Espera

Foto de Sirlei Passolongo

O amor que sonhei

.
Sonhei um amor leve
feito brumas
um amor calmo
qual o movimento
das dunas

um amor perfumado
feito uma romã
um amor singelo
como a luz da manhã...

Sonhei...
Um amor de verdade
Unindo duas metades
onde almas se encontram
não um amor de mentiras
onde a espera é vã.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Teresa Cordioli

O beijo da Flor...

Teresa Cordioli

.
.
És apenas, mais um solitário beija-flor
Que entre brumas e folhas, faz seu ninho!
De todos ele se esconde, menos do amor
Este que o acompanha, não o deixa sozinho

Com carinho, espera seu grande amor
Que não chega só, em seu bico fios de linho
Para transformar as noites frias em calor
Nas mãos, trás apenas: liberdade e carinho

Cumprindo o destino, os dois se conhecem
Em pleno inverno, os corações se aquecem
Entre o Beija-flor e a Rosa o amor fortalece

Enquanto no ninho, o fio de linho ela tece
Ele pensa no amor este que hora lhe apetece
Ao beijar a Flor, o verdadeiro amor acontece

Foto de Teresa Cordioli

EU SÓ SEI TE AMAR...

EU SÓ SEI TE AMAR...

(Teresa Cordioli)

Abro a janela e vejo que o sol nasce,
É de manhã.
Os pássaros cantam um novo dia,
E voam o vôo da liberdade.
O sol brilha...e o tempo passa.
As flores desabrocham
Enfeitando todo o lugar.
Anoitece, a lua dsponta no horizonte,
E as estrelas brilham.
E aqui meu coração ainda te espera...AMOR...
Nada, nem a natureza tão bela,
O ar,
O sol,
Os pássaros,
A lua,
As flores,
O vento,
As estrelas
Preenchem espaço que é teu em mim...
Anjo meu,
este espaço é só teu
Sei que estás em algum lugar
Me esperando.
Então "te aguardo em mim". Volta...
Vem me buscar...
A solidão dói em meu peito
Não tem outro jeito:
Eu só sei te amar...

Foto de Teresa Cordioli

Na estrada da vida

Na estrada da vida
(Teresa Cordioli)

Corri por entre ruas e alamedas
Cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador...
Viajei pelas veredas das emoções,
Ao deixar para traz:
Teus carinhos, teus abraços,
Tuas palavras.

E, na corrida da estrada da vida,
Não ouvi meus passos e não vi meus rastros,
Atravessei pontes,
Cruzei fronteiras, pulei precipícios.
Fechei os olhos diante do perigo,
Estava eu tão só, que chorei e que sorri.

A chuva de minhas lagrimas,
Molhavam meus cabelos que dançavam com o vento...
Minhas únicas companhias eram os pássaros,
Que em seus vôos perdiam suas penas ao vento.
E cantavam enquanto eu chorava.

Fiquei parada pensando:
Por que estava eu ali... Ali, tão só....

Neste momento lembrei-me do teu olhar....
Ah, o teu olhar! Este desnudava meu corpo!
Teus beijos, teu cheiro, tudo ficou lá..
Ficaram lá na esquina.
Pedi socorro,
Mas meu grito se perdia num grande eco,
Onde ninguém me ouvia...

Adormeci, deitada em folhas secas
E nos meus sonhos derramei, a minha saudade...
Foi uma espera de muita dor
Porque se eu voltasse, saberia que não estaria,
A me esperar.

Pássaro, cante, cante, cante para eu te ouvir.
Quero ouvir teu canto,
Nesta espera do nada..
Pássaro, voe, voe bem alto e diga a ele:
“ela ainda te ama”

Foto de carlosmustang

"""AOS GUERREIROS QUE ACREDITAM NO AMOR VERDADEIRO"""

Por quê apareceste em minha janela, docê Dulcinéia?!!!
Esse cavaleiro errante, com seu cavalo seguia adiante
Quando avistou tão nobre dama!!!
O seu sorriso inflaiu, todo seu desejo, contido, durante tão longa viagem!

E esse cavaleiro livre, não pode seguir, junto aos outros nomades cavaleiros.
Ficou encantado com tão linda donzela, que o olhou pela janela
E o fisgou pelo coração!
"Maldita paixão não correspondida, nobre fidalgo"

Sua vida está destruida, não tem vontade mais...
De ve vestir novamente a armadura
E voltar para a batalha dura
De fiel desbravador do REI!

