Espuma

Foto de airamasor

Amar é...

Amar é... Enlouquecer, perder o juízo e a pureza,estremecer o corpo e arrepiar a alma.

É... Vontade de fugir, de correr na chuva e brincar com a espuma do mar; vontade de faltar no trabalho, de tomar sorvete com batatinha, de assistir filme em casa, deitado no chão e dividindo o travesseiro.

É... Pureza, doçura, romantismo, buquê de flores no meio da tarde, telegrama em pleno sábado dizendo "te amo", passeio no campo, piquenique no meio do nada.

Amar é... Misturar loucamente os corpos, a mente, a alma; misturar de forma fascinante o certo com o errado, o belo com o feio, o doce com o amargo.

Amar é... Vontade de ter você para qualquer coisa, para passar o dia vivendo emoções ou simplesmente para ficar fazendo nada.

Amar é... Vontade de viver a tua vida e de te deixar viver a minha, intensamente, inteiramente e eternamente.
(Aira, 18 de fevereiro de 2011)

Foto de Paulo Gondim

Fado do cais

FADO DO CAIS
Paulo Gondim
12/12/2010

Por onde andarás, vida minha
Mar além, noite adentro
Em meio às ondas, sozinha
Parte de mim, que se foi ao vento

E cá, como figura morta, no cais
Ouço ao o longe o som da guitarra
Em cada nota, um pouco de meus ais
Na solidão do canto da cigarra

Em cada onda que se faz espuma
No beijo d’areia em branca praia
Olho o fim do dia em rala bruma
No olhar distante até que a noite caia

E o fado, em suave lamento,
Enche a noite, cobre o mar
Todo fado é puro sentimento
Mais se sente numa guitarra a tocar

Ah, vida minha... Por quem vais
A perder-se em mundo tão distante?
Por que não volves teu olhar ao cais
E vê-me cá, num esperar constante?

Foto de onil

AZUL DO NOSSO MAR

PENSEI EM ESCREVER
PARA A MINHA MENTE MANTER
OCUPADA E LIBERTA
DE ATITUDES E VOZES
E DESEJOS FEROZES
QUE O PENSAMENTO INVENTA

PENSEI APENAS EM RIMAR
E AO PENSAMENTO INVOCAR
INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER
E AO MESMO TEMPO SONHAR
COM A ESPUMA DAS ONDAS DO MAR
QUE FAZ MINHAS MÁGOAS ESQUECER

NAQUELE RENDILHADO PERFEITO
DA ESPUMA NÃO EXISTE DEFEITO
NO DESENHO QUE SE DESFAZ A SEGUIR
FICA NAS ROCHAS ESPALHADO
DESLIZA NELAS POR UM BOCADO
NOVAMENTE NA ONDA SE VAI CONSTRUIR

OLHAR AS ONDAS DO NOSSO MAR
A MINHA SOLIDÃO VEM ACALMAR
FICA-ME A BELEZA INFINITA NO OLHAR
ESCREVO SOBRE A NATUREZA
E DO MAR ME ENCANTA A BELEZA
DA ONDA QUE A PRAIA VEM BEIJAR

ENCANTA-ME DESDE A BAIA DE CASCAIS
O MAR COMEÇA PARECE NÃO FINDAR MAIS
DA ESPUMA BRANCA DAS ONDAS A BELEZA
É POIS A COSTA OESTE DE PORTUGAL
TEM PRAIAS LINDAS AFINAL
QUE A TODOS ENCANTA DE CERTEZA

É POIS ESTA BELEZA QUE ME ACALMA
E A PAZ ME DEIXA ENTRAR NA ALMA
PODER ADMIRAR AS ONDAS DO MAR
É ESSA A CÔR QUE ME EXTASIA
QUE ME ENCHE O CORAÇÃO DE ALEGRIA
SE NO HORIZONTE AZUL PERCO MEU OLHAR.

16/03/09
ONIL

Foto de Cecília Santos

QUANDO PENSO...

QUANDO PENSO...
*
*
*
Quando penso em ti, sinto-me flutuar.
Sou nuvem, estrela, céu e mar.
Sou alegria, recordação e saudade.
Sou sombra que ameniza seu descansar.
Sou água límpida na fonte a jorrar.
Sou espuma branca a balançar.
Sou pequenino grão de areia perdido.
na imensidão do mar.
Sou nesga de luz do dia.
Sou fiapo de raio solar.
Sou brisa leve e macia.
Sou perfume no frasco à esperar.
Quando penso em ti, meu mundo é tão lindo!
Penso na vida, penso no amor.
Penso no teu olhar repleto de luz.
Vejo teu sorriso se abrindo como uma flor.
Vejo o orvalho caindo, doce magia que logo se esvai,
quando o sol chega trazendo alegria, deixando em
mim saudades sem fim.
Saudades do teu querer...
Quando penso em ti.

Ceci-SP/06/2010*

Foto de Carmen Lúcia

Sem explicação...

