Esquecimento

Foto de Moisés Oliveira

Pai e Mãe

Falar de amor não é tão fácil, é difícil de entender,
um bicho que não tem dente, mas morde e faz doer.

Veneno forte que age rápido, logo chega ao coração.
Uma vez nele instalado, não sai por jura nem maldição.

Amamos tudo a toda hora, não há mais procedimento.
Amor que hoje lancina o peito, amanhã é esquecimento.

Eu sou um pouco diferente, amo a quem me da saudade.
Bicho de picada forte, o seu sintoma é a vontade.

Vontade de ter ao seu lado, quem sempre te fez sentir bem.
Arbítrio de sentir na pele, o calor que a pessoa tem.

Esse tinhoso de sintoma raro, não é fácil de combater.
Tela de vidro ou áudio gravado, não fazem desaparecer.

O primeiro bicho de mordida forte, sabe bem se camuflar.
O amor não é "sui generis", de todo jeito se pode amar.

O segundo a gente combate, cada um à sua maneira.
Minha volição expresso em palavras, quase por brincadeira.

Pai e mãe que tanto amo, não imaginam o valor que têm.
Esses são versos de saudade, pois dela eu entendo bem.

Foto de Arnault L. D.

Sombrio

Os galhos se esticam,
planta buscando a luz.
O claro é sua opção.
Vez, a ela, me propus.

Mas, os olhos ofuscados
e a pele a arder...
Quis ares enevoados.
O habitat do anoitecer.

Há flor que só abre no breu,
bichos que saem no escuro,
a mudez ama o ermo e eu
nele me sinto seguro...

Sem folhas, sou qual a raiz
no fincar-me ao submundo.
Sua natureza a prediz,
enterrar-se ao mais profundo.

Sinistro, soturno e frio,
olhar escuro, vermelho.
Vo’alma, morcego sombrio,
rumo a perder-se no espelho.

Na sombra, meus olhos abrem,
e ouço a canção do vento
chamando as folhas, que caem,
a dançar no esquecimento.

Foto de Paulo Gondim

Esquecimento

Esquecimento
Paulo Gondim
25/07/2014

Quem me viu não verá jamais
Escondi-me na minha solidão
Pouco ficou do que eu fui
Um vulto apenas na escuridão

A brisa mansa, prenúncio do dia
Nem soprou, perdeu-se na madrugada
Fugiu com o sono, que também não veio
Abandonou-me na noite passada

Certamente, abandonar-me-á na próxima
E assim serão meus próximos dias
Longos, lentos, enfadonhos
Como as noites, também, longas e frias

O desprezo agora é verdadeiro
Não é mais só um pressentimento
O abandono que tu falta me impôs
Relegou-me a mero esquecimento

Foto de leandro landim

Sinto-me só

Pela janela vejo o brilho do sol
Sentado no sofá
Sinto-me só
Na cama embaixo de um lençol
No peito o coração salta
De um jeito que dar dó;
O dia começa à tarde
A noite é um desespero
Meu corpo de frio arde
Minha vida não tem tempero
Não peça para que eu aguarde
E sinta a saudade com exagero;
Essa espera cansa
Maltrata o meu sentimento
Fico como uma criança
Que chora por alimento
Em uma música sem dança
Entro em total esquecimento.

Foto de LordRocha®

Sussurrar da solidão.

Como explicar as coisas inexplicáveis do ato de viver;
Como idealizar os momentos inesperados do sofrer;
Como afirmar aquilo que se mostra mas não aparece;
Estar só e com vários monstros a incomodar;
Estar em meio a multidão e simplesmente se sentir só;
Buscar o que gostaria de encontrar sem poder se achar;
Achar o que não procura e não encontrar o que precisa;
Estar cheio do que dar e vazio do que se necessita;
Chamar a atenção por não ter atenção almejada;
Lembrança do esquecido, ausência do que se viveu;
Esquecimento do bem viver, pela presença do sofrer;
Sofrer que saí do âmago, transpira pelos póros;
Solidão que não abandona, mas que causa abandono;
Ver o lindo sem enxergar que é lindo pelo simples existir.
Alegria presa pelo cárcere da ausência perdida;
Perda imensurável do que não se pode mensurar;
Como explicar as coisas inexplicáveis do não viver;

