Escuro

Foto de arletinha

Amanhã

O dia passa lentamente
tantas coisas a fazer,
tanto a dizer
mas tudo vai correndo
num relógio de pilhas fracas
apartir dessas horas
meu coração,
também bate compassado
bate com saudades,
lento e sonolento
como o dia
escuro e frio
uma vontade louca,
de deitar na minha cama
lembrar de voce
visualizar seu rosto,
tocar suas mãos
e ouvir siua voz
o tempo lento,
agora para .
vivendo as minhas recordações
uma alegria, vinda de voce
traz um sorriso
aos meus lábios
talvez voce não pense em mim
talvez suas lembranças sejam outras
ou quem sabe.
seja a distância...
não importa.
ainda sinto o gosto dos seus lábios,
ainda sinto o seu cheiro,
e sinto a força do seu olhar.
quase posso toca-lo
sentindo a sua presença
mas, aí eu acordo,
sabendo que ,
meu dia será mais feliz.

Foto de Coyotte Ribeiro

...

Não há porque escrever, se tenho de falar.
Porque falar se não tenho o que dizer?
O império noturno guarda em seu silêncio as más ações de homens sem face, sem honra, sem dignidade.
Humilhação é dada aos puros de alma.
Inocentemente morre a graça e não percebe a dor de minha alma.
Me sinto só neste abismo sem fim.
Aos gritos do meu sussuro ouço lamentos no escuro.
Assaltado a mão armada, com lanças e espadas. Me roubaram a alegria, transladaram minha vida.
O que há de ser dito?
Não! a morte não me espera pronto.
O vento é suave, mas é frio e implacável, mas o mar dará aos mortos o que nele há.
Da seputura se levantará minha coragem.
Do abismo farei sair o meu reforço.
Perco meu pescoço, mas não viverei de consolo!...
Não importa se morri ou se vivo estou.
Minha melhor vingança será o teu maior perdão!
Olhar de penitência será sua sentença.
Vida livre, morte digna!...

Foto de sidcleyjr

O caderno

O garoto magrelo de boas idéias,
Aquele privado da sociedade bruta
Aquele que ama seus rabiscos
E no escuro quarto murmura.
Pobre garoto que pensa mudar o mundo
Dizendo a verdade de tudo
Escrevendo a pura espinha do reflexo no espelho
E todo amor que consiste no peito.
Nenhuma lágrima o faz desistir
O argumento é o raciocínio
Que com ceda encapa o caderno do destino.
Amigos ficam preocupados
São poucos os preocupados
Poucos são amigos.
Seus heróis vivem morrendo e sobrevivendo,
Vilões rasgam suas falas e confundi-o
Virando a folha coloca-os em segundo plano
São muitos seus ideais.
O caderno cheio de folhas do passado
Declaração de amor
E batalhas conquistadas.
Seu brilho está nos olhos e nos dedos
Quando o coração bate mais forte,
Seus personagens voltam a trilhar
Suas ficções realistas
O seu modo de pensar.
O caderno o vento sopra
Abrindo e fechando
Para o poema acabar.

'Macro

Foto de Enise

Poeta

.
.
.
.

Nada no nada
Nada no tudo
Corre do nada
Nada no escuro

Observa
Sofre
Ama o que fomenta
Inventa uma dor

Navega sem leme
Sem vela
Aporta na lua
Faz do céu
Sua cela

Caminha entre farpas
Passeia nas nuvens
Esconde nas veias
O perfume das flores...

Enise
.

Foto de Civana

E o Rio de Janeiro continua... LINDO???

Havia postado esse texto anteriormente em 07/01/2008, resolvi editá-lo e reenviar, devido ao assunto "violência" ainda ser tão atual nos dias de hoje, infelizmente.

E o Rio de Janeiro continua... LINDO???