"Oh cavaleiro, onde andou esse tempo inteiro
Vamos embora companheiro, você não é aos pés dessa dama
O homem que ela ama
Não vê que ela é uma nobre dama?!"

O cavaleiro levantou-se, de novo com ar de guereiro
"Deixa ela companheiro, ela não dá valor a um homem verdadeiro
Pobre coitada!!! Será somente mais uma, nas mãos de um galeanteador da corte!
E daqui muitos anos a frente, seu coração lembrara-se da sua apaixonada feiçao"

VAMOS GUERREIRO!!!Mais batalha nos espera!

Foto de all_nites

qual o sentido de tudo isto???

Qual o sentido de tudo isto?
Acordei esta manhã com este estranho pensamento. Abri os olhos a pensar em algo que torturava a minha cabeça ao longo dos tempos. Essa pergunta impertinente não me largava e tudo o que eu queria fazer, era despachar-me para ir para escola. Tanto ela me chateava que decidi, por fim, sentar-me na cama desarrumada e pensar sobre o assunto.
Tudo o que estava a pensar tinha a ver com o sonho que tinha tido. As imagens e os filmes do meu subconsciente passavam rapidamente na minha cabeça e sem problemas, consegui finalmente, perceber a base de tudo isto. Como é que tudo se formou?
É claro que segundo a ciência, a vida formou-se na Terra, devido a condições favoráveis, ou seja, os quatro elementos criaram uma situação estável de forma a permitir a formação de aglomerados moleculares, células e por fim seres vivos.
Mas a minha pergunta não ia para tão perto, ela ia ainda mais para longe. Os animais formaram-se através das células, as células formaram-se a partir de moléculas, as moléculas provêm dos átomos e então, “DE ONDE VÊM OS ÁTOMOS?”.
Finalmente! Tinha conseguido achar a pergunta. Mas faltava o mais importante, a resposta. Ninguém sabia a resposta. Desde daquele tipo de pessoas fúteis, que não se interessam por nada e só querem viver as suas vidas segundo o padrão social, até aqueles grandes cientistas e filósofos, mentes brilhantes que atravessam a vida pelos caminhos mais difíceis e mais sabedores, como Platão, Newton ou Da Vinci, não têm uma resposta certa quanto a essa resposta.
Bem, o certo é que, depois de tudo isto, tive que me despachar a vestir e a comer para não chegar tarde à escola.
O dia foi interessante. Era uma Quarta-feira e por isso as únicas disciplinas que tinha eram Educação Física, Filosofia e Matemática.
Em Educação Física, a minha turma teve a jogar Softbol (parecido com o basebol mas com uma bola de ginásio) e consegui fazer um Home-run.
Em Filosofia, teve-se a falar da ciência, um tema porreiro quanto a mim, e o professor deu-nos um trabalho para fazer ao longo do terceiro periodo. O que nós tinhamos de fazer era criar um texto em que se falasse dos limites da ciência, segundo a nossa opinião e não com ideias retiradas de outros lugares.
Eu já tinha um tema acerca do trabalho.
Durante as férias da Páscoa, eu surgi com uma teoria acerca da viagem inter-espacial. Falei com os meus amigos, João Jalé e Rui Gamboa e todos concordámos em realizar essa experiência. Essa ideia consistia em comparar a massa e a carga de um átomo de modo a construir um modelo semelhante a essa partícula, mas em tamanho real.
Toda a experiência foi projectada. O modelo foi desenhado e os objectos eram de fácil acesso mas, o pior foi os cálculos. Segundo um átomo de hidrogénio (que é o mais leve de todos os elementos), para construir um sistema de massa 5g a energia necessária para fazer a carica viajar no espaço, não era nem mais nem menos, do que 2 x 1013 volts. Bem isso era um bocado díficil de atingir e por isso esquecemos essa ideia.
Mas agora podia falar dela no trabalho.
Cheguei a casa, coloquei-me em frente ao monitor e fui buscar toda a informação que possuia da experiência. Retirei os textos que explicavam a actividade, os gráficos e esboços do projecto e comecei a escrever um texto, a expôr a minha ideia.
Demorei pouco tempo a fazer o trabalho pois já tinha muita informação.