Vejo-te nas densas brumas do oceano
em cada onda a se quebrar
no branco de sua espuma
no céu a refletir no mar
na brisa que sopra ao meu ouvido
palavras que vinhas me dizer
promessas que vinhas me fazer
carinhos que me faziam crer
que o mundo se resumia
somente em nosso querer...

Hoje caminho sozinha...
do mar, o céu anoiteceu
o branco tosco escureceu a espuma
as ondas bailam devagar
o pranto nubla meus olhos
algo em mim morreu...

Desmorono castelos
de dentro de mim
pisoteio sonhos
que tiveram fim
espezinho as palavras sutis
as promessas vis
cenário ilusório do amor
que não pôde ser...

E sigo nua de emoção
sem nada explicar ao coração...

Carmen Lúcia

Foto de raziasantos

Minha linda casinha!

Viajei durante horas até chegar à velha casinha
No alto da colina.
Cansada respiro aliviada.
A pequena ponte de madeira feita com cordas de cipó
Continua inteira.
Balança! Pra lá e pra cá!
Que vista maravilhosa que alimentam minhas ilusões.
O pequeno rio de água flutuante, calmo e claro:
A branca espuma desmancha-se em esperança.
O cansaço que invade meus ossos trezes a realidade.
Esse aglomerado de esforços, em caminhos tão solitários.
Essa viagem incessante em busca do desconhecido deixou marcas
Que nunca serão curadas.
Tudo é passado então porque aqui estou?
Que vida eu tive para que hoje volte ao teu regaço...
Há! Em teus belos campos antes de vir à tempestade...
Que só deixou saudade.
Os amores vividos em teus campos divididos.
Os sorrisos, as lágrimas...
Agora atento para o a que vim buscar...
Quero curar o meu vicio do que aqui apreendi amar.
Quero o abraço perdido, e tudo que eu poder resgatar.
De tudo que vim buscar o mais difícil será assumir minha dor
De tanto tempo longe de ti ficar.
Quero sorrir e esconder o meu rancor, afogar em teus rios minha dor.
Esmagar a vida do nada acontecido.
Aqui em teus seios quero descansar, ver as nuve douradas;
Que surgem com a alvorada.
Estou tão cansada!
Estou definhado meus dias estão findando.
Vem e me abraça eloqüente saudade.
Que minha carne consome sem piedade.
Suga todo meu ser neste breve instante de prazer.
Cansei de revira-me do avesso em busca do que aqui deixei.
Cansei de chorar, cansei de inundar com meu pranto, o doce campo branco que em minha alma passou habitar.
Há! Como é forte o cheiro das flores que ajudei cultivar!
Como bom pisar o seu solo!
Como é bom saber que estou de volta.
Que aqui ficarei até que a morte venha me abraçar.
Lanço sobre ti pela última vez esse olhar que misturei
A poeira que aqui deixei.
Tantas vezes enxugou-me com teu orvalho frio.
Doce terra minha, que bela é a minha casinha!
Estou em teu braço minha linda colina...
Começo a desfalecer... Meus olhos estão escurecendo,
O meu inocente morrer, entre a colina que nasci é dádiva de Deus.
Nunca haverá outro tão belo desabrochar.
A morte é minha estrada certa.
Descanso em teu leito ainda vê os campos brancos.
Que belo é morrer aqui na terra em que nasci!
Estou de volta! Terra minha entre seus jardins descansarei.
Vem morte iminente... Abraça-me acolha- me junto aos meus amados
Que sem me despedir aqui deixei.

Foto de onil

SONETO DO MAR

SENTEI-ME JUNTO AO MAR
E O SOM DAS ONDAS ME CATIVOU
A ESPUMA BRANCA PRENDEU MEU OLHAR
E O MUNDO NESSE MOMENTO PAROU

VI DO MAR A ÁGUA AZUL SEM TERMINAR
SÓ AO LONGE SE CONFUNDE COM O CÉU
É ESTA BELEZA QUE PRENDE MEU OLHAR
É ESTE MISTÉRIO QUE DEUS NOS OFERECEU

HÁ MAR E MAR DE BELEZA INFINITA
QUE NOS DEIXA MARAVILHADOS
PORQUE A NATUREZA É BONITA

SINTO QUANDO ESTOU JUNTO AO MAR
E DA ESPUMA VEJO OS RENDILHADOS
QUE A SUA BRISA ME VEM CONFORTAR

8/07/09
ONIL

Foto de onil

É ASSIM A MINHA TERRA

VOLTEI A PASSEAR NESTAS TERRAS
VI FLORES LINDAS NAS SERRAS
E DE SAUDADES ME ENCHI
LEMBREI TEMPOS DA MOCIDADE
EM QUE ASPIREI A LIBERDADE
NESTA ALCOFRA ONDE NASCI