Acho que como todas as mães, estou sempre rezando e pedindo a Deus, e a todos os anjos e santos protetores que guiem os passos de meu filhote na rua. Mas infelizmente, existem aqueles que vivem no lado escuro, e insistem em cruzar nossos caminhos. Graças a Deus não aconteceu nada com ele, mas ainda não me refiz do susto. Meu filho chegou em casa um dia desses, e ao entrar no quarto estava sem camisa, o que me fez logo reclamar, pois estava muito frio e ele tem andado com infecção de garganta e ouvido constantes nessas férias. Achei que ele havia tirado a camisa ao entrar em casa, mas não, sentou na minha cama e falou que foi assaltado. Só então me dei conta da cara de assustado que ele estava, fiquei desesperada perguntando se o machucaram, tentando examiná-lo todo, imaginem a situação. Resumindo, ele não quis ficar até o fim da tal festa que foi, e como os amigos não queriam sair antes, resolveu vir sozinho pra casa. No ponto de ônibus, quatro rapazes o cercaram, perguntaram se tinha celular e dinheiro, ele respondeu que não, aí mandaram tirar a camisa. Depois teve que pedir ao motorista do ônibus pra deixar entrar sem camisa, pois foi assaltado, ainda bem que o motorista parou quando fez sinal. Enfim, já podem imaginar que fiquei passando mal, imaginando o medo, a vergonha e o frio que meu filho sentiu na rua. É assustador e insuportável conviver com essa violência aqui no Rio, saber que a adolescência do meu filho será marcada por essa fase (ainda acredito que isso é uma fase), é muito triste e desanimador.
Mas agora tento fazer com que ele não fique traumatizado, andou meio com medo de sair logo depois, mas já está bem agora. Só peço sempre que não reaja, se tiver que ficar nu na rua fique, mas não responda, nem reaja! E até deu pra rir depois, pois ele brincou comigo dizendo que falo isso, mas não foi o que fiz em uma das vezes em que fui assaltada. Eu respondi o velho ditado, "faça o que digo, mas não faça o que faço!”.

Resumindo o fato trágico, mas cômico do meu assalto.

Um belo dia de sol, após terminar as aulas, saí da faculdade, na Lagoa, fui pegar o ônibus de volta pra casa. Lembrando que antes já havia trabalhado, na época trabalhava meio expediente no aeroporto, de 05:30 as 09:30h. E pior, foi dia de pagamento e havia recebido, estava tudo na bolsa.
Voltando ao ônibus, que a louca aqui nunca deveria ter pego com tanto dinheiro na bolsa. Passei na roleta, pra variar estava cheio, e de repente senti uma mulher me imprensando e acabei reclamando, quando olho pra bolsa estava aberta, e sempre tenho cuidado de fechar após pagar a passagem. Mexi e vi que faltava a carteira, enquanto isso a tal mulher já estava pedindo pra parar o ônibus, dizia estar passando mal. Imediatamente gritei para o motorista fechar a porta porque ela havia me roubado, o que ele, por milagre de Cristo, atendeu na hora e continuou com o ônibus em movimento. Gente, não sei o que me deu na hora, comecei a andar pra frente do ônibus, o povo abrindo caminho e parei de frente pra ela. Dei tanto na cara da mulher, ela caia pra trás e o povo a empurrava pra frente pra apanhar mais. Isso com o ônibus voando na rua Nossa Sra de Copacabana, até que o motorista parou na esquina da Av. Princesa Isabel, onde havia uma viatura da polícia. Chamou os policiais, contou o que houve e nesse instante um rapaz já havia me devolvido a carteira que ela havia jogado no chão. O policial me pediu pra conferir a carteira, eu olhei, conferi, e ainda dei mais um tapa na cara dela na frente dele. Enlouqueci de vez, ainda bem que ele não ligou e arrancou a talzinha do ônibus.
Vocês pensam que acabou? Nada! Um rapaz me avisou que ela não estava sozinha, e o cara que estava me encarando lá da frente estava com ela, fiquei desesperada de medo, ele ia me seguir quando descesse. Mas dois homens, tipo armário duplex, me disseram para não ficar preocupada. Quando o ônibus chegou na Central do Brasil, como o tal cara não descia, os dois armários pegaram o cara pelos braços e desceram com ele a força do ônibus, dizendo "você não vai atrás da garota não, desce aqui com a gente". Cheguei em casa, contei para meus pais e irmãos, chorei muito pelo medo e principalmente por ter agredido alguém, mas depois até que isso rendeu umas boas gargalhadas ao lembrar do barraco no ônibus em movimento, em plena Nossa Sra de Copacabana.