O período passou num instante. Faltava poucas semanas para terminar as aulas e o prazo de entregas dos trabalhos para Filosofia era hoje. Apesar de ter uma semana para entregar, só me tinha lembrado de trazer o trabalho para a escola no último dia.
Entreguei o trabalho ao professor assim como os outros alunos e expliquei ao Jalé e ao Rui o que tinha escrito. Eles disseram que segui um bom exemplo para o trabalho e que era boa propaganda da ideia.
Tocou para saída, arrumei o material e juntamente com os meus colegas saímos da sala em direcção ao átrio da escola. Encontrei a Diana, a minha namorada e cumprimentei-a com um beijo doce.
O intervalo era de quinze minutos e por isso não valeu a pena sair da escola. Quando estava quase a tocar para a entrada, um certo indivíduo colocou-se à minha frente era o meu professor de Filosofia.
- Podes vir comigo ali fora para eu te apresentar uma pessoa? – perguntou-me ele apontando para a saída.
- Claro, tudo bem. Diana, já vai tocar, podias ir já para a aula.
- Está bem. – respondeu ela dirigindo-se para as escadas que levavam às salas de aula.
Acompanhei o professor até à saída da escola e junto ao passeio, estava a estacionar, um Mercedes SLK 600. Um senhor de fato saiu do carro e dirigiu-se a nós.
- Bom tarde, doutor.
Apertaram as mãos após o senhor também cumprimentar o professor.
- Doutor, este é o Bruno. – começou ele. – Tiago, este é o Doutor José Cunha, ele é o responsável por um laboratório situado perto daqui.
- Olá. – disse eu apertando a mão ao Dr. José.
- Olá. Então és tu o génio que deu asas a esta ideia? – perguntou ele.
- Qual ideia?
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço.
- Hã... Sim fui eu. – disse eu embaraçado.
- Estou espantado! Onde arranjaste tal ideia?
- O meu pai tem um livro antigo e nesse livro está a falar de um experiência Top Secret, que não se sabe se existiu ou não, chamada Philadelphia Experiment, a Experiência do Filadélfia.
Então eu lá falei durante minutos sobre a tal experiência que a marinha norte-americana tinha feito durante a segunda guerra mundial, eles tinham conseguido, sem se saber como, fazer desaparecer um navio em alto-mar e fazê-lo aparecer numa baía. A marinha negou tudo mas houve muitas testemunhas. Após ler aquilo fiquei curioso e pus-me a pensar sobre o assunto. Tanto pensei que, por fim, veio-me à cabeça uma ideia: qual é uma das únicas coisas instantâneas no mundo? A passagem de nível electrónico dos electrões para a camada seguinte. Segundo a química, quando um átomo recebe demasiada energia, os electrões ficam excitados e por isso passam instantaneamente para uma camada electrónica superior. Fiquei com esta ideia na cabeça mas foi logo substituída por outra, e se desse para criar um modelo com as semelhanças de um átomo mas numa escala real. Pensei mesmo muito nisso, fiz textos sobre isso, desenhei projectos, fiz tudo, inclusive os cálculos que estragaram tudo, pois era preciso uma carga de 2 x 1013 volts para o objecto de 5 g passar para o nível seguinte e viajar no espaço, e por isso desisti do projecto porque com uma energia dessas, mesmo que fosse possível criar, poderia fazer estragos com tamanha carga, como no caso dos trovões.
Acabei de explicar tudo e reparei que ambos olhavam para mim fixamente.
- Espectáculo! – disse o doutor. – Há anos que tento arranjar alguma forma de viajar no espaço e tu conseguiste primeiro que eu. Queres juntar- -te à minha equipa?
- Uau! Seria um prazer. Quando?
- Sei lá, talvez nas férias.

