Estradas

Foto de Glayson

Coisas do Destino

O destino colocou-me em teu caminho
E nunca mais sairei em busca,
Em busca de um outro amor.
No teu olhar encontrei a vida.
Nas tuas mãos, o apoio,
No teu sorriso, a alegria dos meus dias.
Na tua alma, aconchego ... e paz !
Caminharás, quem sabe,
Por estradas desconhecidas,
Lutarás com a noite,
Com o tempo...
E com a vida.
Estarei sempre ao teu lado,
Embora não me vejas.

Foto de Gabrielaa

Estradas da Vida.

Eu conheço essas ruas da amargura sem o seu amor.
Navego entre as marés desconhecidas em busca do navio naufragado.
Cheia de ilusões percorro o mundo driblando a escuridão.
Cansada da tristeza e do sofrimento ao longo do caminho,venho procurando uma luz,aquela no fim do túnel,escondida entre arbustos e folhas secas.
A luz do sol que clareia meu quarto trancado e vazio brilhou em meu olhar.
E com esse brilho,trouxe a paz que eu tanto preciso para mim nesse exato momento.
Essas ruas percorridas por mim que antes eram apenas estradas,hoje são ladrilhos de diamante,pois com voce ao meu lado tudo o que me mais importa é viver intensamente nosso amor.

Foto de Arnault L. D.

O quanto a amo

Não vou medir palavra alguma
porque todas juntas não comportam
e mesmo se tempo a mais somar
não sei que a tudo se resuma
as palavras tantas que se calam
comparadas a gotinhas de agua ao mar

Não sei dizer, mas não importa
se toda a genialidade é vã
se não há lugar pra bom censo, quanto réguas
para medir o quanto amor comporta
eu a amo de forma sacra e também pagã
mais que estradas longas, longas léguas

Quero ser ouvido por seu coração
com palavras que talvez só ele invente
idioma que a Deus eu rezo quando clamo
e que o tempo não distende, a emoção
no falar e no murmurio não me ouça... sente..
o quanto a amo, ah... tanto a amo...

Foto de Oliveira Santos

Jeito Errante

Quantas vazes acreditei
E outras tantas me decepcionei
Mas não há frustrações nesta vida
Somente fé desmedida

Quantos dias e noites chorei
Por pensar que sempre errei
Mas não existe certeza na vida
Só estradas escondidas

Sou mais um navegante
Num mar entre as trevas
E neste jeito errante
O mundo me leva

Quem nunca um dia sonhou
Encontrar algum grande amor?
Mas o sonho se torna ferida
Em toda despedida

Quem nunca uma vez amargou
O pesar de ter uma dor?
Mas a maior dor já sentida
Pode ser esquecida

Sou mais um navegante
Num mar entre as trevas
E neste jeito errante
O mundo me leva

22/04/01

Foto de Miguel Vieira

Poemas diários

Miguel Vieira

“Traz no peito a tristeza mórbida dos poetas malditos e lança a última maldição: O suicídio irreal que é a vida na sua mais absoluta crueldade”.

VÍCIUS*

Sonhei desertos dos sorrisos fáceis
Majestosamente pus minha solidão
No espelho do quarto escuro
Reluzia um espírito triste

Avesso a afetos e alegrias
Subitamente e, de estranho fato
Aproximei-me da luz de cores claras
Igual a mim, antes do contágio pela cor!

Fiz-me inerme, soluços e desejos
De quem procura mesmo que na memória
Fragmentos de uma alegria para sempre

Dispersa em sombras, desfiz os sonhos
Para não acordar ao pasmoso destino próprio
Dos que sofrem misteriosa dor.

*em homenagem a Vinícius de Moraes

Miguel Vieira

SOL NEGRO

Um dia eu tenho que pagar por tudo que devo
O dinheiro, o amor, a dor, o tédio e a solidão
A loucura, a depressão...
Os dias de sol negro e a angustia dos que vivem
A verdade e o medo da mediocridade
Os sonhos e a total falta de esperança
A lascívia de quem já passou em minha cama
A morte e a escuridão da vida
A fé e toda a idéia maldita
O poder e a necessidade de nos tornarmos livres
Ser mesmo que invisivelmente forte, colher cada
Pedaço de carne de nossos próprios corpos que
Talvez sobre, voar mesmo que tarde , gritar
Seu nome quem sabe um dia se pode
Criar versos na miséria que nos cobre
Ejacular nas suas vísceras apodrecidas
Toda maldição que você suporte
Dizer que sou livre e estou farto de pedir
O pão, compaixão e seu perdão.

Miguel Vieira

TRUST ME II

Estou tão triste, baby.
Que chego a pensar,
Em tudo que já passou,
E na memória um grito de amor,
Simbolicamente delírio em paixão,
Loucuras e saudades
De um eterno abandono
Isso é o meu amor
Você nem imagina, baby.
Toda essa dor no peito,
Ontem, chorei...
Pedindo socorro,
Beija-me, baby,
Salva-me...
Não suporto mais os dias,
Por favor, resgate-me!
Mostre o lado claro da vida,
Com seu amor é possível, baby.
Só seu amor é capaz,
De curar minhas chagas
Nesse longo dia há um paraíso distante,
Feito para nós, baby.
As flores têm seu cheiro,
E cada amanhecer é de puro amor.
Sou louco por seus olhos
Agora eu tenho paz
Ajude-me
Ame-me, baby.