VI CARQUEJA E O SEU DOIRADO
CÔR QUE NASCE EM QUALQUER LADO
É DA SERRA INFINDA BELEZA
OUTRAS CORES HÁ PELOS MONTES
ÁGUA FRESCA CORRE NAS FONTES
ASSIM É BELA A NATUREZA

JÁ VI NOS CÉUS A ÁGUIA VOANDO
NOS MONTES O MELRO CANTANDO
ESTA PAISAGEM ME ESPANTA
É COMO UMA CONCHA ESTA TERRA
Á VOLTA TEM LINDA SERRA
COM FLORA QUE ME ENCANTA

A ÁGUA NO RIO CORRENDO
ESPUMA BRANCA VAI FORMANDO
LEMBRANDO UM RENDILHADO
NO RIO DA BOUÇA SAUDOSO
FOI TEMPO MARAVILHOSO
QUE FICA NA MENTE GRAVADO

LEMBRO TEMPOS DE INFANCIA
NÃO ERA LONGE A DISTANCIA
DA MINHA ALDEIA AOS TAPADOS
NO RIO A ÁGUA PURA DESLIZAVA
A SEDE SAUDAVEL SACIAVA
RECORDAÇÃO DE TEMPOS PASSADOS

DO CIMO DO CABEÇO CARMOL
VI O ESPLENDOROSO PÔR-DO-SOL
Á SUA BELEZA FIQUEI PREGADO
JÁ CORRI TERRAS DO MEU PAIS
MAS SÓ AQUI ME SINTO FELIZ
NÃO QUERO VIVER NOUTRO LADO

QUERO SENTIR O AR NO ROSTO
SUAR COM O CALOR DE AGOSTO
PORQUE ISSO ME DÁ PRAZER
A MINHA ALDEIA É TÃO LINDA
ESSA BELEZA NÃO FINDA
NINGUÉM DELA VAI ESQUECER

LEMBRO-A EM POEMAS ESCRITOS
FALO DE SITIOS BONITOS
QUE DÃO GOSTO EM VISITAR
A MINHA ALDEIA É CERCADA
POR CARQUEJA AMARELADA
NA SERRA QUE A ESTÁ A RODEAR

NA PRIMAVERA SEUS PRADOS
POR VERDURA ORNAMENTADOS
FAZEM-NA SEDUTORA E LINDA
A QUEM POR AQUI PASSAR
ESTA BELEZA VAI AGRADAR
E A SUA VISITA NÃO FINDA

CADA ESTREITA CALÇADA
DÁ UMA HISTÓRIA CONTADA
DO POVO QUE NELA VIVEU
PORQUE AQUI NASCERAM E AMARAM
NAS TERRAS DURO TRABALHARAM
MAS ALGUÉM NUNCA OS ESQUECEU

SOU POETA E TENHO AMOR
Á MINHA ALDEIA E DOU VALOR
A TODOS QUE AQUI NASCERAM
QUEM FICOU TEVE A CORAGEM
E ESTA É A MINHA HOMENAGEM
AOS QUE NA NOGUEIRA VENCERAM

MAS A TODOS EM GERAL
QUE DAQUI SÃO NATURAL
ESTE POEMA DEDICO
EU POR MIM SONHO VOLTAR
E PODER SEMPRE VISITAR
NOGUEIRA E A VILA-DO-PICO

26/05/09
ONIL

Foto de Joaninhavoa

...das tâmaras amarelas...

*
...das tâmaras amarelas...
*

«Através do teu olhar
Vejo raios e coriscos
A zombar sorrateiros
Setas onde cravar

Em algum lugar luzente
Todo virado pró mar
Com espuma abundante
Preciosa d`excitar

Um quadro que pintei
E em minh`alma está
gravado! E me inspira
Constantemente

Ilusão! Enamoramento
Silêncio dos inocentes
Câmara do momento
Frutos verdes

Verdes frutos! Ninguém
sabe a verdade
Das tâmaras amarelas
dos longos caminhos rubros.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
18/01/2010

Foto de Arnault L. D.

mil palavras... e silêncio

As vezes as palavras são desnecessárias.
Somente basta olhar, tocar, deixar sentir,
o calor gostoso, a brisa fresca, a paisagem...
Como a brisa ela foi caricia suave
e eu beijo o calor de uma tarde morna,
seus encantos de mulher desejada:
Profundo e fascinante mar, a guardar segredos
quando em seu amor a encontar tesouros submersos,
até o sol recostar-se, adormecido, no dorso de suas águas
como um amante exalrido em prazeres.
Sei; as vezes as palavras são desnecessárias:
é quando a olho nos olhos, é quando seus olhos me acham
e a amo, e me perco
e o mundo aquieta-se em suspenso
como aves a planar no horizonte
girando, brincando entre o poente e o mar
mergulhados em imensidão, reflexos e espuma,
bailando uma antiga canção, perdida,
sonha-se talvez, um devaneio, um ruído do vento
E mais ainda sei que a amo
e sabes que a amo, mesmo sem palavras,
por tantas mil palavras... e silêncio.

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