Falámos por mais uns momentos, mas já eram três e meia e tinha que apanhar o autocarro. Dei o meu contacto ao Dr. Cunha e despedi-me.
Ia a caminho de casa, no passeio junto à estrada e uma criança ia à minha frente a andar também, mas mais devagar. Acelerei o passo para a passar ao lado da menina e quando passei por ela, uma voz fina dirigiu-se a mim.
- Não o faças! – disse a menina com um ar triste. – Por favor, não estragues o mundo!
- Não faço o quê? – disse eu espantado pela reacção da criança.
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço. – disse a menina levantando a cabeça e mostrando os seus olhos azuis brilhantes.
Fiquei paralizado, como é que ela podia saber? Não contei a ninguém, a não ser ao Jalé, ao Rui, à Diana, ao professor e ao doutor. Eles não iam espalhar isso por aí e mesmo assim, como é que uma miudinha conseguia perceber isso?
A criança virou-se e começou a caminhar para o lado contrário.
- Espera aí! Como te chamas? – perguntei eu acompanhando, por momentos, a menina.
- Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado. – disse ela olhando de relance para mim. – E não me sigas. Adeus pa....
- Adeus quê? – disse eu gritando para ela já ao longe.
Ela não respondeu. Começou a correu e virou para uma rua escondida. Durante minutos fiquei ali parado espantado pela situação.
Cheguei a casa lentamente a pensar sobre este estranho episódio. Entrei em casa, abri a porta para os cães irem à rua, abri os estores da sala e deitei-me no sofá. Estava muito cansado e custava manter os olhos abertos. Tudo se escureceu e por fim adormeci.

Acordei agitadamente, saltando do sofá violentamente e caindo para o chão. Olhei para o telemóvel, eram seis e vinte e tinha uma chamada da minha mãe.
Sentei-me no sofá e levei as mãos à cabeça, tinha tido um sonho horrível, o fim do mundo. Tinha sonhado que a terceira guerra mundial tinha rebentado devido a uma associação criminosa que usava a minha teoria para tudo o que era mau. Roubar, infiltrar e até matar. Parecia tudo tão real.
Finalmente tinha compreendido o que queria dizer a rapariga sobre o estragar do mundo. Finalmente tinha percebido que, se calhar a minha teoria não era assim tão boa como tinha pensado. Possivelmente era mais negativa do que positiva. Era boa como transporte rápido de pessoas e mercadorias mas era mau devido aos assaltantes e associações criminosas que eram facilitados no seu trabalho devido a esse transporte.
Estava decidido! Ia esquecer tudo. Era difícil mas era o melhor. Tinha que pôr tudo nas costas. Tinha que dizer ao Rui e ao Jalé o que se tinha passado e explicar ao meu professor e ao doutor a minha opinião.

Na sexta-feira, dirigi-me ao professor de filosofia que estava na sala dos professores e expliquei-lhe tudo certinho e o mais directo possível. Após acabar a explicação, o professor com uma cara de desânimo virou-se para mim.
- Tens razão. – disse ele. – Também já tinha pensado nisso.
- Então quer dizer que o professor me apoia nessa escolha.
- Claro que te apoio. Foste tu que criaste isto e és tu que tens a escolha de desistir do projecto. – disse ele pondo o braço a minha volta. – O Dr José é que vai ficar muito desiludido.

O professor voltou a chamar o doutor e eu expliquei a situação toda outra vez.
- Tens a certeza que queres fazer isso? – perguntou o doutor.
- Tenho, muita certeza.
- Que pena! Era uma grande oportunidade para seres famoso. Pelos vistos afinal vou ser só eu o famoso.
- O que quer dizer com isso? – perguntou o professor.
- Bem, já que ele não quer levar o projecto avante e como já tenho conhecimento acerca da teoria, levo eu isto para a frente.
- Não pode fazer isso! A ideia é minha e para além disso você vai provocar muita alteração no mundo. – gritei irritado com a atitude.
- Está bem! Quando me mostrares o Pai Natal, eu acredito no teu sonho.
Ele dirigiu-se para o carro e foi-se embora em grande velocidade.
- O que se pode fazer para evitar? – perguntei ao professor.
- Nada! Tu não patentiaste a ideia logo ele pode usá-la à vontade.
- Onde fica o laboratório dele?
- Fica no Bombarral. – disse o professor.
- O professor tem carro? – perguntei insistindo numa hipótese.
- Tenho.
- Então vamos fazer-lhe uma visitinha. – disse olhando para ele à espera de resposta.
O professor pensou durante momentos, até que por fim concordou comigo. Entrámos dentro do carro dele e fomos rapidamente até ao Bombarral.

