sem mágoas e sofrimentos
Livre de flechas
Perfurando minha razão.

Talvez eu até consiga
Chegar a outro lugar
Tirando minha própria vida
Por já não aguentar
Tantas dores no coração. Anderson Poeta

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