Miguel Vieira

FULGAZ

O que sou afinal?
Sou apenas
Vestígios!
De toda
Afirmação humana
Choro
E morro
Ao entardecer...
Se toda minha poesia
Coubesse em meu
Sofrimento
Talvez de fato
Seria poeta
E, não essa carne
Podre
Que insiste
em estar
de pé.
Gostaria de sorrir
Mas a dor é maior
Maior angústia
Maior que o amor!!!
Pois sendo assim
Não cabe a mim
A alegria,
Mas a demasia
De ser infeliz.

Miguel Vieira

ATRIZ DE FILME PORNÔ

Minha alma é negra
Como é negro o meu olhar
Como são negros
Os meus sentimentos.
Já que não tenho coragem
De botar uma bala
Na minha cabeça...
Deixe o colesterol
Tomar toda artéria!!!
Sou suicida indeciso
Poeta maldito...
Homem frustrado!
Praguejei à vida
Sorri para à morte
Abracei o tédio
E, cuspi na sorte!!!

Miguel Vieira

DEMÔNIO DA TANZÂNIA

Lágrimas de cicatrização
Em conteúdo utópico, ilusório
Quase... solidão
Procuro o êxtase
Dos dias mais brilhantes
Talvez, seja algo de incorreto
Do cérebro
O meu coração
É apenas uma bomba
De sangue sem valor
Vivo toda essa dor!!!
Sinto frio
Saudades dos dias de sol
O que devo encontrar
Arco-íris?
Ou sombras
De presente cruel?
Gosto de estar só.
Sozinho, solitário, solidão!
Que minha doença mental
Não progrida
Já basta pensar
Ser... poeta!

Miguel Vieira

SUAVE MOMENTO

Imagino eu,
Em nova orleans
Pairando em cada casa,
O seu canto!
Até parece que já estive lá,
Será que eu pertenço a esse tempo,
Talvez seja apenas um sobrevivente
Que não sente mais o tempo passar
Estou aqui repetindo todas essas retóricas
Lembrando do passado e fico triste
Com esse som que inunda a alma e a vida.
Frases soltas de um louco suicida
Que quer apenas mais um dia
Ame-me com furor
Capaz de derreter o sol
Com força e suavidade
Dos que vêem na sua própria retina
Toda maravilha que senti
E não importa as lágrimas
Também sou parte e criador
De todos esses mistérios.

Miguel Vieira

NOSSA LINGUA

Não acredito mais no amor
Ou é não creio?
Não sei
Só sei que ignorei
Regras simples do saber amar
Não só dizer do amor
Mas do sentir
Sentir cor, dor e calor
Sentir seus beijos
E ainda assim não sentir
Disfarçando o sentimento
Que seu ser representa
Uma fortaleza...
Na imensidão do mar vazio que sou.
Ouço os pássaros á cantar
Igual aos versos portugueses
Que sua boca pronuncia
De amores e solidão.
Canto os versos de nossa mãe: A língua!
Único elo do amor desconhecido
Não só por mim
Sangro, sangue liso
por que é de mim a essência
e de ti esse amor.

Miguel Vieira

ABRIU-SE

Primeiras horas do outono
Planto milho ao cair chuva,
Na ilusão da colheita,
Nesse desafio constante pela vida,
Pensamentos e sonhos,
Chocam-se em minha mente,
Já não sei se é calor ou frio? !
Se é censura ou punição?!
Sei que é estação do mês de abril!
Uma voz canta dentro de mim,
Melodias já ouvidas,
Sentidas em todas partes,
Mesmo em caminhos distantes,
Camuflam cores e vícios
Sons e saudades em pleno mês de abril!
Sinto o verde do mato
Enxergo o cheiro da terra
Bebo o doce do mar
Choro as lagrimas do vento
Sim, faz calor no mês de abril!
Canto estradas errantes,
De destino próprio das causas perdidas.
O mar evapora gotas de azul anil
O rio recebe gotas de amarelos cintilantes.
E, eu? Contemplo tudo isso
Nos meus poucos meses de abril!!!

Miguel Vieira

TIME OF DAY

A incerteza...
Mãe de todos os medos!
Senhora das dúvidas,
Irmã do sofrimento;
Capaz de chorar
O mais forte dos homens
E lamentar o covarde em soluços...
Diante de ti,
O limite transforma-se em sonhos,
Em ecos...
Sombras do passado,
Reprise do presente,
Incapaz este de viver plenamente,
O mais simples dos dias.
Grita bem baixinho,
Seu lamento,
Não desperte as ninfas do impossível,
Não seria bom,
Acorda nas frustrações do desejo,
Melhor caminhar,
Tranqüilamente pelo vento,
Abrindo as asas lindamente,
Bebendo silenciosamente os seus beijos,
Disfarçando misteriosamente com o tempo...