Quando chegámos ao laboratório, este não era nem mais nem menos do que uma fábrica velha de tijolo.
- É aqui? – perguntei.
- É. – disse o professor. – Ele usa o laboratório debaixo da fábrica.
Entrámos dentro da fábrica e fomos dar a uma porta que necessitava de uma palavra-chave. O professor digitou uma combinação de números, a porta abriu-se e um elevador levou-nos para baixo.
Descemos poucos metros e quando a porta se abriu fiquei paralizado de novo. Já estava tudo pronto para a experiência. Os meus projectos já estavam todos construidos à minha frente e uma contagem decrescente de três minutos tinha-se iniciado.
O laboratório tinha aproximadamente três andares e no último estava, dentro de uma sala apenas com uma janela, o Dr Cunha. Ele viu-nos e rapidamente começou a descer as escadas. Ouvia-se da sua boca as palavras “Continuem a contagem”. Após descer os três andares e aproximou-se de nós com um passo rápido.
- Então gostam da minha experiência? – disse ele ironicamente.
- Pára já com isto! – disse eu directamente olhando bem para os olhos dele.
- Não sabes o que estás a fazer! – disse o professor.
- Claro que sei!
“Um minuto e meio para actividade.”
- Com essa potência, toda a população desta vila vai morrer electrocutada. – disse eu.
- Não vai não! Estão a ver estas paredes todas à volta. – disse o doutor apontando para elas. – São feitas de um material que isola grandes cargas eléctricas.
- Cala-se! – disse eu. – Voçê vai provocar muitos estragos mundiais e eu vou evitar.
- Como? A fazer birra? – deu uma gargalhada seca.
“Trinta segundos”
Comecei a correr em direcção ao projecto. Poderia fazer qualquer coisa para evitar. Estragar a experiência, rouba o objecto, qualquer coisa.
O doutor seguiu-me e quando cheguei perto do projecto, ele agarrou-me fortemente.
- Não me vais estragar tudo! – disse ele com um tom de voz irritado. – A experiência é minha.
- Não! É dele! – olhei para trás e vi o professor a dar com uma cadeira no Dr. Cunha deixando-o inconciente sobre o projecto.
- Obrigado. – disse eu.
“Dez...nove...”
- Temos que sair daqui! – disse ele.
- Mas e o doutor?
- Não dá tempo! – disse o professor agarrando-me na mão e puxando-me até ao compartimento, de onde saiu o doutor, atrás das paredes isolantes.
Um forte clarão se deu durante segundos e após ouvir-se um estalo intenso tudo se normalizou. Esperámos uns segundos e por fim volt´mos à sala. Tinha desaparecido! O doutor e o objecto tinham desaparecido totalmente. Não havia sinal deles.

Com toda esta confusão, após fechar-se o laboratório e isolar-se os acontecimentos, eu quis voltar para casa. Não podia contar isto a ninguém, não convinha. Poderia acontecer tudo novamente.
Sentia a mente aliviada enquanto ia no carro com o professor. Eu e ele não tinhamos falado mais sobre o assunto. Simplesmente agradeci-lhe por tudo.
Cheguei a casa. Já o carro se tinha ido embora e ia eu abrir a porta quando um “Obrigado” surgiu de uma voz fina. Olhei para trás e vi a menina do outro dia. Agora ela já estava feliz e despreocupada. Eu tinha tantas perguntas para fazer mas limitei-me a dizer:
- Gabriela do Paço Castanheira Eguedelhado né? Não me vou esquecer desse nome. Obrigado eu por tudo.
- Não vai ser preciso lembraste. – disse ela sorrindo e voltando a correr, afastando-se de mim.

Era Sábado e por isso estava com a Diana. Contei-lhe a situação do laboratório, ela era de confiança apesar de ter sido difícil fazê-la acreditar.
Falei-lhe da rapariga mas não sei porquê, não me lembrava do nome dela.
- Diana, se tu tivesses uma filha, que nome lhe davas? – disse eu tentando-me lembrar do nome dela.
- O meu nome favorito é Gabriela e, se neste caso, tu fosses o pai ela chamava-se Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado.
Voltei a paralizar. Será possível? Será que aquela rapariga era de facto, minha filha?

Fim

Foto de Izaura N. Soares

Estripulias de amor

Estripulias de amor

Quando o Sol brilhar no azul do céu,
Aceitarei você como o único ser a me
Animar e me dar prazer.
Deixarei que o destino nos carregue
Para o infinito da alma fazendo com que
Não pensemos em mais nada pensaremos
Apenas em nós, nos amando intensamente.