(Publicado pela primeira vez, no meu antigo blog, em 27/07/2003...e nada mudou no RJ.)

(Civana)

Foto de arletinha

Pai

Estranhamente..
Eu passei a acordar, como no passado
Pensando em falar com meu Pai
Mas, numa fração de instantes
Volto a realidade
Meu Deus!
Eu estou tão fragilizada assim que,
me sentindo só,
meu inconsciente
procura a segurança do meu passado
Por que justamente agora
precisei ficar
totalmente sozinha
É muito difìcil para mim
ter consciência
que não tenho saída
E mostrar os segredos da minha vida
quando, minha história
fica melhor no escuro
onde se vê...
coisas tão horríveis
que nem se pode imaginar.
Pai. Sinto falta de voce!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"DESESPERANÇAS"

“DESESPERANÇAS”

È ano de eleição...
As promessas se avolumam...
Homens se transformam em Santos...
E as impunidades acumulam!!!

É um tal de eu vou fazer...
Junto com um acredite em mim...
Ninguém ousa a verdade dizer...
É cruel viver assim!!!

Homens sem um pingo de dignidade...
Decidem pelo nosso futuro...
O pior é que em todas as cidades...
O eleitor vota no escuro!!!

No silencio solitário das urnas...
A conivência com um golpe perfeito...
Assinamos uma procuração nua e crua...
Para que bandidos defendam nossos direitos!!!

DEMOcracia, a ciência do demônio...
Parlamentares corruptos...
Exterminam nossos sonhos!!!

Qual será o modelo perfeito...
Talvez a Anarquia...
Nela cada um faz sua parte direito...
Não é essa balburdia!!!

Este ano não vou votar...
Vou justificar em outra localidade...
Não quero ter o desprazer de corroborar...
Com tamanha imoralidade!!!

Foto de Sonia Delsin

LUZ CINTILANTE

LUZ CINTILANTE

No meu quarto escuro de repente uma luz apareceu.
Pensei.
Amanheceu?
Olhei a hora no rádio-relógio.
Duas da matina.
Que claridade é esta?
Entrou pela fresta?
Ó não!
Então deixei a luz me invadir.
Comecei a sorrir.
Entendi.
Alguém esteve aqui.
Me visitando na madrugada fria.
Veio me trazer alento.
Alegria.
Pra acabar com a escuridão, com a minha solidão alguém acendeu uma luz sem apertar um botão.
Meu paizinho do coração.

Foto de lialins

Dia a dia

Você pode acordar um dia e ao tentar ver o nasce do sol, não conseguir por que tudo do seu lado esta escuro e nublado, mas você não precisa se desesperar porque certamente haverá muito mais dias que ao nascer do sol você sentira uma alegria enorme de ver mais um belo dia chegar...

Foto de Carmen Vervloet

O TEMPO

O TEMPO

Parei o relógio na intenção
de parar o tempo.
Mas o tempo não parou.
E diferente do vento
que vai e volta,
faz reviravoltas,
o tempo segue sempre em frente.
Na mesma direção,
sem interrupção.
Acelerado, calado,
como um Deus alado
deixando apenas alguns sinais
em nós mortais!
Um fio de cabelo branco,
uma estria no flanco,
uma ruga na face
e num impasse
deixa-nos acabrunhados,
pensativos, desolados,
em nossa fragilidade,
acelera nossa idade!
E com rapidez leva nossa vida!
Um fluxo para o futuro,
um espaço escuro
coberto por um véu
que encobre o utópico céu
criado por nossa imaginação!
Tempo imparcial!
Não distingue credencial
Passa para todos na mesma cadência
sem temer conseqüências!
Poderoso na sua preponderância,
isento de tolerância!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

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