Miguel Vieira

RUA ÁGUAS BELAS, 12

Andei pelas ruas
De minha infância
O sentimento de solidão
E abandono voltou
Em saber que antes pisei
O chão de terra da época
De inocência
E hoje, velho
Relembro o passado e o
Presente
Procurei nos rostos o
Reconhecimento, só havia
Estranhos, separados de
Mim pelo tempo.

Miguel Vieira

A BELEZA

Ao poetas sonham
E em seus sonhos
Buscam enigmas
Que antes acreditavam
Ser pesadelos.
Alimento pequenas ilusões
Pois é necessário tê-las,
Antes do homem
Sonhar com o universo...
Pensou primeiro em
Sua mediocridade
E para compensar
Suas frustrações
Imaginou ser grande!
Ser belo.

Miguel Vieira

Poeta : Miguel Vieira
E-mail: mvsprofessor@hotmail.com

Foto de Fa Oliveira

Pseudo Amanate

Quando te encontrei
Obedeci ao que acreditei
Ser o meu coração
Hoje te peço perdão

Eu não conseguia
Sentia agonia
Só de pensar
Em me distanciar

Eu acreditava sinceramente
Que morreria subitamente
Se você decidisse me ignorar
Ou se afirmasse não me amar

Você me contou um dia
Que paixão por outro sentia
Mas eu decidi lutar
E jurei te conquistar

E assim fiz seresta
Fiz prosa e promessa
Não te deixava sozinha
E te prometi minha vida

Te protegi do frio
E preenchi o vazio
Que você mencionava
A cada manhã quando acordava

Em troca do seu amor
Te refresquei no calor
Te defendi dos seus medos
Te contei meus segredos

Atravessei inteiras estradas
Provei das frutas mais amargas
Movido por um sentimento
Que era fixo em meu pensamento

Cantei para você dormir
Brinquei para você sorrir
Contei historias para você sonhar
Te confortei para você não chorar

Ao meu esforço você respondeu
Quando um dia me surpreendeu
Sussurrou que me amava ao ouvido
E chorando fiquei comovido

Vivemos curtos eternos momentos
E logo percebi que os meus sentimentos
Não eram de um verdadeiro amor
E te fiz sentir muita dor

Sem coragem, agi com covardia.
Dia após dia eu mentia
E sempre te ludibriava
Há se soubesse como eu te enganava

Como se já não fosse o bastante
Te levei para cama e naquele instante
Fui o primeiro homem a te tocar
E outra vez menti quando disse te amar

Eu nunca quis te magoar
E muito menos te enganar
Mas confuso com o que sentia
Agi como um falso diamante
Te seduzi como um pseudo amante.

Fa Oliveira

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da Primavera

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... das vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...das vezes em que me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços,
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram,
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
18/05/2009

Foto de Graciele Gessner

Quando Tudo Existe. (Graciele_Gessner)

Quando o saber se torna algo palpável, ele se transforma em algo próximo do sentir. Quando a confiança é por vezes colocada em dúvida, tudo que gira em volta vira pó. Quando tudo realmente existe é quando o amor, o respeito, a humildade e a gratidão andam de mãos dadas pelas estradas da vida.

20.07.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Dirceu Marcelino

CAMINHOS DE FERRO II - PINTURA DE RAFARD POR TARSILA DO AMARAL

HOMENAGEM À GRANDE MESTRA DA PINTURA BRASILEIRA,

TARSILA DO AMARAL, nascida em 1º de setembro de1886, na Fazenda São Bernardo, atualmente, pertencente ao município de Rafard. A poesia foi inspirada na pintura de autoria da grande mestra, que segundo me parece não têm as grandes exposições das obras ABAPORU, CENTRAL DO BRASIL, MANTEAU ROUGE etc, mas que é importante na linha dos meus trabalhos sobre temas ferroviários.

CAMINHOS DE FERRO II - PINTURA DE RAFARD

O caminho de ferro está traçado
Com o trenzinho em tua gravura
E o rio Capivari ali esboçado
Historia o início de tua cultura.

A confluência natal de teu legado,
Deixa-nos ver sem esforço ou procura
O engenho central bem delineado
Na linha de traço negro da textura

E bem ao alto a mata de São Bernardo,
Ao centro as casas com suas brancuras
E a Matriz em plano mais elevado,

Sobrepõe-se ao verde da agricultura
E as ruas e estradas de tom amarronzado
Do primeiro mote de tua pintura.

Foto de Tanith

NOITE DE AMAR...

Cálida e morna noite...
Noite de luar
Noite de amar...
Nessa noite
Mesmo que em sonhos
Te buscarei...
Romperei distâncias
Percorrendo estradas
Mares e céus
Ao teu encontro...
A minha espera
Te encontrarei...
Braços estendidos
Beijos enlouquecidos...
Essa noite
Nós dois novamente
Seremos um só...
Colados...fundidos...
Completados..preenchidos...
ensandecidos
Na volúpia...
No êxtase...
Na sublimação
Do nosso querer...
Do nosso amar!
(Tanith)

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