Quando o Sol brilhar no amanhecer...
Aceitarei você como na madrugada anterior.
Num movimento suave puxaste-me para perto
De ti e somente naquele momento percebi que
O tempo é faceiro e ele existe.
A espera valeu a pena.
Somente naquele instante senti que ficaria
Registrado em nossas mentes o que o tempo
Jamais conseguirá apagar.

Não, não digas que estou errada, não preciso
Mais de palavras para expressar o que sinto.
Já fiz estripulias demais!
Às vezes pareço-me com um beija-flor que,
Pula de galhos em galhos beija todas
As flores, suga todo o néctar, sente o
Perfume, e traze para você.

Quando o Sol se puser, o dia escurecer, quero
Ter você novamente no meu ninho de amor.
Não para orgias encantadoras
Apenas para ver-te repousar.
Do longo caminho percorrido a me encontrar.

Bem sei o que é o amor, pois sinto,
A todo o momento o seu calor.
Cumpri com todas as suas exigências só não
Consegui cumprir com o que eu havia prometido;
A de te esquecer.
Deixemos que o famoso tempo se encarregue de
Fazer-me esquecer de você!

Foto de Carmen Lúcia

Novo enredo

Quero findar nossa história,
Congelar o nosso filme
Me resguardar...
Trocar o nosso enredo
Provar que não tenho medo
Desafiar...
Dar a minha cara à tapa
Encerrar mais uma etapa
Encarar...
Dar-me um tempo de espera
Não mais viver de quimera
Me equilibrar...
Quando a poeira abaixar
E a agitação acalmar
Recomeçar...
Já refeita, de bem com a vida
Alma cicatrizada, sem ferida
Voltar a me apaixonar!

Carmen Lúcia

Foto de Daemon Moanir

A realidade

Se soubesses o quanto estou a tentar ser racional,
A pensar apenas com a cabeça
Ao invés de usar o coração…
O esforço é grande, porque espero maior recompensa.

Neste tempo ter-te-ia escrito todos teus cadernos com poemas,
Enchê-los com palavras e frases de minh'alma,
Cobri-los com doces carinhos e promessas d'amor,
Mas não, tenho a paciência e calma

E tudo correrá pelo melhor.
Fico à espera do tempo, para que passe,
Já esperei tanto e esperarei um pouco mais,
Pois não deixarei que levem pra longe de mim tua face.

Só falta uma palavra e o sonho estará completo,
Estará o sonho e eu e tu e um beijo.
Estás tu aqui e o sonho é realidade
Por isso, quero-te apenas ver meu anjo.

Foto de Dirceu Marcelino

ALMA GÊMEA - SONETO SEM LETRAS NA PRIMEIRA PARTE - DUETO (agora completo )

".......................................................................
......................................................................
......................................................................
....................................................................."

".......................................................................
........................................................................
........................................................................
........................................................................"

Próxima estava de tua alma gêmea,
Não a conquistaste ao ser inocente
E não se portares como uma fêmea.

Deverias seduzi-lo amorosamente
Lançando o charme com que semeia
O amor e atrai o homem por sua mente.
***
" Alma Gêmea
LuliCoutinho & Dirceu Marcelino

"Não te encontrei minh'alma gêmea!
Por mares e sóis te procurei
Caminhos errantes de uma fêmea
Por desventura... Não te encontrei.

Resta-me agora a espera incessante
Mulher insana à tortura constante
O grande amor que perdeste, vibrante!
A contente, no disfarce descontente."

Próxima estava de tua alma gêmea,
Não a conquistaste ao ser inocente,
E não se portares como uma fêmea.

Deverias seduzi-lo amorosamente,
Lançando o charme com que semeia
O amor, e atrai o homem por sua mente.

LuliCoutinho - 17/05/05
Dirceu Marcelino - 13/02/08

Obrigada, poeta! Meu carinho sempre!

LuliCoutinho
Publicado no Recanto das Letras em 15/02/2008
Código do texto: T860568".

AGRADECIMENTO à Grande Poetisa e Musa que me concedeu a honra de inserir meus singelos versos, em forma de tercetos, em tua poesia, que já estava pronta e publicada em diversos sites desde o ano de 2005.

http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/835096

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