Espaço

Foto de William Contraponto

Sem Pensar

Eu me entreguei sem pensar
já sabia que valia a pena arriscar
Uma paixão assim diferente desperta na gente
a emoção que é se lançar ao fogo
sem medo do mesmo queimar

O apartarmento que era tão grande
agora já é tão pequeno
o veneno do nosso atrevimento
esta por todo canto
e toma o espaço inteiro

Esses dias não são mais comuns
Depois do bar, do vinho e da viagem
Um louco olhar vem surgindo
Convite aberto a alguns segredos
Serem novamente bem vindos

Mas o que nos importa é a energia...
e magia compartilhar
pelo resto da noite saudando os deuses
com mantras suspeitos de amar

Foto de William Contraponto

Sem Pensar

Eu me entreguei sem pensar
já sabia que valia a pena arriscar
Uma paixão assim diferente desperta na gente
a emoção que é se lançar ao fogo
sem medo do mesmo queimar

O apartarmento que era tão grande
agora já é tão pequeno
o veneno do nosso atrevimento
esta por todo canto
e toma o espaço inteiro

Esses dias não são mais comuns
Depois do bar, do vinho e da viagem
Um louco olhar vem surgindo
Convite aberto a alguns segredos
Serem novamente bem vindos

Mas o que nos importa é a energia...
e magia compartilhar
pelo resto da noite saudando os deuses
com mantras suspeitos de amar

Foto de Lucianeapv

CAMINHANDO NAS ESTRELAS

CAMINHANDO NAS ESTRELAS
(Luciane A. Vieira – 12/05/2012 – 12:35h)

Caminhando no espaço infinito,
Tocando as estrelas
Nas asas de meu pensamento,
Solto o tempo e imprimo o vento,
Abro meu grito e abafo meus sentidos,
No ilimitado bater de minhas asas
Plácidas e tranquilas,
Esquecendo todo limite
E me embrenhando na alturas
De meus sentimentos convulsos,
Tão escondidos.
Apelo aos céus
E me espanto
Quando sinto estranhas vozes
A suplicar por paz
Em sons indistintos
No véu aberto
De todo o infinito...
Abri o meu peito
Calei minha voz
Abafei um soluço
E abracei o universo...
Só agora sei qual é
Meu verdadeiro caminho...

Foto de Carmen Lúcia

Momento único (para minha mãe)

Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora!

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Foto de Otávio Gomes

Lembranças ao vento dançante


Esparge, a lua, num brilho sem luz
No anoitecer do inverno, as folhas de uma Ipê rosa em dança,
Onde sintilante o vento, a dama árvore conduz
O vento sou eu te guiando no passado da lembrança

A lua te ilumina em pequenos feichos,
E na grama brinca, por sua sempre criança,
Em teu sorriso me envolvo e vos brinco
Tu se solta aos suspiros irradia confiança.

Paira o anjo, de leve em meu ombro
Como o cisne se movimenta com exatidão
Abre tuas exuberantes asas ao espaço longo
A Ponta dos pés se esticam com tamanha perfeição

Eu senti o talento de tu minha luz de aurora,
Da minha criança bela, mulher querida,
Carregada pela doce inocência da sua história,
Que os ventos trouxeram para ser minha, por toda minha vida.

By: Otávio Gomes

Foto de Marilene Anacleto

Para as Mães

Para as mães deste espaço
Que partilham comigo
O eu alegre e o sofredor,
Muitas bênçãos e luz
Um abraço envolvedor
Da Presença Divina
E do Seu Puro Amor.

Foto de Carmen Lúcia

Amor de mãe(dor sem nome)

No peito, o coração chora...
Em silêncio emite uma oração
levada a todos os cantos
pelo poder da emoção
que transcende o limite das horas,
do tempo, do espaço, do cansaço...
O limite de si mesmo.
Prostra-se ao chão
em sublime submissão,
em forma de cruz, simbolizando Maria,
Jesus!
Há muito o ritual é executado,
desde o dia em que ele fora levado.

Chora sem lágrimas...
O pranto secou
sem estancar a dor que ficou
e sangra a saudade infinita que arde,
queima, persiste, invade.
De joelhos, implora...
Senhor, traz meu filho agora!
O vazio instalado na alma a escora,
o colo que o acalantava ainda balança,
no regaço ainda envolve num abraço, a criança,
que mesmo crescida, sempre o será,
que não estando aqui, sempre estará.
E a voz entoa a velha cantiga de ninar...

Olha para o céu...
A última estrela ainda não se apagou.
Seria um sinal de que ele voltou?
Seria o filho, a estrela que ali se postou?
Transmuta-se para lá
seguindo aquele brilho a lhe guiar.
Amanhece o dia, desfaz-se a magia...
E a dor( sem nome) ocupa seu lugar.

(Carmen Lúcia)

Foto de Lucianeapv

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO
(Luciane A. Vieira – 25/04/2012 – 14:01h)