§corp¥on®
06 Maio 2014

Foto de Paulo Gondim

Sacrifício

Sacrifício
Paulo Gondim
29/12/2013

Infinito silêncio
Murmúrios do vento
De injusto tormento

Assim eu navego
Nesse desalento
Revolto lamento
Quimeras perdidas
Expondo feridas
No esquecimento

Num defeito incógnito
Difícil conserto
Que se faz vício
Falso sacrifício
Nesse altar de vítimas
Humano
Buscando o divino
Revelando o profano

Foto de cinderela apaixonada

Refletindo...

Nem toda distancia é ausência...

Nem todo silêncio é esquecimento...

A saudade é grande... dói... será que um dia vai passar?

Estou tentando... mas não é fácil... muita coisa lembra vc... quase tudo lembra vc...

Foto de poetisando

Dor da despedida

É dolorosa a despedida
Assim como todas o são
Mais ainda de quem temos
Dentro do nosso coração
Quando a distância é grande
Há saudade e não esquecimento
Como dói tanto o coração
Que grande e o seu sofrimento
Longos tempos até de espera
Podemos estar sem nos vermos
Um dia sem nós contarmos
Iremos de novo ver-nos
Aos que estiverem a minha espera
Também eu já muito esperei
Por alguém muito especial
Que não me amou como a amei
Despedida que és dolorosa
Quando estamos de partida
Despedida de amigos e amores
Que dor mais forte a despedida

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

Tempo de Natal...

Os sinos bradam alegremente...
Anunciam um suposto novo tempo,
tentam arquivar no esquecimento
os contratempos que marcaram a vida,
agentes de todo o mal...

Querem incutir o bem
num esforço supremo de alegrar alguém,
como se a dor instalada no peito
pela saudade que nada dá jeito
se esvaísse com as badaladas,
ressuscitando pessoas amadas
ceifadas do âmago de nosso contexto.

Estrelas se põem à mostra
acendendo um céu
que de marinho se borda.
O mesmo céu onde a lua aporta
inundando os lugares de prata angelical
de um mundo manchado de vermelho,
molhado de lágrimas, desolado, aviltado
em contraste com a suavidade da noite
inocente, a ofertar a paz celestial.

Tempo de Natal...

Árvores são enfeitadas com aparato,
luzes coloridas faíscam com recato,
exterioridades expõem beleza e luminosidade
que não alcançam os interiores escuros,
não abrangem o significado da data
nem apontam o caminho da simplicidade
onde o amor transita com humildade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Seu nome... Amor lhe chamo

Sinto falta de a encontrar, falar
coisas doces, bobas, as dizer:
Quanto é linda... E poder olhar
em seu rosto, um riso acender.

E vir clara certeza, que ali,
vejo a mulher que eu amo.
Das palavras que penso, ou li,
acho seu nome... amor lhe chamo.

Só em sua pele um tal cheiro
faz morada, ao sentir, os olhos cerro...
E perto a boca, deixo em derradeiro,
meu pensar... Apenas provo e quero.

A pele macia da rosa boca,
e o movimento dos lábios no beijar.
O molhar da saliva a língua toca,
ballet de esquecimento e esfaimar ...

Mas, desejo mais , o todo e o detalhe.
Quero os cabelos, os pelos, e o ar,
quero ser em ti, a nos fazer entalhe,
tatuagem, quadro, as cores a mesclar...

Quero ser seu... sou. Vem e me leve...
Me enterre em seu ventre e me acabe
e a amarei até o descer da neve,
verter, escorrer num não mais cabe...

Quero ser somente o que faz-me ser,
ser simplesmente quem a ama...
E seja apenas o que é, e me faz ser.
Seu nome: Amor... Assim se chama.

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