Discriminação, sob qualquer forma, é terrível na vida de um ser humano!
A sociedade em si trata todos aqueles ‘diferentes’ segundo seus parcos e denegridos conceitos com tal desprezo fortuito, fazendo seres humanos com tudo para ser considerados normais passem a se sentir “peixes fora d’água” quando o assunto é “ser rico”, “ser pobre”, “ser gordo”, “ser magro”, etc.
Lembro-me, há alguns anos, quando minha irmã caçula chegou em casa chateada e triste pelo que ouviu de nossa prima (apenas 20 dias mais jovem) uma frase que mudou, de certa forma, toda sua vida. Na época elas deveriam ter, mais ou menos, 14 anos.
Um colega, vendo-as juntas, perguntou se eram gêmeas, devido ao fato de se parecerem tanto (ambas eram bem clarinhas, olhos claros – uma azuis e a outra verdes – cabelos loiros e cacheados, mesma altura etc), ao que nossa prima riu e debochou nos seguintes termos:
- “Não... Eu sou a prima rica e ela a prima pobre...” – e zombou de minha irmã.
A partir daí nunca mais as vi juntas...
Isso só veio à minha cabeça por ter sido um tipo de discriminação que achei injusto para com minha irmã, na época, e porque marcou, de certa forma, nossa vida e a maneira de vermos o mundo.
Na época em que fui criança, não era “crime” ser “gorduchinha”, nem se era, claramente, marginalizado pelos coleguinhas de escola...
Mas naqueles tempos gastávamos energia sempre...
Nossas brincadeiras não eram frente à TV, com o vídeo game, nem frente a uma fria tela de computador...
Não...
Naquela época brincávamos de pular corda, soltar pipa, procurar girinos em córregos (perto de minha casa tinha uma mina e um pequeno córrego...), amarelinha, passar anel, carimbada, bicicleta, pique de esconder, e tantas outras brincadeiras sãs, que nossos pais não precisavam ficar se preocupando em levar-nos ao médico todos os dias e nem regrar em nossa alimentação...
A vida era uma festa...
Acreditem: podíamos brincar de bicicleta nas ruas próximas de nossas casas sem ninguém para nos vigiar, pois nossos pais confiavam na obediência dos filhos que tinham e nos olhos da família, vizinhos e amigos existentes nas redondezas para cuidar discretamente de seus filhos de maneira sã.
Mas aqueles tempos acabaram...
Hoje em dia não se pode confiar mais nem mesmo nos pais que se tem... quanto mais em família, vizinhos e amigos...
Hoje em dia também não se pode confiar na qualidade da comida que se ingere, pois tudo contém conservantes, hormônios, estabilizantes, aromatizantes, e tantos “antes” mais ali adicionados fazendo a comida ter sabores melhores (embora não naturais) e fazendo nosso paladar se esquecer da simplicidade de alguns anos atrás...
Hoje em dia nem mesmo o leite é leite... Eu já me esqueci do sabor que tem o verdadeiro leite... Antes eu até cheguei a tomar leite tirado na hora, em uma caneca, de uma vaquinha, na fazenda de primos onde íamos sempre...
Hoje em dia não podemos chegar em uma fazenda e bebermos leite puro tirado diretamente do úbere de uma vaquinha... pois é considerado anti higiênico...
E com isto veio a epidemia de obesos em todo o mundo...
Sim, pois afinal não há mais segurança para nossas crianças brincarem... não há mais espaço para comidas realmente saudáveis... não há mais lugar para se viver com equilíbrio neste mundo globalizado...
Antigamente eu sabia que existiam outros países porque estudava sobre eles, mas eles eram distantes a todos... mas hoje em dia estes mesmos países estão dentro de nossas casas, atrapalhando a vida em nosso país, com suas crises mil, tentando despedaçar e fragilizar o nosso “pedacinho’ de mundo... E olha que a crise é deles e os discriminados somos nós... pois somos, ainda, considerados “selvagens” de terceiro mundo...
Em um breve resumo, somos discriminados por:
- sermos gordos ou magérrimos
- sermos tristes ou alegres
- sermos altos ou baixos
- sermos feios (os belos nunca são discriminados...)
- sermos pobres (ricos nunca o são... hehehe...)
- sermos muito fortes ou muito frágeis
- sermos emocionais ou rígidos
- sermos brancos ou negros ou amarelos ou pardos... etc...
Enfim: tudo leva à discriminação do ser humano... bastando, para isto, que este ser seja vivo e tenha sentimentos...
Poderemos, em alguma época futura, sermos apenas humanos???

Foto de Carmen Vervloet

Anjos sem Asas

Nascemos anjos,
à medida que crescemos
absorvemos conceitos
e preconceitos,
cresce a razão...
E a dimensão do corte das asas...
Por um tempo ainda
somos Anjos com pequenas asas,
sonhadores insistentes,
contra mentiras,
contra injustiças, contra o mal!
Mas sobreviver é preciso!
Somos mortais indecisos,
imprecisos, imperfeitos, anuentes,
ausentes, indulgentes,
carentes, viventes, duais!
As injustiças sociais, a descrença,
o desamor, a desilusão, a mesmice,
a falta de espaço
amputam de vez nossas asas.
Inertes... machucados, sangrando
já não podemos voar...
Pés colados ao chão,
transigentes,
somos arrastados pela procissão
onde o santo carregado no andor
é o “santo poder dos influentes”
cego, surdo, mudo,
“santo do pau oco!”
A nós só cabe dizer amém
ou então
usar o voto como arma
e em união vencer a guerra
contra a corrupção,
ferir mortalmente este
“santo” hipócrita,
que nada entende de sonhos
e que nós faz desistir dos vôos
além da rotina da sobrevivência.

Foto de Alexandre Montalvan

Beije minha boca

Quantas cinzas deixei no chão
Marcadas com força pelo fogo
Escrita a ferro neste espaço
Expulsas de um pobre coração

Que estranho vazio me toca
Serão as marcas do passado
Palavras saem de uma boca
Ou antes, um quadro pintado

Porque olhas deste jeito
O teu doce é minha seiva
Você não é minha sereia
Eu não sei quem você é

Se tens o fel da verdade
Mostre-me a fria realidade
Abraça-me forte sem maldades
E depois beije minha boca
Antes que os vermes a devorem
Alexandre

Páginas

Subscrever Espaço

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma